tag:blogger.com,1999:blog-197951742024-03-12T21:49:09.604-03:00PerguntasUnknownnoreply@blogger.comBlogger156125tag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-39515643575853210152017-07-04T08:52:00.000-03:002017-07-07T15:40:05.121-03:00O calendário lunar e a guarda do sábado<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi1kdXWV_1cgXybuyWBwk1It6hY5OxbNHVwgYvSOtCD8Xuell2ew2qNkGs9Du_JbqQt8mpnGKyg-ELX8Cf-h8ztM-ZOIFKKvlpXBRjZBXqOx2fzH-OHEB8ihSw5nGT2vgKxbHP/s1600/lunar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="516" data-original-width="580" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi1kdXWV_1cgXybuyWBwk1It6hY5OxbNHVwgYvSOtCD8Xuell2ew2qNkGs9Du_JbqQt8mpnGKyg-ELX8Cf-h8ztM-ZOIFKKvlpXBRjZBXqOx2fzH-OHEB8ihSw5nGT2vgKxbHP/s200/lunar.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Será que guardamos o sábado correto?</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Irmão Michelson, não sou
adventista nem guardo o dia literal de sábado, mas entendo que pela contagem de
dias do sistema do nosso calendário ocidental não tem como literalmente guardar
o dia de sábado corretamente, até porque cada sábado da semana, na maioria das
vezes, não corresponde ao sábado que Deus instituiu pelo calendário hebreu. Ou
seja, vocês guardam o sábado achando que sempre guardam os sábados, mas,
na verdade, guardam também domingos, segundas, terças, quartas, quintas e
sextas. Cada mês do calendário hebreu começa na lua nova, e cada mês
tem somente 29 dias. Não entendo que guardar o sábado na nova aliança de
Cristo, que é o Senhor do sábado (Ele é o nosso Shabbat), que fez o sábado “para
o homem” (pois assim está escrito em Marcos 2:27), seja da mesma forma que
guardar o sábado na antiga aliança. Tudo se cumpre em Cristo, não em nossos
esforços. A verdade e a Palavra acima de tudo e de todos, ainda que elas nos
aborreçam! Sei que é difícil largar nossas crenças a favor da verdade... mas
elas não podem ser mais importantes que Aquele que é a própria verdade.
Amém?! Deus te abençoe! – F.<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Resposta:<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Prezado
F., a pedido do amigo Michelson Borges, tenho o prazer de responder a sua pergunta.
Realmente, toda a verdade deriva de uma pessoa divina, Jesus Cristo. Ele é a
própria verdade e devemos seguir Seu exemplo e Seus ensinamentos. Sua dúvida é
interessante e vou tentar respondê-la de forma bastante sucinta, lembrando que
basta algum conhecimento de história e uma boa pesquisa sobre como funcionam os
diferentes calendários pode resolvê-la. Não sei se você sabe, mas há registro
de que mais de 70 calendários diferentes já foram usados no mundo! Alguns deles
ainda são adotados pelo mundo hoje, em diferentes países ou por diferentes
religiões. O interessante é que a maioria absoluta desses calendários em uso ou
em desuso emprega uma semana de sete dias que não depende do ciclo mensal. Uma
pesquisa feita pelo bispo episcopal William Meade Jones no século 19 revelou
que em 160 idiomas diferentes o sétimo dia da semana tem uma aproximação
linguística muito nítida com a palavra hebraica <i>shabbath</i>, empregada na Bíblia. Em todas essas culturas o sábado é o
sétimo dia da semana.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A
dúvida que você expressou surgiu no século 19, quando Franz Delitzsch, um
estudioso da língua hebraica, propôs uma teoria para explicar o surgimento do
sábado. Na época, estava em moda entre muitos teólogos questionar a
historicidade do relato bíblico. Os teólogos liberais diziam que a maioria dos
textos bíblicos do Antigo Testamento foi escrita pouco antes ou pouco depois do
exílio babilônico e que não era um relato fiel da história. Alguns desses
teólogos acreditavam que a religião hebraica havia evoluído do politeísmo
mágico para um monoteísmo ético por volta desse tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Delitzsch
inventou a teoria de que a guarda do sábado foi aprendida pelos judeus com os
babilônios. Acontece que no mês babilônico havia alguns “dias de azar”, em que
determinadas atividades deviam ser evitadas para não atrair maus agouros. Esses
dias eram datas fixas no mês. Como estavam dispostos em intervalos que variavam
entre cinco e dez dias, Delitzsch imaginou que esses dias de azar deram origem
ao sábado bíblico.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Acontece
que a teoria de Delitzsch para o surgimento do sábado semanal caiu em
descrédito diante das descobertas arqueológicas. Calendários hebraicos
pré-exílicos foram descobertos, evidenciando que os israelitas já tinham uma
semana de sete dias que independia do ciclo lunar mensal. A lua nova podia cair
em qualquer dia da semana, os dias do mês variavam na semana, e todas as festas
israelitas eram em datas móveis em relação aos dias da semana e fixas em
relação aos dias do mês. A importância do calendário israelita para a religião
deixou muitos registros escritos, de uma forma que hoje é possível calcular com
incrível precisão em que dia da semana e do mês israelita determinado evento
histórico aconteceu, além de ser possível a conversão das datas do calendário
israelita antigo para os calendários gregoriano ou juliano. Há inclusive
programas de computador que fazem esses cálculos. A história tem confirmado que
as palavras da Bíblia são um relato preciso do que realmente aconteceu.
Portanto, o sábado bíblico é o sétimo dia de um ciclo semanal que remonta à
criação do mundo (Gn 2:1-3; Êx 16; 20:8-11) e não depende do dia do mês.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">É
interessante que os únicos calendários em que o ciclo da semana depende do
ciclo do mês foram os calendários da Revolução Francesa (semana de dez dias) e
o calendário adotado na União Soviética na década de 1930 (semana de seis
dias). Ambos os calendários foram criados por governos ateus com o claro
propósito de ocultar os dias de guarda das religiões judaica e cristã. Vale
lembrar que ambos os calendários vigoraram por breve tempo e não contaram com a
aceitação do povo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Judeus
e alguns grupos cristãos têm guardado o sábado desde os tempos bíblicos. É
incrível como esses grupos de religiosos, muitos dos quais permaneceram séculos
sem contato uns com os outros, nunca perderam a contagem do sábado do sétimo
dia! Cristãos sabatistas na Índia, na Armênia, na Rússia, na Etiópia e na
Europa Central guardaram o sábado desde os primeiros séculos da era cristã,
sempre no mesmo dia da semana, apesar de um grupo não ter contato um com o
outro. Judeus chineses permaneceram até o século 19 sem contato com outros
judeus, mas observavam o mesmo sábado do sétimo dia de um ciclo semanal, o
mesmo dia que, no final do século 20, descobriu-se que o povo sul-africano
lemba observava havia mais de mil anos sem contato com outros povos observadores
do sábado. E note que esses grupos viveram cada um em uma cultura em que se
usava um calendário civil diferente, mas todos guardavam o mesmo sábado do
sétimo dia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Portanto,
irmão F., o argumento de que o sábado nos tempos bíblicos era uma data mensal
não conta com nenhum fundamento. Vale lembrar que o calendário gregoriano,
criado no século 16, não alterou o ciclo semanal observado pela igreja desde os
tempos apostólicos e coincidente com o ciclo semanal de outros calendários. Da
mesma forma, há evidências mais que suficientes de que as reformas a que o
calendário israelita se submeteu até hoje só ajustaram o complicado esquema
lunissolar; nunca afetaram o ciclo semanal, que sempre foi independente dos
dias do mês.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Portanto,
os adventistas do sétimo dia e vários outros cristãos de outras igrejas que
guardam o sábado fazem-no com a segurança histórica de que observam como santo
o mesmo dia que Jesus Cristo, Paulo, os apóstolos e Maria, mãe de Jesus,
guardaram, segundo o Novo Testamento. O mesmo dia de um ciclo que vem desde a
criação do mundo. Um dia que, independentemente do calendário adotado, é o
sétimo dia da semana.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Há
uma interessante matéria sobre o assunto que escrevi para o blog do amigo
Michelson há alguns anos. Ela pode ser acessada <a href="http://www.criacionismo.com.br/2015/09/o-ciclo-semanal-se-perdeu-ao-longo-da.html" target="_blank">aqui</a>.
Também recomendo muito os livros <i><a href="https://www.cpb.com.br/produto/detalhe/5925/do-sabado-para-o-domingo-" target="_blank">Do Sábado Para o Domingo</a></i> e <i><a href="https://www.cpb.com.br/produto/detalhe/12095/o-sabado-na-biblia" target="_blank">O Sábado na Bíblia</a></i>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Não
sei se você sabe, mas os adventistas do sétimo dia guardam o sábado como um
sinal da aliança da graça. Assim como o pecador precisa cessar suas próprias
obras e descansar na graça de Cristo, o sábado é um símbolo real que lembra ao
cristão que, quando ele interrompe suas obras semanais e descansa no sétimo
dia, vive uma extensão prática da fé na graça de Deus, confiando que o mesmo
Cristo que pode suprir a salvação para um pecador que não tem como trabalhar
mais pela sua própria salvação, também supre com o sustento para essa vida
material quem entrega sua vida para Deus e nEle descansa. Ao ler Hebreus 4,
você perceberá como no Novo Testamento o sábado é apresentado como sinal de
nosso descanso em Cristo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Espero
ter respondido a sua dúvida e incentivo você a conhecer melhor o sábado na
Bíblia e a confiança que o Espírito de Deus o guiará a um compromisso maior com
o Mestre Jesus Cristo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 12pt;">De
seu irmão em Cristo, Fernando Dias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/vDMXg_UMQvk" width="590"></iframe></span></span><br />
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/4VnCFK4tk88" width="590"></iframe></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-69873570028299475582017-01-04T09:02:00.001-02:002017-01-04T09:02:43.807-02:00Mais considerações sobre o dia longo de Josué<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ZF6PSM4rRNBAganrO_PwwcibnHrucEIBCvpvxlHBPzeD67mr9GhfjuAiZcmrY9ToKQZrNLBsoujtlTORHQKGnvhlvRMKBK_6AZmiS0VmFvuX7h7WPjUmerDxvJm4P_e6NKn0/s1600/josue.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1ZF6PSM4rRNBAganrO_PwwcibnHrucEIBCvpvxlHBPzeD67mr9GhfjuAiZcmrY9ToKQZrNLBsoujtlTORHQKGnvhlvRMKBK_6AZmiS0VmFvuX7h7WPjUmerDxvJm4P_e6NKn0/s320/josue.jpg" width="268" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
complemento à resposta dada à pergunta sobre o dia longo de Josué (<a href="http://www.perguntas.criacionismo.com.br/2010/12/o-dia-logo-de-josue-mudou-o-dia-de.html" target="_blank">confira aqui</a>), seguem abaixo mais dois comentários, do geólogo Marcos Natal de Souza e do astrofísico
Eduardo Lutz:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“A
Bíblia é a palavra inspirada de Deus e fonte de toda a verdade, entretanto, foi
escrita por homens de culturas diferentes, com conhecimentos diferentes e em
épocas também diferentes, num período de mais de 3.500 anos. Essa linguagem
poderia conter ‘erros’, uma vez que o conhecimento humano acerca da natureza esteve
sempre em mudança. Entretanto, não seriam erros no sentido estricto, mas formas
diferentes de entender o mundo que nos rodeia. Esse conhecimento acerca do
mundo e de como ele funciona foi diferente para Abrahão, Moisés, Josué, Davi,
Josias, Paulo e outros. Entretanto, essa linguagem humana transmitia uma
mensagem muito superior, de índole puramente religiosa, esta, sim, imutável,
pois a Palavra de Deus não muda. Para que Deus pudesse Se comunicar com o ser
humano Ele teria que se expressar na linguagem e na cultura humanas, caso
contrário, não seria entendido e a Bíblia se tornaria um livro de acesso
somente aos ‘iniciados’, mas esse não é o objetivo da Bíblia. Voltando ao caso
de Josué, alguma coisa sobrenatural realmente aconteceu. Do ponto de vista de
um observador na Terra, o Sol realmente se deteve e voltou a se movimentar
lentamente até o fim do dia, o que sugere uma visão de mundo geocêntrica. Se
não foi o Sol que parou, foi a Terra que deixou de girar. Se isso acontecesse
naturalmente, ou seja, se a Terra parasse de girar de forma repentina, é
provável que toda a vida teria sido extinta. Afinal, a velocidade de rotação, por
exemplo, em Brasília, é da ordem de 1.600 km/h. Qualquer pessoa ou coisa nesse
paralelo seria arremessada tangencialmente para a atmosfera a essa velocidade.
Uma catástrofe sem dimensões! Nesse caso, prefiro aceitar pela fé que Deus
operou um grande milagre, como tantos outros” (Dr. Marcos Natal de Souza).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">“A
rigor, se a Terra para de girar, é tecnicamente correto dizer que o Sol para no
céu. E isso não é Relatividade. Já se usavam diferentes referenciais na teoria
de Newton também. Considerar a Terra como parada e o resto do Universo como
girando ao redor é um referencial possível e até utilizado na prática,
dependendo da aplicação. Não é tecnicamente errado fazer isso. O problema é que
esse não é um referencial inercial e faz com que as leis físicas pareçam muito
mais complexas do que o necessário. Por isso, em geral, os físicos usam outros
referenciais. Também trabalhamos com abordagens independentes de referenciais.
Na Relatividade, por exemplo, podemos usar uma notação da Geometria Diferencial
que independe de referenciais, mas normalmente preferimos trabalhar com
referenciais que simplifiquem os cálculos, após provar que as equações
utilizadas são válidas em todos os referenciais. Outro detalhe: se frearmos um
carro bruscamente, sentimos os efeitos da aceleração. Se o carro bater, a
aceleração (taxa de alteração de velocidade) é tão alta que tem efeitos
catastróficos. Mas, se pararmos um carro por meio de um campo gravitacional,
ninguém nota. Se Deus parou a rotação da Terra por meio de um campo
gravitacional bem planejado, isso não causaria qualquer efeito observável na
Terra. Em suma, quando Josué diz que o Sol parou, está tecnicamente correto,
pois o referencial usado era obviamente o do ambiente dele, ou seja, da
superfície da Terra” (Eduardo Lutz).</span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-64216024769847905232016-12-16T11:11:00.001-02:002017-03-25T19:37:02.921-03:00Sexo no sábado: pode ou não pode?<div style="text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgknOh-9bimB90ZlE0se0AAFLSr-SJ0OCKLGOA5O_GSxYtA3t7YH-dIh_iA9ZKiF4wPYARKyS7oCVnrPV61bITg_5FdxxrJ4oIc_B7D3oIApCTpNikENsq-kVaK6cZI-gBHCpDQ/s1600/casal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgknOh-9bimB90ZlE0se0AAFLSr-SJ0OCKLGOA5O_GSxYtA3t7YH-dIh_iA9ZKiF4wPYARKyS7oCVnrPV61bITg_5FdxxrJ4oIc_B7D3oIApCTpNikENsq-kVaK6cZI-gBHCpDQ/s200/casal.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">[Estas
considerações sobre a prática do sexo no sábado representam o entendimento do
autor sobre o assunto e têm que ver especificamente com pessoas que guardam o
sábado como dia sagrado. Este material tem como objetivo testar os argumentos
utilizados a favor do sexo no sábado à luz da Bíblia e do Espírito de Profecia
e propor uma visão alternativa ao “pode”. O autor não encontrou praticamente
nenhum material contra a prática de sexo no sábado, apenas a favor. Apesar de a
Igreja Adventista do Sétimo Dia não ter um posicionamento oficial sobre essa
prática, só se encontram textos a favor. Vários desses materiais foram lidos pelo
autor deste artigo e seus argumentos analisados à luz da Bíblia, dos escritos de
Ellen White e da razão. Logo a seguir a este texto, há três defesas do “pode”.
Leia tudo e tire suas conclusões.]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ellen
White escreveu o seguinte sobre o cuidado que devemos ter em relação ao que consideramos
certo ou errado quanto à santa lei de Deus e, em especial, quanto à guarda do
sábado: “A lei de Deus é o Seu grande padrão de justiça. Os homens podem, com
suas ideias finitas, criar um padrão próprio, e afirmar que eles são justos;
mas é o padrão de Deus que julgará cada homem naquele grande dia. Os reclamos
do sábado não devem ser considerados de forma a mostrar somente um respeito
parcial, para fingir guardá-lo, tornando-o inteiramente um assunto de
conveniência” (Manuscrito 34, 1897).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Deve-se
procurar o padrão de Deus na questão sobre o sexo no sábado e ajustar nosso
padrão ao padrão dEle. Boa parte das falas a favor do sexo no sábado são
sátiras, zombarias, escárnios apresentados como “argumentos”. Essa abordagem
debochada tenta impor uma superioridade de argumentos, sem ter nenhum
argumento. Outro grande grupo de “argumentos” a favor do “pode” são as falácias
do tipo <i>argumentum ad hominem</i>, quando
se procura negar uma proposição focando no autor e não no argumento. São frases
do tipo: “Se você tiver um pensamento equivocado sobre o sexo ou sobre a
sexualidade, então você será contra o ‘pode’.” “Se sua visão for de que o sexo
seja nojento, então você será contra o ‘pode’.” “Se sua visão for correta,
então você será a favor do ‘pode’.” “Se você for um pervertido sexual, o sexo
no sábado será pecaminoso para você.” “Se você for instruído e inteligente,
apoiará o ‘pode’, mas se você for um cristão imaturo, apoiará o ‘não pode’.” “Se
um homem defender o ‘não pode’, até mesmo sua masculinidade será questionada.” E
etc.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Frases
desse tipo servem para intimidar os que pensam diferente e pressioná-los a
aceitar o “pode” sem questionar, ou os levam a ficar em silêncio para não se
expor como “doentes”, “pervertidos”, “imaturos espirituais” ou outros termos
pejorativos similares. Isso acontece muito em encontros de casais. Relatos de
participantes demonstram que muitos permanecem em silêncio para não ser objeto
de piadinhas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Outro
“argumento” muito utilizado é o <i>argumentum
ex silentium</i>, ou seja, por mais que o sentimento interior das pessoas
chegue à conclusão natural de que “não pode”, o fato de se não ter um texto
claro proibindo, então, garantiria a total liberação. Como existe um silêncio,
então “pode”. Porém, esse mesmo argumento do silêncio pode ser utilizado para o
“não pode”, pois também não existe nenhum texto dizendo que “pode”. Assim, esse
argumento se anula por si só.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Um
argumento básico para o “pode” é a visão judaica liberal sobre a questão. Os
judeus praticantes podem ser excessivamente cuidadosos com a guarda do sábado.
Deve-se lembrar que eles podem estar coando mosquitos e engolindo camelos, como
em muitos outros casos, parafraseando as palavras de Jesus em Mateus 23:24. Os
judeus ortodoxos são contra a prática sexual aos sábados. Em suma, a guarda do
sábado por um adventista não pode ter como referencial a observância judaica.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Cristo,
durante Seu ministério terrestre, deu ênfase aos imperiosos reclamos do sábado;
em todo o Seu ensino Ele mostrou reverência pela instituição que Ele mesmo
dera. Em Seus dias, o sábado tinha-se tornado tão pervertido que sua observância
refletia o caráter de homens egoístas e arbitrários, antes que o caráter de
Deus” (<i>Profetas e Reis</i>, p. 183).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Será
que nos dias atuais o sábado tem sido pervertido e tem refletido o caráter
egoísta e arbitrário dos que dizem guardá-lo, assim como os judeus do tempo de
Jesus? Parece muito ingênuo supor que nos dias atuais haveria um total e
completo entendimento sobre a observância do sábado, ignorando-se as ações do
inimigo de tentar destruir essa bênção. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Alguns
imaginam que na sexta-feira da criação Adão e Eva não deixaram passar o sábado
para usufruírem a bênção da sexualidade. Esse argumento deve ser mais bem
analisado para que se possam tirar as devidas conclusões sobre o assunto. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Adão
e Eva foram criados no sexto dia da semana da criação. Assim que Deus os criou,
determinou sua alimentação (comida), disse que deveriam se multiplicar (sexo) e
cuidar do jardim (trabalho). O texto de Gênesis não afirma que essas atividades
não poderiam ser desenvolvidas no sábado. Não fala nem mesmo contra o trabalho
no sábado. Portanto seria absurdo tentar justificar a prática do sexo sabático
com base em um relato que sequer restringe o trabalho aos sábados. Deus havia
acabado de criá-los e dito que eles iriam trabalhar, e mesmo assim não temos o
relato de que eles não poderiam trabalhar aos sábados. Por que querer que Deus
deixasse por escrito a especificação quanto ao sexo? O texto de Gênesis não é
suficiente para se chegar a qualquer conclusão favorável ao sexo no sábado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Adão
foi criado antes de Eva. Após conhecer o Jardim, a natureza, os animais, ele
percebeu que faltava alguém semelhante a ele, que o completasse emocional, física
e espiritualmente. No momento dessa confusão de sentimentos, Deus o coloca para
dormir e cria Eva. Ao acordar, Adão percebe que não mais está só. Alguém muito
especial está ao seu lado. Deus a apresenta a Adão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Na
atualidade, se uma moça fosse apresentada a um rapaz, ele rapidamente iria
observar o corpo da jovem. Mas será que foi isso o que aconteceu com Adão e
Eva? Não se pode olhar com nossos olhos o que aconteceu com seres santos,
recém-criados. E se isso aconteceu, mesmo assim ainda era o sexto dia. Por que
razão eles deixariam escurecer para só depois se unirem sexualmente? Com
certeza, eles não teriam vergonha de fazer durante o dia algo “liberado” por
Deus. Por que esperariam para a noite?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Porém,
parece que havia tantas coisas a serem admiradas e tantas conversas a serem
desenvolvidas no sábado que o quadro de um Adão “correndo atrás” de Eva não
parece ser a melhor opção. O que você imagina diz mais sobre você do que sobre
o que realmente aconteceu com o primeiro casal no primeiro sábado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Alguns
tentam se apropriar de uma versão católica do domingo ao aplicá-lo ao sábado
como o dia da família e, por tabela, o destaque fica para a sexualidade
matrimonial. Porém, a Bíblia diz claramente que o sábado é o dia do Senhor (Isaías
58:13; Marcos 2:28; Apocalipse 1:10). Por mais que a família seja importante,
ela não está no lugar de Deus, o verdadeiro Senhor do sábado. Mais uma vez deve-se
colocar o casamento no seu devido lugar, abaixo de Deus e de Sua lei. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Outro
argumento apresentado a favor do sexo no sábado é o de que quem não concorda
está apoiando uma espécie de ascetismo religioso (privação dos prazeres) com o
objetivo de alcançar determinado nível espiritual. Esse argumento é uma espécie
de falácia do espantalho, tentando criar algo absurdo, diferente do que é dito
para ter mais força argumentativa. Só que essa afirmação não é verdadeira. Quem
é que de fato está se privando de mais prazer? Quem faz sexo depois de uma
semana com intensas atividades, estresse, preocupações, cansaço e baixos níveis
de energia, ou quem faz sexo depois de um dia de descanso? Quem está se
privando de prazer? Obviamente o que faz na sexta-feira à noite não desfrutará
tanto quanto o que faz no sábado à noite. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ellen
G. White apresenta alguns textos sobre prazeres que realmente devem dar lugar a
outros no sábado:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Procurar
prazeres, jogar bola, nadar, não era uma necessidade, mas pecaminosa
negligência do dia sagrado santificado por Jeová” (<i>Mensagens Escolhidas</i>, v. 3, p. 258). O sábado é um dia em que
devemos focar nas atividades que nos aproximam de Deus. Apenas as que
caracterizam uma necessidade podem ser justificadas, de acordo com Ellen White.
O sexo no sábado não é uma necessidade assim como o é a alimentação, o dormir à
noite, o tomar água ou o respirar. E também não é uma prática que aumentará a
espiritualidade ou a intimidade com Deus. As coisas proibidas para o santo
sábado não são pecaminosas em si mesmas. Trabalhar, estudar, nadar, correr, etc.
são atividades proibidas no sábado para darem lugar a atividades de
relacionamento íntimo com Deus. Simbolicamente, pode-se dizer que o “sexo” no
sábado tem que ser com Deus e não com o cônjuge. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Estamos
em perigo de fazer a nossa própria vontade no dia de sábado” (<i>Mensagens Escolhidas</i>, v. 3, p. 258). Estaria
Ellen White propagando o ascetismo? Claro que não. A questão é que no sábado
devemos esquecer nossa agenda e lidar apenas com a agenda de Deus. Por isso é
importante identificar a agenda de Deus para o sábado e se adequar a ela. O ser
humano tem seis dias para sua agenda. O sétimo dia é para a agenda de Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O
Dr. Alberto Timm, no livro <i>O Sábado na
Bíblia </i>(CPB), página 116, apresenta uma lista de coisas prazerosas que não
são condizentes com a observância do sábado. Dentre elas, ele cita “frequência
aos <i>shoppings</i> e parques de diversão;
exposição a notícias, músicas e programas seculares da TV, rádio ou internet;
participação em esportes, jogos de mesa ou jogos eletrônicos; banhos públicos
em praias ou piscinas; conversas de cunho secular, etc.”. Será que o Dr. Timm
está pregando o ascetismo?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Dentre
as atividades recomendadas pela Bíblia para o sábado não aparece o sexo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“A
verdadeira observância do sábado significa uma ruptura com a rotina da vida [...]
sintonizando-a com os valores espirituais e eternos” (ibidem, p. 119).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A
Bíblia afirma que, após a ressurreição, seremos como anjos, ou seja, no Céu a
sexualidade dará espaço para outras realidades. O sábado é um dia focado no Céu.
Hebreus 4 destaca o sábado como um tipo do Céu. Nessa linha de entendimento,
não há espaço para o sexo no sábado, assim como não haverá sexo no céu. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ellen
White complementa, em <i>Testemunhos para a
Igreja</i>, volume 2, página 702: “Você precisa ter mais alta compreensão dos
reclamos de Deus com respeito ao Seu dia sagrado [precisamos elevar a visão do
sagrado em relação ao sábado, e não diminuí-lo com atividades boas, mas
destinadas aos outros dias]. Tudo o que possivelmente pode ser feito nos seis
dias que Deus lhe deu, deve ser feito [o sexo pode ser feito nos demais dias da
semana? Pode. Então não há necessidade de deixá-lo para o sábado]. Você não
deve roubar a Deus em uma única hora do tempo santo [nem uma hora]. Grandes
bênçãos são prometidas aos que colocam sobre o sábado um alto valor e
compreendem as obrigações que sobre eles repousam com respeito à sua
observância. ‘Se desviares o teu pé do sábado [de pisoteá-lo, desprezando-o],
de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso e
santo dia do Senhor digno de honra, e se o honrares, não seguindo os teus
caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas
próprias palavras, então, te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as
alturas da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai; porque a boca
do Senhor o disse’ (Isaías 58:13, 14).” Comentários acrescentados dentro do
texto entre colchetes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ao
começar o sábado, devemos nos colocar em guarda, cuidar de nossos atos e
palavras para que não roubemos a Deus, apropriando-nos para nosso próprio uso
daquele tempo que pertence estritamente ao Senhor. Como se rouba a Deus
apropriando-se do que pertence estritamente a Ele? Por meio de atos e/ou
palavras para o nosso próprio uso, nosso próprio interesse. O sexo é do nosso
interesse? Sim. Então deixe para os demais dias da semana. Será que tem que ter
sexo todos os dias da semana, inclusive no sábado? Nem o sábado pode ser
poupado? Seis dias da semana é pouco para os interesses pessoais? Será que é
necessário roubar o tempo de Deus?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">É
claro e evidente que a Bíblia não apresenta respostas para todas as questões
quanto ao que se deve ou não fazer aos sábados. Mas a Bíblia apresenta
princípios básicos que devem nortear as questões específicas. A Bíblia não
proíbe especificamente o fumar maconha. Mesmo que alguns utilizem argumentos
como “vantagens” para seu uso, o princípio que a Bíblia apresenta é o do
cuidado do corpo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Isaías
58:13 e 14 apresenta alguns pontos relevantes que devem ser analisados: (1) não
cuidar dos seus próprios interesses; (2) não seguir seus próprios caminhos; (3)
não pretender fazer sua própria vontade; (4) não falar palavras vãs. O
resultado de se seguir essas recomendações será: “Então te deleitarás no Senhor.”
Quando toda a sua agenda for tirada do foco, então, e só então, você se deleitará
no sábado do Senhor. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Nenhum
trabalho que vise prazer... é lícito nesse dia” (<i>O Desejado de Todas as Nações</i>, p. 138). Nenhuma atividade que tenha
o foco no prazer, como o sexo, por exemplo, é lícita para o sábado. Deus deu à
humanidade seis dias, e o sétimo é dEle. Depois mais seis dias, e o sétimo é de
Deus, e assim sucessivamente. O que faz algumas pessoas suporem que Deus não tenha
direito à exclusividade de pensamento e de atenção? O que faz algumas pessoas
acharem que possam tratar de aspectos mais pessoais em detrimento de uma
dedicação mais integral a Deus? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Há
maior santidade no sábado do que lhe atribuem muitos que professam observá-lo.
O Senhor tem sido grandemente desonrado por parte dos que não têm observado o
sábado conforme o mandamento, quer na letra, quer no espírito. Ele sugere uma
reforma da observância do sábado” (<i>Testemunhos
Seletos</i>, v. 3, p. 20, 21). Muitos pontos relativos à observância do santo
sábado precisam ser reconsiderados e reformados para que se não venha a
utilizar esse dia para os próprios interesses. Alguns trabalham tanto durante a
semana que quase não têm tempo para dormir, e procuram “repor o atraso”
dormindo boa parte do sábado. Outros fazem algo parecido em relação ao sexo e à
família. Durante a semana, a família é praticamente desprezada e o sexo é relegado
a um plano último. Então, “já que o sábado é um dia perdido mesmo”, ele é
utilizado para “tirar o atraso sexual”. Claro que o discurso e as
justificativas serão os mais positivos e espirituais possíveis... Devemos dar
tempo de qualidade à família e ao cônjuge todos os dias. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O
<i>Comentário Bíblico Adventista</i>, volume
4, páginas 326 e 327, diz o seguinte sobre Isaías 58:13: “A essência do pecado
é o egoísmo: fazer o que se deseja, sem levar em consideração a Deus ou ao
próximo. O sábado dá ao ser humano a oportunidade de subjugar o egoísmo e
cultivar o hábito de fazer o que agrada a Deus (1Jo 3:22) e que contribui para
o bem-estar de outros.” O texto não está dizendo que atos egoístas podem ser
praticados nos demais dias da semana. Não está dizendo isso! O texto diz que no
sábado devemos viver uma vida de prazer altruísta, focada em nosso
relacionamento íntimo com Deus. Grande quantidade de atividades permitidas nos
demais dias da semana deve ser substituída no sábado por outras focadas em
nosso relacionamento íntimo com Deus. Esse relacionamento produzirá atos de
bondade e misericórdia para com o próximo. Desejos de satisfação própria deixam
de ser prioritários quando entronizamos o Senhor do sábado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Quando
se lê o que Ellen White escreveu sobre o preparo para o sábado, é impossível
não notar que atividades muito mais simples do que o sexo sabático são ali
reprovadas. Como exemplo, veja o texto a seguir: “Na sexta-feira, deverá ficar
terminada a preparação para o sábado. Tenhamos o cuidado de pôr toda a roupa em
ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovar os sapatos e tomar o
banho. É possível deixar tudo preparado, caso se tome isso como regra. O sábado
não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em
divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr do sol,
coloquemos de parte todo trabalho secular, e façamos desaparecer os jornais profanos.
Os pais devem explicar aos filhos esse procedimento e induzi-los a ajudarem na
preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento” (<i>Testemunhos Para a Igreja</i>, v. 6, p. 355).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Lembrando
que ocupações mundanas não são proibidas em si, mas elas o são no sábado. São
atividades comuns que não nos aproximam de Deus, sendo reservadas para os
demais dias da semana. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“A
sexta-feira é o dia de preparação. O tempo pode ser então dedicado a fazer os
necessários preparativos para o sábado, a pensar e falar sobre isso. Coisa
alguma que possa, aos olhos do Céu, ser considerada transgressão do santo
sábado, deve ser deixada por dizer ou fazer no sábado. Deus requer, não somente
que nos abstenhamos do trabalho físico no sábado, mas que a mente seja disciplinada
de modo a pensar em temas santos. O quarto mandamento é transgredido mediante o
conversar-se sobre coisas mundanas, ou leves e frívolas. Falar sobre qualquer
coisa ou sobre tudo que nos vem à mente, é falar nossas próprias palavras. Todo
desvio do direito nos põe em servidão e condenação” (<i>Testemunhos Seletos</i>, v. 1, p. 290).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A
mente tem que ser disciplinada para pensar em temas santos no sábado. Será que
pensar em sexo é um tema adequado para o sábado? O sexo não é pecaminoso, assim
como várias outras atividades proibidas para o sábado também não são
pecaminosas em si. Atividades pecaminosas não podem ser praticadas em dia
nenhum, não só no sábado. Porém, várias atividades que não são pecaminosas não
devem ser praticadas no sábado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Tanto
no Antigo quanto no Novo Testamento aparecem textos em que são retratadas a
abstenção sexual em determinados momentos de santificação. Esses textos não
falam especificamente sobre o sábado, mas demonstram que, sob certas condições
de santificação, era necessário se abster da prática sexual. O que será que isso
pode dizer à igreja da atualidade?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Êxodo
19:14 e 15: quando o povo estava se consagrando para receber a santa lei de
Deus, foi determinado que eles não se chegassem a mulher. Por alguma razão,
Deus solicitou uma prática de abstenção para consagração do povo antes de
receber os dez mandamentos. Alguns imaginam que o que é santo é santo de igual
forma e intensidade. Seria difícil essa pessoa explicar a diferença entre os
dois compartimentos do santuário, o santo e o santíssimo. Obviamente, existem
níveis de santidade. A lei de Deus era colocada no santíssimo, num lugar
distinto e mais especial do que as demais leis: dentro da arca da aliança. Não
existe nada mais santo do que a lei de Deus, pois representa o próprio Deus,
Seu caráter. O sexo é santo somente no casamento. E precisa seguir as normas
dos dez mandamentos para continuar sendo santo. Não adulterar, não desejar a
mulher do próximo, lembrar-se do dia do sábado são alguns exemplos de
mandamentos que norteiam o casamento e o sexo no casamento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">I
Samuel 21:4-6: apresenta outro caso em que a abstenção do contato com as
mulheres foi avaliado e determinante na questão. Mesmo que seja apenas um
aspecto cerimonial, ela pode encerrar um princípio moral relevante ainda em
nossos dias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">I
Coríntios 7:5: ao Paulo solicitar que não houvesse um tempo muito grande de
abstinência sexual para não cair em tentação, ele destaca um ponto interessante
que encontra eco nos textos anteriores e que contraria filosofias pagãs que acreditam
que o sexo aproxima os seres humanos da divindade. Por alguma razão o texto
apresenta um conflito de interesses entre a oração e a prática sexual. O texto
claramente destaca que a prática sexual não possui as mesmas propriedades
espirituais da oração que eleva a humanidade até Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No
Antigo Testamento, aparecem muito frequentemente a prostituição cultual como
uma demonstração da crença pagã de que a prática sexual elevava a humanidade até
a divindade. E essa prática sexual era muitas vezes entronizada nos templos
pagãos. Alguns parecem acreditar que possuem uma espécie de “carne santa”, e
que tudo o que fazem está revestido de santidade. E que a prática sexual os
elevaria a Deus, devendo ser praticada no sábado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“A
Religião do Falo ensina até hoje que, ao orar, o homem invoca Deus; mas, ao
unir-se sexualmente à sua mulher, se converte em Deus. O fogo do sexo é o fogo
da santidade; a origem do sexo tem a raiz na própria Divindade. O sexo está em
Deus, assim como o Filho está no Pai. O sexo e a santidade são duas linhas
paralelas que se encontram em Deus; mas os olhos do libertino e os do hipócrita
e fanático não podem ver esse encontro” (<i>Do
Sexo à Divindade: As religiões e seus mistérios</i>, de Jorge Adoum, p. 18).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Devemos
esclarecer, de uma vez por todas, que, se os sacerdotes deram ao povo o culto
da adoração ao Sol e aos planetas, foi porque os homens começaram a perverter a
religião do sexo” (ibidem, p. 20).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“A
união carnal, para os adoradores do sexo, é obra luminosa. Toda união é motivo
de criação ou expressão. O mal não está no ato, e sim nos pensamentos que o
precedem e o acompanham” (ibidem, p. 19).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Esses
textos são uma amostra do pensamento pagão de que o sexo elevaria o ser humano
a Deus. Alguns adventistas têm argumentado de forma semelhante ao tentar
justificar a prática sexual sabática como uma ação que elevaria o ser humano a
Deus, e que essa prática estaria em total sintonia com o espírito sabático.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No
livro de Heschel, <i>O Schabbat</i>, é
destacado o sábado como o santuário/templo no tempo. Onde quer que estejamos
poderemos estar no templo do tempo, o santo sábado. É preocupante quando se
defende a prática sexual no templo do tempo, assemelhando-se, assim, de certa
forma, aos pagãos em seus pensamentos e práticas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Conclusão<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sábado
não é o dia da família. Não é o dia das minhas vontades sexuais. Sábado é o dia
do Senhor. É dia de fazer a vontade de Deus. É o dia de se relacionar
intimamente com Ele. Claro que isso tudo irá refletir no relacionamento com o
próximo, mas não a ponto de ofuscar e/ou distorcer o relacionamento com Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“George
Knight mencionou certa ocasião a existência de uma pergunta ‘anticristã’ e
outra ‘cristã’ em relação ao sábado. A pergunta anticristã é: ‘Posso fazer isso
no sábado e ainda ser salvo?’ e a pergunta cristã seria: ‘Qual é a melhor
maneira de observar o sábado?’” (<i>O Sábado
na Bíblia</i>, p. 112).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“O
sábado não deve ser passado em ociosidade, mas tanto em casa como na igreja,
cumpre-nos manifestar espírito de adoração. [...] Nesse dia todas as energias
da alma devem estar despertas; pois não temos que nos encontrar com Deus e com
Cristo, nosso Salvador?” (<i>Testemunhos Seletos</i>,
v. 3, p. 28).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O
fato de não existirem textos específicos sobre determinado detalhe não pode ser
um salvo conduto para se praticar todas as possibilidades. Quando se fala em
roupa decente, por exemplo, já se está apresentando o padrão a ser seguido, não
uma roupa específica. Na questão do sábado, de igual forma, temos claros
princípios bem firmados e estabelecidos por Deus, tanto revelados na Bíblia quanto
no Espírito de Profecia. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A
Bíblia e Ellen White falam pouco sobre a sexualidade, mas o suficiente para
entendermos os princípios que devem nortear nossos procedimentos práticos
diários.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">À
lei e ao testemunho são os critérios válidos para testar se algo é de Deus ou
não. O casamento foi criado por Deus antes mesmo da existência do pecado e deve
ser resguardado dele. Pecado é a transgressão da lei. O casamento deve ser
norteado pela prática dos dez mandamentos. Por isso não se deve adulterar, pois
a lei diz: “Não adulterarás.” Não se deve desejar a mulher do próximo, pois a
lei determinada assim. Não se deve transgredir o santo sábado, pois a lei
também destaca a importância de se lembrar de santificar o sétimo dia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="line-height: 106%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">(Vanderlei
Ricken é bibliotecário)<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">[Conheça
agora outra linha de argumentação, a favor do “pode”. O primeiro material vem
do livro <i>Sexo: Respostas honestas a perguntas
sinceras</i>, da Casa Publicadora Brasileira, escrito por Jorge Bruno e
Maurício Bruno. Veja o que consta no capítulo 5 dessa obra:]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Se
a relação sexual é do tipo concupiscente ou oposta à ordem natural estabelecida
por Deus, será ilícita não só no sábado, mas em qualquer outro dia da semana.
Quando se trata de uma relação legítima, fundada no amor como princípio
racional, nenhum membro da igreja vê problema em mantê-las nos dias comuns da
semana. Mas por que se questiona fazê-lo no dia do Senhor? Em relação a essa
dúvida, temos visto e ouvido muitas discussões que não ajudam a unidade da
igreja. Cremos que deve haver suficiente amplitude de mente e espaço
eclesiástico para o pensamento das posturas que defendem o “sim” e o “não”. Não
há motivo para dogmatizar em assuntos que são uma questão de consciência, sobre
os quais não há um claro “assim diz o Senhor”, nem sequer uma palavra explícita
no Espírito de Profecia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Os
que defendem o “não” apresentam o argumento de Isaías 58:13 e 14: “Se desviares
o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo
dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o
honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria
vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor...” A ideia é que não se pode fazer a própria
vontade no dia de sábado, e fazer o ato sexual é, segundo eles, um ato
voluntário próprio. Os que defendem o “sim” respondem a esse argumento dizendo
que se o ato sexual se harmoniza com o plano de Deus para a sexualidade humana,
aquilo que se faz não se opõe à vontade de Deus nem à santidade do sábado,
muito ao contrário, exalta e a magnificas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No
sábado, eu decido ir à igreja, e esse é um ato de minha vontade, muito legítimo
por certo, mas ninguém o questiona porque está em harmonia com a vontade de
Deus. É a vontade divina que torno minha. Assim também acontece com a
sexualidade, já que é legítima quando se harmoniza com essa vontade criadora
que a inventou. Deus designou que fosse posta em ação a partir daquela primeira
sexta-feira da criação, quando disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
Terra” (Gênesis 1:28). Isso não dá permissão à mera complacência carnal,
naturalmente – como todas as coisas – desviada do ideal divino. É curioso que a
ordem fora dada na sexta-feira, antes do pôr do sol, e que a oportunidade de
concretizá-la pela primeira vez estava precisamente naquele glorioso primeiro
sábado da criação, que Adão e Eva passaram juntos, inaugurando sua
“lua-de-mel”. Daquilo que foi feito e dito na sexta-feira, Deus declarou que
era “muito bom” (Gênesis 1:31), superlativo que inclui indubitavelmente a
sexualidade para colocar em ação o maravilhoso fenômeno da procriação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Outra
coisa: a Palavra de Deus apresenta um pormenor significativo para nós hoje.
Quando Adão e Eva foram apresentados um ao outro, diz-se-nos que “estavam nus e
não se envergonhavam” (Gênesis 2:25). Essa expressão descreve para nós a
transparência e intimidade física que faz com que os esposos possam estar despidos
e desejar-se um ao outro. Isso facilita iniciar o jogo amoroso que os levará ao
êxtase supremo do prazer planejado e ordenado pelo Criador. Quando se faz
aquilo que foi planejado por Deus, nada pode torná-lo profano ou sujo, como
tampouco fazê-lo violar o santo dia do Senhor, porque o santo não pode
invalidar o santo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nossa
opinião é que não há sabedoria em posições extremistas para o “sim” ou para o
“não”. Referimo-nos aos que creem que é um grande pecado fazê-lo no sábado e
aos que creem que não deve haver limite algum sobre o assunto. Não se deve
impor nenhuma postura pela força de uma posição de liderança eclesiástica.
Cremos que deve haver respeito mútuo entre os que defendem uma ou outra
posição, e que finalmente cada um deve decidir. Em assuntos de consciência,
cada qual deve ser deixado livre. Quando o casal não está de acordo,
entretanto, já que um defende o “sim” e o outro o “não”, a decisão que
aconselhamos é a favor do não. Dessa forma, aquele que crê ser errado fazer
sexo não violará sua consciência moral, pecando consequentemente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Por
fim, nossa posição é que não há nada que possa tornar ilícito ou imoral o ato
sexual no dia do sábado. Isto é, desde que seja um ato legítimo que não
interfira com o dar a primazia a Deus e às atividades sagradas do sábado
planejadas pela igreja. Também pensamos que, embora seja legítimo fazê-lo no
sábado, não se deveria planejá-lo sistematicamente para esse dia, como tampouco
para nenhum dia específico da semana, dando assim lugar à espontaneidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">É
errado fazer sexo no sábado?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Respondemos
que não há nada sujo ou errado no sexo praticado como Deus manda [e não como o
homem bem entende] e que, portanto, não violamos o dia do Senhor amando-nos
sexualmente. Essa pergunta se encaixa no contexto da ideia de que o sexo tem em
si mesmo algo mau e que por isso é incompatível com o dia santo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Lamentavelmente,
ainda existe na grande comunidade cristã o preconceito milenar de que o sexo
teve algo a ver com o pecado original do casal edênico. Portanto, crê-se que é
um “mal necessário” para procriar, mas que fora isso, praticá-lo por puro
prazer é promover as “concupiscências da carne” e desejar o pecado. Tal postura
é totalmente antibíblica, já que antes da queda o casal edênico recebeu a ordem
de povoar a Terra, obviamente, amando-se sexualmente. Além disso, o pecado
original está relacionado com a desobediência produzida pelo espírito de
independência da vontade de Deus. Não há outro pecado original, e menos ainda
que tenha alguma relação com o sexo. O que está claro na Bíblia, sim, é que o
pecado degradou o sexo e o submergiu no lodaçal das paixões impuras e
descontroladas. Mas, quando ele é praticado segundo o plano de Deus, é uma
atividade que une e fortalece o amor. Também provê intenso prazer e produz a
maravilha de um novo ser feito à imagem de Deus e à imagem de seus
progenitores.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No
livro de Provérbios, a relação sexual não tem limitações de tempo, pois está
escrito: “Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as
suas carícias” (5:19). Obviamente, em todo o tempo e sempre incluem os sete
dias da semana. A propósito, recomendamos que leia e estude com oração todo o
capítulo 5 de Provérbios. Esse capítulo contém as duas faces da paixão, a
impura que leva ao adultério e a pura que conduz ao gozo delicioso do amor
físico planejado por Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Existe
na Bíblia, entretanto, uma declaração específica que proíbe fazer sexo durante
o período menstrual da mulher. Levítico 20:18 diz: “Se um homem se deitar com
mulher no tempo da enfermidade dela e lhe descobrir a nudez, descobrindo a sua
fonte, e ela descobrir a fonte do seu sangue, ambos serão eliminados do meio do
seu povo.” (Ver também Levítico 18:19.) Vários séculos depois, o profeta
Ezequiel registrou as palavras de Deus que relacionam o “homem justo” com
aquele que não se chega “à mulher na sua menstruação” (Ezequiel 18:5 e 6). Hoje
podemos compreender que, por razões higiênicas e estéticas, a penetração deve
ser descartada durante as regras da mulher.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">[Leia agora este artigo de um professor de Teologia da Universidade Andrews. <a href="https://megaphoneadv.blogspot.com.br/2017/03/e-biblico-ter-relacoes-sexuais-durante.html?spref=fb" target="_blank">Clique aqui.</a>]</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">[Finalmente,
assista ao vídeo produzido pelo apresentado do programa “Na Mira da Verdade”,
Leandro Quadros:]</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/llNTNiv9x9E" width="590"></iframe></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-17161348740986191672016-10-05T17:49:00.000-03:002016-10-05T17:49:00.940-03:0050 falsas profecias da Torre de Vigia<div class="WordSection1">
<div class="WordSection1">
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu
sei que devemos respeitar todas as pessoas e todas as religiões que promovem a
paz. Aprecio muito a organização e o trabalho de porta em porta desenvolvido
pelas testemunhas de Jeová e sei que há muitas pessoas sinceras nessa denominação,
como também em todas as outras. Mas ouvi falar que a Sociedade Torre de Vigia já
divulgou muitas profecias que não tiveram cumprimento. Isso é verdade? – V.</span></span></b></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Infelizmente, é verdade, sim. A lista a
seguir foi extraída do livro <i>O Desafio da
Torre de Vigia</i>, do jornalista Azenilto Brito. Ele fez uma extensa pesquisa
em publicações da Sociedade Torre de Vigia. O livro digital pode ser pedido por
estes e-mails: </span><span style="line-height: 150%;">profazenilto@hotmail.com ou atalaiadesiao@yahoo.com.br
<u1:p id="yui_3_16_0_ym19_1_1475662775948_89594"></u1:p></span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1475662775948_89596"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">I – Reivindicações insustentáveis<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">1. “A Sociedade Torre de Vigia de Bíblias
e Tratados é a maior corporação do mundo, porque desde o tempo de sua
organização [1884] até agora o Senhor a tem usado como Seu canal mediante o
qual torna conhecidas as Boas Novas” (<i>The
Finished Mystery</i>, p. 144).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">2. “A ‘Sociedade’ é o representante
visível do Senhor sobre a Terra” (<i>Jehovah’s
Witnesses</i>, p. 149).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">3. “A organização visível de Deus hoje
também recebe orientação e direção teocráticas. Na sede das Testemunhas de
Jeová, em Brooklyn, Nova Iorque, existe um corpo governante de anciãos cristãos
de várias partes da Terra que dão a necessária supervisão às atividades
mundiais do povo de Deus. Este corpo governante é composto de membros do
‘escravo fiel e discreto’ [Mateus 24:45 subentendido]. Os homens desse corpo
governante... sendo governados teocraticamente, seguem o exemplo do primitivo
corpo governante de Jerusalém, cujas decisões baseavam-se na Palavra de Deus e
eram feitas sob a direção do espírito santo” (<i>Poderá Viver</i>, p. 195).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">4. Ensinos originários do céu: <i>Cumprir-se-á Então</i>, p. 212-214; <i>Sentinela</i>, 1º de outubro de 1972, p. 528
(último parágrafo) e 584 (§§ 6 e 7).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">Obs.: Para outras declarações pretensiosas
do mesmo teor, ver: <i>Santificado Seja</i>,
p. 296, 297, 303, 308; <i>Seja Feita</i>, p.
166, 167, 200; <i>Verdade Tornará</i>, p.
311, 312; <i>Nações Terão</i>, p. 62, 63; <i>Paraíso Restabelecido</i>, p. 333-335.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">II – Uma relação comprometedora para uma teocracia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">Abaixo estão listadas 50 falsas profecias,
falsas datas proféticas e falsos esquemas proféticos da Sociedade Torre de
Vigia, desde C. T. Russell, seu fundador, até o presente, comprovadas com a
literatura editada ao longo dos anos pela organização:<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<i><span style="line-height: 150%;"> </span></i><b><span style="line-height: 150%;">1</span></b><span style="line-height: 150%;">. Advento visível, literal de Cristo em 1874: <i>The Finished</i>, p. 53, 54. Obs.: Era a expectativa inicial de
Russell, segundo ensinos que acatara de Jonas Wendell, em 1872.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i></b><b><span style="line-height: 150%;">2</span></b><span style="line-height: 150%;">. Advento invisível (começo da <i>parousia</i>) em 1874: <i>Criação</i>, p. 125*; <i>Prophecy</i>,
p. 65; <i>Sentinela </i>15/2/75, p. 122; <i>The Finished</i>, p. 167.* Obs.: Essa foi a nova
interpretação originada por Nelson Barbour e aceita por Russell em 1876. A data
agora admitida para o mesmo evento é 1914.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i></b><b><span style="line-height: 150%;">3</span></b><span style="line-height: 150%;">. Fim dos 6.000 anos desde a criação do
homem, e começo do 7º milênio em 1872: <i>Studies
</i>(<i>Millenial Dawn</i>) – II, p. 3; <i>Sentinela</i>, 15/2/75, p. 122; <i>Aproximou-se Reino</i>, p. 207.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i></b><b><span style="line-height: 150%;">4</span></b><span style="line-height: 150%;">. Início do 7º milênio desde a queda do
homem, com dois anos desde a criação até a queda: <i>Sentinela</i>, 15/2/75, p. 122; <i>Aproximou-se
Reino</i>, p. 207. Obs.: A data presentemente admitida para o fim dos 6.000
anos desde a criação do homem e início do 7º milênio é 1975. Nada é dito de
dois anos entre a criação e a queda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i></b><b><span style="line-height: 150%;">5</span></b><span style="line-height: 150%;">. Começo do tempo de angústia em 1874,
segundo 3.416 polegadas de medidas da Grande Pirâmide (simbolizando 3.416 anos
proféticos desde 1.542 a.C.: 3416 - 1542 = 1.874). <i>Studies in the Scripture </i>– III, 234, edição de 1918.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;"> 6</span></b><span style="line-height: 150%;">. Começo do tempo de angústia em 1915, segundo 3.457 polegadas de
medidas da Grande Pirâmide (simbolizando 3.457 anos proféticos desde 1.542 a.C.:
3457 - 1542 = 1915). <i>Studies </i>– III,
342, edição de 1923.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i></b><b><span style="line-height: 150%;">7</span></b><span style="line-height: 150%;">. Domínio restaurado à humanidade (Paraíso
restabelecido) no ano de 2.914 d.C.: <i>The
Finished</i>, p. 60, 64* [ver § 43].<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i></b><b><span style="line-height: 150%;">8</span></b><span style="line-height: 150%;">. Data da criação do primeiro homem – 4.128
A.C.: <i>Aproximou-se Reino</i>, p. 206. Obs.:
A data atualmente admitida é 4.026 A.C.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><i><span style="line-height: 150%;"> </span></i></b><b><span style="line-height: 150%;">9</span></b><span style="line-height: 150%;">. Datas proféticas baseadas na desolação
de Israel: <i>The Finished</i>, p. 61; <i>O Eterno Propósito de Deus Vai Triunfando
Agora</i>, p. 9, 10.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">10</span></b><span style="line-height: 150%;">. Arrebatamento e glorificação do
“remanescente”, súbita e miraculosamente, em 1878, para viver com o Senhor para
sempre (ressurreição invisível dos santos adormecidos): <i>The Finished</i>, p. 64*; <i>Los
Testigos de Jehová en el Propósito Divino</i>, p. 19.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">11</span></b><span style="line-height: 150%;">. Esquema profético sobre o “dobro” – 1845
anos desde 33 a.C. levando a 1878 d.C., ano em que haveria especial favor de
Deus ao Israel literal: <i>The Finished</i>,
p. 64*; <i>Vida</i>, p. 159. Obs.: Tanto o
esquema quanto a data deixaram de ter sentido para a atual cronologia “bíblica”
da Sociedade Torre de Vigia (STV).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">12</span></b><span style="line-height: 150%;">. Alto clamor iniciando-se em 1881: <i>The Finished</i>, p. 64* (§ 2º, 4ª linha). Obs.:
A data agora é 1919, cf. <i>Aproximou-se
Reino</i>, p. 191.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">13</span></b><span style="line-height: 150%;">. Tempo de angústia inigualável entre 1874
e 1914: <i>Santificado Seja</i>, p. 306, 307;
<i>Cumprir-se-á Então</i>, p. 267, 276.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">14</span></b><span style="line-height: 150%;">. A redenção do corpo (a igreja de Cristo,
cf. Rm 8:22, 23) antes de 1914: <i>Studies</i>
(<i>Millenial Dawn</i>)</span><span style="line-height: 150%;">
– </span><span style="line-height: 150%;">III, p. 228,* ed. 1902.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">15</span></b><span style="line-height: 150%;">. A glorificação da igreja e o estabelecimento
do Reino (sobre a Terra) no ano de 1914: <i>Studies</i>,
II, p. 77*; <i>Light</i>, Livro 1, p. 194* e
195*; <i>Cumprir-se-á Então</i>, p. 110,
210; <i>Sentinela</i>, 15/2/75, p. 123; <i>Aproximou-se Reino</i>, p. 188; <i>Próxima Salvação</i>, p. 130, 131; <i>Clímax Próximo</i>, p. 130.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">16</span></b><span style="line-height: 150%;">. Início da fase terrestre do Reino.
Ressurreição de heróis da Bíblia até João Batista no fim de 1914: <i>Studies</i></span><span style="line-height: 150%;"> – </span><span style="line-height: 150%;">IV, p. 624, 625.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">17</span></b><span style="line-height: 150%;">. O Armagedom como consequência da Primeira
Guerra Mundial: <i>Santificado Seja</i>, ps.
306, 307; <i>Cumprir-se-á Então</i>, p. 267,
276.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">18</span></b><span style="line-height: 150%;">. Destruição das nações gentias em 1914: <i>Sentinela</i>, 15/2/75, p. 123; <i>Aproximou-se Reino</i>, p. 188.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">19</span></b><span style="line-height: 150%;">. Fim da cegueira espiritual dos judeus, e
Jerusalém não mais pisada pelos gentios a começar em 1914: <i>Studies </i>(<i>Millenial Dawn</i>)
– II, p. 77,* edição de 1904.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">20</span></b><span style="line-height: 150%;">. Reino estabelecido em 1915: <i>The Finished</i>, p. 128*; <i>Studies</i></span><span style="line-height: 150%;"> – </span><span style="line-height: 150%;">IV, p. 624, 625; <i>Light</i>, p. 195.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">21</span></b><span style="line-height: 150%;">. Passagem de Russell para “além do véu”
(ida para o Céu) quando de sua morte, em 1916, onde se teria posto a dirigir a
obra da “Ceifa”: <i>The Fihished</i>, p. 144,*
420; <i>Los Testigos de Jehová en el
Propósito Divino</i>, p. 63, 64. Obs.: Cria-se, então, que a ressurreição
invisível dos salvos começara em 1878. Em 1927, concluiu-se que somente tivera
lugar desde 1918 (<i>Paraíso Perdido</i>, p.
192). Teria Russell chegado ao céu antes da hora?<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">22</span></b><span style="line-height: 150%;">. Glorificação do “remanescente” em 1918: <i>Próxima Salvação</i>, p. 131. Obs.: A ideia
é de glorificação literal, nova expectativa de irem para o Céu após os
desapontamentos de 1878, 1914 e 1915. Atualmente, 1918 é aplicado ao início da
ressurreição “invisível” da “classe ungida” de 144.000 membros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">23</span></b><span style="line-height: 150%;">. Igrejas destruídas por atacado e membros
da cristandade mortos aos milhões [cf. Ez 24:25, 26] em 1918: <i>The Finished</i>, p. 485.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">24</span></b><span style="line-height: 150%;">. Russell, “sinal” para os que consultarem
seus livros (10 milhões espalhados pelo mundo) após a mortandade de 1918 [cf.
Ez 24:27]: <i>The Finished</i>, p. 485.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">25</span></b><span style="line-height: 150%;">. Russell, cumprimento de Ezequiel 9:4-11;
10:1-7 e outras profecias: <i>Cumprir-se-á
Então</i>, p. 110, 111. Obs.: Aplicação agora aos 144.000 ungidos: <i>Cumprir-se-á Então</i>, p. 113.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">26</span></b><span style="line-height: 150%;">. Sete trovões e sete pragas (Ap 16) – os
7 volumes de <i>Studies in the Scriptures</i>:
<i>The Finished</i>, p. 167.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">27</span></b><span style="line-height: 150%;">. “Colheita” concluída em 1919. Pela
frente só “obra de respiga”: <i>Paraíso Restabelecido</i>,
p. 159, 160.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">28</span></b><span style="line-height: 150%;">. Repúblicas mundiais totalmente
subvertidas entre 1917 e 1920, especialmente 1920: <i>The Finished</i>, p. 258.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">29</span></b><span style="line-height: 150%;">. Fechamento do caminho celestial (tempo
de graça) em 1921: <i>The Finished</i>, p.
64.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">30</span></b><span style="line-height: 150%;">. Ressurreição, em 1925, dos heróis de
Hebreus 11: <i>Milhões Agora</i>, p. 110,*
111,* 122*; <i>The Way</i>, p. 224,* 228*; <i>Salvação</i>, p. 275,* 276.* Obs.: Em <i>Salvação</i>,<i> </i>há menção a Beth-Sarim, casa para morada dos “príncipes” ressurretos
(depois de 1925). Ver foto da casa na p. 275* [Est. nº 3, Subt. III, §§ 7 e 8].<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">31</span></b><span style="line-height: 150%;">. Reino estabelecido na Palestina em 1925:
<i>The Finished</i>, p. 128*; <i>Milhões Agora</i>, p. 110,* 111,* 122*; <i>The Way</i>, p. 224,* 228.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">32</span></b><span style="line-height: 150%;">. Ressurreição geral a partir de 1925 com
intervenção dos “príncipes”: <i>The Way</i>,
p. 226,* 232*; <i>Anuário... </i>1976, p.
217, 146.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">33</span></b><span style="line-height: 150%;">. Deus retorna judeus à Palestina quando
da ressurreição e restauração do Reino em 1925: <i>The Way</i>, p. 224.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">34</span></b><span style="line-height: 150%;">. Jerusalém, capital do mundo no Reino
restaurado (1925): <i>The Way</i>, p. 224.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">35</span></b><span style="line-height: 150%;">. Nenhuma morte após 1925. Decoradores
funerários devem arranjar novas ocupações: <i>The
Way</i>, p. 228* (cf. 224*).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">36</span></b><span style="line-height: 150%;">. Após falha das predições sobre 1925,
novas interpretações sobre o retorno dos judeus: <i>Vida</i>, p. 163, 172, 173-175; <i>Próxima
Salvação</i>, p. 130; <i>Clímax Próximo</i>,
p. 118; <i>Proclamadores do Reino</i>, p.
141.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">37</span></b><span style="line-height: 150%;">. Predição de Rutherford (cerca de 1937):
nazistas invadiriam a Suíça e a dominariam na Segunda Guerra Mundial: <i>O Juiz Rutherford Expõe a Quinta Coluna</i>,
p. 15.* Obs.: Livreto editado em julho de 1940.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">38</span></b><span style="line-height: 150%;">. Predição de Rutherford (1938): nazistas
destruiriam o Império Britânico: <i>O Juiz
Rutherford Expõe a Quinta Coluna</i>, p. 15.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">39</span></b><span style="line-height: 150%;">. Predição de Rutherford (1938): ditadores
aliados à hierarquia católica se apoderarariam “do domínio de quasi [sic] todas
as nações, se não for de todas”, dominando-as por pouco tempo: <i>O Juiz Rutherford Expõe a Quinta Coluna</i>,
p. 15.* Obs.: Isso em conexão com a II Guerra Mundial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">40</span></b><span style="line-height: 150%;">. Predição de Rutherford: tempo de
angústia e Armagedom em resultado direto da Segunda Guerra Mundial: <i>O Juiz Rutherford Expõe a Quinta Coluna</i>,
p. 16.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">41</span></b><span style="line-height: 150%;">. Predição de Rutherford: desmascaramento
do catolicismo no Armagedom, logo após a Segunda Guerra Mundial: <i>O Juiz Rutherford Expõe a Quinta Coluna</i>,
p. 17, 22.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">42</span></b><span style="line-height: 150%;">. Começa o milênio, outubro de 1975:
comparar <i>Vida Eterna</i>, p. 28, 29, 20,
357; <i>Seja Deus </i>(ed. 1949), p. 174,
175; <i>Novos Céus</i>, p. 374; <i>Caiu Babilônia</i>, p. 218; <i>Sentinela</i>, 1º/5/1973, p. 244.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">43</span></b><span style="line-height: 150%;">. Restituição completada em 2875 d.C.: <i>The Finished</i>, p. 60. Obs.: Embora essa
data seja futura, não é preciso esperar para que se confirme. Foi estabelecida
com base nas medidas da pirâmide de Gizé e, logicamente, não é mais considerada
corretas pelas “testemunhas” em nossos dias. O segundo dirigente da Sociedade
Torre de Vigia, o “juiz” Rutherford, concluiu serem “ímpios” os que
persistissem crendo na teoria de profecias estabelecidas por medidas da grande
pirâmide egípcia (ideia advogada pelo fundador da Sociedade, Charles Russell, e
ensinada com convicção por 35 anos) – ver <i>Light</i>,
Livro 1, p. 12.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">44</span></b><span style="line-height: 150%;">. Queda de Adão em 4.127 a.C.: <i>The Finished</i>, p. 64.*<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">45</span></b><span style="line-height: 150%;">. Data da criação do primeiro homem, 4.025
a.C.: <i>Equipado Para Toda Boa Obra</i>, p.
143; <i>Novos Céus</i>, p. 379. Obs.: A data
atualmente admitida é 4.026 a.C.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">46</span></b><span style="line-height: 150%;">. Data a partir da qual calcular os 2.520
“dias proféticos” (606 a.C.): <i>Light</i>,
Livro 1, p. 195*; <i>Vida</i>, p. 107. Obs.:
A data atualmente admitida é 607 a.C.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">47</span></b><span style="line-height: 150%;">. Os 1.260 dias de Ap 12:6, 14 – tempo de
duração da guerra no Céu: <i>Novos Céus</i>,
p. 219.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">48</span></b><span style="line-height: 150%;">. Os 1.260 dias: período que vai de março
de 1919 a setembro de 1922 (cf. Ap 11:1-3): <i>Próximo
Reino</i>, p. 312, 313.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">49</span></b><span style="line-height: 150%;">. Os 1.260 dias: período que vai de meados
de novembro de 1914 a maio de 1918 (cf. Ap 11:1-3): <i>Seja Feita</i>, p. 166. Obs.: Atual interpretação para os 1.260 dias:<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">a) Ap 11:2 e 3 aplica-se ao período de 4/5
de outubro de 1914 a 27 de março de 1918: <i>Cumprir-se-á
Então</i>, p. 262, 264, 332.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">b) Nova interpretação (em separado) para
Ap 12:6, 14: tempo que vai de 13/14 de abril de 1919 a 4/5 de outubro de 1922: <i>Cumprir-se-á Então</i>, p. 315, 316.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">50</span></b><span style="line-height: 150%;">. As 2.300 “tardes e manhãs” de Dn 8:14 – período
de 25/5/1926 a 15/10/1932: <i>Seja Feita</i>,
p. 198, § 44. Obs.: Contrastar com o <i>Anuário
das Testemunhas de Jeová</i> de 1976, p. 247, onde o mesmo tempo profético
torna-se de 1º a 15 de junho de 1938 a 8-22 de outubro de 1944.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">Conclusão:</span></b><span style="line-height: 150%;"> Apesar disso tudo, a Sociedade Torre de
Vigia de Bíblias e Tratados reivindica ser uma entidade teocrática, ou seja,
diretamente dirigida por Deus, representando o “carro antitípico de Jeová” (Ez
1), o servo ao qual o Senhor confiou Seus bens (Mt 24:45-47), o Israel
espiritual, o exclusivo canal para a transmissão da verdade divina, etc. Seus
livros são referidos como instrumentos de advertência e desmascaramento dos
erros e hipocrisia da cristandade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">III – Luz progressiva ou “pisca-pisca”?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">1.</span></b><span style="line-height: 150%;"> No caso das alterações doutrinárias
frequentes, a passagem de Provérbios 4:18 sobre a “vereda do justo” comparada à
“luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” não pode ser
aplicada. Deus não enviaria novas luzes para contradizer aquelas anteriormente
concedidas por Ele mesmo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">2.</span></b><span style="line-height: 150%;"> O contexto de Provérbios 4:18 indica que
o tema não é progresso de conhecimento e aprimoramento doutrinário de entidades
religiosas, mas o despertar do indivíduo para a vida adulta, avançando
intelectual e moralmente ao acolher as recomendações dos mais velhos,
especialmente dos pais, em contraste com a atitude do ímpio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b><span style="line-height: 150%;">3.</span></b><span style="line-height: 150%;"> Exemplo de “luz progressiva” que mais se
parece com um “pisca-pisca” é a interpretação sobre as “autoridades superiores”
de Romanos 13. Segundo <i>Seja Deus</i>, p.
241, 242 e <i>Certificai-vos</i> (ed. 1960),
p. 55, referem-se somente a Jeová e Jesus Cristo, não aos governos humanos. Mas
os livros <i>Certificai-vos</i> (ed. 1970),
p. 52, 53, e <i>Vida Eterna</i>, p. 199,
201, 203 (§ 29) já admitem que se referem aos governos terrestres, voltando à
posição anterior e harmonizando-se com o pensamento histórico da “cristandade”.
Obs.: No livro <i>Verdade Tornará</i>, ed.
1946, p. 315 e 316, há críticas aos que creem que as autoridades superiores
sejam os governantes humanos. Declara ainda que “em 1929 irrompeu luz clara”
sobre o assunto, confirmando que seriam apenas Jeová e Jesus Cristo. Assim, a “Sociedade”
voltou atrás e readmitiu a interpretação anterior a 1929, que sempre foi a dos
cristãos em geral, que não teriam a “verdade”. Que aconteceu? A luz que
brilhava apagou-se e tornou a acender-se mais tarde? E permanecerá assim acesa?
Ou existirá a possibilidade de alguma “nova luz” vir a alterar a interpretação?
Tal indagação não é sem sentido, nem exagerada, pois isso já aconteceu no
passado. Senão, vejamos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b>4.</b> Em resposta à pergunta “Os homens
de Sodoma ressuscitarão?”, a “Sociedade” tomou as seguintes posições
alternadas:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
</span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: -35.1pt; tab-stops: 459.0pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span></b>
</span></div>
<div class="WordSection2">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Sim:</b> <i>Watchtower</i> [A Sentinela], jul., 1879, </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">p. 8.</span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Sim: </span></b><i><span style="line-height: 150%;">Watchtower</span></i><span style="line-height: 150%;"> [A
Sentinela], 1º de </span></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">agosto de 1965, p. 479.</span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span lang="EN-US" style="line-height: 150%;">Sim:</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; line-height: 150%;"> <i>Aid to Bible Understanding</i>,*<b> </b>eds. de de 1969 e 1988, vb. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; line-height: 150%;">“Gomorra”.</span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;">Não:
</span></b><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;">Watchtower</span></i><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">
[A Sentinela], 1º de junho de 1952, p. 338.</span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;">Não:
</span></b><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;">A Sentinela</span></i><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">,
1º de junho de 1988, p. 30, 31.</span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;">Não:
</span></b><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-indent: -18pt;"><span style="line-height: 150%;">Clímax Próximo</span></i><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">,
edição de 1988, p. 273.</span></div>
</div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: -35.1pt; tab-stops: 459.0pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
</span></div>
<div class="WordSection3">
</div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: -35.1pt; tab-stops: 459.0pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">* Mais tarde, </span><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Insight on the Scriptures;</i><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> em português: </span><i style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Estudo Perspicaz das Escrituras.</i></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">5.</span></b><span style="line-height: 150%;"> Entre 1967 e 1980, a Torre de Vigia
ensinava que seus adeptos deveriam recusar os transplantes como violação da lei
de Deus (cf. <i>The Watchtower</i> 15/11/67,
p. 702-704). Outra de suas publicações até declarava que as “testemunhas”
consideravam “todos os transplantes como canibalismo” (<i>Awake</i> [Despertai], 8/6/68, p. 21). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">a) Eis os comentários de David Reed, que
atuou no seio dessa organização contraditória: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<br /></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> “Durante esses 13 anos, requeria-se das testemunhas
de Jeová que preferissem a cegueira a um transplante de córnea, e morrer de preferência
a submeter-se a um transplante de rins. (Um ex-ancião entrevistado na
Inglaterra diz que renunciou a suas crenças após uma mulher em sua congregação
ter ficado cega em obediência às ordens da organização). Em 1980, a Sociedade
tornou os transplantes uma questão de ‘decisão pessoal’” (<i>Watchtower</i>, 15/3/80, p. 31). “E agora admite que as pessoas são
‘ajudadas’ por transplantes. Quão sábio é confiar o bem-estar espiritual de
alguém a uma organização que tem representado mal a lei de Deus em tais
questões de vida ou morte?” (Citado em <i>Comments
From the Friends</i>, outubro de 1980, p. 9).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">b) Sendo que a teologia e as interpretações
proféticas da Torre de Vigia mudam tanto com o passar do tempo (muitas vezes
terminando em harmonia com o pensamento dos cristãos em geral), quem garante
que as atuais posições serão válidas dentro das próxima décadas?</span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="Textosimples" style="line-height: 150%; margin-right: 7.0pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">c) Uma passagem bíblica que vale a pena
considerar neste contexto é 1 João 4:1: </span><span style="line-height: 150%;">“Amados, não acrediteis
em toda expressão inspirada, mas provai as expressões inspiradas para ver se se
originam de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora”
(TNM).</span></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-13807618589291164232016-04-28T08:40:00.000-03:002016-04-28T08:42:43.798-03:00O fim depende do começo<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkw5WU8zw8cu7k7HVBE8EVJq85ZQTGoMIIp42mt_7eQuKhVaahciip-OeP3NADtKOhEfn7zFvU_AdbBv1mQ0uC6VZHcvAdbOeFKTw-YPWmwcgwOkZltpQ0lC9GfqorfhgJZWLS/s1600/Bible.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkw5WU8zw8cu7k7HVBE8EVJq85ZQTGoMIIp42mt_7eQuKhVaahciip-OeP3NADtKOhEfn7zFvU_AdbBv1mQ0uC6VZHcvAdbOeFKTw-YPWmwcgwOkZltpQ0lC9GfqorfhgJZWLS/s200/Bible.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Harmonia impressionante</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><span lang="pt" style="line-height: 150%;">Existe relação entre os primeiros e os últimos
capítulos do Livro sagrado do cristianismo? As evidências bíblicas e científicas
confirmam a literalidade da semana da criação?
</span></i><b><span lang="pt" style="line-height: 150%;"> </span></b><span lang="pt" style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">[Este artigo foi escrito por meus alunos de
pós-graduação Márcio Tonetti, Reisner Martins, Sueli Ferreira de Oliveira, Ulisses
Arruda e Valter Cândido. - MB]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A crença de que a semana da criação narrada no
primeiro livro da Bíblia representaria um período de longas eras (ou de milhões
de anos, segundo a cronologia evolucionista) se popularizou no meio cristão.
Uma forte evidência disso é que já existem igrejas nos Estados Unidos que
anualmente participam das comemorações do dia dedicado a Darwin (12 de fevereiro).
Embora continuem atribuindo a Deus a origem da vida no planeta, os adeptos da
evolução teísta não veem os "dias" descritos nos primeiros capítulos
de Gênesis como períodos de 24 horas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O geneticista norte-americano Francis Collins, que
coordenou o Projeto Genoma por mais de uma década, está entre os representantes
dessa vertente. No livro <i>A Linguagem de Deus</i> (Gente, 2007), embora ele
busque apresentar diversas evidências no campo da bioquímica e da genética de
que Deus foi o <i>designer</i> inteligente originador da vida, ao fim da obra o
cientista expressa sua convicção no fato de que a criação teria acontecido no
decorrer de longas eras.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O casamento entre a fé cristã e a evolução foi tema de
uma reportagem publicada na edição de março de 2009 da revista <i>Superinteressante</i>.
Nela, o jornalista Reinaldo José Lopes considerou que essa tendência reflete a
tentativa de "sobrevivência" da Igreja diante da popularidade das
ideias propagadas pelo naturalista britânico Charles Darwin. Ele comentou que,
ao longo dos últimos 150 anos, "algumas das denominações cristãs mais
antigas, como a Igreja Católica e a Igreja Anglicana, acabaram decidindo que
não dava para brigar com as descobertas feitas pela biologia evolutiva e
passaram a interpretar os relatos da Bíblia sobre a criação do mundo como
textos poéticos e alegóricos".<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Lopes cita ainda que, em 2008, o Vaticano promoveu uma
conferência para discutir o legado de Darwin, fazendo questão de lembrar que os
livros do naturalista nunca foram oficialmente condenados pela igreja. Como
lembra o autor, essa concepção continuou sendo defendida por João Paulo 2º que,
em 1996, expressou que a teoria da evolução "é mais do que uma mera
hipótese", e, mais recentemente, foi reforçada pelo papa Francisco que
considerou a história de Adão e Eva uma fábula.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No meio evangélico, o Gênesis é interpretado de
diferentes maneiras. No livro <i>He Spoke And It Was</i>, que em breve deve ser
publicado em português pela CPB, o teólogo Richard Davidson menciona que uma
posição evangélica simbólica comum é a que é chamada por alguns de "teoria
concordista ampla", defendida por conciliadores liberais. Segundo essa
concepção, os sete dias representam longos períodos, admitindo, assim, a
evolução teísta. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No artigo "Dias literais ou períodos de tempo
figurados?", publicado na edição nº 53 da <i>Revista Criacionista</i>,
Gerhard F. Hasel procurou mostrar alguns dos argumentos mais representativos a
favor dessa ideia de longas eras. Para o erudito britânico John C. L. Gibson,
por exemplo, "Gênesis 1 deve ser tomado como uma 'metáfora', 'história' ou
'parábola', e não como um registro direto dos acontecimentos da criação".
No entender de Gibson, "se entendermos 'dia' como equivalente a 'época' ou
'era', poderemos pôr a sequência da criação, apresentada no capítulo 1, em
conexão com os relatos da moderna teoria da evolução, e assim caminhar um pouco
no sentido da recuperação da reputação da Bíblia em nossa era científica"
(<i>The Daily Study Bible</i>, v. 1, p. 56).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Hasel cita ainda que, em 1983, o comentarista alemão
Hansjörg Bräumer afirmou: "O 'dia' da criação que é descrito como contendo
'manhã e tarde' (sic) não é uma unidade de tempo que possa ser determinada com
um relógio. É um dia divino no qual mil anos são como o dia de ontem (Sl 90:4).
O dia primeiro da criação é um dia divino. Não pode ser um dia terrestre, pois
ainda está faltando a medida do tempo, o sol. Não ocasionará nenhum dano ao
relato da criação, portanto, entendê-la dentro do ritmo de milhões de
anos" (<i>Das erst Buch Mose - Wuppertaler Studienbibel</i>, p. 44).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Em seu livro <i>He Spoke And It Was</i>, Richard
Davidson também menciona que vários estudiosos evangélicos falam do relato de
Gênesis sobre a criação em termos de dias "analógicos" ou
"antropomórficos". Essa compreensão parte do pressuposto de que
"os dias são dias de trabalho de Deus, sua duração nem é especificada nem
é importante, e nem tudo no relato precisa ser considerado historicamente
sequencial".<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Além daqueles que veem o(s) relato(s) de Gênesis como
poesia, metáfora ou parábola, outra corrente teórica apresentada por Richard Davidson
é a visão "progressista-criacionista" que, embora considere os seis
dias literais, entende que cada dia abre um novo período criativo de criação
indeterminada. Porém, como lembra Davidson, "comum a todos esses pontos de
vista não literais é a suposição de que o relato das origens de Gênesis não é
um relato histórico literal e direto da criação material" (p. 20).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Cabe observar, entretanto, que a argumentação de que o
primeiro livro da Bíblia tem um caráter alegórico ou figurativo é bem mais
antiga do que se imagina. Alguns estudiosos sustentam que ela é muito anterior
à publicação do livro <i>A Origem das Espécies</i>, de Charles Darwin. Segundo
Hasel, Orígenes de Alexandria é considerado o primeiro a entender os
"dias" da criação no sentido alegórico, e não literal.
Posteriormente, Agostinho, o mais famoso dos pais da Igreja latinos, também
corroborou esse pensamento, o que mostra que essas interpretações já começavam
a surgir no período medieval.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Contudo, Gerhard F. Hasel observa que nem Agostinho
nem Orígenes tinham em mente qualquer conceito evolucionista. "Eles
consideravam os 'dias' da criação como não literais com base em algo distinto –
era obrigação filosófica atribuir a Deus atividade criadora sem qualquer relação
com o tempo humano. Como os 'dias' da criação se relacionam com Deus,
argumentava-se que esses 'dias' tinham de ser representativos de noções
filosóficas associadas a Deus, tomadas as suas respectivas perspectivas",
ele ressalta. Desse ponto de vista, como para os filósofos gregos Deus era atemporal,
logo supunha-se que os dias da criação deveriam ser entendidos com base nessa
lógica.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A influência exercida pela filosofia grega sobre a
igreja, determinando interpretações figurativas do Gênesis, levanta um aspecto
importante citado por Hasel: o de que "houve razões extra-bíblicas que
levaram alguns intérpretes a se afastar do significado literal dos 'dias' da
criação".<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Para Hasel, tal como ocorreu no passado, "existe
hoje também outra influência extra-bíblica que induz os intérpretes a alterar o
que parece ser o claro significado dos 'dias' da criação. É uma hipótese
científica baseada num ponto de vista naturalístico, a moderna teoria da
evolução, que tem impulsionado essa alteração".<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No entanto, para fugir de compreensões equivocadas, é
preciso voltar à Bíblia e interpretá-la corretamente. Como lembra o autor do
artigo publicado na <i>Revista Criacionista</i>, Martinho Lutero, considerado o
pai da Reforma Protestante, consistentemente, defendeu a interpretação literal
do relato da criação ao afirmar que "Moisés falou no sentido literal, e
não alegórica ou figurativamente, isto é, que o mundo, com todas as suas
criaturas, foi criado em seis dias, como se lê no texto". <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sendo assim, quais as evidências bíblicas e
científicas que confirmam a historicidade do primeiro livro da Bíblia? No livro
<i>Estudos sobre Criacionismo</i>, o primeiro sobre o tema produzido pela Casa
Publicadora Brasileira na década de 1950, Frank Lewis Marsh sustenta que
"em qualquer lugar em que o registro bíblico é tão claramente expresso
como em Gênesis 1, nenhum conflito existe entre as declarações da Escritura e
os fatos científicos demonstrados" (p. 182).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Um dos fatos que devem ser levados em conta é que,
conforme Richard Davidson, o gênero literário de Gênesis 1-11 aponta para a
natureza histórica literal do relato da criação (<i>He Spoke And It Was</i>, p.
20). Também na obra <i>Genesis 1:1-11:26</i>, Kenneth Mathews (1996, p. 109)
desenvolve essa ideia mostrando que tanto o gênero "parábola", uma ilustração
tirada da experiência diária, quanto o gênero "visão" se encaixam no
texto bíblico, pelo fato de não conter o típico preâmbulo e outros elementos
que acompanham as visões bíblicas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Desconstruindo o argumento daqueles que, com base em
paralelos do antigo Oriente Próximo, veem o relato bíblico das origens como uma
narrativa mitológica, Richard Davidson sustenta: "A realidade é que o
relato de Gênesis contrasta fortemente com outros relatos do antigo Oriente
Próximo e egípcios, de forma que existe uma pretensa polêmica ou discussão
contra esses mitos" (p. 8). Uma das diferenças é que, nessas culturas, as
divindades sempre criam a partir da matéria pré-existente. Nas cosmologias
egípcias, por exemplo, "tudo está contido dentro do Mônode inerte, até mesmo
o Deus criador" (p. 2).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Em contrapartida, em toda a Bíblia (a começar pelo
primeiro verso de Gênesis), o verbo especial para "criar" (<i>bara</i>)
só tem Deus como sujeito. "Isso está na língua hebraica – ninguém-pode-<i>bara</i>
ou 'criar', a não ser Deus. Só Deus é o Criador, e ninguém mais pode partilhar
essa atividade especial. O verbo <i>bara </i>nunca é empregado para a matéria
ou material a partir do qual Deus cria; ele contém, juntamente com a ênfase da
frase 'no princípio', a ideia de criação a partir do nada (<i>ex nihilo creatio</i>)"
(p. 2).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">John Sailhamer, outro estudioso do assunto, também
concluiu na obra <i>Genesis Unbound: A Provocative New Look at the Creation
Account</i> (1996, p. 244) que existem grandes diferenças literárias entre o
estilo dos mitos do antigo Oriente Próximo e as narrativas bíblicas da criação
em Gênesis 1 e 2. Um exemplo disso é que, se, de um lado, todas as narrativas
mitológicas da época foram escritas em poesia, de outro, o relato bíblico da
criação foi registrado em prosa.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Assim, na ótica desses autores, não há qualquer pista
de literatura metafórica ou meta-histórica no Gênesis. Ao contrário disso, se
percebe que intencionalmente a estrutura literária desse livro da Bíblia como
um todo assume a natureza literal das narrativas da criação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Cabe ainda mencionar que todo o livro de Gênesis está
estruturado segundo a palavra hebraica <i>toledot </i>(gerações, história),
repetida treze vezes ao longo das diversas seções do livro. Em outros trechos
da Bíblia, esse termo é usado no registro das genealogias, marcando a contagem
precisa do tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Outra forte evidência de que Moisés estava se
referindo a dias de 24 horas é o uso da palavra hebraica <i>yom</i> (dia). As
ocorrências desse termo na conclusão de cada um dos seis dias da criação de
Gênesis 1 estão todas conectadas a um numeral ordinal (“primeiro dia”, “segundo
dia”, “terceiro dia”, etc.). Uma comparação com as ocorrências do termo em
outros lugares da Escritura (359 vezes) revela que tal uso sempre é feito com
dias literais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No livro <i>Estudos Sobre Criacionismo</i> (CPB), um
clássico da literatura criacionista que ainda permanece bastante relevante na
época atual, Frank Lewis Marsh acrescenta que a ideia de que <i>yom</i> (dia)
significa um período de tempo maior do que 24 horas não encontra comprovante
nos dicionários hebraicos de renome. "A interpretação de <i>yom </i>como <i>aeon</i>,
fonte favorita para os harmonizadores de ciência e revelação, é oposta ao claro
sentido da passagem e não tem justificação no uso hebraico" (p. 12).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Além disso, a frase “tarde e manhã”, que aparece na
conclusão de cada um dos seis dias de criação, define claramente a natureza dos
dias da criação como dias literais de 24 horas. Ressalte-se também que as
referências à “tarde e manhã” juntas em outros pontos além de Gênesis 1,
invariavelmente, nas 57 vezes em que aparecem no Antigo Testamento, indicam um
dia solar literal. Marsh argumenta que o fato de cada dia mencionado no relato
bíblico ser composto por um período de luz e de trevas "está em perfeita
conformidade com o método do registro de tempo no período mosaico" (p.
179).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Outro ponto a ser considerado é a correlação entre a
semana de trabalho da humanidade com a semana de trabalho da divindade. Em
Êxodo 20:8, no mandamento do sábado, há uma explícita comparação entre os seis
dias da semana de trabalho da humanidade e a semana de seis dias da criação
divina. Posteriormente, o sábado a ser observado pelos seres humanos a cada
semana é igualado ao primeiro sábado após a semana da criação. Assim, o divino
Legislador inequivocamente interpreta a primeira semana como literal, composta
de sete dias consecutivos e contíguos de 24 horas literais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">É pertinente também fazer referência ao endosso feito
por Jesus e por todos os escritores do Novo Testamento. Cristo<b> </b>e esses
autores recorrem a Gênesis 1-11, tendo como pressuposto que essa é uma história
literal e confiável. Todos os capítulos de Gênesis 1-11 são referidos em alguma
parte do Novo Testamento. O próprio Jesus recorreu a Gênesis 1, 2, 3, 4, 5, 6 e
7.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span lang="pt" style="line-height: 150%;">Em diversas passagens do Novo Testamento, implícita
e/ou explicitamente há menção do livro de Gênesis. Em seu artigo “A Criação no
Novo Testamento”, publicado no periódico <i>Ciências
das Origens</i>, de maio de 2005, o </span><span style="line-height: 150%;">Dr. Ekkerhardt Mueller
menciona algumas dessas passagens: </span><span lang="pt" style="line-height: 150%;">"As
palavras de Jesus tal como estão registradas nos quatro evangelhos canônicos
contêm dez referências à criação. Jesus não somente fez referência a Gênesis 1
e 2. Em Seus discursos também encontramos pessoas – Abel (Mateus 22:35) e Noé
(Mateus 24:37-39; Lucas 17:26-27) – e acontecimentos – o dilúvio (Mateus 24:39)
– que ocorrem em Gênesis 3-11. Quando lemos essas breves passagens, obtemos a
clara impressão de que, segundo Jesus, Noé e Abel não foram figuras
mitológicas, mas verdadeiras pessoas humanas, que Gênesis 3-11 é uma narrativa
histórica que não deve ser entendida simbolicamente, e que o dilúvio foi um
evento global que realmente ocorreu (Gênesis 6:8). Portanto, é de se esperar
que Jesus utilizasse o mesmo enfoque sobre a interpretação bíblica quando se
referiu à criação. E isso é exatamente o que encontramos nos evangelhos.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Somado a tudo isso, Frank Lewis Marsh acrescenta em
seu livro outras duas boas razões para concluirmos que os dias da semana da
criação foram literais. Como explicar, por exemplo, pela ótica da evolução
teísta, a relação das plantas com o período escuro? "No terceiro dia todas
as espécies de plantas apareceram, as que produziam flores e sementes, bem como
as formas mais simples. Evidentemente, se este 'dia' fosse um período de tempo
geológico, todas as plantas teriam perecido durante esses milhões de anos de
escuridão, antes que a luz do quarto dia iluminasse o mundo" (<i>Estudos Sobre Criacionismo</i>, p. 179, 180).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Raciocínio semelhante se aplica à dependência entre
plantas e animais. Conforme o primeiro capítulo de Gênesis, as plantas foram
criadas no terceiro dia, porém nenhum animal veio à existência antes do quinto
dia. Uma vez que a dependência entre plantas e animais é um fato muito evidente
no mundo dos seres vivos, seria ilógico imaginar que longas eras separam esses
dois momentos da criação. "Para ilustrar, só em matéria de polinização,
multidões de plantas não se reproduziriam sem a colaboração dos insetos.
Contudo, o registro declara que as plantas com semente se reproduziam desde o
princípio. Isso não podia ser assim se os insetos não tivessem aparecido senão 20
ou 40 milhões de anos mais tarde, como sucederia se os dias fossem períodos
geológicos" (p. 180). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span lang="pt" style="line-height: 150%;">A criação literal e a teologia bíblica</span></b><span lang="pt" style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A negação da crença na criação em seis dias de 24
horas contraria o caráter de Deus. "Que tipo de Deus teria criado a vida
por meio da morte e de extinções ao longo de milhões de anos? Certamente, não o
Deus que percebe quando uma ave cai no chão", questiona o ex-evolucionista
Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia que hoje defende a visão
criacionista.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Para ele, endossar esse "método" implica
negar o fato de que, segundo a Bíblia, a morte entrou no mundo por causa do
pecado (Rm 5:12; 6:23). Na ótica do evolucionismo teísta, no entanto, a morte é
o meio para que ocorra o progresso das criaturas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Borges, que é autor dos livros <i>A História da Vida</i>
e <i>Por Que Creio</i>, lembra também que tal crença tira de vista a doutrina
da salvação. Afinal, "se a humanidade tem evoluído durante milhões de anos
e está sempre evoluindo, por que precisamos de um Salvador?" E mais: a
própria promessa feita em Gênesis 3:15, considerada a primeira profecia
messiânica das Escrituras, deixa de fazer sentido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span lang="pt" style="line-height: 150%;">Do mesmo modo, outras verdades bíblicas são seriamente
comprometidas, como a guarda do sábado (o sétimo dia), as bases do matrimônio
(a definição do que é o casamento passa a ser definida pela cultura), a
remissão da humanidade (remir de quê?), a necessidade de salvação, a ideia de
um juízo e, finalmente, a esperança na segunda vinda de Cristo. Todas essas
doutrinas dependem da interpretação literal das origens. Sem isso, elas podem
parecer vulneráveis e pôr em risco a confiabilidade de todo o conteúdo das
Escrituras Sagradas e até mesmo a onipotência de Deus. Por que seria necessário
tornar “humanamente” viável ou compreensível a criação? Quem teria interesse
nisso? Por que não podemos absorver como isso aconteceu, então não pode ter de
fato acontecido? “</span><span style="background: white; line-height: 150%;">Eu Te louvarei, porque <i>de um modo assombroso</i>, <i>e tão maravilhoso</i> fui feito;
maravilhosas são as Tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139:14).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ao mostrar quão problemática é a tentativa de misturar
a visão evolucionista com o criacionismo bíblico, Richard Davidson ressalta:
"No fluxo canônico geral das Escrituras, por causa da ligação inseparável
entre a origem (Gn 1-3) e o fim dos tempos (Ap 20-22), sem um começo literal,
não há um fim literal" (p. 19). Ou seja, se o início da história da
humanidade é apresentado na Bíblia de maneira alegórica, de igual forma seria
seu fim, o que significaria que a volta de Cristo não se daria como nós,
adventistas, acreditamos e pregamos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span lang="pt" style="line-height: 150%;">As três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12 são
o fundamento dessa igreja. A primeira delas, trata da pregação do evangelho
eterno, que nos convida a adorar “Aquele </span><span style="background: white; line-height: 150%;">que fez
os céus, a terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:7). No limiar da história
da humanidade, o povo é convocado a se lembrar do Deus Criador. Essa convocação
é uma clara defesa ao efervescente crescimento de teorias que anulam ou
minimizam a atuação de uma mente inteligente por trás da formação do mundo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;">A Igreja Adventista tem sido reconhecida como uma das
guardiãs dessa verdade bíblica. Eduardo R. da Cruz, que não professa essa fé,
em seu livro </span><i><span style="line-height: 150%;">Teologia
e Ciências Naturais</span></i><span style="line-height: 150%;">, afirma que “uma das denominações mais
importantes no desenvolvimento do criacionismo foi (e ainda é) a Igreja
Adventista do Sétimo Dia. [...] Enfatizando a leitura literal da Bíblia (base
para sua afirmação de que o sábado seria o verdadeiro dia de repouso ordenado
por Deus). Ellen White e outros fundadores afirmaram que o mundo teria sido
criado em seis dias literais”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Embora, como observou Reinaldo José Lopes na revista <i>Superinteressante</i>,
alguns grupos, como as denominações evangélicas surgidas do século 19 em
diante, tenham insistido "na verdade literal das Escrituras Sagradas,
considerando-as fontes confiáveis não só para temas espirituais mas também
científicos", hoje são raras as denominações que ainda defendem esse ponto
de vista. Como adventistas, somos praticamente uma voz isolada nesse universo
de teologias controvertidas, cada vez mais diluídas no naturalismo filosófico.
E não devemos perder de vista nossa missão de anunciar ao mundo o iminente
retorno daquele que fez o céu, a terra e as fontes das águas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Como aconselhou Gleason Archer, professor na
Universidade Harvard que é considerado uma autoridade entre os eruditos do
Antigo Testamento, ao teólogo adventista Richard Davidson após ter participado
de um Encontro Anual da Sociedade Evangélica: "Vocês adventistas do sétimo
dia são a única denominação que corajosa e oficialmente afirma as verdades
bíblicas da origem da Terra. Por favor, não abandonem seu forte posicionamento
em favor da semana da criação em sete dias literais e de um dilúvio global."
Assim faremos!</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-39792573897257672902016-02-17T15:12:00.000-02:002016-02-17T15:12:52.736-02:00Astrofísico e químico discutem idade do Universo <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1u3_jzBdLl7EYKldEHT-HJryUjzRI68E3Gae0ovE4rCMAFMJfRtFYDLM5TpeSZq7qrWzOI6vD7pJYIlpbZ619Ht0FpPssCmk7t_gETkqsIZG-ttCts5XMSVlFbNNV0WyaXPhX/s1600/Universe.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1u3_jzBdLl7EYKldEHT-HJryUjzRI68E3Gae0ovE4rCMAFMJfRtFYDLM5TpeSZq7qrWzOI6vD7pJYIlpbZ619Ht0FpPssCmk7t_gETkqsIZG-ttCts5XMSVlFbNNV0WyaXPhX/s200/Universe.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O que a química e a física dizem?</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Universo tem bilhões de
anos ou seria “jovem” como a vida na Terra?<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">[Recentemente,
dois grandes amigos meus, por quem nutro grande respeito e consideração,
discutiram o polêmico tema da idade do Universo. Da perspectiva de suas
respectivas áreas de formação e atuação – astrofísica e química –, e de suas
visões religiosas, ambos apresentaram argumentos e evidências para sustentar,
de um lado, um Universo mais antigo do que a Terra (ou do que a vida na Terra)
e, de outro, um Universo datado em milhares de anos, como a Terra. Dada a
relevância do assunto e levando em conta o nível da conversa, posto aqui, com
autorização, parte do diálogo para sua apreciação, preservando a identidade dos
“debatedores”. O texto é longo, mas vale a pena lê-lo, a fim de tomar
consciência de dois tipos de posicionamento quanto à idade do Universo
defendidos por criacionistas “de peso”. – MB]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">[Com a palavra, o
astrofísico:]</span></b><span style="line-height: 150%;"> Eu gostaria de salientar que minha base é
a Bíblia e que é por causa da Bíblia que creio que o Universo é mais velho do
que a Terra. Evidências físicas apenas acrescentam detalhes (muitos e
riquíssimos detalhes) de como as coisas funcionam. A Bíblia afirma
categoricamente algumas coisas e fornece apenas pistas sobre outras. Precisamos
estudar tudo com muita atenção.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ao
contrário do que diz o livro <i>Star Light
and Time</i>, não é possível provar pela Bíblia que o Universo é jovem. No
máximo, você consegue levantar essa possibilidade pelo texto bíblico. No artigo
em anexo, o autor trata desse assunto. Também já escrevi vários com diferentes
níveis de detalhe. Só gostaria de destacar que encontramos o significado das
palavras principais de Gênesis 1 no próprio capítulo. Por exemplo, Deus disse “haja
luz”, e houve. E à luz Ele chamou dia; às trevas chamou noite. Temos aqui
criação de fótons pela primeira vez no Universo? Claro que não! O texto está
falando do ciclo noite-dia. Quanto à palavra “céus”, que muitos imaginam
tratar-se do Universo como um todo, os versos 6-8 explicam que se trata simplesmente
do firmamento. Gênesis 1 fala da Terra e imediações. Tirar conclusões sobre a
criação do Universo inteiro a partir daí é ir além da Bíblia com filosofias
humanas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
Bíblia afirma que a vida na Terra é bem recente (da ordem de 6000 anos, creio).
Por isso, eu não me surpreenderia se confirmássemos que o sistema solar também
tem uma idade dessa ordem. E, sim, há evidências físicas que sugerem isso. Mas
isso não é evidência de Universo jovem; é outro assunto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">As
supostas evidências apresentadas de que o Universo seja jovem é que têm sido
problemáticas até por deixar de considerar coisas muito simples. São
problemáticas porque discordam da minha opinião? Claro que não! Eu seria um
completo idiota ou estaria me preparando para ser um se avaliasse evidências
dessa maneira! Estaria destruindo a mente que Deus me deu e não mais sendo como
os bereanos. </span><span lang="EN-US" style="line-height: 150%;">Vejamos só alguns
detalhes:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span lang="EN-US" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Speedy stars are consistent
with a young age for the universe. For example, many stars in the dwarf
galaxies in the Local Group are moving away from each other at speeds of 10-12
km/s. At these speeds, the stars should have dispersed in 100 million years,
which, compared with the supposed 14 billion-year age of the Universe, is a
short time.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Qual
é o problema desse argumento? Ignora coisas conhecidas há séculos como as leis
de Keppler, que, por sinal, podem ser deduzidas a partir da fórmula da
gravidade de Newton, que por sua vez é uma boa aproximação da fórmula que
podemos deduzir a partir da equação da Relatividade Geral, mais exata. O ponto
é que nos sistemas ligados gravitacionalmente, os componentes possuem
movimentos relativos, às vezes com velocidade relativamente alta (como é o caso
do sistema solar em torno da Via Láctea, com uma velocidade 20 vezes maior do
que as “problemáticas” do argumento acima), e isso é necessário justamente para
manter a estabilidade do sistema. Pelas leis de Kepler, quanto mais próximo
está um objeto do centro de massa de uma galáxia, mais rápido ele se move. As
velocidades relativas não podem ser muito baixas. Há mais, mas vou parar por
aqui.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span lang="EN-US" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Spiral structure in galaxies
should be lost in much less than 200 million years. This is inconsistent with
their claimed age of many billions of years. The discovery of ‘young’ spiral
galaxies highlights the problem of the assumed evolutionary ages.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso
falso. Não é esse o resultado que obtemos ao fazer os cálculos. Vou ver se
consigo explicar minimizando pré-requisitos. Existem leis bem conhecidas e
testadas. Um exemplo disso é o funcionamento da gravitação. O conhecimento
nessa área é tão exato que conseguimos prever com muitas casas decimais a
posição de corpos celestes com muita antecedência. Todos os movimentos batem
exatamente com o esperado. A única coisa que poderia ser considerada “anomalia”
por alguns (mas não o é de fato) é o fato de que é extremamente comum
encontrarmos galáxias que possuem mais massa do que a que podemos ver, daí a
ideia de matéria escura. Aliás, medindo o movimento das galáxias podemos medir
efeitos gravitacionais provenientes de fontes que não podemos ver. Mas sem
problemas, conseguimos “enxergar” essas fontes usando a gravidade ao invés de
fótons para vê-las. Mas esse não é o ponto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
ponto é que conseguimos usar esses detalhes matemáticos (equação da
Relatividade Geral) confirmados pelas observações dos últimos 100 anos para
calcular o que acontece. Quando lidamos com sistemas de muitos corpos, como
galáxias, os cálculos que nos permitem ver como evolui um sistema (exemplo:
como astros se movem em torno uns dos outros, esse tipo de coisa é o que os
físicos chamam de evolução) são muitos e usamos computadores para fazê-los.
Isso se chama simulação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para
ver de que formas um sistema de muitos corpos pode evoluir no tempo, podemos
começar com alguma situação inicial qualquer (pode ser a atual ou algo
diferente) e usar o programa de computador que fizemos para automatizar os
cálculos, mostrando a posição de cada objeto ao longo do tempo. Assim, pode-se
ver como evolui uma galáxia ou um sistema de galáxias ao longo do tempo. Dá
trabalho, mas pode ser feito. Podemos partir da situação atual para ver o que
acontece no futuro (como Andrômeda e a Via Láctea se fundindo) ou partir de
diversas condições iniciais para ver se alguma delas poderia gerar objetos como
galáxias espirais e como essas galáxias se transformariam com o tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso
tem sido feito. As primeiras tentativas não conseguiram reproduzir alguns
aspectos de alguns tipos de galáxias por não levarem em conta detalhes finos o
suficiente. Quanto mais detalhes finos levamos em conta, de mais poder
computacional precisamos. Com os avanços na área da Informática, já podemos
fazer simulações bem mais detalhadas e agora já conseguimos ver galáxias
espirais se formando por efeitos gravitacionais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Lembre-se
de que a gravidade e os demais fenômenos chamados naturais são apenas o efeito
de Deus mantendo Suas leis. Nada disso tira Deus de Sua posição como Criador.
Algumas coisas, como a vida, exigem intervenção especial. Outras decorrem de
leis simples, como a formação de um rio, por exemplo. Deus não precisa intervir
de forma especial cada vez que um rio, rocha, lago ou deserto se forma. Mas Ele
está sempre intervindo como Mantenedor.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Voltando
às simulações, vejamos um exemplo recente: por meio de uma colaboração entre universidades,
partiu-se de supostas condições iniciais há 13 bilhões de anos, deixando o
sistema funcionar na simulação apenas seguindo leis conhecidas. Foi feito um
vídeo para mostrar visualmente o resultado: a formação de uma galáxia espiral
bem parecida com a Via Láctea e como ela muda ao longo de 13 bilhões de
anos. </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=VQBzdcFkB7w" target="_blank"><span style="line-height: 150%;">https://www.youtube.com/watch?v=VQBzdcFkB7w</span></a><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bem,
vou parar por aqui. Eu teria milhares de detalhes para mostrar sobre essas e
outras supostas evidências de Universo jovem (sistema solar é outro
departamento, por favor não confundir), mas vou parando por aqui. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">[Com a palavra, o
químico:]</span></b><span style="line-height: 150%;"> Por mais de 30 anos tenho escutado os argumentos dos
dois lados. Gente como Hugh Ross e companhia, e gente que, como você, tem
defendido a <i>gap Theory</i>. Tenho
avaliado; é tudo gente que se sente bem em poder manter sua ciência e fazer sua
Bíblia se adaptar a ela. Hugh Ross, como você, também declara que o Universo é
antigo e que Gênesis até descreve o <i>big
bang</i>; o William Craig faz o mesmo; o papa também; o que eu acho um
tremendo despropósito. É forçar a barra demais, e é dar autoridade a teorias de
homens e subjugar a Bíblia a elas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
Bíblia é clara e não deixa dúvida alguma de que “No princípio, criou Deus os céus
e a Terra”, ou seja o tempo, o espaço e a matéria. E a prova disso se vê em Êxodo
20:11, que declara que Deus fez tudo em seis dias, os céus, a terra, o mar e
tudo o que neles há. “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar
e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o
dia do sábado, e o santificou.” <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sei
lá, cada um interprete esse versículo como desejar, mas eu creio que Deus cuida
de Sua palavra, e cuida ao ponto de fazer Sua palavra claramente entendida no
que ela diz, e não no que “quis dizer”. Por isso desconfio de qualquer
interpretação que venha com qualquer “mimimi” além do texto, que aqui é claro –
seis dias, e ponto final. Se o Universo não foi criado nos seis dias, e nos
seis dias literais, então vamos jogar nossa Bíblia fora.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quanto
ao <i>big bang</i>, eu particularmente acho
uma teoria, me desculpe, simplesmente ridícula, do ponto de vista químico.
Desculpe não entrar em detalhes na química aqui, acho que você não entenderia
bem e eu teria que começar desde Boyle e Bohr (desculpe a ironia, rs), mas o <i>big bang</i> é de doer de fraco em química,
e você crê nele.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Resultado
puro de leis em ação? Sei lá, tenho lido livros e mais livros de gente de
peso que destrói o <i>big bang </i>e seus
postulados, e o <i>big bang</i> tem críticos
até não criacionistas, e é repleto de contradições e coisas inexplicáveis, e eu
agora vou ter que adaptar a minha Bíblia a essa teoria? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
antimatéria desaparece por uma assimetria magica; um tal de colapso
gravitacional cria estrelas, quando sabemos pelas leis da cinética química que
uma nuvem gasosa em expansão jamais poderia ser colapsada por gravidade – que é
coisa que nunca deveria ser usada para gases, e sim forças químicas,
eletromagnéticas, nada de gravidade aqui –, pequenos átomos e moléculas, e aí
supernovas explodem e criam um tal de <i>puff</i>
cósmico que se agrega por acreção – um modelo que faz chacota, que mais se
assemelha a magia, e caçoa das leis da química, pois aqui não é mais gravidade,
são forças intermoleculares, lembre-se disso. E aí uma tal de cola cósmica de
pedrinhas que faz planetas rochosos fundirem e se formarem, e você vem me dizer
que isso é simplesmente o resultado de “leis”... E aí os buracos negros das
supernovas desaparecem; e aí planetas rochosos incandescentes esfriam e por
milagre São Júpiter manda blocos de gelo para formar água em nosso planeta, um
mar de água em cima e outro mar de agua a 400-700 km de profundidade por baixo.
Dá para crer nisso? Foram a gravidade e as forças eletromagnéticas que fizeram
isso? E aí planetas de gelo e gás se formam em regiões gélidas do sistema solar
onde a “<i>cold accretion</i>” teria
chance nenhuma de formá-los; e aí eu vou ter que crer que foram formados perto
do Sol e encaminhados por sei lá quem para lá?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu
sei, você é astrofísico e o <i>big bang</i>
é um mantra sagrado em astrofísica, e aí você se sente bem em conseguir adaptar
sua fé à sua ciência. Eu até entendo isso, mas tentar me convencer a fazer o
mesmo, pois sua gravidade assim te convenceu, é impossível. Pois a química
refuta o <i>big bang</i>... E vários
astrofísicos também concordam com isso.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há
modelos e há astrofísicos e cosmólogos que concordam comigo quanto a um
Universo jovem. E para a falácia do <i>big bang</i>?
Claro que há... Citei o <i>Star Light and Time
</i>do meu amigo Russel Humphrey para exemplificar um modelo de alguém que é da
área. Sabe, tenho acompanhado o debate e sei que o Hugh Ross, outro <i>bigbangista</i>, tem tentado também
desqualificar seus argumentos. O Russel me disse que detonou todos os
argumentos dele... Bom, você cita que os argumentos deles são inconsistentes e
que ele descreve o <i>big bang</i>. Sei lá,
devo ter lido outro livro, mas não via ali semelhança alguma com o<i> big bang</i>. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Outro
livro que li e achei interessante – sei que não sei astrofísica o suficiente
para referendar as teses, mas acredito que o autor deva ser levado a sério no
que propõe – é o <i>Starlight, Time and the
New Physics</i>, do John Hartnett. Sou fã de carteirinha do Hartnett – o livro
<i>Dismantling the Big Bang</i> é uma boa
leitura. E aí você terá que me desculpar... Em termos de astrofísica, se eu vou
concordar com alguém, acredito que terei que escolher o Hartnett. O livro dele
também refuta o <i>big bang</i> e apresenta
um modelo que – como a ciência deve fazer – aprimora as ideias de Russel.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Concluindo:
desista de tentar convencer todo mundo a adaptar a Bíblia a uma teoria de
homens. Muitos cristãos gostam do <i>big
bang</i>, mas gosto é um péssimo critério de escolha. Eu adoraria poder
defender o <i>big bang</i> se essa teoria
descrevesse boa ciência com boa teologia. Mas encontro no <i>big bang</i> péssima ciência com péssima teologia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou
um criacionista da Terra jovem e do Universo jovem. E um que entende que no princípio
criou Deus os céus e a terra, e que céu aqui é Universo mesmo, e que Terra aqui
é matéria, e que princípio aqui é tempo. Tenho uma legião de cientistas e
teólogos do meu lado. E que Deus foi claro o suficiente em Êxodo 20:11; claro
demais – e tudo o que nele(s) há [note o plural aqui], e veja o uso da
palavra “dia”, para a criação e para o sábado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E
sou um criacionista de Terra jovem porque não creio em simulações
computacionais feitas por homens subjetivos – conheço simulações computacionais
que mostram a evolução darwiniana <i>in
action</i> também – e sei que ajustaram os algoritmos. Não creio no Saci Pererê
da matéria escura e outros milagres sem santo do <i>big bang</i>. Sou cético demais para crer nesses milagres, pois minha
química os refutam...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou
criacionista de Terra jovem pois creio ser essa a melhor ciência combinada com
a melhor teologia. E cada dia que estudo mais, mais assim me torno. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tentarei
mudar a sua posição? Claro que não. Cada um dará conta de si mesmo. Quanto a
mim, se Deus me cobrar, eu lerei Êxodo 20:11 para Ele e direi: “Senhor, Deus
que cuida de Sua palavra, o que está escrito aqui? O que eu poderia entender deste
versículo aqui, Senhor?” Sigo então em paz com Deus, com a Bíblia e com a ciência,
com minha química e do lado de meus colegas astrofísicos.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">[Conclusão do
astrofísico:]</span></b><span style="line-height: 150%;"> Pelo que você falou, fiquei com a
impressão de que você não leu ou simplesmente decidiu ignorar os detalhes que
levantei sobre Gênesis 1 e outros pontos. Talvez valha a pena dar mais uma
olhada nos detalhes. Falei um pouco de conclusões, mas também falei de alguns
detalhes que deveriam ter feito diferença, mas você continuou mencionando as
mesmas coisas aparentemente sem levar em conta as evidências bíblicas que
mencionei. Se nossa convicção atual já basta, para que continuar estudando a
Bíblia? Sim, a Bíblia serve para fins que vão além de alterar nossa percepção
das coisas, mas, se falhamos nesse ponto, o resto pode também ficar
comprometido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu
creio que você deveria tentar me convencer, mas em uma conversa em que
levantamos ponto por ponto, um de cada vez. Podemos começar pela química. E
pode, sim, e deve entrar em detalhes técnicos. O que mencionei antes sobre
pré-requisitos é porque mesmo entre os físicos são poucos os que sabem lidar
com cálculo tensorial no nível exigido pela Relatividade Geral. Alguns
resultados são trabalhosos de se obter. Não foi minha intenção menosprezar
pessoas de outras áreas e não é assim que penso. O problema é que o modelo do <i>big bang</i> é uma família de soluções da
equação diferencial tensorial da Relatividade Geral (RG), mas muitos têm tomado
explicações qualitativas limitadas e extrapolações do modelo (algumas bastante
equivocadas) para montar argumentos do espantalho, mesmo que as intenções sejam
boas. Vou mencionar alguns detalhes daqui a pouco, sem mostrar os cálculos por
enquanto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Apesar
do que parece para você, tenho examinado argumentos de ambos os lados até mesmo
corrigindo argumentos equivocados contrários ao que considero verdade, quando o
erro não é essencial às conclusões. Só para citar um exemplo, tive de fazer
isso várias vezes no caso da hipótese do decaimento da velocidade da luz. Às
vezes, o pessoal tirava conclusões usando equívocos na sua linha de raciocínio
(exemplo: usar um raciocínio clássico em um ambiente com fenômenos
explicitamente quânticos, como um átomo – como um elétron do subnível 1s
movendo-se em círculos ao redor do núcleo, coisa que não acontece) –, mas ao
fazer os cálculos da maneira correta obtive os mesmos resultados naquele caso
em particular (aceitei o argumento, portanto, apesar do erro). Em outros pontos,
os erros eram essenciais (a conclusão desaparecia quando se corrigia o erro).
Detesto discordar das pessoas e detesto controvérsias, elas me deixam nervoso e
tiram o sono, prejudicando a saúde. Tenho prazer quando posso aceitar os
argumentos de quem debate comigo, mesmo que para isso, às vezes, precise
ajustar um argumento dessa pessoa, se houver espaço legítimo para isso. Só
entro em debates se acho que a causa é importante e que as pessoas como quem
converso não destruíram a capacidade que Deus lhes deu de ser como os bereanos,
substituindo-a por fideísmo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quanto
ao livro do Dr. Humphreys, ele apresenta várias explicações corretas. O
problema é que em alguns pontos há equívocos, pelo menos um dos quais é
essencial para o modelo, pelo menos da forma apresentada. Estou escrevendo nos
momentos livres, que são poucos, sobre pontos específicos do que considero não conformidades
com a Bíblia e com a Relatividade Geral, ao mesmo tempo em que reflito sobre e
reconsidero o que penso ser verdade. O problema é que, para mim, alguns
equívocos técnicos são muito claros e vou ter que entrar nos detalhes técnicos
para mostrar isso. Conversando com você, percebi que não posso apenas apontar o
problema, mas preciso provar o argumento e, mesmo assim, muitos não aceitarão.
Depois de termos isso pronto, podemos discutir isso entre nós e possivelmente
com ele. Considero que o modelo dele tem algo muito atraente: propõe-se a
harmonizar as evidências de que o Universo seja antigo com as da Terra jovem e
mantendo a hipótese (bíblica para vocês, especulativa para mim) de que o
Universo e a Terra foram criados ao mesmo tempo. Faltam só dois detalhes: o
modelo precisa funcionar (no sentido de produzir resultados não baseados em
erros de cálculo) e essa interpretação de Gênesis precisaria ser mais
convincente. Quem sabe se há uma maneira de resolver o problema matemático e
consertar o modelo?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Cito
dois exemplos de problemas conceituais cuja solução está nos próprios métodos
aceitos e usados pelo Dr. Humpreys. Um desses é essencial, o outro não. Comecemos
pelo não-essencial:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">1.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Na Relatividade Geral dependemos de uma quarta dimensão de espaço. Imagine, por
exemplo, o Universo como sendo a superfície (3D) de uma esfera de quatro
dimensões (4D). Essa hiperesfera existiria em um espaço com uma dimensão a mais
além da de tempo. Sim, essa é uma possibilidade, e não, nem a Relatividade nem
o modelo do <i>big bang </i>dependem disso.
Mas é um equívoco comum. Em Cálculo Tensorial lidamos com propriedades
intrínsecas do espaço, independentemente de existirem mais dimensões (<i>embedding</i>) ou não. Não faz qualquer
diferença para o formalismo matemático se o espaço estudado está ou não
mergulhado em outro de dimensão maior. Isso já vem das próprias definições de <i>manifolds</i> e da Geometria Diferencial. E
é isso o que a Relatividade Geral usa. Por outro lado, quando divulgadores
escrevem artigos e livros para explicar essas coisas (eu inclusive), fazem
ilustrações com dimensões extras para facilitar o entendimento. Para a RG e
para os modelos dela provenientes isso é irrelevante. Não afeta cálculo ou resultado
algum.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">2.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Este é essencial. O modelo do Dr. Humphreys deixa de levar em conta um detalhe
que altera todo o cenário. Pretendo rever os detalhes disso e ver se temos como
corrigir. De onde temos informações sobre buracos negros e buracos brancos?
Como praticamente todas as grandes descobertas na Física, sabemos dessas coisas
porque elas aparecem como soluções de equações que representam leis físicas.
Esses resultados foram obtidos pela primeira vez em 1915, a partir da equação
da RG e confirmados observacionalmente pela primeira vez nos anos 1990 pela
equipe com a qual eu trabalhava.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tanto
buracos negros quanto buracos brancos possuem uma característica importante: no
interior deles, a direção radial é uma dimensão de tempo. E a dimensão que para
nós é tempo, lá é espaço. Isso não é fruto de alguma hipótese imaginativa ou
especulação, mas simplesmente resultado da equação da RG, uma das equações mais
exatas de todos os tempos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como
seria o mundo quando estivéssemos em um buraco branco? Estaríamos num universo
como o descrito pelo modelo do <i>big bang</i>:
o centro (a singularidade) seria a origem, a criação do nosso tempo. Nosso
universo pareceria sem centro e sem bordas. Ou seja, estaríamos no cenário do
modelo mais popular do <i>big bang</i>. De
fato, o modelo mais popular do <i>big bang</i>
é simplesmente o de um buraco branco. Passar pela “fronteira” desse buraco
seria como entrar em um buraco negro daquele universo vindo parar aqui.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Explico
melhor: um buraco branco é um buraco negro com a “seta” do tempo invertida,
isto é, no buraco branco, o tempo flui do seu centro (seu <i>big bang</i> local) para as bordas (futuro de quem está lá dentro, não
algo visível para eles em alguma direção do espaço para a qual eles possam
apontar). Dentro dele estaríamos em um universo sem bordas e mais ou menos
homogêneo e que está em expansão. No buraco negro, o tempo flui das bordas para
o centro. Dentro dele, nos veríamos em um universo sem bordas e mais ou menos
homogêneo que está encolhendo e vai terminar em um <i>big crunch</i>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ao
nos aproximarmos de um buraco negro, chegando a uma certa distância crítica, o
buraco negro não parece mais esférico, mas totalmente plano: é a fronteira
visual entre dois universos. Ao passarmos desse ponto, nosso universo, atrás de
nós, passa a ser um objeto esférico com raio finito (um buraco branco) do qual
estamos saindo para um ambiente que parece maior. Não atravessamos o horizonte
de eventos nesse ponto ainda. O buraco branco (nosso universo) encolhe e
desaparece, ficando no que agora é nosso passado (agora sim, atravessamos o
horizonte de eventos). Nesse ponto estamos em um outro universo que está em
contração, como mencionei antes. Esses detalhes podem ser obtidos da equação da
RG, e se não lermos essas coisas nas fórmulas resultantes, acabaremos
entendendo errado o que elas dizem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sobre
a Bíblia ser clara em Gênesis, concordo. Veja bem: no princípio criou Deus os
céus e a terra. O próprio capítulo 1 explica o significado das palavras-chave,
de forma que mesmo quando as pessoas leem traduções e não conhecem o original
podem tirar as conclusões corretas. E me refiro a pessoas de todas as épocas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">1.</span></b><span style="line-height: 150%;">
A palavra “terra” é definida no capítulo 1 como “porção seca”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">2.</span></b><span style="line-height: 150%;">
A palavra “céus” é definida como “firmamento” que separa as águas de cima das
águas de baixo. Podemos entender as águas de cima como as nuvens (de onde vem a
água quando chove, pois a água estava em cima) ou tentar uma interpretação
mirabolante de que existe água em uma suposta borda do Universo só para poder
forçar a conclusão de que o firmamento é o espaço em si. Mas isso violaria algo
básico em exegese: interpretações mirabolantes possuem maiores chances de
conter equívocos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">3.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Quanto à palavra “luz”, o próprio capítulo explica que luz se refere à parte clara
do dia. Essa leitura simples, direta, sem malabarismos, resolve uma enormidade
de problemas sérios (não vou listá-los ainda) dos quais a correspondente
interpretação mirabolante (criação de fótons pela primeira vez no Universo)
padece.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E
assim por diante. Não é uma “<i>gap theory</i>”,
é uma leitura simples, literal e direta de Gênesis 1, sem extrapolações
mirabolantes. Nem o verso 1 parece estar falando de Universo. Somente a terra,
o céu (firmamento), as águas (mares) e tudo o que neles há. Como os termos estão
explicados em Gênesis 1 e Êxodo 20 faz uma óbvia referência à primeira
passagem, os termos na última têm o mesmo significado. Já Jó 38 sugere
fortemente a existência do Universo com habitantes antes mesmo de Deus iniciar
a formação da Terra.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sobre
o <i>big bang</i>, mencionei que as pessoas
combatem o modelo sem saber do que se trata. Por exemplo, ele não fala de química,
nem de física nuclear (incluindo a questão da antimatéria) e muito menos da
formação e evolução de estrelas e galáxias. Concordo com muito do que você
falou, mas isso não afeta o <i>big bang</i>.
Por exemplo, como é possível gás se transformar espontaneamente em poeira?
Verdade, há problemas desse tipo, mas isso não toca no <i>big bang</i>. Será que Deus formou cada estrela de maneira especial?
Talvez. Se a Bíblia afirmasse isso claramente, eu defenderia essa ideia, mas
não vejo nem a afirmação nem uma implicação de passagens bíblicas nesse
sentido, exceto com passos mirabolantes, o que fere os princípios de leitura
bíblica.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sobre
a química, todas as suas leis são consequências da eletrodinâmica quântica, que
está no meu campo. Então podemos discutir os detalhes técnicos dessas
evidências. Mas vamos discutir um pouquinho sobre dois dos argumentos mais
comuns contra o <i>big bang</i>. Na verdade,
o mais apropriado seria colocá-los na forma de questões, as quais nem são tão
difíceis assim de responder quando se sabe de onde vêm algumas leis físicas e
como elas funcionam. Trata-se da origem da matéria e do destino da antimatéria.
Podemos falar de outros depois.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">1.</span></b><span style="line-height: 150%;">
De onde veio a matéria do Universo? Vou mais longe: de onde veio o Universo em
si (espaço-tempo)? Creio que Deus criou, pois a Bíblia afirma isso (mas não em
Gênesis ou Êxodo). A questão que tentamos responder seguindo pistas do mundo
físico é: Como? Não sabemos os detalhes sobre como Deus iniciou o processo,
pelo menos não ainda.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Temos
boas pistas, porém, sobre o que acontece após o tempo de Planck. É disto que
trata o <i>big bang</i>: Quais as
implicações da equação da Relatividade Geral em relação ao espaço-tempo como um
todo? E a Relatividade Geral tem limites conhecidos: não fala sobre a origem do
Universo propriamente dita, mas nos dá vários detalhes sobre como o
espaço-tempo se comporta desde uma fração de segundo após a criação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E
de onde veio a matéria? Na verdade, essa questão está fora da alçada do modelo
do <i>big bang</i>, mas está nos domínios de
outras áreas, especialmente a Teoria Quântica de Campos. Para entendermos a
resposta, entremos primeiro no mérito da pergunta. Por que essa questão está
sendo levantada? Por causa da lei da conservação de energia: energia não pode
ser criada nem destruída. De onde vem essa lei? Da definição de energia e da
relação entre simetrias e leis de conservação (teorema de Nöther). Cada
grandeza (coisa mensurável) corresponde a uma entidade matemática chamada de
operador, que é uma espécie de função que atua sobre estados dos sistemas
(sejam físicos ou não). O operador energia é que chamamos de “gerador das
translações temporais”. A lei da conservação de energia é consequência de que
as leis físicas não se alteram com o tempo. O teorema de Nöther garante a
conservação de energia nesse caso.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando
o Universo foi criado, o tempo estava sendo criado. Isso significa que só há
simetria temporal depois disso, não durante ou antes (se fizesse sentido falar
em antes do tempo, já que “antes” é uma referência a um tempo antecedente).
Resumindo: a lei da conservação da energia não estava em vigor no momento da
criação do Universo (mas da Terra, sim). Será que isso dispensa Deus de Seu
papel como Criador? De forma nenhuma! Apenas nos diz que Ele não violou Suas
próprias leis ao criar a energia do Universo. E as leis de Deus possuem essa
característica: são coerentes e fortemente interligadas matematicamente,
partindo de princípios muito simples.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na
verdade, levando-se em conta algo que se parece com a recíproca do teorema de
Nöther, é de se esperar que surja energia na criação do tempo. De novo, isso
não desmerece o papel do Criador, apenas lança alguma luz sobre como Ele
trabalha: de maneira lógica, coerente, sem contradições, com detalhes que podem
ser estudados por Suas criaturas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">2.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Onde foi parar a antimatéria? Estudando a estrutura dos operadores que atuam no
mundo físico, encontramos o que chamamos de operadores de criação e de
destruição. É preciso levá-los em conta para entender o que ocorre no mundo das
partículas. Elas são criadas e destruídas com muita frequência, dependendo das
condições. A presença de grandes quantidades de energia consegue excitar o
vácuo e criar partículas (que podem ser consideradas excitações do vácuo).
Fazemos isso todos os dias em laboratórios e isso ocorre naturalmente também.
Mas, além da lei da conservação de energia, existem outras leis de conservação
também ligadas a simetrias: conservação de carga elétrica, conservação de spin,
de número leptônico, etc.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por
causa da conservação da carga elétrica e do número leptônico, quando criamos um
elétron em laboratório sem envolver outro lépton ou outra partícula com carga,
acabamos criando também um antielétron. O mesmo se dá com bárions e outras
partículas. Por que não encontramos essas antipartículas espalhadas pelo Universo
na mesma quantidade que encontramos as correspondentes partículas de matéria?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">De
novo, essas leis de conservação são consequências de simetrias que só passaram
a existir após a criação e estabilização do espaço-tempo. Não há qualquer
necessidade de formar-se uma antipartícula para cada partícula no momento
inicial. Formar-se-ia uma grande quantidade de uma e uma grande quantidade de
outra, mas essas quantidades não precisariam ser iguais. Em seguida, haveria
aniquilação de quase tudo o que fosse aniquilável (partículas e antipartículas
tendem a se aniquilar mutuamente) e sobraria o que fosse mais abundante. Se
sobrassem mais prótons negativos e elétrons positivos (antimatéria),
chamaríamos a isso de matéria e o resto seria antimatéria. É só uma convenção de
nomes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nada
disso representa qualquer problema para o <i>big
bang</i> porque esse modelo matemático não fala dessas coisas: é apenas uma
família de soluções da equação da RG, sendo que a versão mais popular propõe
algumas condições extras (homogeneidade aproximada, por exemplo) para
simplificar os cálculos e, como corretamente afirma o Dr. Humphreys, podemos
experimentar outras e ver que resultados se obtêm. Essas iniciativas são
saudáveis, mas precisamos fazê-lo corretamente, sem erros conceituais ou de cálculo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para
encerrar, fico muito assustado quando vejo alguém atribuir o <i>status</i> de Palavra de Deus (que pertence
à Bíblia) a uma particular interpretação de um grupo de teólogos que são tão
falíveis (ou até mais, por falta de instrumentos para detecção dos próprios
erros) quanto os físicos. Existe um abismo muito grande entre o que físicos
ateus falam e o que seus resultados mostram. Os resultados matemáticos tendem a
ser extremamente confiáveis. As interpretações filosóficas, não. O problema de
muitos físicos é uma visão de mundo que faz com que eles não levem em conta
algumas coisas importantes. O mesmo ocorre com teólogos e com profissionais de
outras áreas. Chamar a opinião desses eruditos de Palavra de Deus é muito
grave. É aceitar como regra de fé filosofias de homens ao invés de verificar se
eles não se enganaram, porventura, conferindo cada ideia com a Bíblia
frequentemente para ver se não nos enganamos em algum detalhe. A Bíblia é a
Palavra de Deus, não a minha leitura ou a sua ou a do mundo inteiro, se for o
caso. Precisamos ter a humildade de aceitar que qualquer um ou até mesmo todos
podem estar enganados em detalhes da interpretação bíblica. Precisamos sempre
voltar à Bíblia e reconsiderar tudo muitas vezes e por muitos caminhos, com a
ajuda do Espírito Santo. É possível que em alguns detalhes das Escrituras
diferentes grupos de teólogos discordem entre si estando todos errados.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Lembre-se
de como o povo de Deus no tempo de Jesus estava equivocado em pontos essenciais
quanto à missão do Messias, mesmo sendo isso fundamental à Sua doutrina! E os
sacerdotes e escribas liam e estudavam muito, e acumulavam estudos de eruditos
ao longo do tempo, assim como se faz hoje. E estavam enganados em um ponto
essencial assim mesmo. Muitos rejeitaram a Cristo para manter o que pensavam
ser “fé” nas Escrituras. Mas a verdade estava, sim, na Bíblia, mesmo escapando
aos eruditos: Isaías 53 parecia ser invisível para eles da mesma forma como
parecem invisíveis para muitas pessoas as definições de palavras que o próprio
capítulo 1 de Gênesis apresenta. Me desculpe, mas isso não me parece resultado
de fé, mas de fideísmo direcionado a interpretações humanas, o que é contrário
à Palavra de Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Precisamos
ter a mesma humildade tanto ao reconhecer nossa possibilidade de equívoco ao
estudar a Bíblia (por isso a exegese, mas às vezes algumas regras parecem ser
convenientemente ignoradas por muitos em certos pontos), quanto ao estudar a natureza
(daí a exegese chamada de Matemática – incluindo 5sigma –, cuja aplicação
chamamos de ciência, sendo que a exegese bíblica usualmente é uma instância
simplificada da ciência e seria benéfico completar o processo). Espero jamais
cair no fideísmo, mas ter sempre uma fé crescente, no sentido de relação de
confiança com Deus, não em simplesmente crer na forma como outros entendem a
Bíblia, mesmo que essas pessoas sejam teólogos que pertencem à minha
denominação religiosa.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mais
um detalhe: você falou em mantra sagrado da Astrofísica. No tempo em que eu era
pago para trabalhar com Astrofísica, a maioria dos colegas era mais cética em
relação ao <i>big bang</i> do que hoje,
justamente por envolver aspectos técnicos que a maioria dos físicos não domina,
por isso algumas coisas não fazem sentido para eles. E mesmo entre os físicos
que o aceitam, a grande maioria hoje em dia, nota-se um desconforto, uma
tentativa de buscar alternativas que não estejam tão perigosamente próximas da
ideia de um Criador de todas as coisas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">[Conclusão do químico:]</span></b><span style="line-height: 150%;"> Você
é inconvencível; crê na gravidade, no <i>big
bang</i> e que está certo em sua interpretação da Bíblia e da fisica do <i>big bang</i>. Físico vê moléculas como
feitas de bolinhas, sob a ação da gravidade, e é assim que ele vê o
universo dele... E quando as bolinhas não respondem à gravidade, ele adiciona a
poção mágica: matéria escura; parte de um sistema já em colapso. Como
convencer argentino de que o Pelé foi melhor do que o Maradona.<br />
<br />
Eu tenho toda a química do meu lado, falando que o <i>big bang</i> é inviável, mas os físicos vão ver só a gravidade, e eu
sei que gravidade não pode ser usada para nuvem de gás em expansão. Que
gravidade não cola pó cósmico. Impasse, sinuca... discussão encerrada. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quanto
à Bíblia e à teologia, aprendi com um pastor meu que todo o argumento teológico
que precise de um versículo para reinterpretar outro é fraco, ou seja, teologia
de segunda, que nunca poderá ser aceita por todos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />
O argumento teológico do Universo antigo é assim... Usam-se diversas evidências
indiretas extraídas de diferentes versículos bíblicos, o que significa que a
teologia é fraca e precisa ser sustentada por somatória de pequenas evidencias
e muita interpretação subjetiva, guiada pela conclusão a que se quer chegar, ou
seja, pode ser até uma boa teologia, mas muitas evidências somadas mostram que
não temos evidência forte alguma para tal teologia.<br />
<br />
Para mim, Êxodo 20:11 é cabal e definitivo. Deus aqui “matou” a questão e não
deixou margem para dúvida alguma. Boa teologia de um único versículo, por si só
autoevidente. É boa teologia sustentada em um único versículo, cabal e
absoluto. “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que
neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do
sábado, e o santificou.”<br />
<br />
Dia aqui é usado para a criação e para o sábado, portanto é 24 horas Em seis dias
Deus fez tudo; note: tudo o que neles há, no céu e na terra, e no mar (veja a riqueza
de detalhes e a globalidade da obra: céu, terra e mar, coisa que usamos para
descrever tudo, pois não há nada nos céus, na terra e no mar maior que o meu
Deus). E Ele só descansou no sétimo, portanto não fez <i>breaks</i>.<br />
<br />
Sigo então combatendo o <i>big bang</i> e o
Universo antigo, pois é boa ciência com boa teologia, e boa filosofia também.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;">[Última pergunta do astrofísico:]</span></b><span style="line-height: 150%;"> </span><span style="background: white; line-height: 150%;">Podemos encerrar, então. </span><span style="line-height: 150%;">Me permita uma última pergunta? Se deixar a Bíblia
explicar a si mesma, com um texto lançando luz sobre outro, especialmente
quando é um versículo explicando o anterior, se isso é teologia de segunda,
fraca, o que seria a teologia de primeira?</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-19522505431882583582015-08-25T09:27:00.000-03:002015-08-25T09:28:10.895-03:00Genealogias de Jesus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBK5qkx1zJo-wSqAeL5CvE5NIYPH7-q4nUHx9Xw1ECbtW2_RhyVxTjyFeNkLvMCU8Xg_r0JoA-FVSQek3sGmA3gayKzVKiZwcoB2WaNqESnEG87WIyILangVelUl2FWFmcHLkU/s1600/jesus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBK5qkx1zJo-wSqAeL5CvE5NIYPH7-q4nUHx9Xw1ECbtW2_RhyVxTjyFeNkLvMCU8Xg_r0JoA-FVSQek3sGmA3gayKzVKiZwcoB2WaNqESnEG87WIyILangVelUl2FWFmcHLkU/s200/jesus.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Tenho duas perguntas
relacionadas com a genealogia de Jesus: Se Ele é realmente o Messias prometido
no Antigo Testamento, como explicar Sua descendência do rei Jeconias, porque na
Bíblia diz, em Jeremias 22:30, que Jeconias era da família real e foi
amaldiçoado para que nenhum dos seus descendentes herdassem o trono de Davi. Segunda
pergunta: alguns afirmam que as genealogias de Jesus segundo Mateus e Lucas são
diferentes porque Lucas pega a genealogia de Maria e no final coloca o nome de
José, mas não acredito ser possível que Lucas siga a genealogia de Maria,
devido ao fato de a prima dela ser da tribo de Levi. – M. </b><i><o:p></o:p></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Prezado
M., há excelentes comentários bíblicos que ajudam a esclarecer essas questões,
principalmente a da genealogia de Cristo. Um bom comentário é o <i>Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia</i>,
embora não seja exaustivo. Seguem as respostas bem resumidas:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando
o texto de Jeremias 22:30 afirma sobre Jeconias que “nenhum dos seus
filhos prosperará, para se assentar no trono de Davi e ainda reinar em Judá”,
isso é verdade, mais especificamente em relação a seus sucessores imediatos (o
termo “filho”, conforme era utilizado pelos hebreus/judeus, podia variar em seu
significado, dando a ideia de filho mesmo ou descendente). E é verdade
também em relação ao seu sucessor bem posterior, Cristo, que de fato não
foi um descendente biológico de Jeconias, mas apenas um descendente
oficial/legal, por meio de José. Jesus foi descendente biológico de Davi, mas
por meio de Maria, sua mãe. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando
à segunda pergunta, primeiramente, o texto de Lucas 1:36 não diz
necessariamente que Isabel era prima de Maria, uma vez que a palavra entendida
como “prima” é mais bem traduzida como “parente”. Além disso, o fato de Maria
ser parente de alguém da tribo de Levi não significa que ela obrigatoriamente
fosse da mesma tribo. Em Israel, o casamento entre tribos era permitido, e o
próprio Arão casou-se com alguém da tribo de Judá (Êx 6:23; 1Cr 2:10). Assim, é
perfeitamente possível que Isabel e Maria fossem parentes, e até primas, mesmo
sendo de tribos diferentes. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quanto
à diferença nas genealogias de Cristo segundo Mateus e Lucas, era muito comum
na cultura judaica dos tempos bíblicos o nome e a linhagem paternos serem
oficiais, mesmo que não fossem biológicos. Por isso Mateus, que escreve aos judeus,
se preocupa em registrar a genealogia legal/oficial de Jesus por meio de José,
seu pai “adotivo”. Lucas, que escreve aos gregos, segue a linhagem biológica de
Jesus. Os dois ramos genealógicos seguidos pelos evangelistas se encontram em
personagens-chave como Davi e Abraão. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E
o motivo pelo qual Lucas menciona José na genealogia de Cristo remete novamente
ao fato de que, judicialmente/legalmente diante da sociedade, Jesus era
considerado filho de José. Além disso, conforme um costume da época, José podia
ser considerado filho de seu sogro Eli. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>(Eduardo Rueda,
editor-associado de livros na Casa Publicadora Brasileira)</i></span></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-30613334263101324882015-03-14T16:15:00.000-03:002015-03-14T16:16:06.393-03:00Os adventistas e a política<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjha4ny4jFdytixAi-Ie5coJm1UzKRdvpg7iK-hd77D2UK-KaEI_cJyvKgH_EHoUu6yC9ITe1O7jtHPpWSJoyAwHORBMqjlrvuiVzV7UD011eiyRbbYBIQ1SBnzmEPvnmk6XuTV/s1600/urna.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjha4ny4jFdytixAi-Ie5coJm1UzKRdvpg7iK-hd77D2UK-KaEI_cJyvKgH_EHoUu6yC9ITe1O7jtHPpWSJoyAwHORBMqjlrvuiVzV7UD011eiyRbbYBIQ1SBnzmEPvnmk6XuTV/s1600/urna.jpg" height="184" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Até que ponto os adventistas do sétimo dia devem se envolver
com política?<o:p></o:p></span></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background: white;">Notícias sobre crises políticas e corrupções governamentais
acabam polarizando a opinião pública dos países afetados. É curioso ver, de um
lado, políticos questionáveis se fazendo de vítimas para continuar recebendo o
apoio popular e, do outro lado, oposicionistas que aproveitando a situação para
se autoproclamarem os únicos salvadores da pátria. A o mesmo tempo em que
vários políticos tradicionais vão perdendo a credibilidade, algumas
denominações evangélicas tem-se mobilizado politicamente, a ponte de montarem
sua próprias bancadas em câmaras de vereadores, nas assembleias legislativas na
Câmara dos Deputados e mesmo no Senado Federal, sob o pretexto de que os
políticos evangélicos são mais honestos e confiáveis. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A
crescente militância política evangélica tem suscitado algumas indagações
importantes entre os próprios adventistas: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">1)
Deveriam os adventistas continuar politicamente passivos ou assumir uma postura
mais agressiva diante das crises governamentais? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">2)
Como a Igreja Adventista do Sétimo Dia encara a candidatura de alguns de seus
membros a cargos políticos através de eleições públicas? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">3)
Que critérios devem ser usados na escolha dos candidatos em quem votar? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No
capítulo "Nossa Atitude Quanto à Política” do livro Obreiros Evangélicos, págs.
391-396 (ver também Fundamentos da Educação Cristã, págs. 475-484), podem ser
encontradas importantes orientações sobre o não envolvimento de obreiros
denominacionais em questões políticas. Já o presente artigo menciona alguns
conceitos básicos sobre a posição dos adventistas como cidadãos, candidatos e
eleitores políticos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Organização
apolítica </b><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Existem
pelo menos três princípios fundamentais que regem a posição da Igreja
Adventista do Sétimo Dia sobre a política. Um deles é o princípio da separação
entre Igreja e Estado, levando cada uma dessas entidades a cumprir suas
respectivas funções sem interferir nos negócios da outra. A Igreja crê que só
poderá preservar esse princípio por meio de uma postura denominacional
apolítica, não se posicionando nem a favor e nem contra quaisquer regimes ou
partidos políticos. Essa postura deve caracterizar, não apenas a organização
adventista em todos os seus níveis, mas também todas as instituições por ela
mantidas, todas as congregações adventistas locais, bem como todos os obreiros
assalariados pela organização. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
Igreja encontra nos ensinos de Cristo e dos apóstolos base suficiente para
evitar qualquer militância política institucional. O cristianismo apostólico
cumpria sua missão evangélica sob as estruturas opressoras do Império Romano
sem se voltar contra elas. O próprio Cristo afirmou que o Seu reino "não
é deste mundo" e que, por conseguinte, os Seus "ministros" não
empunham bandeiras políticas (João 18:36). Qualquer compromisso político ou
partidário por parte da denominação dificultaria a pregação do "evangelho
eterno" a todos os seres humanos indistintamente (Mat. 24:14; Apoc.
14:6). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Outro
princípio fundamental é que o nível de justiça social de um país é diretamente
proporcional ao nível de justiça individual de cada um dos seus cidadãos, e que
esta justiça individual, por sua vez, deriva do interior da própria pessoa.
Reconhecendo as dimensões sociais do pecado, a Igreja apóia e mesmo participa
de projetos sociais e educacionais que beneficiam a vida comunitária sem conflitarem
com os princípios bíblicos. Muitos desses projetos são levados a efeito em nome
da ADRA - Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais. No entanto, a
Igreja não participa de quaisquer greves e passeatas de índole política e
partidária que acabariam com prometendo sua postura apolítica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
validade de uma perspectiva que parta do interior para o exterior do ser
humano é destacada por Cristo ao afirmar que "de dentro, do coração dos
homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os
homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a
inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura" (Mar. 7:21, 22).
Conseqüentemente, a solução cabal para esses problemas não está na mera
formulação de novas leis ou no ativismo revolucionário, e sim, na conversão
interior do ser humano. Nas palavras de Cristo, "limpa primeiro o interior
do copo, para que também o seu exterior fique limpo!" Mat. 23:26. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um
terceiro princípio fundamental é que cada cristão adventista possui uma dupla
cidadania ele é, acima de tudo, cidadão do reino de Deus e, em segundo plano,
cidadão do país em que nasceu ou do qual obteve a cidadania. Consequentemente,
deve exercer sua cidadania terrestre com base nos princípios cristãos de
respeito ao próximo. Mesmo desaprovando situações de injustiça e exploração
social, a Igreja Adventista do Sétimo Dia procura se relacionar respeitosamente
com o governo civil e os partidos políticos de cada país em que exerce suas atividades,
sem com isso comprometer os princípios bíblicos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que
o cristianismo não isenta os cristãos dos seus deveres civis é evidente na
ordem de Cristo: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Mar.
12: 17. O Novo Testamento apresenta várias orientações a respeito do dever
cristão de honrar os governos civis como instituídos por Deus (ver Rom. 13:1-7;
Tito 3:1 e 2; I Pedro 2:1317). Somente quando tais governos obrigam seus
súditos a transgredirem as leis divinas é que o cristão deve assumir a postura
de que "antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”: Atos
5:29. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Candidatos
adventistas <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Entre
os direitos do cristão adventista no exercício de sua cidadania, está o de
ocupar cargos políticos. O Antigo Testamento menciona vários membros do povo
de Deus que exerceram funções de grande projeção no governo de importantes
nações pagãs da época. Por exemplo, José foi por muitos anos primeiro-ministro
do Egito, a mais importante nação da época (Gên. 41:38-45). Colocado por Deus
sobre o trono daquele país (Gên. 45:7, 8), José se manteve "puro e imaculado
na corte do rei"; e foi "um representante de Cristo" aos
egípcios (Medicina e Salvação, pág. 36; Patriarcas e Profetas, págs. 368-369).
Daniel exerceu importantes cargos governamentais em Babilônia sob o reinado de
Nabucodonosor, Belsazar, Dario e Ciro (Dan. 2:48, 49; 5:11, 12,29; 6:1-3, 28;
8:27). Com um apego incondicional aos princípios divinos, Daniel e seus companheiros
foram embaixadores do verdadeiro Deus na corte desses reis (ver Dan. caps. 1, 3
e 6). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
postura de José e Daniel nas cortes pagãs do Egito e de Babilônia,
respectivamente, corrobora o fato de que é possível ser cristão sob governos
não comprometidos com a religião bíblica. Mas o aprisionamento de José (Gên.
39:7-23), o teste alimentar de Daniel e seus três companheiros (Dan. 1), a passagem
desses três companheiros na fornalha de fogo (Dan. 3) e a experiência de
Daniel na cova dos leões (Dan. 6) comprovam que há um preço elevado a ser pago
por aqueles que ocupam cargos públicos em ambientes hostis à verdadeira religião.
O exemplo do rei Salomão deixa claro que boas intenções iniciais (II Crôn.
1:1-13) podem ser corrompidas pela influência de ambientes vulgares (I Reis
11:1-15). Já a atitude do rei Ezequias para com a embaixada de Babilônia
comprova que governantes tementes a Deus correm o risco de se orgulharem de
suas próprias consecuções (II Reis 20:12-19). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É
interessante notarmos que José e Daniel foram nomeados para suas funções
públicas pelos próprios monarcas da época. Mas hoje, na maioria das
democracias modernas, as pessoas precisam se candidatar e concorrer a tais funções
em um processo bem mais competitivo. O fato de existirem políticos corruptos
não significa que todo político seja corrupto. Embora a Igreja Adventista do Sétimo
Dia, normalmente, não encoraje e nem desestimule a candidatura política dos
seus membros, ela também reconhece que a sociedade contemporânea tem sido beneficiada
pelo bom exemplo de alguns políticos adventistas que concorrem honestamente a
determinados cargos públicos e os exercem dignamente, sem comprometerem com
isso os princípios bíblicos. A influência positiva de políticos adventistas
tem sido decisiva, em vários países, para o estabelecimento de legislações que
facilitem a observância do sábado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
Igreja espera que os adventistas que se candidatam a cargos políticos
elegíveis sejam honestos em sua campanha e, se eleitos, também no exercício de
suas funções políticas. Cada candidato deve conduzir o seu processo eleitoral-político
(1) sem assumir posturas ideológicas e partidárias contrárias aos princípios
cristãos; (2) sem se valer de recursos financeiros inapropriados; (3) sem
prometer o que não possa cumprir; (4) sem denegrir a reputação de outros candidatos
igualmente honestos; (5) sem se envolver com coligações não condizentes com a
fé cristã-adventista; (6) sem jamais comprometer a observância do sábado em
suas campanhas; e (7) sem minimizar seu compromisso pessoal com o estilo de vida
adventista em coquetéis e confraternizações sociais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Conheço
igrejas locais que enfrentaram sérias desavenças internas pelo fato de alguns
dos seus membros se candidatarem a vereadores por partidos rivais. É certo que
os membros da igreja têm o direito, como cidadãos, de se candidatarem e
concorrerem a cargos elegíveis, bem como de procurarem convencer outros a
neles votarem. Mas nenhuma programação oficial de qualquer congregação adventista
deve ser usada como plataforma política que comprometa a postura apolítica da
denominação . Candidatos adventistas que usam eventualmente o púlpito devem
pregar o evangelho, sem jamais falar sobre política. Deus poderá abençoar
ricamente os candidatos que exercerem honestamente sua cidadania, respeitando a
posição apolítica da igreja e de seus obreiros, e promoverem a cordialidade e
a unidade de nossas congregações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Eleitores
adventistas</b> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os
membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia devem reconhecer ser seu dever
individual escolher conscientemente em quem votar. O princípio básico é sempre
votar em candidatos cuja ideologia, crenças, estilo de vida e propostas
políticas estejam mais próximos dos princípios adventistas . Entre os princípios
mais importantes estão: (1) liberdade religiosa, (2) separação entre Igreja e
Estado, (3) observância do sábado, (4) conduta moral, (5) temperança cristã,
(6) apoio ao sistema educacional privado mantido pela Igreja, e a (6)
tentativa de melhorar a qualidade de vida das classes moral e economicamente
desfavorecidas. A posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre algumas
dessas questões é enunciada no livro Declarações da Igreja (Tatuí, SP: CPB,
2003). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ellen
White adverte contra votar em candidatos sem compromisso com a liberdade
religiosa: "Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos;
pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em
nenhum plano político. Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão
empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução
medidas opressivas para levar ou compelir seus semelhantes a observar o
domingo como sábado. O primeiro dia da semana não é um dia para ser
reverenciado. É um falso sábado, e os membros da família do Senhor não podem
ter parte com os homens que o exaltam, e violam a lei de Deus, pisando Seu
sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais;
pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto
investidos desses cargos:' - Fundamentos da Educação Cristã, pág. 475. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um
dos maiores problemas na escolha de candidatos é a teoria de que "os fins
justificam os meios": Se determinado candidato, mesmo sem compromisso com
os princípios acima mencionados, promete beneficiar financeira ou politicamente
a Igreja, alguns líderes julgam pertinente apoiar tal candidato em troca
desses favores. Mas esse tipo de barganha política jamais deveria ser tolerado
nos meios adventistas. Acima de quaisquer benefícios coletivos ou individuais,
deve estar o compromisso com os princípios adventistas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Outro
aspecto de especial interesse para os eleitores adventistas é a votação ou não
em candidatos adventistas. Alguns crêem equivocadamente que, votando em
candidatos adventistas, estariam ao mesmo tempo promovendo a liberdade
religiosa e postergando os eventos finais. Mas é dever de todo o
cristão-adventista exercer sua influência em favor da liberdade religiosa
(Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 375; Testemunhos para Ministros, págs.
200-203), contribuir positivamente para a finalização da pregação do evangelho
(Mat. 24:14; 28:18-20), e deixar os eventos finais por conta de Deus (Atos
1:6-8). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como
membros do corpo de Cristo (I Cor. 12:12-31), deveríamos acabar com a falsa
teoria de que "adventista não deve votar em adventista": Essa teoria
só é aplicável a candidatos que não vivem uma vida condizente com os princípios
adventistas ou cuja candidatura visa apenas a obter benefícios pessoais, sem
uma proposta política adequada. Mas, por outro lado, se os candidatos
adventistas são os que mais próximo se encontram dos princípios que sustentamos
e se eles possuem boa proposta política, então, não existe qualquer justificativa
plausível para se descartar tais candidatos simplesmente por serem
adventistas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Deveria
ser considerada também a questão das eleições no sábado em países onde a
votação é obrigatória. Este assunto foi tratado por Mário Veloso em seu artigo
"Os adventistas e a eleição no sábado"; Revista Adventista (Brasil),
julho de 1986, págs. 19-20. Embora a Igreja Adventista do Sétimo Dia não
discipline os membros que, por iniciativa pessoal, votem durante as horas do
sábado, a recomendação é que isso seja evitado. O referido artigo foi escrito
como um apelo aos políticos brasileiros para que houvesse um "prolongamento
das horas para o exercício do voto, de tal maneira que os adventistas possam
votar depois do pór-do-sol do sábado": A declaração de que Ellen White
votaria até mesmo "no sábado" diz respeito à causa da temperança, ou
seja, à lei seca de proibição da venda de bebidas alcoólicas, em Des Moines,
Iowa, em 1881 (ver Arthur L. White, Ellen G. White, vol. 3, págs. 158-161).
Mas essa declaração não provê qualquer endosso a votação política em dia de
sábado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Conclusão <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
Igreja Adventista do Sétimo Dia sempre manteve uma posição oficial apolítica de
não se posicionar a favor ou contra qualquer regime ou partido político. Essa
posição é mantida em todos os níveis organizacionais e institucionais da
denominação, inclusive em suas congregações locais. Os obreiros assalariados
pela denominação devem manter a mesma postura. Consequentemente, nenhum púlpito
adventista e nenhuma reunião promovida oficialmente pela denominação jamais
deveria desfraldar qualquer bandeira política. Ele é um lugar onde o evangelho
eterno deve ser proclamado com o propósito de conduzir à salvação em Cristo
pessoas de todas as etnias e de todos os partidos políticos, sem preferências
e discriminações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por
contraste, a Igreja faculta aos seus membros o direito individual de exercer
sua cidadania, inclusive a de se candidatar a cargos políticos e de exercê-los
dignamente. Tanto no processo eleitoral como no exercício da função, espera-se
que cada adventista engajado em tais atividades mantenha uma postura digna de
verdadeiro cristão adventista. Todos os políticos adventistas deveriam
considerar a José e Daniel como seus modelos políticos. Deveriam sentir ser seu
dever zelar pessoal e publicamente pela liberdade religiosa e pelos princípios
cristãos em um mundo carente dos valores absolutos da verdadeira religião
bíblica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Todos
os membros da igreja deveriam votar conscientemente nos candidatos que melhor
refletem os ideais adventistas. A escolha dos candidatos não deveria ser tanto
por partido político, mas pela ideologia e os valores pessoais de cada um.
Candidatos adventistas não deveriam ser discriminados simplesmente por serem
adventistas, exceto se não demonstram uma conduta digna ou não possuam um
plano de governo adequado. O voto de cada adventista deveria ser um testemunho
autêntico a favor da liberdade religiosa que facilite o cumprimento da missão
adventista nestes dias finais da história humana. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pr.
Alberto Ronald Timm, Ph.D, foi professor de Teologia no Unasp e atualmente é
diretor associado do White Estate, nos Estados Unidos.</span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-67959215699027409322013-12-18T16:40:00.002-02:002013-12-20T12:08:12.097-02:00Apocalipse 17 e o mistério do oitavo rei<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiNI_krTArdCawMtQie3pIiSQ99IFWGE4ioK4WBmBB8zZP3AWk81KHNtIrYJrNUogHF0BdL1a2dF-kJfsGNlJ4K1xmR9vABc1l20hTZRYBb6COggVJQ-wRf5RbU0XqXmYoF_UB/s1600/apocalipse+17.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiNI_krTArdCawMtQie3pIiSQ99IFWGE4ioK4WBmBB8zZP3AWk81KHNtIrYJrNUogHF0BdL1a2dF-kJfsGNlJ4K1xmR9vABc1l20hTZRYBb6COggVJQ-wRf5RbU0XqXmYoF_UB/s200/apocalipse+17.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O que simbolizam a meretriz, a besta
escarlate e os demais elementos de Apocalipse 17?</b><o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sete séculos se passaram e mais de 70 papas se sucederam até
que um novo pontífice ousasse abdicar do chamado trono de Pedro. No dia 11 de
fevereiro de 2013, Bento XVI anunciou que declinaria de seu pontificado. “Bem
consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao
ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro”, assim anunciou Bento XVI,
alegando sua idade avançada e decrescente vigor. Contudo, dias depois, Bento
XVI condenou a “hipocrisia religiosa” e afirmou ter enfrentado “águas
agitadas”, certamente em referência aos escândalos de pedofilia, lavagem de
dinheiro no Banco do Vaticano e, mais recentemente, de práticas homossexuais na
própria Cúria Romana. Em entrevista ao canal de notícias Globo News, no dia 27
de fevereiro deste ano, o arcebispo Dom Geraldo Majella confirmou que até a
vida de Bento XVI estava em perigo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Contudo, as especulações sobre a renúncia de Bento XVI têm
ido muito além das questões internas do Vaticano. Em alguns círculos, elas
intensificaram uma expectativa em torno da chamada “teoria dos sete reis”,
construída sobre Apocalipse 17. A teoria enumera os papas a partir do estabelecimento
do Estado do Vaticano, em 1929, até a volta de Jesus. Portanto, Bento XVI, o
sétimo papa desde então e cujo pontificado foi relativamente breve, é visto
como o “rei” que tinha que “durar pouco” (Ap 17:10). Dessa forma, de acordo com
a teoria, o papa Francisco I, o oitavo, seria o último antes da segunda vinda
de Cristo (<a href="http://www.perguntas.criacionismo.com.br/2013/02/o-papado-e-profecia-de-apocalipse-17.html" target="_blank">veja mais aqui</a>).
Essa teoria não recebe o apoio da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pois carece
de fundamentação bíblica, como veremos a seguir.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">A meretriz e a besta –</span></b><span style="line-height: 150%;"> A interpretação de Apocalipse 17 é
um dos maiores desafios para o estudante da Bíblia. Não existe pleno consenso
sobre todos os pormenores dessa profecia. No entanto, com o avanço do estudo do
Apocalipse, mais luz tem sido lançada sobre essa incrível seção do livro. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para se compreender os aspectos básicos de Apocalipse 17, é
preciso que se entenda o propósito da visão e seu lugar no livro. A visão tem
uma ligação direta com o capítulo 16, que trata das sete pragas, sendo que as
duas últimas afligem a Babilônia espiritual (Ap 16:12-21). Ao fim do relato
dessas pragas, um dos anjos que as derramaram convida João para ver o
julgamento (do grego <i>krima</i>,
“sentença”) da Babilônia espiritual, a “grande meretriz” (Ap 17:1). Em resumo,
o anjo quer mostrar por que Babilônia e seus apoiadores foram tão severamente
castigados por Deus (Jacques Doukhan, <i>Secrets
of Revelation</i>, p. 160). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">João ouviu sobre uma meretriz “sentada sobre muitas águas”,
mas o profeta viu uma “mulher montada numa besta escarlate” (Ap 17:1, 3). A
figura da mulher nas profecias bíblicas sempre esteve relacionada ao povo de
Deus, à igreja (Gn 3:15; Os 2:19; Jr 3:14; 2Co 11:2), ao passo que a
prostituição sempre foi associada à infidelidade espiritual da igreja (Jr 3:20;
Ez 16:32; Ap 2:20). A meretriz é a contrafação da “noiva, a esposa do
Cordeiro”, que também foi apresentada a João por “um dos sete anjos que têm as
sete taças” (Ap 21:9). A “grande cidade” (Ap 17:18) tenta imitar a “santa
cidade” (Ap 21:10). Em síntese, a meretriz ou Babilônia pretende dominar o
mundo, com uma autoridade pretensamente divina, mas satânica em sua essência.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A simbologia religiosa também é evidente na aparência da
mulher, “vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras
preciosas e de pérolas” e com uma inscrição “na sua fronte” (Ap 17:4, 5),
elementos também presentes nas vestes do sumo sacerdote do antigo santuário (Êx
28:4-35; 35:9; 39:30; Ranko Stefanovic, <i>Revelation
of Jesus Christ</i>, 2ª ed., p. 517, 518).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A meretriz, portanto, representa um poder religioso que
exercerá domínio global nos últimos momentos da história (Ap 17:15). Mas esse
poder religioso não dominará sem ajuda. A meretriz precisará de apoio político
das nações para exercer influência sobre as massas humanas, assim como a
primeira besta depende da segunda, em Apocalipse 13. No capítulo 17, o
instrumento que ela utiliza para dominar a humanidade é a besta sobre a qual
está montada, que representa um poder político. Bestas (ou animais ferozes), em
profecias bíblicas, sempre representaram potências que oprimiram o povo de Deus
(Is 30:6, 7; Dn 7:5-7; 11, 19, 23; Ap 13:2, 11). A meretriz seduz a besta, e,
por meio dela, exerce domínio mundial.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As armas simbólicas de sua sedução estão em seu corpo e no
cálice que ela segura. Ela usa o corpo para se prostituir com os reis da Terra,
atraídos por seu luxo e aparência. A simbologia trata das alianças com os
governantes, para benefício mútuo (Ap 17:2; 18:3, 12-17; cf. Is 23:15-17; Ez
23:3, 30). Por sua vez, as multidões são enganadas pelo “vinho de sua
devassidão” contido no cálice (Ap 17:2, 4). Neste aspecto se representa o poder
sedutor da meretriz, que faz uso de um falso evangelho e de milagres (Ap 13:13,
14; 18:23; 19:20; Francis D. Nichol (ed.), <i>The
Seventh-Day Adventist Bible Commentary</i>, v. 7, p. 850). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A própria meretriz se achava “embriagada com o sangue dos
santos e [...] das testemunhas de Jesus” (Ap 17:6). Nos últimos momentos da história,
a meretriz, antes mesmo de tentar derramar sangue inocente, já está embriagada,
pois assassinou milhões de filhos de Deus por mais de um milênio (Dn 7:25).
Portanto, nenhum outro poder religioso pode se encaixar nessa descrição, além da
Igreja Romana.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ellen G. White identificou a meretriz como a Igreja Romana (<i>O Grande Conflito</i>, p. 171), que será
julgada pelos crimes cometidos contra o povo de Deus ao longo da história (Ap
18:24) e até do sangue que intentará derramar no fim dos tempos (Nichol, p.
628). No entanto, a Igreja Romana não estará isolada como poder religioso. A
“mãe das meretrizes” (Ap 17:5) terá o apoio de outras organizações religiosas,
em especial, de outras denominações cristãs (<i>O Grande Conflito</i>, p. 382, 383). Portanto, essa confederação
religiosa formará a Babilônia mística.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">A besta e suas cabeças
–</span></b><span style="line-height: 150%;"> Se a meretriz
representa uma confederação religiosa, a besta, os dez chifres/reinos e os reis
da terra (Ap 17:12, 13, 16) representam uma confederação política que a
sustentará no desfecho final. Há, portanto, uma distinção clara entre os
poderes político e religioso (Nichol, p. 851). Neste ponto se encontra o principal
equívoco da teoria dos sete reis como sete papas. Como as cabeças da besta seriam
sete papas, se a besta representa o poder político que dá suporte ao papado?
Outro erro: Se o oitavo rei representa o último papa, como ele se unirá aos dez
chifres/reinos em ódio mortal à meretriz (Ap 17:16), que representa o próprio
papado? O papa odiaria a si mesmo? Isso entra em contradição com o sentido
lógico do texto. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ellen G. White descreve a situação crítica dos líderes
religiosos apóstatas nos últimos momentos da história. Sofrendo sob as pragas,
as multidões reconhecerão o “dedo de Deus” (Êx 8:19) e concluirão que foram
iludidas por seus líderes religiosos. Por isso, dirigirão “suas mais amargas
condenações contra os ministros”. Então se repetirá a matança ocorrida após o
desafio de Elias (1Rs 18:40), e os falsos profetas do tempo do fim serão mortos
por seus próprios seguidores (<i>O Grande
Conflito</i>, p. 655, 656). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sobre as cabeças da besta, a chave para sua compreensão está
na explicação do anjo (Ap 17:9). Embora o termo “montes” seja tradicionalmente
defendido como “uma alusão à cidade de Roma, com suas sete colinas” (Nichol, p.
855), ele tem um sentido específico na antiga mentalidade hebraica. Daniel orou
pelo “monte santo” do seu Deus, significando que orava por Jerusalém (Dn 9:16).
Jeremias transmitiu uma ameaça divina contra a antiga Babilônia, chamando-a de
“monte” que destrói (Jr 51:24). A pedra que destrói a estátua de Nabucodonosor
se transforma numa grande montanha, o reino de Deus (Dn 2:35, 44). Assim, ao
longo de todo o Antigo Testamento, percebe-se que a palavra “montes” também
representa reinos (ver Sl 48:2; 78:68; Is 2:2-3; 13:4; 31:4; 41:15; Ez 35:2, 3;
Ob 8, 9; Stefanovic, p. 296). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A interpretação católica, por sua vez, tenta restringir a
figura dos sete montes às sete colinas da antiga Roma, para identificar a besta
de Apocalipse 17 com o império romano. Em vista disso, Kenneth Strand, teólogo
adventista já falecido, ressaltou que a tradução correta do termo grego <i>oros</i> em Apocalipse 17:9 é “montes”, não
“colinas”. Afirmou também que, em sentido simbólico, ela sempre deve ser
entendida como reinos e nunca como indivíduos ou governantes (Kenneth Strand,
“The Seven Heads: Do They Represent Roman Emperors?”, <i>Simposium on Revelation</i> – Book II, v. 7, p. 186).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Assim como “montes”, o termo “reis” também representa reinos
(Is 14:4, 22, 23; Dn 2:37, 38, 42-44; 7:17). Portanto, como as cabeças são sete
montes e sete reis (Ap 17:9), e ambos representam reinos, as cabeças também
simbolizam reinos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Fator tempo –</span></b><span style="line-height: 150%;"> Evidentemente, os sete reinos
representados pelas sete cabeças da besta de Apocalipse 17 foram impérios
sucessivos. Na explicação, o anjo afirmou que, no tempo de João, cinco já
haviam passado e que “um existe” (Ap 17:10). Esta é a principal referência
cronológica da profecia, pois a explicação do anjo fez uma referência aos dias
do profeta. Ekkehardt Mueller, diretor associado do Instituto de Pesquisas
Bíblicas da Associação Geral da Igreja Adventista, afirma que, se a referência
fosse a outro tempo ao qual o profeta tivesse sido transportado, não haveria
como determiná-la. Para que a profecia se faça compreendida, a referência
cronológica na explicação de qualquer profecia é sempre uma referência ao tempo
do profeta. Esse princípio é exposto pelo escatologista Jon Paulien: “A visão
não está necessariamente localizada no tempo e lugar do profeta. Mas, quando a
visão é posteriormente explicada ao profeta, a explicação sempre vem no tempo,
lugar e nas circunstâncias do que tem a visão” (ver Ekkehardt Mueller, “A Besta
de Apocalipse 17: Uma Sugestão”, <i>Parousia</i>,
1° sem. 2005. p. 37; ver também Jon Paulien, <i>Armageddon at the Door</i>, p. 214).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Assim, o versículo 10 constitui a âncora cronológica da
interpretação das sete cabeças da besta de Apocalipse 17, algo que a teoria dos
sete papas ignora. A sexta cabeça representa o Império Romano, existente no
tempo de João. Antes do Império Romano, outros cinco oprimiram o povo de Deus,
os impérios: egípcio, assírio, babilônico, medo-persa e macedônico (chamado de
Grécia, na Bíblia). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O sétimo rei ainda estava no futuro, do ponto de vista de
João, Roma papal, que se tornaria predominante na Europa por mais de mil anos.
Ela é representada pela sétima cabeça, pois, assim como os outros impérios,
também concentrou poderes civis e políticos, incluindo o comando de exércitos e
o domínio de territórios. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguns veem inconsistência na interpretação do sétimo rei
como Roma papal, quando se leva em conta que o sétimo rei deveria “durar pouco”
(Ap 17:10). No entanto, segundo Ranko Stefanovic, a expressão “tem de durar
pouco” (do grego: <i>oligon auton dei meinai</i>)
tem um sentido “qualitativo”, da mesma forma que em Apocalipse 12:12, em que Satanás
percebe que “pouco tempo lhe resta” (<i>oligon
kairon echei</i>). Após Cristo subir ao Céu, Satanás percebeu que tinha “pouco
tempo”, e esse período já se prolonga por quase dois mil anos! “Em outras
palavras, a expressão indica que o tempo de Satanás é limitado. A expressão
‘pouco tempo’ de Apocalipse 17:10 está em contraste com <i>mikron kronon</i> (‘pouco tempo’) de Apocalipse 20:3, designado para
Satanás, com referência ao julgamento pendente contra ele” (Stefanovic, p. 521).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">O oitavo rei –</span></b><span style="line-height: 150%;"> A figura do oitavo rei e alguns
aspectos relacionados a ele são a parte mais enigmática da profecia. Sobre esse
tópico, a Igreja Adventista do Sétimo Dia não tem uma interpretação
estabelecida. Analisando a história da interpretação adventista de Apocalipse
17, Jon Paulien relata que Uriah Smith nem Ellen White definiram o sentido dos
versículos 7 a 11 (Paulien, p. 166). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Embora contribuições possam ser dadas, é preciso ter prudência,
pois, de acordo com Paulien, “aplicações ultraespecificas para o presente ou
futuro imediato têm levado muitos a erros de interpretação embaraçosos”. Em
alguns casos, é o testemunho histórico do cumprimento profético que nos permite
interpretá-lo. Esse princípio é encontrado em João 13:19: “Desde já vos digo,
antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que Eu Sou” (ver
Paulien, 166). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Analisando a profecia, percebemos que o surgimento do oitavo
rei está relacionado aos momentos finais deste mundo. Seu aparecimento provoca
admiração mundial (v. 8), sua autoridade dura apenas “uma hora”, ou seja, é efêmera
(v. 12) e, logo que surge, esse poder “caminha para a destruição” (v. 8), pois
vai se unir a dez reis/reinos para enfrentar o Rei dos reis e ser finalmente derrotado
(Ap 17:14; 19:16). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A expressão “era e não é” (v. 8, 11) possivelmente é “uma
paródia do título de Deus como “Aquele que era, que é e que há de vir” (Ap 4:8;
ver 1:4, 8). O título divino se refere ao “nome da aliança de Deus” e a Sua “visitação
escatológica” (David Aune, <i>Revelation
17–22</i>, p. 940. In: Stefanovic, 523), ou seja, Deus agindo no fim dos tempos
para salvar Seu povo e condenar seus inimigos. Se Deus age desse modo, um poder
terreno também atua contrariamente a Ele e a Seu povo. O título “era e não é” contrasta
a onipotência de Deus com a transitoriedade e debilidade das nações (ver Is
40:15). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Outros relacionam a expressão “era e não é” a Roma papal,
representada pela primeira besta ferida mortalmente, mas que se recupera como
força religiosa no fim dos tempos (Ap 13:1-10). Essa posição aparentemente é a
mais plausível, no entanto, colide com pelo menos dois fortes argumentos: (1) A
Igreja Romana do fim dos tempos já está representada na visão como a mulher montada
sobre a besta. É verdade que ela também é representada historicamente como a
sétima cabeça, mas, no desfecho escatológico, a Igreja Romana é representada
como a meretriz; (2) ela será tão somente uma força religiosa, não
político-militar, como a simbologia da besta exige; (3) o oitavo rei, que é a própria
besta (v. 11), odiará a mulher (Igreja Romana e sua confederação, v. 16). Uma
confederação religiosa (meretriz) terá o suporte de uma confederação política (a
besta e os dez chifres), a qual se voltará contra a meretriz e a destruirá.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguns ainda enxergam o oitavo rei ou a besta como o próprio
Satanás (Nichol, 856; Mueller, 33), no entanto, esse não parece ser o caso. Embora
a semelhança com o dragão de Apocalipse 12 seja evidente na cor, nas sete
cabeças e dez chifres (Ap 17:3), percebemos que bestas em profecias apocalípticas
geralmente representam impérios perseguidores (Dn 7:5-7, etc.). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nesse caso também é preciso repetir que a besta odiará a
meretriz e a destruirá (Ap 17:16), o que não faz sentido em se tratando de
Satanás. A desavença na aliança político-religiosa faz parte de um plano divino
(v. 17; ver Ez 23:22-29), não satânico. Também não seria lógico crer que Satanás
destruiria seus próprios instrumentos de engano e perseguição (Mt 12:25). Por
fim, o apêndice da visão (Ap 17:18) deixa claro que a “grande cidade”
(Babilônia mística) domina sobre os “reis da terra” (líderes humanos). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A manifestação final de um poder perseguidor é representada
pelo oitavo, que é a besta propriamente dita (v. 11). É interessante notar que o
texto grego não afirma a existência de uma oitava “cabeça” e omite a palavra “rei”.
Menciona-se apenas o “oitavo”, que, pelo contexto, entendemos ser um “oitavo
rei”. Do versículo 12 em diante, a besta é mencionada nominalmente mais quatro
vezes (v. 10, 13, 16, 17). Isso reafirma que a besta em si será o oitavo rei e
que ela representa um poder mais escatológico que histórico, ou seja, que sua
ação no contexto de Apocalipse 17 está mais relacionada ao fim dos tempos do
que com o passado (embora ela seja julgada pelo que fez no passado). Portanto,
se as sete cabeças da besta representam “reis” (v. 9) ou impérios
perseguidores, o oitavo rei será o último deles.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma dificuldade desse ponto de vista é que o oitavo rei
“procede dos sete” (v. 11), talvez indicando que o último império perseguidor
seria Roma papal, que se recuperaria da ferida mortal (Ap 13:12) e voltaria com
força renovada nos instantes finais deste mundo (Paulien, p. 219). No entanto, isso
contraria o sentido geral do texto e confunde as identidades da mulher (poder
religioso) e da besta (poder político). Se a meretriz se prostitui com a besta
(reis da terra), ela não pode ser a besta. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A expressão “procede dos sete” talvez tenha uma relação com a
natureza do oitavo rei, no sentido de que ele seria semelhante aos anteriores (ver
Paulien, p. 219). Alguns enxergam essa expressão como que estabelecendo uma
distinção do oitavo reino em relação aos demais (ver Stefanovic, 525). Contudo,
a expressão pode indicar tanto semelhança quanto distinção. A preposição grega <i>ek</i>, sem equivalente em português, tem o
sentido de “vir de”, como a preposição inglesa <i>from</i>, e foi traduzida em português com o verbo “proceder” (ARA). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">João, assim como os demais escritores do Novo Testamento, utiliza
<i>ek</i> abundantemente. Contudo, o texto
joanino tem como uma de suas características marcantes o uso de <i>ek</i>, indicando associação, mesma
natureza, semelhança e, ao mesmo tempo, distinção (confira o verbo “proceder”
em Jo 15:26; 1Jo 2:16, 21; 3:8, 10; 4:1, 3, 5, 7; 3Jo 11; Ap 5:9). Assim, o
texto parece indicar que o oitavo rei “procede dos sete” no sentido de ser como
um deles e não necessariamente ter sido um deles, assim como o Consolador
“procede” do Pai, mas não é o Pai (Jo 15:26). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que reino ou império (v. 9, 11) poderia ser o oitavo? Em
primeiro lugar, ele deverá ser uma potência que dará apoio incondicional à
Igreja de Roma às vésperas da volta de Jesus. Será um poder coercitivo de
alcance mundial que se unirá aos ainda indefinidos dez chifres (reis ou reinos;
ver v. 12) e que aglutinará todos os governantes da Terra, formando uma
confederação política global (Ap 17:12, 13, 18; 18:3, 9). Essa coalizão se
levantará contra Deus e Seu povo, mas será esmagada pelo Rei dos reis (Ap
19:18, 19). Para Paulien, a identidade do oitavo rei ainda está indefinida, mas
representa a própria coalizão de nações (Paulien, 219). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Vanderlei Dorneles, autor de <i><a href="https://www.cpb.com.br/produto-1419-o+ultimo+imperio.html" target="_blank">O Último Império</a></i> (CPB), acredita que
uma analogia com Apocalipse 13 pode lançar luz sobre a questão (<a href="http://www.perguntas.criacionismo.com.br/2013/04/apocalipse-17-e-o-oitavo-imperio.html" target="_blank">leia o texto dele aqui</a></span>)<span style="line-height: 150%;">. Em Apocalipse 13, a segunda besta
(os Estados Unidos, ver <i>O Grande Conflito</i>,
p. 579) será o poder que dará suporte ao papado, exercendo “autoridade” sobre a
“terra e seus habitantes” (v. 12), ou seja, terá uma influência global. Se a
mesma aliança é retratada em Apocalipse 17, com a mulher sendo carregada pela
besta, é possível fazer uma relação entre ambos os capítulos: como a primeira
besta de Apocalipse 13 está para a meretriz, assim a segunda besta de
Apocalipse 13 está para o oitavo rei/reino. Ou seja, o oitavo reino
representaria a superpotência americana que lideraria as nações para dar
suporte à confederação religiosa. “Uma vez que as cabeças representam
reinos/impérios sucessivos, o último ou oitavo deles podem ser os Estados
Unidos, que seriam o último poder político sobre o qual a meretriz está
montada”, afirma Dorneles. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Conclusões –</span></b><span style="line-height: 150%;"> Embora todas as análises de
Apocalipse 17 sejam fascinantes, essa seção está em estudo e uma posição
definida ainda é esperada. Este artigo não se propôs a esgotar a interpretação,
mas o que foi exposto até aqui provê evidências suficientes para se rejeitar a
teoria dos sete reis como uma sucessão de indivíduos ou papas. O contraste
entre a superficialidade da teoria e os sólidos alicerces da interpretação
profética nos relembra a exortação do autor do Apocalipse: “provai os espíritos
se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”
(1Jo 4:1). Não devemos aceitar prontamente as teorias que batem à nossa porta.
Devemos ir às Escrituras como os antigos bereanos (At 17:11), para não sermos levados
por “todo vento de doutrina” (Ef 4:14).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por outro lado, no estudo de Apocalipse 17, percebemos como Deus
tem o firme controle da história. Ele já sabe quais serão os próximos passos do
inimigo e utiliza até mesmo suas manobras malignas para benefício de Seu povo. Embora
esteja prevista a formação de uma imensa coalizão político-religiosa contra os
“eleitos e fiéis” (Ap 17:14), Cristo, o Rei dos reis, Se levantará como nosso
supremo Defensor (Dn 12:1). Aquele que nos criou e deu a vida por nós será
nosso refúgio e baluarte. Podemos ter a mesma confiança de que “mais são os que
estão conosco do que os que estão com eles” (2Rs 6:15). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Diogo Cavalcanti é formado em
Teologia e é editor associado de livros na Casa Publicadora Brasileira)</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b style="line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Semelhantes, mas
diferentes</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; line-height: 150%;">Apesar das semelhanças, a besta de Apocalipse 17 não é a
mesma do capítulo 13. A besta do capítulo 17 representa uma pluralidade de
organizações (sete impérios sucessivos mais um império final associado a dez
reinos). A besta do capítulo 13 representa apenas um império, Roma papal (<i>O Grande Conflito</i>, p. 54). A besta do
capítulo 13 é um poder político-religioso, por isso tem diademas; a do capítulo
17 é um poder político nos eventos finais, mas não tem diademas, pois rende sua
autoridade à meretriz. Ambas as bestas são semelhantes, por terem relação
direta com o dragão (Ap 12:3). Contudo, é importante lembrar que a besta de Apocalipse
13 está representada historicamente como a sétima cabeça da besta do capítulo
17 e, em seus momentos finais, como a meretriz.</span><span style="font-size: small; line-height: 150%;"> </span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><iframe frameborder="0" height="440" src="http://prezi.com/embed/l8_wwrn7udza/?bgcolor=ffffff&lock_to_path=0&autoplay=0&autohide_ctrls=0&features=undefined&disabled_features=undefined" width="595"></iframe></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-48891237889911348202013-09-10T13:32:00.001-03:002013-09-10T13:34:08.600-03:00Obelisco no túmulo de Ellen White<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglubwc4Rmrn7l4euoig2zfGfh2f9mugcBdgWbK-heqv0-Ofs1y3pGrt3vwUqcMdhh7IDOO8G1GRcwFyqAuSYAWXT2lLb6cpCnHn29-kHUWuvGbRBkefOtAbA49hhiYAJ2h_SyV/s1600/white.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglubwc4Rmrn7l4euoig2zfGfh2f9mugcBdgWbK-heqv0-Ofs1y3pGrt3vwUqcMdhh7IDOO8G1GRcwFyqAuSYAWXT2lLb6cpCnHn29-kHUWuvGbRBkefOtAbA49hhiYAJ2h_SyV/s320/white.jpg" width="232" /></a></div>
<div class="Texto-rec-italic" style="margin-left: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Disseram-me
que Ellen White e seu esposo têm, cada um, um obelisco em suas sepulturas. Isso
é verdade, e, se é, podem contar-me a história que existe por trás disso?<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="Texto-rec-italic" style="margin-left: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Algumas
pessoas têm expressado surpresa e preocupação ao verem um monumento no formato
de um obelisco no cemitério da família de Tiago e Ellen White. O obelisco (um,
apenas) não é uma lápide para uma das pessoas ali enterradas, mas um marco
familiar no centro do lote. A preocupação surge por causa da conexão que existe
entre obeliscos e o culto pagão do Egito, bem como outras associações
questionáveis. Evidentemente, contudo, muitas pessoas no século 19 não
consideravam isso um problema. Os obeliscos eram marcos comuns nos cemitérios
daquele tempo. Nas proximidades do mausoléu da família White, existem algo como
20 ou 30 outras sepulturas com marcos em forma de obelisco. Uma situação
semelhante existe no cemitério de Rochester, Nova York, onde alguns pioneiros
do adventismo foram sepultados. É pouco provável que toda essa gente fosse
maçom ou adeptos de religiões antigas que adoravam o Sol. O uso de obeliscos
como marcos de cemitérios era apenas uma prática comum, não um tributo à
maçonaria ou a crenças pagãs. Os adventistas daquela época pareciam estar entre
os que não viam nenhum problema no uso de obeliscos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Recentemente,
encontramos uma correspondência relacionada a essa questão entre as cartas de
George I. Butler, que era o presidente de Associação Geral quando Tiago White
morreu, em 1881, e por vários anos após. Em 12 de fevereiro de 1884, o Pastor
Butler escreveu para a Sra. White: “O monumento de granito escuro em B.C.
(Battle Creek) que a senhora viu, eu o encomendei na semana passada, a pedido
do seu filho Willie. Ele me disse que debitasse essa despesa em sua conta.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso
indica que a Sra. White tinha visto o monumento escolhido, e provavelmente W.
C. White também. Ele aprovou a compra. Uma carta do pastor Butler para W. C.
White, em 10 de fevereiro daquele ano, discutia o custo do monumento “com a
lápide e outras pedras”, dizendo que ele “será erigido tão logo a senhora mande
a inscrição”. Fica claro que a família White estava envolvida na escolha do
monumento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vinte anos
mais tarde, em 1904, a Sra. White escreveu sobre uma sugestão diferente para a
lápide de Tiago White: “‘Nunca!’, disse eu, ‘nunca! Ele fez, sozinho, o
trabalho de três homens. Nunca será colocado sobre seu túmulo um monumento
partido’” (<i>Mensagens Escolhidas, </i>v.
1, p. 105). Só podemos conjecturar, mas pode ser que no contraste presente
nessa sugestão, ela estivesse bastante satisfeita por ter um monumento bem
moldado e simétrico colocado no cemitério da família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguns têm
perguntado sobre a suposta conexão do obelisco com a maçonaria. Ao verem o
obelisco na sepultura da família, uns poucos até chegaram a supor que a própria
Sra. White devia ter estado envolvida com o movimento maçônico. Essa é uma
conclusão sem qualquer garantia. A Sra. White era uma franca opositora da
maçonaria. Enquanto estava na Austrália, ela insistiu com um obreiro adventista
que estava envolvido com a maçonaria para que cortasse sua conexão com o movimento.
Ela também aconselhou outros contra o envolvimento com ordens maçônicas (ver <i>Evangelismo, </i>p.<i> </i>617-623; <i>Mensagens
Escolhidas, </i>v. 2, p. 120-140).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Qual a
razão, então, para haver um obelisco no cemitério da família White?
Evidentemente, a Sra. White não o considerava um símbolo inerente da maçonaria
ou pagão, a despeito do fato – conhecido dela ou não – de que os maçons e os
adoradores do Sol o haviam usado dessa maneira. Os símbolos têm o significado
que as pessoas atribuem a eles. A própria cruz já foi um símbolo repugnante da
opressão e crueldade de Roma, mas hoje, os cristãos de todo o mundo a
consideram o símbolo da nossa redenção, por meio de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os
símbolos podem mudar de significado. Quando Tiago White começou a publicar a <i>Advent Review and Sabbath Herald </i>como um
jornal quinzenal (ele passou a ser semanal em setembro de 1853), cada edição
vinha com a data da publicação e o nome convencional do dia da semana no qual
era publicada, seja segunda-feira ou terça-feira. (O dia da publicação variava
naquele tempo.) No entanto, logo ele mudou. A revista publicada na “quinta-feira
[Thursday, em inglês], 12 de maio de 1853”, foi seguida, duas semanas depois,
por outra exibindo a data de publicação como “quinto dia [Fifth-day, em
inglês], 26 de maio de 1853”. Por várias décadas depois, o jornal designou o
dia de sua publicação como “quinto dia” e “terceiro dia [Fifth-day e Third-day,
em inglês], aparentemente por causa da preocupação com o fato de os dias da
semana terem recebido nomes pagãos. Por volta da edição de 1º de janeiro de
1880, entretanto, o jornal voltou a usar os nomes convencionais dos dias da
semana. Aparentemente, nossos pioneiros decidiram que o uso daqueles nomes não
comprometia sua fé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As pessoas
que usam os nomes convencionais dos dias da semana não o fazem para expressar
devoção aos deuses pagãos. Os nomes simplesmente não simbolizam mais esses
deuses, a despeito de seu significado original. Da mesma maneira, embora
obeliscos possam ter comunicado algum significado oculto lá pelo século 19, esse
significado já não era levado em consideração por muitas pessoas, exceto os
próprios maçons. Claramente, a Sra. White não sustentava essas crenças. (Esta
resposta foi substancialmente modificada em relação àquela originalmente usada
no <i>site, </i>em resposta à pergunta
acima.)</span></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<i style="text-indent: 0cm;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div class="Texto" style="text-indent: 0cm;">
<i style="text-indent: 0cm;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Extraído do livro <a href="http://www.cpb.com.br/produto-1469-101+perguntas+sobre+ellen+white+e+seus+escritos.html" target="_blank">101 Perguntas Sobre Ellen White e Seus Escritos</a>, de William Fagal, CPB)</span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-69753471669879471642013-07-30T11:38:00.000-03:002013-07-30T11:38:25.293-03:00Bebidas alcoólicas: uma abordagem bíblica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2xXBOGWKQjWjJzuq35G3H-jsDqJLI-XSkpsYLRSLDb2KMdaC5nqnoH5_7cpaxu9R1GOb2tUN3PCellNqV-RBNAgIhEAaaQANF1DYY3b16JYTBpV9npR791YJr1tMTzCUkXf2g/s1600/vinho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2xXBOGWKQjWjJzuq35G3H-jsDqJLI-XSkpsYLRSLDb2KMdaC5nqnoH5_7cpaxu9R1GOb2tUN3PCellNqV-RBNAgIhEAaaQANF1DYY3b16JYTBpV9npR791YJr1tMTzCUkXf2g/s200/vinho.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O que a Bíblia diz sobre o consumo de vinho e outras bebidas alcoólicas?</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
Igreja Adventista do Sétimo dia mantém em seu corpo doutrinário, há mais de cem
anos, o ensinamento bíblico de que nosso corpo é o santuário do Espírito Santo
(1Co 6:19, 20). Uma vez que o corpo é propriedade do Senhor, somos Seus
mordomos nesse sentido – além de administrarmos para honra dEle diversos outros
aspectos da nossa vida, tais como as posses materiais, que também Lhe pertencem.
Temos, portanto, diante do Senhor, a
responsabilidade de cuidar da manutenção de nossa saúde a fim de poder servi-Lo
melhor, ser mais felizes neste mundo e inspirar nossos semelhantes a agir na
mesma direção para obtenção dos mesmos benefícios.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fundamentados
no conceito de mordomia do corpo, os adventistas pregam desde seus primórdios a
completa abstenção de bebidas alcoólicas, crendo encontrar respaldo na Bíblia
para identificar nesse procedimento um dos requisitos de Deus para o estilo de
vida cristão. São chamadas de alcoólicas as bebidas cuja produção envolve
fermentação de açúcares contidos, entre outros, em frutas e cereais. O vinho, a
sidra e a cerveja, resultantes, respectivamente, da fermentação do suco de uva,
do suco de maçã e da cevada, são apenas alguns exemplos. Hoje também existem as
bebidas alcoólicas obtidas pelo processo de destilação, possuindo em geral teor
alcoólico mais acentuado. Até os dias atuais, o compromisso de não ingerir
bebidas alcoólicas – independentemente do gênero – é um dos itens que compõem o
voto público que o futuro membro realiza por ocasião do seu batismo na Igreja
Adventista.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ocorre
que muitos adventistas têm decidido ignorar o compromisso assumido nessa
cerimônia, continuando (ou, em algum momento, passando) a inserir bebidas
alcoólicas em seu cardápio eventual. Esses membros – cuja espiritualidade e
sinceridade sem dúvida não podem nem devem aqui ser questionadas – argumentam
que o fato de não haver em nenhum livro da Bíblia uma ordem direta da parte de
Deus para que Seu povo como um todo se abstenha completamente do uso de vinho
fermentado e de outras bebidas alcoólicas significa que Ele aprova esse uso,
desde que moderado. Para eles, o que Deus repudia é, especificamente, o estado
de embriaguez. Há, inclusive, por parte de alguns, uma concepção equivocada de
que o vinho fermentado ocupa, na Bíblia, um patamar diferenciado daquele ao
qual pertencem as bebidas alcoólicas obtidas de outras fontes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma
vez que essa atitude obviamente entra em conflito com um padrão de estilo de
vida absolutamente consagrado por mais de um século de história do adventismo –
consistindo, inclusive, em uma das marcas pelas quais o movimento vem chamando
a atenção do mundo no decorrer desse tempo –, o autor destas linhas acredita
que sérias considerações precisam ser feitas antes que se tome como correta a
conclusão de que Deus permite o uso moderado de bebidas alcoólicas. O ensaio
abaixo, sem a pretensão de esgotar de forma cabal o assunto, reúne o maior
número de considerações que o autor julgou relevantes, argumentando com base,
em primeiro lugar, nas Escrituras, e, por fim, nos escritos de Ellen G. White. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aprovação ou tolerância
de Deus?<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Realmente,
não há na Bíblia uma ordem divina proibitiva direta para a igreja abster-se totalmente
das bebidas alcoólicas. Assim como também não há uma ordem direta da parte de
Deus proibindo que os homens escravizem seu próximo, prática que ainda era presente
entre cristãos nos tempos apostólicos (ver, por exemplo, a carta de Paulo a
Filemom) e que persistiu por muitos séculos depois. Ninguém hoje em dia
concordaria com o pensamento de que Deus aprova a escravatura, e, no entanto,
em nenhuma parte da Bíblia existe uma proibição divina direta para ela. Sabemos
que essa prática é ofensiva aos olhos de Deus porque conhecemos e prezamos os
conceitos de graça, amor, respeito, justiça e fraternidade que a Palavra de
Deus nos apresenta.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por
que, então, Deus parece haver aprovado a escravidão, especialmente nos tempos do
Antigo Testamento? Havia, inclusive, dispositivos legais no código dado por
Deus a Moisés que regularizavam o trato dos senhores com seus escravos (ver,
por exemplo, Êx 21:16, 20). Outra pergunta semelhante diz respeito ao
casamento. Se o Novo Testamento é tão taxativo quanto ao casamento monogâmico
(com um parceiro apenas), por que Deus permitiu a prática da poligamia e do divórcio
no passado (da mesma forma, com leis específicas regularizando o assunto no
código mosaico)? A resposta foi dada por Jesus aos fariseus: “Por causa da dureza
do vosso coração [...]; entretanto, não foi assim desde o princípio” (Mt 19:8).
<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
partir dessa importante afirmação feita por Cristo, conclui-se que Deus não deve
ser visto como aprovando aquilo que Ele apenas tolerou temporariamente por
causa da tremenda ignorância que motivava coletivamente a prática errônea. Muitos
fariseus e outros homens judeus do primeiro século aproveitavam-se da brecha
encontrada na lei para repudiar suas mulheres e casarem-se novamente com
mulheres mais jovens. Jesus, porém, afirmou que o único motivo aceitável para o
divórcio aos olhos de Deus é a prática de relações sexuais ilícitas (Mt 19:9). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Cabe
aqui a observação de que Cristo, em diversas partes dos evangelhos, amplia a
abrangência da lei de Deus, tornando-a ainda mais rigorosa quanto ao que se
deve ou não fazer – contrariamente à ideia divulgada por muitas denominações
cristãs de que Jesus veio para abolir a lei do Antigo Testamento ou trocá-la
por um novo sistema, mais brando. Outro exemplo pode ser visto no capítulo 5 de
Mateus, onde Cristo afirma que o mandamento “não matarás” inclui muito mais do
que tirar literalmente a vida de alguém. Segundo Ele, lançar no rosto do
próximo insultos ou termos de baixo calão já torna o indivíduo um sério
candidato à perdição eterna (as palavras não poderiam ser mais fortes: “estará
sujeito ao inferno de fogo” [5:22]). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pois
bem, Deus também tolerou (sem aprovar – e mais à frente se discutirão os textos
bíblicos que indicam o desprazer de Deus nesse sentido) o uso de vinho e outras
bebidas alcoólicas, quando tirou os israelitas do Egito. Eis uma das passagens
mais representativas: “Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua
alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte [aquela produzida a
partir de outros frutos da terra, com teor alcoólico superior ao do vinho], ou
qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus,
e te alegrarás, tu e a tua casa” (Dt 14:26). Note-se aqui que a lei mosaica
está permitindo tanto o uso do vinho fermentado quanto da bebida forte (cuja
ação entorpecente, em alguns casos, pode ser mais intensa que a do vinho). Os
que advogam a permissão divina atual para o consumo de vinho com base em textos
como esse, também deveriam considerar exatamente da mesma forma o caso das
outras bebidas, pois a Bíblia coloca ambos os gêneros (vinho e bebidas fortes)
no mesmo patamar. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No
entanto, considerando os efeitos nocivos (físicos e sociais) do uso das
chamadas bebidas fortes – tão amplamente conhecidos por todos nós e fartamente
exemplificados no texto sagrado –, é impossível admitir sem, ao menos, alguma
reserva que Deus aprecie o consumo desse item entre Seus filhos. Sendo assim,
por que teria permitido seu uso em Deuteronômio? A explicação para isso só pode
ser encontrada nas palavras de Jesus citadas acima: foi a dureza de coração, a grosseira
ignorância de um povo que acabava de sair de 400 anos de escravidão numa nação
com um estilo de vida e de adoração dos mais abomináveis da história deste
mundo, que motivou essa tolerância temporária da parte de Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Resumindo,
o pecado sempre foi ofensivo aos olhos do Senhor, em todas as épocas, mas é
especialmente a partir dos tempos do Novo Testamento que o conhecimento do
significado, da malignidade e das consequências do pecado ficou totalmente
claro e patente aos olhos da igreja. É por esse motivo que os requisitos de
Deus quanto ao comportamento de Seus filhos hoje parecem ser ainda mais
rigorosos do que no passado: hoje temos conhecimento claro da batalha
espiritual invisível que o Espírito Santo e os anjos de Deus travam contra
Satanás e seus agentes pelo controle dos seres humanos. E sabemos (ou
deveríamos saber) que temos um papel importante a desempenhar no sentido de
favorecer e contribuir com o trabalho do Espírito de Deus para a santificação
da nossa própria vida e da vida dos nossos semelhantes. Santificação significa
abandono gradativo do pecado e dos maus hábitos, paralelamente a uma entrega
cada vez maior à vontade do nosso Criador. Santificação é o efeito de nos
separarmos para Deus e nos consagrarmos diariamente a Ele.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A visão bíblica da
ingestão de bebidas alcoólicas<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
primeira menção ao vinho fermentado que aparece na Bíblia se encontra em
Gênesis 9. O texto relata que Noé, após o dilúvio, plantou uma vinha e se
embriagou com a bebida por ele produzida. Bêbado, fez coisas típicas de uma
pessoa com a mente entorpecida – coisas, diga-se de passagem, que a razão e a
mente ajuizada dirigida por princípios éticos não nos permitem fazer quando
estamos sóbrios. Muitos hoje poderiam achar graça na história, assim como
muitos se divertem com as tolices que uma pessoa é capaz de fazer ou dizer
quando está sob o efeito do álcool. A Bíblia, porém, trata o episódio como
sendo da maior gravidade. Por causa de um momento prazeroso (e ninguém negará o
prazer envolvido no ato de consumir o vinho: além do sabor agradável, existe a
sensação de leveza e descontração proporcionada pelo efeito entorpecente da
bebida), a vergonha se abateu sobre uma família e uma nação futura foi
amaldiçoada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
Deuteronômio, se registrou a permissão tolerante de Deus para o consumo do
vinho e de bebida fermentada em função da rudeza do Seu povo recém-saído da
escravidão, conforme se viu acima. É também sob esse prisma que deveriam ser compreendidas
passagens como a seguinte: “Fazes crescer a relva para os animais e as plantas,
para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que
alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento,
que lhe sustém as forças” (Sl 104:14, 15). Existem duas palavras para a bebida
feita com uvas no Antigo Testamento, <i>yayim</i>
(normalmente o vinho fermentado, embriagante) e <i>tirosh</i> (suco de uva). No caso do Salmo em questão, a palavra é <i>yayim</i>. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se
bem que muitos considerem tratar-se de uma referência ao puro suco de uva, é
possível que a recomendação de Paulo em 1 Timóteo 3:8 – “Semelhantemente,
quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não
inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância” – também se
encaixe no mesmo contexto da permissão tolerante de Deus em face, agora, da
conversão ao cristianismo de indivíduos provenientes da licenciosa cultura
greco-romana. Trata-se de um texto difícil, não há dúvida, mas uma coisa é
certa: nenhuma doutrina (ou modo de proceder), do ponto de vista de nosso
relacionamento com Deus, deveria ser estabelecida a partir de textos bíblicos
isolados. O conjunto, o mais completo possível, é que deve sempre ser nosso
guia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Paralelamente
a essa permissão tolerante, contudo, é absolutamente relevante a expressa (e
ameaçadora) proibição de bebidas alcoólicas no caso daqueles que estavam
envolvidos no serviço religioso: “Falou também o Senhor a Arão, dizendo: Vinho
ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da
congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas
gerações, para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e
o limpo e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor
lhes tem falado por intermédio de Moisés” (Lv 10:8-11). Deus também proibia
diretamente o uso de vinho e bebida forte no caso dos nazireus, que eram homens
ou mulheres escolhidos por Deus desde o nascimento para um propósito especial,
ou que faziam voto de separação/consagração especial a Deus (Nm 6:1-4; veja um
exemplo de nazireado por escolha divina no caso de Sansão, em Jz 13).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No
caso dos sacerdotes (e, por extensão, também dos nazireus), note a finalidade
da proibição: (1) evitar que a mente fique embotada e perca – seja de forma
temporária ou definitiva – a noção do que é certo e puro aos olhos de Deus; e
(2) evitar que fosse interrompido o cumprimento da responsabilidade de ensinar (por
preceito e exemplo) a vontade de Deus aos semelhantes. Alguém poderia duvidar
de que o Senhor também anelasse a sobriedade do restante de Seu povo naquela
ocasião, embora não dispusesse isso de modo direto? Por que, no entanto, a
proibição direta ficou restrita a duas classes? O fato de os sacerdotes e os
nazireus constituírem um modelo de conduta em muitos aspectos para o povo de
Israel torna a ordem divina totalmente adequada. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Considerando
esse fato, seria ir além do que está escrito admitir que o mesmo exemplo de
sobriedade exigido dos sacerdotes e nazireus é requerido do povo do Senhor nos
dias de hoje? Cremos que não. Recorde-se o que 1 Pedro 2:9 registra acerca da
igreja cristã: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa [separada,
consagrada], povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” “A fim
de proclamardes”: a verdade é proclamada tanto por meio do ensino da Palavra
quanto por meio de um comportamento santificado na Palavra do Senhor. Muitos
diriam, inclusive, que o exemplo comportamental de vida é mais poderoso que o
testemunho discursivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um
exemplo maravilhoso de fidelidade e pureza foi demonstrado por Daniel e seus
amigos na corte de Babilônia (Dn 1). Ao lhes ser designado vinho (bem como alimentos
impuros ou impróprios para consumo), o profeta – ainda muito jovem nessa época
– recusou-se a bebê-lo. E se deve notar que, segundo os padrões então em voga,
o vinho da corte babilônica deveria ser de qualidade e sabor indiscutíveis – o
texto bíblico declara que era o vinho que o próprio rei bebia. Os termos da
narrativa são extremamente significativos: “Resolveu Daniel, firmemente, não
contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia;
então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (Dn
1:8). Observe bem a força da palavra usada: “contaminar-se” com o vinho. A Bíblia,
por fim, deixa claro que Daniel foi honrado pelo Senhor devido a essa atitude
de domínio próprio. Deveríamos rejeitar a ideia de que a atitude de Daniel
serve de exemplo para os cristãos (especialmente jovens) de hoje? Dificilmente
um cristão sincero concordaria com isso.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No
livro de Habacuque é pronunciada uma maldição contra aquele que oferece bebida
ao seu próximo. Primeiramente, Deus declara: “Assim como o vinho é enganoso,
tampouco permanece o arrogante, cuja gananciosa boca se escancara como o
sepulcro e é como a morte, que não se farta” (2:5) E, depois: “Ai daquele que
dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o
embebeda para lhe contemplar as vergonhas” (2:15). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mencione-se,
como encerramento desta seção, o capítulo 35 do livro de Jeremias. Ali, Deus
exalta a atitude dos recabitas, que, em obediência ao ensinamento de seu
patriarca, Jonadabe (filho de Recabe), se recusaram a beber o vinho que lhes
era oferecido. O Senhor, por meio do seu profeta, exalta a atitude dos
recabitas, confrontando-a com a infidelidade demonstrada por Jerusalém em
relação a Ele. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O tratamento dado à
bebida alcoólica em Provérbios<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
livro de Provérbios constitui uma fonte essencial do Antigo Testamento no
tratamento do tema das bebidas alcoólicas. Em nenhum outro texto a desaprovação
de Deus é apresentada de forma mais contundente. É bom lembrar que todo o
conteúdo do livro deve ser lido e meditado à luz do propósito geral explicitado
no início da obra: “Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as
palavras de inteligência; para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o
juízo e a equidade; para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e
bom siso” (Pv 1:2-4); mas, sobretudo, à luz da máxima: “O temor do Senhor é o
princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (1:7). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Embora
não se tratem de ordens diretas de Deus para abstinência de vinho e bebida
forte, os seguintes trechos da obra de Salomão contêm conselhos e repreensões
que, originadas em Deus por meio da iluminação da mente do rei Salomão,
deveriam ser encaradas como a expressão da vontade do Senhor nessa matéria,
para o nosso bem:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Provérbios
20:1: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que
por eles é vencido não é sábio.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Provérbios
23:29-35: “Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas?
Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos
vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando
bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando
resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e
picará como o basilisco. Os teus olhos verão coisas esquisitas, e o teu coração
falará perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar e como o que se
deita no alto do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e
não o senti; quando despertarei? Então, tornarei a beber.” <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
bebida alcoólica provoca no ser humano um estado de ânimo incompatível com o
espírito de sabedoria que vem do temor de Deus. Além disso, normalmente, os
contextos sociais em que se tomam bebidas alcoólicas são contextos nos quais
dificilmente se conseguiria invocar a presença de Deus. Com base na leitura
apenas do primeiro dos dois textos, alguém poderia argumentar que o “ser
vencido” pelas bebidas alcoólicas estaria se referindo somente à embriaguez, ou
seja, não haveria problema nenhum diante de Deus em beber apenas um pouco e não
chegar àquele estado. Mas o segundo trecho não deixa dúvidas: “Não olhes”, não
te aproximes... A linha que separa a sobriedade da embriaguez pode ser muito
tênue – aquele que bebe considera a bebida inofensiva, crendo que terá sempre o
controle sobre ela; no entanto, conforme o provérbio, o efeito do álcool é
traiçoeiro e muitas vezes imprevisível. Além disso, quem bebe, mesmo que não se
embriague, está servindo de exemplo para outro que talvez não tenha o mesmo
nível de autocontrole. E a Bíblia responsabiliza aquele que, mesmo de forma
indireta, induz o seu próximo à queda.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Provérbios
31:4, 5: “Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho,
nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da
lei, e pervertam o direito de todos os aflitos.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se
para os reis não é próprio, para os cidadãos comuns o seria? Evidentemente que
não, e pelos mesmos motivos. O ato de beber prejudica a sensibilidade
espiritual e a capacidade de juízo e raciocínio e, portanto, não combina com a
piedade de um filho de Deus. O simples fato de se desejar tal tipo de bebida é
condenado pela Bíblia já nos tempos do Antigo Testamento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vinho para uso
medicinal e o milagre em Caná<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Provérbios
31:6, 7 traz o seguinte: “Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos
amargurados de espírito; para que bebam, e se esqueçam da sua pobreza, e de
suas fadigas não se lembrem mais.” Interessantíssimo é esse texto em que o uso
da bebida alcoólica é sugerido como meio anestésico em caso de indivíduos
desenganados, a fim de aliviar-lhes o sofrimento nos últimos momentos. Tratava-se
de uma época em que não havia à disposição os métodos de que hoje dispomos para
diminuição da sensibilidade de pacientes terminais, com dor crônica ou em processo
cirúrgico. Ofereceram, inclusive, para Jesus crucificado uma poção embriagante,
a qual o Senhor recusou a fim de manter as faculdades totalmente despertas em
sua prova final (Mt 27:34).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há
um texto no Novo Testamento que pode estar se referindo a uma questão
semelhante: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por
causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (1Tm 5:23). Aqui,
Paulo aconselha Timóteo a não beber apenas água – possivelmente devido à
dificuldade, muitas vezes, de encontrar água potável durante as viagens
missionárias –, mas também “um pouco de vinho”. Ora, no texto original do Novo
Testamento, existe uma só palavra grega (<i>oinos</i>)
para designar tanto o vinho fermentado, como o puro suco de uva. O contexto é
que deve orientar a tradução nesses casos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguns
afirmam que Paulo aqui não poderia estar aconselhando Timóteo a beber vinho
fermentado, porque estaria contrariando o ensino bíblico acerca das bebidas
alcoólicas. É possível que seja assim, uma vez que suco de uva sabidamente é um
rico alimento e um poderoso remédio natural (algumas clínicas contemporâneas
tratam enfermidades gravíssimas utilizando dieta a base desse suco). A mensagem
de Deus por intermédio do profeta Isaías acerca do “vinho [<i>tirosh</i>] num cacho de uvas” é a seguinte: “Não o desperdices, pois
há bênção nele.” No entanto, se Paulo estiver se referindo ao vinho alcoólico,
observe sua ênfase de que deve ser pouco e com propósitos medicinais. Essa passagem
especificamente é de difícil compreensão, mas seja ela qual for, o autor deste
texto acredita que o princípio bíblico está aqui preservado. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguns
acreditam que a bebida (<i>oinos</i>) fabricada
miraculosamente por Cristo nas bodas de Caná (João 2) deve ter sido o vinho
fermentado. Baseiam essa conclusão no comentário feito pelo mestre-sala de que,
contrariamente ao que estava acontecendo naquela festa, normalmente se servia
primeiro o vinho bom e, depois que todos já haviam bebido fartamente, é que se
servia o inferior. O argumento é o de que o mestre-sala só podia estar falando
de vinho alcoólico: este entorpeceria os sentidos dos seus bebedores no início
da festa, de modo que eles não se incomodariam com a qualidade inferior do
vinho servido por último. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
primeiro lugar, embora tenha sua força, o argumento não é conclusivo, pois
também se poderia argumentar que talvez se tratasse de um costume estabelecido
naquele contexto e época o oferecimento do melhor da casa já no início da festa.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
segundo lugar, Cristo não poderia ter fabricado vinho alcoólico, cujo efeito sobre
muitos dos convidados, após beberem “fartamente” (palavra utilizada pelo
próprio texto), certamente seria aquele descrito em Provérbios. Ele estaria trazendo
para Si, em última instância, a responsabilidade pela intoxicação alcoólica
daquelas pessoas. Além disso, o Senhor não poderia contrariar o ensino que o
Espírito posteriormente transmitiria através de Paulo: “Não sabeis que sois
santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o
santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós,
é sagrado” (1Co 3:16, 17). E, além disso: “Portanto, quer comais, quer bebais
ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (10:31).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há,
ainda, uma terceira consideração, que é a de que o suco puro da uva é um
símbolo utilizado por Cristo para o Seu sangue, cujo derramamento nos dá vida e
nos purifica de todo o pecado. Há, no milagre efetuado em Caná (o primeiro do
ministério público de Jesus), um significado teológico extraordinário ligado à
morte do Salvador e à mudança por ela operada na vida daqueles que O aceitam.
Assim, definitivamente, o vinho produzido pelo Senhor era um suco de uva de
qualidade tão excepcional, que impressionou o mestre-sala e chamou a atenção do
público para o ministério do Senhor.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O papel especial da
igreja cristã no tempo do fim<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Já
vimos que o Novo Testamento considera a igreja cristã como sendo o verdadeiro
sacerdócio e a nação santa (separada). No Antigo Testamento, havia indivíduos
especialmente separados para servir ao Senhor: os sacerdotes e os nazireus.
Eles deveriam ser instrumentos privilegiados nas mãos de Deus para instruir o
povo do Senhor nos Seus santos caminhos, tanto pelo ensino direto, quanto pela conduta
de vida exemplar. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
mesma responsabilidade no sentido de servir de modelo de boas obras, segundo a
vontade do Senhor, é transferida pelo Novo Testamento a toda a igreja cristã. E
se a igreja cristã como um todo são os sacerdotes e nazireus modernos, não
parece ser uma distorção da mensagem bíblica entender que o mesmo exemplo de
domínio próprio/abstinência que Deus ordenou a essas duas classes no Antigo
Testamento é o mesmo que Ele espera do povo cuja missão é preparar o mundo para
a segunda vinda de Cristo. E é precisamente por esse motivo que Cristo e Seus
discípulos enfatizaram tanto a necessidade de pureza e retidão moral por parte
da igreja: “Aquele que diz estar nEle, também deve andar como Ele andou” (1Jo
2:6).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Finalmente,
irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”
(Fp 4:8).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Quanto
ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as
concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos
revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes
da verdade” (Ef 4:22-24).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Ora,
as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a
estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que
não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl
5:19-23).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Torna-te,
pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência,
linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não
tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito” (Tt 2:7, 8).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Ninguém
despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra,
no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1Tm 4:12).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Possa
Ele vos confirmar os corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade
diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 3:13).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Pois
Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação” (1Ts 4:7).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Não
vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei-vos do Espírito”
(Ef 5:18).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Não
entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção” (Ef 4:30).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Considerações finais (o
pensamento de Ellen G. White)<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Após
considerar o conjunto das informações apresentadas pela Bíblia acerca do uso de
vinho e de outras bebidas alcoólicas, bem como as exortações bíblicas acerca de
como deve ser a vida daqueles que se entregam a Jesus e passam a fazer parte da
comunidade de crentes pré-advento (com a importante missão de representar seu
Salvador e difundir Sua vontade diante de um mundo que perece nestes últimos
dias de história da Terra), cremos não ser sensato sustentar a posição de que
Deus aprova o uso, mesmo que moderado, dessas bebidas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Embora
não haja proibição expressa no Antigo Testamento, salvo com relação ao
sacerdócio e ao nazireado, a forma como o texto sagrado trata do assunto indica
qual é a posição divina em relação a ele. O uso de bebidas alcoólicas entorpece
os sentidos, afastando a mente das coisas espirituais. Mesmo que o indivíduo
tenha o hábito de consumir apenas doses muito pequenas, de vez em quando e,
aparentemente, não haja o menor prejuízo para sua saúde, isso não pode ser
usado como argumento a favor do uso de vinho ou outras bebidas fermentadas ou
destiladas, assim como o consumo eventual e moderado de carne suína (aparentemente
inofensivo) não pode ser usado como licença para a transgressão da proibição
alimentar feita por Deus. Pecado é pecado, independentemente do tamanho. Aliás,
a Bíblia adverte que “aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”
(Tg 4:17), e também que a misericórdia de Deus é para aquele que confessa e procura
abandonar a prática da transgressão (Pv 28:13). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Além
disso, é importante frisar novamente a questão do exemplo. Cada um de nós é
responsável, em algum grau, pelo exemplo que outros veem em nós. Podemos até
ser “autocontrolados” no sentido de usarmos da bebida alcoólica de forma
moderada, mas aqueles que são influenciados pelo nosso exemplo poderão não ser.
As terríveis consequências do uso do álcool na vida de incontáveis indivíduos e
famílias são por demais conhecidas para que se precise enumerá-las aqui. O
consumo moderado, digamos “social” ou “familiar”, normalmente é a porta de
entrada do vício. E mesmo que não haja consequências físicas, materiais ou
sociais, existe o perigo espiritual: desafiar a vontade de Deus em coisas
pequenas (“É só um pouquinho; e é tão gostoso... que mal há?”) abre espaço para
o desrespeito e a controvérsia em coisas cada vez mais sérias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Agora,
uma consideração em especial quanto aos adventistas. Temos aprendido – e o
apoio bíblico para essa compreensão é vasto – que Deus despertou um grupo de
crentes no século 19 para dar início a um movimento religioso de amplitude
mundial. A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi suscitada pelo Senhor com o
propósito de restaurar os pontos da verdade que, após um processo iniciado
séculos antes, ainda haviam ficado por ser restaurados, incluída entre eles a
reforma de saúde. Além dos diversos homens e mulheres que estudaram as
Escrituras e receberam iluminação especial do Espírito Santo para discernir
entre o certo e o errado ao formar o corpo doutrinário do movimento, Deus ainda
concedeu à Sua igreja o dom profético, manifestado na pessoa de Ellen G. White.
<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
6 de junho de 1863, essa pioneira do adventismo teve aquela que ficou conhecida
como a “grande visão da reforma da saúde”. A partir de então, ela começou a
escrever e pregar fervorosamente sobre o assunto. Graças à orientação profética
e ao trabalho de gerações de irmãos na difusão da mensagem da saúde, a Igreja
Adventista do Sétimo Dia passou a ser reconhecida mundialmente pela importância
que confere a esse aspecto da vida – um reconhecimento que, infelizmente, é
prejudicado em grande medida nos nossos dias pela intemperança dos membros da
igreja. A seguir, são reproduzidos alguns trechos de Ellen G. White, extraídos
de obras publicadas em português. Cremos que são muito significativos e lançam
mais alguma luz sobre o tema das bebidas alcoólicas, além do que já vimos
acima.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Qualquer
hábito que não promova ação saudável no organismo humano degrada as faculdades
mais altas e mais nobres. Hábitos errôneos no comer e no beber levam a erros de
pensamento e de ação. A tolerância para com o apetite fortalece as propensões
sensuais, dando-lhes ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais. ‘Que
vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma’ (1Pd
2:11) é a linguagem do apóstolo Pedro. Muitos admitem esta advertência como
aplicando-se apenas aos licenciosos; mas ela tem significado mais amplo; guarda
contra toda satisfação danosa do apetite ou das paixões. É uma advertência
muito vigorosa contra o uso de estimulantes e narcóticos tais como chá, café,
fumo, álcool e morfina. A tolerância para com isto pode muito bem ser
classificada entre as concupiscências que exercem nociva influência sobre o
caráter. Quanto mais cedo são esses hábitos formados, mais firmemente eles
mantêm suas vítimas na escravidão da condescendência e mais seguramente
rebaixarão eles a norma de espiritualidade” (<i>Review and Herald</i>, 25 de janeiro de 1881, republicado em <i>Conselhos Sobre o Regime Alimentar</i>, p.
62, 63). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Ensinai
vossos filhos a evitar os estimulantes. Quantos estão ignorantemente promovendo
neles um apetite por essas coisas! Na Europa vi enfermeiras chegando aos lábios
de pequeninos inocentes o copo de vinho ou cerveja, cultivando assim neles o
gosto pelos estimulantes. Ao crescerem, aprendem a depender mais e mais dessas
coisas, até que, a pouco e pouco, são vencidos, sendo arrastados para além do
alcance do auxílio” (<i>Conselhos Sobre Regime
Alimentar</i>, p. 236). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pergunta-se:
qual é o exemplo cristão que eu, pai adventista, quero deixar para os meus
filhos? Estou ensinando meus filhos a agir como Daniel, ou a condescender com o
uso do que Deus considera impróprio para consumo humano, colocando, inclusive,
a saúde e o caráter deles em risco? Estou ensinando meus filhos a respeitar (e
amar) um ensinamento básico que acompanha a Igreja Adventista do Sétimo Dia
desde os seus primórdios, ou os estou ensinando a duvidar dos rumos assumidos
pela igreja nesse ponto? Quem me garantirá que meus filhos não começarão a
questionar ou a desprezar outros ensinamentos da igreja e o próprio papel
especial dela no tempo do fim? Como fica, enfim, o compromisso que assumi
diante de Deus e da igreja, quando fui batizado, de me abster das bebidas
alcoólicas e não dar motivo para escândalo tanto aos de dentro como aos que me
observam de fora? Jesus disse: “Ai do homem por quem os escândalos vêm” (Mt
18:7). As implicações corrosivas do mau exemplo são extensas, sem a menor
dúvida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
relação ao beber moderado, o alerta da autora é incisivo: “A intoxicação é
produzida tão positivamente pelo vinho, cerveja e sidra, como pelas bebidas
mais fortes. O uso delas suscita o gosto pelas outras, estabelecendo-se assim o
hábito da bebida. O beber moderado é a escola em que os homens se educam para a
carreira da embriaguez. Todavia, tão perigosa é a obra desses estimulantes mais
brandos que a vítima entra no caminho da embriaguez antes de suspeitar o perigo
em que se encontra” (<i>A Ciência do Bom
Viver</i>, p. 332). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por
último, e com eles encerra-se este ensaio, seguem trechos de alguns escritos,
compilados nas páginas 154 a 156 do livro <i>Conselhos
Sobre o Regime Alimentar</i>:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Daniel
avaliava suas capacidades humanas, mas nelas não confiava. Sua confiança estava
na força que Deus prometeu a todos os que forem ter com Ele em humilde
dependência, confiando inteiramente no Seu poder. Ele propôs em seu coração não
se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia;
pois sabia que semelhante regime não lhe fortaleceria as faculdades físicas nem
aumentaria sua capacidade mental. Não usaria vinho, nem qualquer outro
estimulante artificial; não faria coisa alguma que lhe entorpecesse a mente; e
Deus lhe deu ‘o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria’,
e também ‘entendimento em toda visão e sonhos’ (Dn 1:17). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Os
pais de Daniel educaram-no, em sua infância, em hábitos de estrita temperança.
Haviam-lhe ensinado que devia conformar-se com as leis da natureza em todos os
seus hábitos; que seu comer e beber tinham influência direta sobre sua natureza
física, mental e moral, e que ele era responsável a Deus por suas capacidades;
pois considerava a todas como dom de Deus, e não devia, por qualquer
procedimento, atrofiá-las ou mutilá-las. Em resultado deste ensino, em sua
mente exaltava a lei de Deus, e a reverenciava no coração. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Durante
os primeiros anos de seu cativeiro, passou Daniel por uma prova severa que o
devia familiarizar com a grandeza da corte, com a hipocrisia e o paganismo.
Estranha escola, com efeito, para prepará-lo para uma vida de sobriedade,
diligência e fidelidade! E todavia viveu incorrupto pela atmosfera do mal de
que se achava rodeado. A experiência de Daniel e seus jovens companheiros
ilustra os benefícios que podem provir de um regime abstêmio, e mostra o que
Deus fará em favor dos que com Ele cooperarem na purificação e enobrecimento da
alma. Eram eles uma honra a Deus, e uma viva e brilhante luz na corte de
Babilônia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Nesta
história ouvimos a voz de Deus dirigindo-se a nós individualmente,
ordenando-nos que reunamos todos os preciosos raios de luz sobre este assunto
da temperança cristã, e nos coloquemos na devida relação para com as leis da
saúde” (<i>Christian Temperance and Bible
Hygiene</i>, p. 22, 23).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Que
seria se Daniel e seus companheiros se tivessem comprometido com aqueles
funcionários pagãos, e tivessem cedido à pressão do momento, comendo e bebendo
como era costumeiro entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio do
princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso da justiça e sua aversão ao mal. A
condescendência com o apetite teria implicado no sacrifício do vigor físico, da
clareza do intelecto e do poder espiritual. Um só passo errado, provavelmente
teria levado a outros, até que, cortada sua ligação com o Céu, tivessem sido
arrebatados pela tentação” (<i>Review and
Herald</i>, 25 de janeiro de 1881).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Quando
reconhecemos as ordens de Deus, vemos que Ele requer que sejamos temperantes em
todas as coisas. A finalidade de nossa criação é glorificarmos a Deus em nosso
corpo e nosso espírito, que a Ele pertencem. Como podemos fazer isso se
condescendemos com o apetite, para prejuízo das faculdades físicas e morais?
Deus requer que apresentemos nosso corpo em sacrifício vivo. É-nos, pois,
imposto o dever de preservar esse corpo na melhor condição de saúde, a fim de
que possamos cumprir o que Ele de nós requer. ‘Portanto, quer comais, quer bebais
ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ (1Co 10:31)” (<i>Testimonies</i>, v. 2, p. 65).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Renato Groger, mestre
em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero e bacharel em Teologia pelo Unasp;
artigo escrito para o blog www.criacionismo.com.br)</span></span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-73041620137740285292013-06-11T14:26:00.001-03:002013-06-11T14:27:24.939-03:00O pensamento hebraico comparado ao grego<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBmwX9EPPj0Vv9UKpd2JcdtrTUr6BKWXYo_-EFE2txuwy3oTPIZZnF4Z8zAgoz8KYay5_LrhkoErdk7YdINvSQipEdViXe1ksJKdw8VYOu8muTL1jyReZi9rclK7DCwicfHJ4M/s1600/pergaminho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBmwX9EPPj0Vv9UKpd2JcdtrTUr6BKWXYo_-EFE2txuwy3oTPIZZnF4Z8zAgoz8KYay5_LrhkoErdk7YdINvSQipEdViXe1ksJKdw8VYOu8muTL1jyReZi9rclK7DCwicfHJ4M/s200/pergaminho.jpg" width="200" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><i>Adotar
uma perspectiva hebraica das Escrituras ajuda a entender o pensamento dos
autores bíblicos?</i></b><i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na Antiguidade, dentre as várias
cosmovisões existentes, duas, em especial, se destacavam. Grécia e Israel
tinham modos bem distintos de pensar. É preciso admitir que os gregos deixaram
uma herança muito rica para o Ocidente, nas artes, na ciência e na cultura. Sem
eles, não seríamos o que somos hoje. No entanto, do ponto de vista religioso, a
influência grega trouxe mais problemas do que vantagens. Se hoje temos tanta
dificuldade para entender a Bíblia, em grande parte, isso se deve à nossa mente
“helenizada” (é preciso lembrar que os autores bíblicos eram, em sua maioria,
hebreus e que até o Novo Testamento, escrito em grego, reflete o modo hebraico
de pensar). Daí a importância de entender mais a fundo a mentalidade hebraica
antiga.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O objetivo deste artigo é
relacionar, de modo sucinto, algumas das principais nuances do pensamento
hebraico, comparando-as ao pensamento grego, que, via de regra, é também o
pensamento ocidental. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vale lembrar que nem todos os
gregos e hebreus pensavam de maneira idêntica. Havia, dentro de cada cultura,
diferentes ramificações quanto à religião e à filosofia. As características
abaixo representam cada modo pensar de forma geral, sem levar em consideração as
diferentes subdivisões. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Concreto x abstrato<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No idioma hebraico antigo (língua predominante
do Antigo Testamento), ao contrário do grego, as ideias eram muito mais
concretas do que abstratas. Até conceitos abstratos, como os sentimentos,
costumavam ser associados a algo concreto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em hebraico, a palavra “ira” ou
“raiva”, por exemplo, é <i>’af</i> (Êx 4:14),
a mesma que é usada para “nariz” ou “narinas” (Jó 40:24). Mas o que tem que ver
nariz com raiva? Geralmente, quem fica com muita raiva respira de modo
acelerado, e as narinas se dilatam. Talvez esse seja o motivo concreto por trás
da relação entre as duas palavras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Outro exemplo desse concretismo
hebraico é a palavra “fé”, <i>’emunah</i> (Hc
2:4), que em vez de significar apenas crença ou aceitação mental – como no
grego –, expressa também qualidades como firmeza, fidelidade e estabilidade.
Ter fé, na visão hebraica, é se firmar em Deus, como uma estaca fincada no chão
(ver Is 22:23, onde “firme” vem do verbo <i>’aman</i>,
a mesma raiz de <i>’emunah</i>). Portanto,
crer, do ponto de vista bíblico-hebraico, inclui também a ideia de se apegar a Deus
e ser fiel. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Dinamismo x ócio<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na Grécia antiga, dava-se mais
valor à falta de ocupação do que ao trabalho, principalmente entre os
atenienses. Não ter que trabalhar e se dedicar apenas à contemplação e ao mundo
das ideias era considerada a mais nobre das “atividades”. Já os hebreus eram um
povo extremamente dinâmico e seu idioma refletia isso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No português, como em outras
línguas, o sujeito vem em primeiro lugar na frase, e o verbo, geralmente, é
colocado logo em seguida. Exemplo: “Antônio obedeceu a seu pai.” Em hebraico, a
ordem das palavras ficaria assim: “Obedeceu Antônio a seu pai.” Isso mostra o
valor das ações para os hebreus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Até substantivos que, para nós, não
implicam necessariamente uma ação, para eles envolviam algum movimento. A
palavra “presente” (ou “bênção”), <i>berakah</i>
em hebraico (Gn 33:11), por exemplo, vem da raiz <i>brk</i> (“ajoelhar”), e significa “aquilo que se dá com o joelho
dobrado”, fazendo referência ao costume de inclinar o corpo ao presentear
alguém. A palavra “joelho”, <i>berek</i> (Is
45:23), por sua vez, significa, literalmente, “a parte do corpo que se dobra”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O conceito hebraico de comunhão –
“andar com Deus” (Gn 6:9; Mq 6:8) – também envolve movimento e significa manter
um relacionamento constante com Ele. E a palavra “júbilo”, <i>rwa‘</i> ou <i>ranan</i> (Sl 100:1;
149:5), significa “dar um grito retumbante de alegria”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Para os hebreus, havia uma íntima
relação entre aquilo que se fala e o que se faz. Entendia-se que a palavra de
um homem deve corresponder às suas ações. Aliás, “palavra”, em hebraico,
significa também “coisa” ou “ação”, <i>dabar</i>.
Logo, dizer algo e não agir de acordo implicava mentira, falsidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Essência x aparência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os gregos descreviam os objetos em
relação à sua aparência. Os hebreus, ao contrário, consideravam mais a essência
e função das coisas. Exemplo: Se nos mostrassem um lápis e nos pedissem para
descrevê-lo, como seria nossa descrição? Provavelmente, diríamos: “O lápis é
azul”, ou “é amarelo”; “tem ponta fina”, ou não; “é cilíndrico”, ou “é
retangular”; “é curto”, ou “é comprido”; etc. Note que em todas essas
características a ênfase está na aparência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Um hebreu descreveria o mesmo lápis
de forma bem mais simples e objetiva: “É feito de madeira, e eu escrevo
palavras com isto.” Na cosmovisão hebraica, a essência das coisas e sua função
eram mais importantes que a forma ou a aparência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Por isso, os elogios de Salomão à
sua amada no livro de Cantares parecem tão estranhos para nós, ocidentais.
Dizer a uma mulher: “O teu ventre é [um] monte de trigo” (Ct 7:2) pode não soar
bem hoje em dia. Mas, na cultura da época, a imagem do trigo trazia a ideia de
fertilidade e fartura (função e essência), e ter muitos filhos era o sonho de
toda mulher. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Outro exemplo é a descrição feita
sobre a arca de Noé e o tabernáculo do Antigo Testamento (Gn 6:14-16; Êx 25-28).
Qualquer um que lê o que a Bíblia diz a respeito dessas construções nota que há
muito mais detalhes sobre a estrutura e os materiais empregados na confecção do
que em relação à sua aparência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Além de funcional e essencial, o
estilo de descrição dos hebreus era também pessoal – o objeto era descrito de
acordo com a relação dele com a pessoa. Ao descrever um dia ensolarado, em vez
de dizer: “O dia está lindo”, um hebreu diria: “O sol aquece meu rosto!” Daí a
descrição de Davi: “O Senhor é o meu pastor” (Sl 23:1). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Teoria x prática<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na cosmovisão grega, “saber” era
mais importante do que “ser”. Para os gregos, sabedoria era o resultado sobretudo
do estudo, da contemplação e do raciocínio. O conhecimento era essencialmente teórico,
limitado ao mundo das ideias, e o mais importante era conhecer a si mesmo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Para os hebreus, no entanto, o
conhecimento era essencialmente prático. Conhecer era, principalmente,
experimentar, se envolver com o objeto de estudo. O conhecimento de Deus era o
mais importante, e a verdadeira sabedoria estava em saber ouvir, especialmente
a Ele – “Ouve, ó Israel [...]” (Dt 6:4). Na mentalidade hebraica, “temer a
Deus” é o primeiro passo para ser sábio (Sl 111:10; Pv 1:7).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tempo x espaço<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quando queremos incentivar alguém a
prosseguir, dizemos: “Bola pra frente!”, e quando queremos dizer que algo ficou
no passado, falamos: “Ficou para trás.” Mas quem nos ensinou que o futuro está
à nossa frente e o passado atrás? Possivelmente, os gregos. Eles tinham uma
visão espacial do tempo, e nós herdamos isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os hebreus (que valorizavam mais o
tempo do que o espaço) enxergavam passado e futuro de modo diferente. Para
eles, mais importante do que localizar o tempo de forma espacial era defini-lo
em ações completas e incompletas (aliás, “completo” e “incompleto” são os nomes
que se dá aos tempos verbais do hebraico). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na mentalidade hebraica antiga, o
passado (tempo completo) estava à frente (as palavras <i>temol</i> e <i>qedem</i>, “ontem” ou
“antigamente”, significam também “em frente”), e o futuro (tempo incompleto)
estava atrás – <i>mahar</i>, “amanhã” ou “no
futuro”, vem da raiz <i>’ahar</i>, que
significa, entre outras coisas, “ficar atrás”, ou “para trás”. (Veja Êx 5:14;
Jó 29:2; Êx 13:14 e Dt 6:20.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E por que eles entendiam o tempo
assim? O pensamento hebraico era simples e direto. O passado já foi completado,
por isso podemos olhar para ele como se estivesse diante dos nossos olhos. O
futuro, porém, ainda está indefinido, incompleto, por isso, ainda é desconhecido
e é como se estivéssemos de costas para ele. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">História cíclica x linear<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os gregos viam o curso da história
como uma espécie de roda gigante. Para eles, a história se repetia eternamente,
num eterno vai e vem sem destino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Para os hebreus, no entanto, a
história era linear e climática. Deus foi quem a iniciou (Gn 1:1), e é Ele quem
faz com que ela prossiga para um fim, um clímax, o chamado “Dia do Senhor” (<i>yom Yahweh</i>; Sf 1:7, 14; Jl 2:1; 2Pe 3:10).
Mas essa descontinuidade da história será apenas o começo da eternidade (<i>‘olam</i>; Dn 12:2). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Deus x “eu”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na cosmovisão grega, o “eu” (<i>ego</i>) era o centro de tudo. Diz a lenda
que à entrada do Oráculo de Delfos, na Grécia Antiga, havia a frase “Conhece-te
a ti mesmo”. Na cultura hebraica, por outro lado, Deus era o centro de todas as
coisas. Os hebreus não dividiam a vida, como nós fazemos, em sagrada e secular.
Para eles, essas duas áreas eram uma coisa só, sob o domínio de Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Até mesmo as tarefas do dia a dia
eram consideradas, de certa forma, sagradas. A palavra hebraica <i>‘abad</i> – “servir” ou “adorar” (Sl 100:2)
– pode ser também traduzida como “trabalhar”. Na lavoura, na escola ou no
templo, a vida era vista como um constante ato de adoração (1Co 10:31; Cl 3:2;
1Ts 5:17). Para eles, a adoração era mais do que um evento, era um estilo de
vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Pensamento corporativo x individualismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os gregos consideravam a
individualidade um valor supremo e praticamente inegociável. Os hebreus, por
sua vez, tinham uma “personalidade corporativa” e enfatizavam a vida em
comunidade. Na cosmovisão hebraica, havia uma ligação inseparável entre o
indivíduo e o grupo. A vitória de um era a vitória de todos, e o fracasso de um
representava o de todos. Por isso, para os cristãos, se, por um lado, a falha
de Adão lá no Éden representou nossa queda, por outro lado, a morte de Cristo
na cruz dá a todos a oportunidade de salvação (1Co 15:22; Jo 3:16). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Amor: decisão x emoção<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No mundo grego, o amor, em suas
várias formas, se resumia muitas vezes a um mero sentimento. Na visão hebraica,
porém, amor é mais que isso: é uma escolha (em Ml 1:2, 3 e Rm 9:13, “amar” e
“odiar” são sinônimos de “escolher” e “rejeitar”). É algo prático, traduzido em
ações – a Deus e ao próximo (Mt 22:35-40). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Paz: presença x ausência <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No pensamento ocidental, paz
depende das circunstâncias. É a ausência de guerras, problemas e perturbações.
Mas para os hebreus, paz não implicava, necessariamente, ausência, e sim presença.
Só a presença de Deus pode trazer bem-estar, segurança e felicidade – que são
ideias contidas na palavra <i>shalom</i> (Jz
6:24). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Integral x dualista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os gregos tinham uma visão dualista
da realidade. Com base nos ensinamentos de Platão, acreditavam que havia dois
mundos: o das ideias (ou do espírito) e o mundo real. De acordo com essa visão,
o ser humano era formado por duas partes: espírito (ou alma) e corpo. Para
eles, o corpo e as coisas materiais eram ruins, e apenas o “espírito” e as
coisas do “além” podiam ser considerados bons. Assim, a morte, na verdade,
seria a libertação da alma, que, enquanto estivesse no corpo, estaria presa ao
mundo material.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Já os hebreus tinham uma visão
integral da vida. Para eles, o ser humano era completo, indivisível. Na
mentalidade hebraica, alma se refere ao indivíduo como um todo (corpo, mente e
emoções). De acordo com Gênesis 2:7, nós não temos uma alma, nós somos uma alma,
ou seja, seres vivos (<i>nefesh hayyah</i>,
em hebraico). Ao contrário dos gregos, que criam na imortalidade do espírito,
os hebreus acreditavam na mortalidade da alma e na ressurreição (Ez 18:4; Dn
12:1, 2).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Espiritualidade x misticismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Para os gregos, espiritualidade era
algo místico. Ser espiritual significava desprezar totalmente a matéria e se
conectar ao “outro mundo”. Esse desprezo das coisas materiais variava entre
dois extremos. Alguns, por exemplo, renunciavam completamente os prazeres
físicos, tais como a alimentação e o sexo, a ponto de mutilar seus órgãos
genitais. Outros, por outro lado, se entregavam a todo tipo de sensualidade e
orgia. Ambos os comportamentos tinham como base a ideia de que o corpo é mau, e
que, no fim das contas, o que importa mesmo é a “alma”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas para a cosmovisão hebraica, o
corpo foi criado por Deus, e por isso é sagrado. A Bíblia diz que “do Senhor é
a Terra” (Sl 24:1). E enquanto criava o mundo, Deus viu que este “era bom” (Gn
1:10, 12, 18, 21) – e não mau, como acreditavam os gregos. Deus fez o mundo (as
coisas materiais), e deu ao ser humano a responsabilidade de cuidar dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Para os hebreus, portanto,
espiritualidade tinha que ver, sim, com esta vida. Na cosmovisão bíblica, não é
preciso se isolar em um monastério, recorrer à meditação transcendental ou
entrar num estado de transe para atingir “o mundo superior”. É possível ser
“santo” e desenvolver a espiritualidade no dia a dia, nas situações comuns da
vida e no trato diário com as pessoas (Lv 20:7; 1Pe 1:16). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Embora devamos muito aos gregos
como herdeiros de sua cultura, é fundamental que adotemos uma perspectiva
hebraica ao estudar as Escrituras, a fim de que nossa hermenêutica se aproxime
ao máximo do modo de pensar dos autores bíblicos, bem como do sentido original
do texto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(Eduardo
Rueda é bacharel em Teologia e editor associado na Casa Publicadora Brasileira)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Fontes:</span></span></b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"> Thorleif Boman, <i>Hebrew thought compared with greek</i> (Norton, 1970); Marvin R.
Wilson, <i>Our Father Abraham</i> (Eerdmans,
1989); _________, “Hebrew thought in the life of the church”, <i>The living and active word of God </i>(Eisenbrauns,
1983); Jacques Doukhan, <i>Hebrew for
Theologians</i> (University Press, 1993); Ferdinand O. Regalado, <i>Hebrew thought: its implications for
adventist education</i> (Universidade Adventista das Filipinas, 2000); Daniel
Lopez, doutorando em linguística pela UFF-RJ e professor de Filosofia da
Educação na UFRJ; Rodrigo P. Silva, graduado em filosofia, arqueólogo e doutor
em Teologia; site <www .ancient-hebrew.org="" thought.html="">.</www></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-31005230156507137572013-04-23T11:37:00.001-03:002013-04-23T11:37:35.391-03:00A psicologia dos mártires<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25EUmG-An8Hk01GuJK9hqxn-pgL2kKtwKQxkahq0XW8AckgPCNRinHo8ST3MPaHqKCXYq3YGGgSxK6NKuz5ahONFeuSaEHASeEE2dBCU5kvUHNb4WdhZ-IcDwZTlL4N2-QWXO/s1600/giorgio_vasari_martirio_estevao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25EUmG-An8Hk01GuJK9hqxn-pgL2kKtwKQxkahq0XW8AckgPCNRinHo8ST3MPaHqKCXYq3YGGgSxK6NKuz5ahONFeuSaEHASeEE2dBCU5kvUHNb4WdhZ-IcDwZTlL4N2-QWXO/s320/giorgio_vasari_martirio_estevao.jpg" width="192" /></a></div>
<i><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Como entender a mente
de um mártir? O que faz alguém manter a fé pela qual é torturado?<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“Mártir”
(do grego <i>martys</i>, “testemunha”) é alguém
que é morto por causa de sua fé, pelo simples fato de professá-la. A princípio,
o termo era aplicado aos cristãos que sofriam torturas ou a morte por sustentar
suas crenças. No entanto, com o passar do tempo, a palavra incorporou outros
conceitos. Morrer pela pátria, pela liberdade, pela independência, pela autonomia
de um povo, por um ideal social ou político, ou até mesmo em uma guerra são
ideias que passaram a fazer parte do significado da palavra mártir. Neste
artigo, falaremos sobre os mártires cristãos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Torturas e tormentos –</span></b><span style="line-height: 150%;">
Quando pensamos nos mártires do cristianismo, quase sempre nossa mente se
reporta ao Coliseu, aos cristãos sendo lançados às feras ou às fogueiras nas
quais eram queimados vivos. Embora essas fossem formas frequentes de martírio,
não eram as únicas. Na verdade, quando estudamos as torturas infligidas aos cristãos
ao longo da História, é difícil acreditar e entender como o ser humano é capaz
de chegar a tal ponto de frieza e crueldade. A fim de se ter uma pálida ideia
do que implicava alguém tornar-se um mártir, estão relacionadas a seguir
algumas das formas de suplício aplicadas aos cristãos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Cruzes, estacas e
suspensão.</span></b><span style="line-height: 150%;"> À semelhança de Cristo, a pessoa era pregada ou
amarrada a uma cruz ou estaca. Para intensificar o sofrimento, as posições
variavam: de cabeça para cima ou para baixo; pendurados pelos braços ou pés,
com ou sem pesos ou pedras amarrados; e pelos cabelos, no caso das mulheres. Em
algumas ocasiões, o mártir era coberto com mel e então suspenso numa estaca ou
poste para ser atormentado por moscas e abelhas ao sol, quando não, posto na
terra nessa mesma condição, a fim de ser mordido por formigas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Rodas.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Eram variadas. Em alguns casos, o mártir era amarrado a uma grande roda em
formato cilíndrico, que era solta a certa altura sobre terreno pedregoso. Outras
vezes, eram amarrados a uma roda estreita que girava sobre uma plataforma
cravejada com pontas de ferro, de modo que o mártir era mutilado à medida que a
roda girava.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Estiramento e esmagamento.</span></b><span style="line-height: 150%;">
O indivíduo era preso pelos braços a uma estaca e pelos pés a uma talha (uma
máquina simples baseada num sistema de roldanas, acionada manualmente). Ao
passo que a talha era acionada, o corpo era esticado a ponto de deslocar os
ossos. Também utilizando uma talha, ou pedra enorme, alguns iam sendo esmagados
aos poucos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Uso do fogo.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Os torturadores eram pródigos no uso do fogo. Em um dos tipos de tortura, o
mártir era lançado de cabeça em um caldeirão cheio de chumbo fundido ou óleo
fervente. Alguns eram literalmente fritos em panelas ou chapas aquecidas,
adaptadas ao seu tamanho. Havia também o chamado touro de bronze, que consistia
numa escultura oca, em cujo interior (semelhante a um forno) o condenado era
posto para morrer assado, após serem acesas as chamas na parte inferior do
animal. Segundo a tradição, Antipas, mencionado em Apocalipse 2:13, foi
martirizado assim.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Esfolamento.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Sem dúvida, uma das mais cruéis formas de tortura. Nesse caso, o mártir era
amarrado e esfolado (tinha sua pele retirada) vivo. A tradição conta que o
apóstolo Bartolomeu foi submetido a essa forma de suplício.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Outros tipos de
tortura.</span></b><span style="line-height: 150%;"> Faltaria espaço para descrever cada tipo de
tortura, método ou os instrumentos fabricados para esse fim contra os cristãos
na Antiguidade e no período da Idade Média. É horrendo observar a inteligência
e criatividade humanas para o mal, mesmo numa época de profundo atraso
intelectual. Outras formas de martírio eram: afogamento (o mártir era preso em
uma caixa de chumbo e atirado aos rios), perfurações (prendia-se o indivíduo e
perfurava-o com lanças, espadas, estacas pontiagudas, punhais, etc.), amputação
(os membros eram amputados um a um, com auxílio de machados, lâminas ou serras),
espancamento, apedrejamento, uso de espinhos e farpas sob as unhas, entre
outras. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Fato curioso – </span></b><span style="line-height: 150%;">Os
relatos de martírio de cristãos revelam algo intrigante. Boa parte dos que eram
torturados e assassinados por sua fé passava seus últimos momentos cantando,
louvando a Deus ou orando. Em alguns casos, enquanto morriam, encorajavam os que
assistiam a cena a serem fiéis a Deus, fazendo do local de martírio uma espécie
de púlpito. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">A psicologia dos
mártires –</span></b><span style="line-height: 150%;"> Como entender a mente de um mártir? O que faz um
ser humano, diante das mais cruéis torturas, manter firmes suas crenças? Qual o
segredo pelo qual pessoas frágeis – mulheres, idosos, pobres sem expressão –
eram capazes de se colocar diante de reis e imperadores, juízes e autoridades com
ousadia invejável? Que força era aquela que, no calor da fogueira, sentindo as
chamas a carbonizar seu corpo, era capaz de entoar as mais belas canções de
louvor? Qual a psicologia de um mártir? Se pudéssemos entrar em sua mente e
examinar as profundezas de seu coração, o que encontraríamos? Qual a razão de
tanta coragem e força sobre-humanas. Qual a mola propulsora que impeliu
milhares de cristãos, ao longo dos séculos, a trilhar um caminho de lágrimas,
sangue e morte? <o:p></o:p></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpbqTGLIfObSV3KIe2J7mbFtuIdiuRZMbz17QM6KAgUz8Maz1hxGqehCsS9QXd5NwSajoTLVWLePhPKtr7_1o0rLpDJWk23lzgGowSzARJEZwb6kRD-KE7qMMeJ7fRbb-bJm2x/s1600/martires-coliseu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpbqTGLIfObSV3KIe2J7mbFtuIdiuRZMbz17QM6KAgUz8Maz1hxGqehCsS9QXd5NwSajoTLVWLePhPKtr7_1o0rLpDJWk23lzgGowSzARJEZwb6kRD-KE7qMMeJ7fRbb-bJm2x/s400/martires-coliseu.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Faz
parte do mecanismo natural de defesa da maioria dos seres vivos recuar diante
do sofrimento. Desde muito cedo, aprendemos, na prática, o que isso significa. Qualquer
criança que insista em “cutucar” os bolos feitos por sua mãe, mais cedo ou mais
tarde, vai se deparar com a realidade de que o fogo, ou o calor, queima. A
primeira reação natural diante da sensação de queimadura é retirar
imediatamente o dedo, afinal, ninguém quer ser queimado. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Fugir
de situações que ofereçam risco à integridade física não é necessariamente um
ato de covardia; faz parte do instinto de sobrevivência. Deus nos dotou desse
instinto a fim de sobrevivermos neste mundo hostil e perigoso, após o pecado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Contudo,
o que impressiona é que o caso dos mártires contradiz a lógica da biologia. Em
lugar de recuar diante do sofrimento, eles iam ao seu encontro. Em lugar de
fugir, se submetiam, mesmo diante da possibilidade de evitar o martírio. Como
entender?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ao
se analisar a história dos mártires cristãos, as declarações de alguns deles momentos
antes de morrer e os relatos de testemunhas oculares, nota-se que sua consciência
era bem clara com relação a algumas questões existenciais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Senso de identidade</span></b><span style="line-height: 150%;">
(“Quem eu sou?”). Os que morriam por sua fé tinham convicção de quem eles eram.
Tinham certeza de sua filiação – eram filhos de Deus (Jo 1:12) –, bem como de
sua cidadania – sua verdadeira pátria era o Céu (Fp 3:20). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Senso de origem</span></b><span style="line-height: 150%;">
(“De onde vim?”). Os mártires criam que eram fruto da criação de Deus. Estavam cientes
de estar devolvendo-Lhe, em louvor, a vida que dEle receberam. Não eram os
algozes cruéis os donos de sua existência, mas o Deus Criador.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Senso de propósito ou
missão</span></b><span style="line-height: 150%;"> (“Por que estou neste mundo?”). Os cristãos sabem –
ou deveriam saber – que não estão neste mundo simplesmente por estar; há um
propósito, uma missão: ser testemunhas de Deus e conduzir outros a Ele. Esse
senso de missão gerava nos mártires um forte sentimento de dever, a ponto de,
se preciso fosse, depor a vida no seu cumprimento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Senso de destino</span></b><span style="line-height: 150%;">
(“Para onde vou?”). Ao contrário dos gregos, que acreditavam que a História vai
e volta num movimento cíclico, como uma eterna roda gigante, judeus e cristãos
sempre acreditaram que o tempo é linear. Isso significa que viemos de algum ponto
no tempo e caminhamos rumo a outro ponto. A História, na visão judaico-cristã,
também é climática, o que quer dizer que chegará a um clímax, a um ponto
culminante. De acordo com a Bíblia, o ponto culminante da História é o momento
em que Cristo voltará à Terra para colocar fim ao reinado do mal e estabelecer
Seu governo eterno. Nesse paraíso tomarão parte os que permanecerem fiéis. Saber
disso dava aos mártires o conforto necessário para abrir mão do que fosse
preciso no presente, visando ao futuro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Conhecer
os assuntos nos quais se concentravam, ou seja, o foco de seus pensamentos, também
nos ajuda e entender o que se passava na mente dos mártires.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Foco na eternidade.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Os mártires cristãos tinham consciência de que sua vida neste mundo, por maior
que fosse a duração ou o sofrimento, jamais poderia ser comparada à eternidade.
Ao morrer por sua fé, sabiam que estavam trocando o finito pelo ilimitado, o
escasso pelo incalculável. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Foco na recompensa.</span></b><span style="line-height: 150%;">
Embora os cristãos sinceros não O sirvam por interesse, Deus promete
recompensas aos fiéis. A maior delas, sem dúvida, é a vida eterna num mundo
perfeito. Manter o foco nessa recompensa ajudava os mártires a transferir seu
olhar das chamas que os consumiam e das feras que os dilaceravam para a glória
do mundo por vir e suas alegrias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Foco em Deus.</span></b><span style="line-height: 150%;">
A comunhão com Deus era o segredo fundamental por trás da resistência e
perseverança dos mártires do passado. Os que morriam por amor a Cristo O
conheciam, pois mantinham com Ele um relacionamento pessoal e diário. Orar,
memorizar textos bíblicos e cantar hinos de louvor a Deus era parte da rotina
dos antigos cristãos. Essa intimidade com o Eterno fazia com que não hesitassem
em entregar a vida. Viver ou morrer para a glória de Deus era sua aspiração. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Fator ressurreição –</span></b><span style="line-height: 150%;">
Além dos elementos subjetivos mencionados acima, é importante destacar que a
coragem dos mártires também era baseada em um fato histórico: a ressurreição de
Jesus. Por que pessoas sofreriam, voluntariamente, execuções horríveis, quando
podiam evitá-las, simplesmente renunciando sua fé? A única resposta plausível –
especialmente no caso dos apóstolos e dos cristãos do primeiro século – é que
essas pessoas tinham absoluta convicção de que Cristo realmente havia morrido e
ressuscitado dentre os mortos, comprovando assim ser o Filho de Deus. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Essa
evidência se torna ainda mais contundente quando consideramos o fato de que
aqueles discípulos não obteriam nenhuma vantagem em sustentar seu testemunho, caso
fosse mentira. Muito pelo contrário, o resultado de manterem sua confissão seria
– como foi – perseguição e morte. A certeza da ressurreição de Cristo foi,
senão a principal, uma das maiores motivações do martírio cristão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">A ação do sobrenatural
–</span></b><span style="line-height: 150%;">
Sem a atuação do Espírito Santo, convicção alguma seria capaz de suportar
tamanho sofrimento até o fim diante da possibilidade de renúncia. Em última
análise, é Deus, através de Seu Espírito, quem fortalece o mártir. De acordo
com Jesus, é Ele quem põe as palavras certas nos lábios dos que são levados a
depor diante das autoridades (Mt 10:19,20). O mesmo Deus os reveste da força
necessária para enfrentar o julgamento, a tortura e, por fim, a morte (2Tm
4:17). Assim, a razão maior da força e coragem dos mártires vinha do Céu.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_tqXRxoYKr52j4KWKOQP6VLZtwL3GsyLzId1OazyW7Ltnuq3NufDpAx5VPXU03h8QyivIK4NejBy3Tg2mRcFKWfkHdB881HLobnA-jJpLmbwovKHM-WvahRjVh7ErI4fa0Y8N/s1600/martyr-of-st-peter-1701-mid.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_tqXRxoYKr52j4KWKOQP6VLZtwL3GsyLzId1OazyW7Ltnuq3NufDpAx5VPXU03h8QyivIK4NejBy3Tg2mRcFKWfkHdB881HLobnA-jJpLmbwovKHM-WvahRjVh7ErI4fa0Y8N/s320/martyr-of-st-peter-1701-mid.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Por que Deus permitiu?
–</span></b><span style="line-height: 150%;">
Talvez você já tenha feito essa pergunta, ao ouvir a história dos mártires do
cristianismo. Mas, para dar uma resposta satisfatória a essa questão,
precisaríamos abordar o tema da origem do mal, do grande conflito e do porquê
do sofrimento, e esse não é o propósito deste artigo. O que podemos dizer aqui
é que a morte daqueles heróis da fé faz parte de um enredo muito mais amplo do
que nossa mente é capaz de entender. Aspectos como a soberania de Deus e o
caráter e fidelidade dos próprios mártires eram pontos que estavam em jogo. Além
disso, é incontestável o fato de que o testemunho de fé dessas pessoas
contribuiu decisivamente para a salvação e encorajamento de milhares de outros
cristãos através dos séculos, bem como daqueles que tiveram que enfrentar
situações semelhantes na defesa da verdade. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Qual a diferença? –</span></b><span style="line-height: 150%;">
A definição de mártir, como vimos, não se aplica unicamente aos cristãos que
sacrificavam a vida defendendo sua fé, mas também àqueles que morrem por ideais
patrióticos, políticos ou sociais. Há quem classifique como mártires também
aqueles que morrem na chamada “guerra santa”, extremistas religiosos que,
geralmente, recorrem ao suicídio como tática de combate. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Afinal
de contas, qual a diferença entre os mártires cristãos e Tiradentes (chamado
mártir da Inconfidência Mineira), por exemplo, ou os homens-bomba? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A
diferença básica, em minha opinião, está na cosmovisão. “Cosmovisão” é um termo
utilizado no campo da Filosofia para se referir ao “quadro de ideias e crenças
pelas quais um indivíduo interpreta o mundo e interage com ele”. De maneira
simples, cosmovisão são os óculos através dos quais cada um enxerga a vida, ou
o mundo ao seu redor. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A
cosmovisão de um mártir cristão era radicalmente oposta à visão de mundo dos outros
“mártires”. Conforme já falamos, os cristãos tinham em mente, bem claras, as
principais questões que dizem respeito à existência (“Quem sou?”, “De onde
vim”, “Por que estou neste mundo?” e “Para onde vou?”). A resposta a essas
perguntas conferia a eles uma visão completamente abrangente da vida e da
realidade. Além disso, os três focos mencionados (foco na eternidade, foco na
recompensa e foco em Deus – principalmente o último) faziam com que os mártires
cristãos tivessem uma motivação muito mais ampla do que os demais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A
decisão daquelas pessoas, de render a vida em lugar de renunciar a fé, longe de
ser um ato movido por paixão ou fanatismo (como no caso de terroristas
suicidas), era algo racional. Havia lucidez na atitude delas, sua consciência
era clara e sua razão, sadia. Em lugar de manter uma religiosidade doentia e
extremista, tinham plena acuidade mental para pesar as consequências de sua
decisão.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Enquanto
os mártires do fanatismo religioso defendem a luta, a guerra, os mártires
cristãos eram partidários da paz e da não reação. Ao passo que aqueles promovem
o assassínio em massa, estes defendiam o valor da vida humana (os cristãos não
procuravam a morte, apenas não fugiam dela). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Outra
diferença fundamental diz respeito ao incentivo. Os extremistas dão uma ênfase
exagerada à recompensa (um paraíso com virgens à sua disposição, etc.), enquanto
o estímulo principal no coração dos mártires cristãos era o amor – amor a Deus
e a Sua Palavra.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No
caso daqueles que se tornam mártires em função de sua luta por bons ideais –
políticos, patrióticos ou sociais –, embora seu propósito e intenção sejam
nobres, sua cosmovisão é estreita, limitada, já que lutam por aspectos bastante
particulares da vida humana. Embora seus esforços sejam louváveis e devamos
muito a eles, seu resultado é apenas para esta vida. Seus olhos não alcançam o
horizonte da eternidade. Os cristãos, porém, sabem que sua luta ultrapassa as
fronteiras do tempo e do espaço e tem implicações eternas e cósmicas. Homens,
anjos, demônios e todo o Universo eram testemunhas de seu martírio; e as
decisões tomadas ali poderiam ser decisivas para toda a eternidade. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">O legado dos mártires –</span></b><span style="line-height: 150%;">
De tudo o que podiam deixar como herança, o maior legado dos mártires foi seu
exemplo. Exemplo de fé, coragem, amor e fidelidade a Deus. Foram espetáculo ao
mundo, mantiveram sua confissão, derramaram o sangue pela Causa e foram heróis.
Heróis que, sem espada, conquistaram reinos; conquistaram o medo, conquistaram
a si mesmos, conquistaram o mundo e, acima de tudo, a eternidade. Seus nomes,
na maioria, permanecem no anonimato entre os homens, mas no Céu, com certeza, estão
na galeria dos grandes vencedores de todos os tempos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Nossa parte –</span></b><span style="line-height: 150%;">
Por fim, a pergunta mais importante é: E nós? Teríamos a mesma coragem que
eles? Se nos confrontássemos com o calibre de um revólver e o dilema de
permanecer fiéis a Cristo e morrer ou negá-Lo e viver, qual seria nossa decisão?
Se você titubeou em sua resposta, é hora de rever sua vida cristã. Qual tem
sido sua real motivação para servir a Cristo? Qual o grau de intimidade que
julga ter com Ele? Onde está seu foco? Estão claras em sua mente as quatro
questões existenciais (“Quem sou?”, “De onde vim”, “Por que estou neste mundo?”
e “Para onde vou?”)? É seu sincero desejo honrar a Deus, quer pela vida ou pela
morte? Pense nisso, e que Deus o ajude em sua decisão! <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(Eduardo Rueda é editor
associado de livros na Casa Publicadora Brasileira)<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Bibliografia:<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">A.
J. O’Reilly, <i>Os Mártires do Coliseu</i> (Rio
de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2005).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Bíblia
Edição de Promessas (São Paulo: Editora King’s Cross).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">David
Noel Freedman, <i>The Anchor Yale Bible
Dictionary</i> (New York: Doubleday, 1996), “martyr, martyrdom”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Ellen
G. White, <i>O Grande Conflito</i> (Tatuí:
Casa Publicadora Brasileira).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">John
Fox, <i>O Livro dos Mártires</i> (São Paulo:
Editora Mundo Cristão, 2003).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Lourival
P. Baçan, <i>Torturas e Tormentos dos
Mártires Cristãos</i> (e-book).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Ralph
O. Muncaster, <i>Examine as Evidências</i>
(Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2011).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Site
<http: eltanschauung="" pt.wikipedia.org="" wiki="">. Acesso em: 4 set. 2012.<o:p></o:p></http:></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Thieleman
J. van Bracht, <i>O Espelho dos Mártires</i>
(Rio Verde: Publicadora Menonita, 2009).</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-42570053227257802552013-04-11T22:56:00.000-03:002013-04-11T22:56:58.040-03:00O que a Bíblia diz sobre a dança?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimF_LvfrAfDYaFVLVqCbUWkpBlG8lZF3UvHr-vgIippq4UoOmJ_mKgLQWWAwU4J__TW9O4eq3OhsVERTRZAnImMq44kXI2BoLNi4lh95oKnT5fieL9AG7blEzCtGTvi9GiLjAZ/s1600/danca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimF_LvfrAfDYaFVLVqCbUWkpBlG8lZF3UvHr-vgIippq4UoOmJ_mKgLQWWAwU4J__TW9O4eq3OhsVERTRZAnImMq44kXI2BoLNi4lh95oKnT5fieL9AG7blEzCtGTvi9GiLjAZ/s200/danca.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma
análise das referências bíblicas à dança revela o fato de que as danças
israelitas consideradas como apropriadas eram de natureza litúrgica, sendo
acompanhadas por hinos de louvor a Deus. Elas eram geralmente praticadas entre
grupos de pessoas do mesmo sexo e sem quaisquer conotações sensuais (ver Êx
15:20; Jz 11:34; 21:21-23; 1Sm 18:6; 2Sm 6:14-16; 1Cr 15:29). A Bíblia fala
também de pelo menos duas ocasiões em que pessoas estavam envolvidas em danças
inadequadas. A primeira delas foi a dança idolátrica dos israelitas no contexto
da adoração do bezerro de ouro (Êx 32:19). A segunda foi a dança da filha de
Herodias para agradar o rei Herodes e seus convidados, no banquete em que João
Batista foi executado (Mt 14:6; Mc 6:22).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Embora
os judeus nos dias de Jesus continuassem praticando a dança (ver Lc 15:25), não
encontramos nenhuma evidência no Novo Testamento de que a igreja cristã
primitiva perpetuasse tal costume. Há quem sugira que esse rompimento cristão
com a dança se deve à degeneração desde já no tempo de Cristo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
contraste com as danças litúrgicas do período bíblico, a maioria das danças
modernas é praticada sob o ritmo sensual das músicas profanas, que desconhecem
completamente o princípio enunciado em Filipenses 4:8: “Finalmente, irmãos,
tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o
que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há
e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Grande
parte das danças de hoje tem se transformado em um dos maiores estimuladores do
sensualismo. Mesmo não se envolvendo diretamente em relações sexuais
explícitas, seus participantes geralmente se entregam ao sensualismo mental
(ver Mt 15:19, 20), desaprovado por Cristo em Mateus 5:27, 28: “Ouvistes que
foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma
mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há
aqueles que endossam as danças particulares entre cônjuges unidos pelos laços
matrimoniais. Embora tais práticas pareçam inocentes à primeira vista, elas
representam o primeiro passo rumo a estilos mais avançados de dança, integrando
eventualmente o casal a grupos dançantes. Seja como for, o cristão dispõe hoje
de outras formas de integração e entretenimento sociais mais condizentes com os
princípios bíblicos de conduta do que a excitação e o sensualismo promovidos
pela maioria das danças modernas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="line-height: 150%;">(Alberto R. Timm, </span></i><a href="http://www.centrowhite.org.br/textos.pdf/01/56.pdf" target="_blank"><i><span style="line-height: 150%;">Centro de Pesquisas Ellen G. White</span></i></a></span><i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">)</span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-51018231617863115772013-04-10T13:21:00.001-03:002013-06-11T14:28:08.266-03:00Apocalipse 17 e o oitavo império <div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit7d7HARpYdHWFnTOYe1toBP_d58vFxk_hBI3oj7SxET1d3cDoV8hZFbQQY36MVS3Kv7Z2RJE9gQnB86uSkS6UDClMjvntwdI2vgHKe2Qx1e9Eogx37A3YeiR7hh77BNvD4ASc/s1600/meretriz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit7d7HARpYdHWFnTOYe1toBP_d58vFxk_hBI3oj7SxET1d3cDoV8hZFbQQY36MVS3Kv7Z2RJE9gQnB86uSkS6UDClMjvntwdI2vgHKe2Qx1e9Eogx37A3YeiR7hh77BNvD4ASc/s200/meretriz.jpg" width="200" /></a></div>
<i><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>Que
significam os símbolos proféticos de Apocalipse 17?<o:p></o:p></b></span></span></i></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Este artigo analisa os símbolos
proféticos de Apocalipse 17 com a proposta de diferenciar a besta escarlate da
meretriz bem como da primeira besta de Apocalipse 13:1. O estudo é feito à luz
do contexto das sete pragas e do paralelo construído entre o clímax
escatológico provido pelos capítulos 13 e 17, paralelo este usado como base
para se sugerir uma relação entre a primeira besta e a meretriz, e entre a
besta de dois chifres e a besta escarlate e seu oitavo chifre. Em seu contexto
imediato, o texto de Apocalipse 17 é considerado como uma espécie de juízo de
investigação seguido da execução de sentença sobre a meretriz (Ap 18). A oitava
cabeça é distinguida do poder religioso e relacionada com os poderes
político-militares.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Introdução<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O capítulo 17 é uma das seções mais
desafiadoras e, ao mesmo tempo, mais fascinantes do livro do Apocalipse. Um dos
anjos que têm as sete taças da ira de Deus (Ap 16) chama o profeta para uma
nova sequência de visões, as quais se seguem à narrativa das pragas. O anjo
inicia a comunicação com o anúncio: “Mostrar-te-ei o julgamento da grande
meretriz” (Ap 17:1).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A identidade da meretriz não tem
sido um ponto de discussões tanto quanto a identidade da besta e de seus
chifres. Uma vez que uma besta, também de sete cabeças e dez chifres, é
descrita em Apocalipse 13:1 e se torna uma figura predominante no livro, a
identificação da entidade representada nesse símbolo de Apocalipse 17 oferece
grandes dificuldades.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Uma das interpretações mais
correntes tem sido que a besta em questão aponta para a mesma entidade
representada pela besta de Apocalipse 13, e que seria o império romano, cuja
capital foi considerada a “cidade das sete colinas”, como sugere o v. 9. Essa
interpretação preterista é abraçada “pela maioria dos exegetas”[1] e resulta
numa negação do dom profético na interpretação das visões do grande conflito
narradas no livro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Outra linha de interpretação vê a besta
de Apocalipse 17 como símbolo dos poderes políticos mundiais e o oitavo rei
como um retorno do sétimo poder, ou seja, de “Roma papal”.[2] Nesse caso, o
“oitavo rei” indicaria a fase final de atuação dessa entidade, após a
restauração de seus poderes perdidos na revolução francesa, em 1798.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Uma terceira interpretação
considera que a besta “escarlate” (Ap 17) se relaciona com o dragão “vermelho” (Ap
12), sendo, portanto, uma referência ao próprio diabo em sua luta contra Deus e
Seu povo, por meio de poderes terrenos.[3] Outra visão pontua que a besta “escarlate”
deve representar uma “confederação de poderes” militares, seculares e civis em
oposição a Deus no clímax do grande conflito.[4]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ainda uma interpretação mais
popular e menos embasada teologicamente também vê a besta como sendo Roma papal
e considera que a criação do estado do Vaticano, em 1929, pelo Tratado de
Latrão, corresponderia à cura da ferida da besta de Apocalipse 13. Os sete reis
representados pelas cabeças da besta seriam sete papas e o “oitavo”, portanto,
seria um último papa que guardaria certas relações com seu antecessor.[5]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A multiplicidade de interpretações
reflete a complexidade da visão. Um dos desafios está no fato de diversos
símbolos apocalípticos serem descritos como “besta” (ver Ap 11:7; 13:1, 11;
17:3). A palavra “besta” (gr. <i>therion</i>)
ocorre 38 vezes no livro de Apocalipse, sendo traduzida sempre como “besta”,
exceto em 6:8 (“feras”). Apesar de quatro bestas principais serem mostradas a
João, em geral as referências à besta são encaradas como sendo àquela de
Apocalipse 13:1, a segunda das quatro. Um dos caminhos para solucionar
problemas de Apocalipse 17 é tentar distinguir as bestas apocalípticas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">As interpretações que relacionam a
besta “escarlate” com a primeira do capítulo 13 (Roma papal) esbarram num
problema claro: por fim (17:16), a besta “escarlate” e os “reis da terra” odeiam
e destroem a meretriz (o poder religioso romano), o que requer necessariamente
uma distinção entre essas duas bestas. A “confederação de poderes seculares”[6]
em vez de ser a besta “escarlate” pode representar a própria coalizão da besta
e os “reis da terra”. Assim, é necessária uma definição mais objetiva da
entidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Outro aspecto a ser levado em conta
é o contexto das sete pragas no qual se visualiza a meretriz e essa besta. A ideia
de juízo é clara nessa seção do livro. Além disso, é preciso relacionar essa
visão (Ap 17) com outras visões do livro na busca por elementos simbólicos
paralelos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A
visão<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Apocalipse 17 tem três partes
principais: a fala do anjo ao profeta (v. 1, 2); a visão dos símbolos (v.3-6);
e uma nova fala do anjo (v. 7-18). Na primeira, o anjo chama o profeta para ver
o julgamento da “grande meretriz” e trata com a identidade da mulher: ela se
assenta sobre muitas águas, prostituiu os reis e embebedou os habitantes na
terra. A visão descreve os dois símbolos igualmente; e, na segunda fala, o anjo
ainda trata com a identidade da mulher, mas dá mais atenção à identidade da
besta.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A visão é claramente simbólica, mas
as duas falas do anjo devem ser consideradas como explicação e, portanto, como
literais e temporais, no sentido de que elas desvendam os símbolos e ocorrem no
tempo e nas circunstâncias do profeta.[7] Os tempos verbais usados na visão
devem ser considerados. O anjo usa os verbos no passado ao tratar da identidade
da meretriz em termos de seus pecados. Com ela se “prostituíram os reis da terra”
e se “embebedaram os que habitam na terra” (v. 2). Essa prostituição indica
idolatria. Mesmo Jerusalém foi descrita como prostituta por causa de sua
idolatria (ver Ez 16, 23, Jr 51).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na segunda fala, ao tratar com a
identidade da besta, o anjo usa verbos nos três tempos fundamentais. Ele diz
que “caíram” cinco dos “sete reis”, um “existe” e outro ainda viria (v. 10).
Ele também diz que os “dez reis”, que podem ser relacionados com as nações
modernas constituídas a partir da queda do Império Romano, ainda não tinham
recebido reino, mas receberiam (v. 12). E completa: esses dez reis e a besta
“pelejarão” contra o Cordeiro (v. 14) e também “odiarão” a meretriz (v. 16).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Juízo
de investigação<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na estrutura do livro, a visão de
Apocalipse 17 faz parte do conjunto de visões relativas às sete pragas (Ap
15:5–18:24), que começa com uma cena do santuário celestial[8] em que o término
da mediação é indicado (Ap 15:5-8). Essa seção mostra o juízo de Deus sobre os
“portadores da marca da besta” (16:2; cf. 14:9, 10) e sobre a “meretriz” (Ap 17
e 18). A vingança divina sobre a “besta”, o falso profeta e o dragão ocorre mais
tarde (Ap 19:20, 21; 20:10).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Uma vez que o anjo que fala a João
é um dos “que têm as sete taças”, o “julgamento” pode ser uma explicação
relativa às pragas. Todas as pragas são narradas em linguagem literal, exceto a
sexta (Ap 16:12-16), que fala do secamento das águas do rio Eufrates, o que
constitui um pano-de-fundo tirado do Antigo Testamento. Isso sugere que essa
praga pode ser o conteúdo a ser explicado com a visão subsequente. Jon Paulien
diz que Apocalipse 17 pode ser considerado “uma exegese”[9] de Apocalipse
16:12-16, devendo ser considerados uma unidade.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Assim, na sexta praga, a queda da
Babilônia mística é representada pela queda da Babilônia antiga, quando Ciro
desviou as águas do Eufrates e surpreendeu Belsazar em seu último banquete (Dn
6).[10]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A sexta praga sugere o desfecho do Armagedom
(16:16), uma luta de poderes políticos e religiosos unidos contra os fiéis de
Deus. No auge desse conflito, Deus interfere para livrar Seu povo, provocando a
queda da Babilônia, o que vai confundir a coalizão político-militar dos
oponentes. A queda do poder religioso dessa coalizão pode ser, portanto, o
efeito da sexta praga, a qual é explicada em detalhes literais no capítulo 18
(ver 18:2, 8, 9; cf. 17:16).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O julgamento (gr. <i>krima</i>, “condenação”, “sentença”, “punição”)
em Apocalipse 17:1 pode ser relacionado ao grande conflito. Os resultados dessa
sentença repercutem além da terra, até o Céu. Por isso, após a visão do
julgamento da meretriz, o profeta ouve uma voz de “numerosa multidão” no Céu,
que diz: “Verdadeiros e justos são os Seus juízos, pois julgou a grande
meretriz” e “das mãos dela vingou o sangue dos Seus servos” (Ap 19:1, 2).[11]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Isso permite considerar a visão da
queda da Babilônia como uma sequência de juízo de investigação[12] seguido de
execução da sentença. A fim de legitimar e justificar a punição da meretriz,
diante do Universo, Deus investiga a situação com uma testemunha terrena antes
de executar a sentença. Essa atitude divina é comum. Ocorreu no caso de Adão e
Eva (Gn 3:9), Caim (4:10), os antediluvianos (6:5), os edificadores de Babel
(11:5) e Sodoma e Gomorra (19:1) entre outros.[13]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Assim, o capítulo 17 apresenta um
expediente de investigação, com a descrição das obras da meretriz: com o “vinho
de sua devassidão” (v. 2) e com as “imundícias da sua prostituição” (v. 4) se “prostituíram”
e “embebedaram” os reis e os que habitam sobre a terra. O capítulo 18, por sua
vez, descreve a punição: a meretriz se torna covil de “demônios” e de “aves
imundas” (v. 2), sofre os flagelos de “morte, pranto e fome” e é consumida no
fogo (v. 8).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Visões
paralelas<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A relação do juízo da meretriz com
a sexta praga lança luz adicional ao capítulo 17, no sentido de possibilitar
uma mais ampla exploração das entidades retratadas nos símbolos da meretriz e
da besta escarlate. Nessa praga, o mundo aparece completamente polarizado entre
os inimigos de Deus e o remanescente. Os inimigos integram a coalizão feita
pelo dragão, a besta e o falso profeta (16:13) que incorpora também os “reis do
mundo inteiro” (16:14). O remanescente é composto pelo grupo que “vigia e
guarda” para andar retamente diante de Deus (16:15). Ao guerrear contra o
remanescente, os inimigos desafiam o “Deus Todo-Poderoso” (16:14).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Pode ser considerado, portanto, que
no Armagedom os inimigos de Deus reúnem os poderes religiosos da terra
representados pelo dragão, a besta e o falso profeta (cristãos professos e
espiritualistas) e os poderes políticos e militares representados pelos “reis
do mundo inteiro”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Esses dois grupos são representados
diversas vezes no Apocalipse, porém mais claramente no contexto do clímax do
grande conflito descrito em Apocalipse 13 e 16–17. No capítulo 13, esse grupo
opositor é representado por dois símbolos: a primeira besta, então curada de
sua ferida mortal, e a besta de dois chifres (ver 13:11-17). No capítulo 17,
esse mesmo grupo é representado por dois outros símbolos: a meretriz e a besta
escarlate. Do capítulo 13 para os 16–17, há uma progressão em que a entidade
representada pela primeira besta torna-se um poder apenas religioso e amplia
seu espectro com a incorporação do “espiritismo” e “protestantismo”,[14] como
sugerido em 16:13; por sua vez, a besta de dois chifres passa a incorporar “os
reis da terra” (16:14; 17:12, 16).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Essa ampliação na descrição das entidades
justifica uma mudança nos símbolos. De forma que, no capítulo 17, a “besta de
dez chifres” é mostrada na figura da “meretriz”, e a “besta de dois chifres” é
substituída por outro símbolo (a besta escarlate ou oitavo rei). Essa troca de
símbolos é comum na profecia apocalíptica, quando se deseja ampliar ou mudar o
espectro da revelação. Em Daniel 2, uma sequência de impérios (Babilônia,
Pérsia, Grécia, Roma e Roma papal) é representada pela estátua de ouro, prata,
bronze, ferro e barro. A mesma sequência é retratada em Daniel 7 por quatro
animais: leão, urso, leopardo e o quarto animal. Já em Daniel 8, os três
últimos poderes são representados por um carneiro, um bode e um “chifre
pequeno”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Assim, considerando o contexto
comum do clímax do grande conflito e do Armagedom, em que os inimigos de Deus
assumem essa composição político-religiosa, os capítulos 13 e 16–17 de
Apocalipse podem ser postos em paralelo, de modo que a “primeira besta” está
para a “meretriz”, assim como a “besta de dois chifres” está para a “besta
escarlate”, consideradas as mudanças na configuração das entidades em questão e
as ampliações na descrição delas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Identidade
da besta<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em seus aspectos visuais, a besta
de Apocalipse 17 é diferenciada da primeira besta. Ela é “escarlate” (17:3),
enquanto que a primeira besta (13:2) tem semelhança com leopardo, urso e leão
(símbolos de Babilônia, Pérsia e Grécia, em Dn 7). Deve-se notar também que o
dragão é “vermelho” (12:3) como a besta escarlate, e, da mesma forma que ela,
tem dez chifres e sete cabeças. Assim, é sugerida uma relação entre a besta do
capítulo 17 e o dragão.[15] No entanto, isso não esgota o símbolo, já que animais,
bestas e chifres representam poderes políticos seculares (ver Dn 7:17, 24,
8:20, 21).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O anjo explica ao profeta que as sete
cabeças são “sete montes” e são também “sete reis” (v. 9). A interpretação de
que os “sete montes” são as sete colinas de Roma contraria a lógica de que a
besta e a meretriz representam realidades distintas. A palavra grega <i>oros</i> deve ser traduzida por “montes” ou
“montanhas”, mas a NVI a traduz por “colinas”. Johnson afirma que, neste caso,
“uma exegese prévia influenciou a tradução”.[16] Os sete “montes” devem ser
considerados como na mentalidade hebraica, ou seja, como reinos. Por meio de um
paralelismo, Isaías usa de forma intercambiável “montes” e povo/nação: “Porque
de [a] Jerusalém sairá o [b] restante, e do [a’] monte Sião, o que [b’] escapou”
(Is 37:32; ver também Sl 48:2; Jr 51:25, Dn 2:35; 9:20, Zc 4:7). O mesmo ocorre
com o termo “rei”, que os judeus usavam como equivalente de “reino” (ver Dn
7:17; 8:21, 23).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Assim, “montes” e “reis” devem
apontar para reinos ou impérios representados nas cabeças da besta. Contrariamente
à relação entre os “montes” e a igreja romana, Johnson argumenta que esses
símbolos “pertencem à besta [poder político] e não à meretriz [poder
religioso]”.[17] Como a explicação do anjo (v. 10) é feita da perspectiva
temporal do profeta, ou seja, no primeiro século, cinco deles já tinham se
passado (Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia), um existia (Roma) e o sétimo
ainda viria (Roma papal).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A afirmação do anjo de que o sétimo
reino (Roma papal) teria de durar “pouco” (1.260 anos!) pode ser entendida da
perspectiva da garantia da vitória dos fiéis de Deus alcançada na cruz e não do
ponto de vista do tempo cronológico. O adjetivo “pouco” (gr. <i>olígon</i>, v. 10) é usado em Apocalipse, ao
se afirmar que o diabo, após a cruz, sabia que tinha “pouco tempo” (<i>olígon kairon</i>, 12:12). Por outro lado,
ao falar que o dragão será solto após o milênio, mas por “pouco tempo”, João
usa <i>mikron krónon</i> (20:3), indicando
um tempo cronometrado.[18]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na fala ao profeta, o anjo se
refere à besta como algo que “era e não é, está para emergir” (v. 8, 11). A
relação feita entre essa besta escarlate do capítulo 17 e a besta semelhante a
leopardo, urso e leão (13:1) resulta de se interpretarem essas palavras como se
proferidas pelo anjo ao profeta no período posterior a 1798, quando Roma papal tinha
perdido seus poderes políticos com a revolução francesa, mas com a previsão de
recuperá-los no fim dos tempos. No entanto, sendo que as duas bestas devem
representar entidades diferentes, a fala do anjo pode não tratar com eventos
temporais, mas ser vista como uma paródia em relação à pretensão do dragão, com
quem essa besta se relaciona, de ser como Deus, “aquele que é, que era e que há
de vir” (Ap 1:4, 8; 4:8), o único “Eu Sou” (Êx 3:14).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O
oitavo rei<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em Apocalipse 17:11, o anjo
prossegue a descrição da identidade da besta e acrescenta uma informação além
da visão recebida pelo profeta. Ele afirma a emergência de um “oitavo”
elemento, de natureza semelhante aos reis/impérios representados pelas cabeças
da besta: “E a besta [...] também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete” (v.
11). Nesse ponto, o texto grego diz, literalmente: “ela [a besta] mesma é o
oitavo”. A palavra rei é acrescentada em algumas versões, mas não ocorre no
grego.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O fato de o anjo dizer que cinco
eram passados, um existia e o sétimo viria (v. 10) sugere uma relação consecutiva
entre os “reis” bem como em relação a esse oitavo elemento. Além disso, ele
acrescenta que o oitavo “procede” (gr. <i>ek</i>,
denota “procedência”, “origem”) dos sete. Nesse caso, se os “reis” são os
impérios mundiais, um oitavo império, proveniente dos sete, é previsto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Retomando o paralelo estabelecido
anteriormente, em Apocalipse 13:11 a besta de dois chifres aponta para o império
americano, cuja origem e procedência é europeia. Nesse caso, o “oitavo rei” seria
o último império a exercer poder sobre os fiéis de Deus.[19]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A relação entre o “oitavo rei” e o
império americano, como a entidade por trás da besta de dois chifres, ainda
pode ser ampliada à luz do cenário escatológico provido por Apocalipse 13 e 16–17.
A besta escarlate “leva” (17:7; gr. <i>bastazw</i>,
“carregar”, “conduzir”) a meretriz na qual esta está “montada” (v. 3). Em Apocalipse
13:14, a besta de dois chifres faz uma imagem à primeira besta e restaura sua
ferida. Isto é, em Apocalipse 13, a segunda besta se coloca à disposição e a
serviço da primeira.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A besta escarlate, que também é o
oitavo rei (17:11), lidera os “dez chifres” ou “dez reis” (nações modernas
descendentes dos povos bárbaros que tomaram o Império Romano) em sua investida contra
o Cordeiro, no Armagedom (17:14). Os que “habitam na terra” (13:14) e os “reis
do mundo inteiro” (16:14) são liderados pela besta de dois chifres contra Deus e
Seu povo. Nesses dois cenários, há a previsão de uma “grande coalizão” de
poderes seculares, a serem liderados pela besta de dois chifres (Ap 13) e pela
besta escarlate (Ap 17).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No entanto, no auge do conflito, o
clímax da proclamação das três mensagens angélicas (Ap 14:6-10) por parte do
remanescente escatológico, batizado na chuva serôdia, provocará o desmascaramento
da meretriz Babilônia e contribuirá para sua consequente queda. As “águas” que se
“secam” (v. 17:15), a exemplo do rio Eufrates desviado por Ciro por ocasião da
queda de Belsazar, apontam para a retirada do apoio das nações (13:14; 16:14;
17:12, 13) à causa da Babilônia mística. As nações outrora unidas em favor da
Babilônia não só deixarão de apoiá-la, mas a odiarão e destruirão (17:16). Nesse
caso, a ira de Deus sobre ela será executada por meio de seus próprios aliados
que também são inimigos de Deus. No Antigo Testamento, Deus usou a Babilônia antiga
para executar Seu juízo sobre Judá (2Rs 24:1-20; Jr 20:4), e a Pérsia, para se
vingar de Babilônia (Is 13:19; 34:14).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Diante das considerações feitas,
algumas conclusões podem ser sugeridas quanto à besta e ao oitavo rei de Apocalipse
17. Uma vez que se diz que a besta é “também” o oitavo, conclui-se que ela é também
cada um dos impérios representados por suas sete cabeças. A besta escarlate, nesse
caso, pode representar o poder imperial que, ao longo da história, se opõe a
Deus.[20] Sendo que ela está relacionada ao dragão vermelho (12:3), os impérios
mundiais podem ser vistos como a materialização do governo de Satanás no mundo.
“Cada cabeça da besta é uma encarnação parcial do poder satânico que governa o
mundo por um período.”[21] Mesmo assim, eles pretendem ser permanentes e
invariavelmente se opõem ao povo que segue a vontade de Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Todos os impérios afrontam a Deus,
de alguma forma. O faraó do Egito questionou Moisés: “Quem é o Senhor para que Lhe
ouça a voz e deixe Israel ir?” (Êx 5:2). O rei assírio Senaqueribe cercou Jerusalém
e desafiou o “Senhor”, afirmando que, assim como os deuses das nações que tinha
conquistado, o Senhor não poderia livrar Judá de suas mãos (2Rs 18:13, 30-35).
Nabucodonozor ameaçou os judeus, dizendo: “Quem é o deus que poderá livrar-vos
das minhas mãos” (Dn 3:15). Na Pérsia, Hamã quis exterminar os judeus porque
eles seguiam as leis do Senhor (Et 3:8). O selêucida Antíoco matou judeus e profanou
o templo. Roma crucificou Cristo e destruiu Jerusalém. Acerca de Roma papal, se
indagaria: “Quem é semelhante à besta?” (Ap 13:4). Por sua vez, o poder
americano previsto em Apocalipse 13:11 fará com que a Terra e seus habitantes
“adorem” a primeira besta (13:12) e condenará à morte todos os que não fizerem
isso (13:15).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">No panorama escatológico do
Apocalipse, o último poder político-militar de alcance global (13:12) a assumir
atitudes imperiais como os sete anteriores é o império americano, que é “procedente”
da Europa e, portanto, tem uma relação com os anteriores em termos de origem. Sendo
que as cabeças da besta escarlate representam sete impérios mundiais (Egito,
Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma e Roma papal), a oitava cabeça pode ser,
portanto, o poder americano, conforme representado pela besta de dois chifres
em Apocalipse 13:11.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acerca dos impérios, não só o oitavo
“procede” dos sete, mas todos eles guardam certas relações, sugerindo que são,
ao longo da história, um poder comum em oposição a Deus. É um poder comum no
sentido de que Satanás exerce o poder por trás de cada cabeça da besta. Por
isso, justificaria serem representados por uma mesma besta de sete cabeças. “A
imagem de uma besta de sete cabeças representa uma besta que vive, morre e torna
a viver sete ou oito vezes”.[22] A expressão “era e não é, está para emergir”
(17:8) pode ser vista também nessa perspectiva.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRExZnp89lSImd9UoFFmdsxcFSU3fGkqE2hOeuxC9Lg_PTHJBZrQaBzVFbxD8MgyIu8tcOy65NOhuRbo1MSEv19mLIWRLnbGBzQ6byN6HdbdGyOQnk3sbNYbQJYc5yhf_dlkyR/s1600/Selo+EUA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRExZnp89lSImd9UoFFmdsxcFSU3fGkqE2hOeuxC9Lg_PTHJBZrQaBzVFbxD8MgyIu8tcOy65NOhuRbo1MSEv19mLIWRLnbGBzQ6byN6HdbdGyOQnk3sbNYbQJYc5yhf_dlkyR/s400/Selo+EUA.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O chamado “Grande
Selo dos Estados Unidos”, estampado na cédula de um dólar é uma
evidência dessa relação entre os impérios. O selo representa a integração de
valores culturais dos impérios egípcio, grego, persa, babilônico e romano no
império americano. Seus principais elementos são: (1) a pirâmide truncada
egípcia muito usada pela maçonaria; (2) o olho da Providência, ou o olho de
Hórus, deus solar filho de Osíris e Ísis, na mitologia egípcia; (3) a águia de
cabeça branca, que era o pássaro de Zeus na mitologia grega e representava a
descida do deus à Terra na crença egípcia; (4) as frases “<i>annuit coeptis</i>”, “<i>novus ordo
seclorum</i>” e “<i>e pluribus unum</i>”,
tiradas de Virgílio, poeta romano.[23] O desenho da águia, no selo, faz
referência ao chamado “Faravahar”, uma efígie persa que simbolizava a luz
celestial em torno dos reis, heróis e santos da Pérsia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">As culturas imperiais, portanto,
compartilham valores, símbolos, ideais, mitos, crenças e, sobretudo, uma visão
comum de seu pretenso papel na manutenção da ordem do mundo.[24]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A
meretriz<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLwnqWC1n9A1IQNjT0ZRkqLH1xJMWVdjfrJFo8pRR2ucgSWL3KK1NRUYvb0QWozPf-z7HUSA486gY0b2rpH4Od1_1pyz4WWyLQMCY-ZJuSeZsLxIXzalvj57cyQd1SFZrwvHor/s1600/o-ultimo-imperio-capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLwnqWC1n9A1IQNjT0ZRkqLH1xJMWVdjfrJFo8pRR2ucgSWL3KK1NRUYvb0QWozPf-z7HUSA486gY0b2rpH4Od1_1pyz4WWyLQMCY-ZJuSeZsLxIXzalvj57cyQd1SFZrwvHor/s320/o-ultimo-imperio-capa.jpg" width="209" /></a></div>
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A meretriz não é objeto de grandes disputas
por parte dos intérpretes, pois a mulher pura aponta para a igreja verdadeira
tão claramente quanto a vulgar revela a religião corrompida. No entanto, se Apocalipse
17 e 18 apresenta um juízo de investigação seguido da execução de sentença, e
sendo que em 18:24 se diz que a meretriz é culpada pelo sangue “de profetas, de
santos e de todos os que foram mortos sobre a terra”, ela já devia existir
antes da era cristã.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Além disso, observando os tempos
verbais na visão, o anjo diz a João que com ela se “prostituíram” os “reis da
terra” (v. 2) e com seu vinho se “embebedaram” os que “habitam na terra” (v. 2).
Os verbos conjugados no passado, no tempo de João, apontam para a relação da
meretriz com os impérios que tinham existido até então (do Egito a Roma).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">João viu que a meretriz estava
“montada” na besta escarlate (17:3), e o anjo disse que ela está “sentada”
sobre muitas águas (17:1, 15) as quais representam povos e nações (17:15). Ela
também está “sentada” nos sete montes, que são os impérios. O verbo grego usado
nesses versos é o mesmo: <i>kathemai</i>. Para
Johnson, “Babilônia é encontrada onde quer que haja engano satânico” e
representa “a cultura do mundo separado de Deus”.[25] A meretriz, nesse caso, revela
uma religião perversa que esteve difundida em todos os impérios, embora tenha
sua manifestação mais plena e final na Babilônia mística dos últimos dias.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O juízo divino traz à memória todos
os profetas e santos mortos ao longo da história e os vinga sobre a meretriz,
cujo incêndio faz prantear os próprios “reis da terra” (18:9, 10, 18).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O anjo diz que a meretriz embebedou
os que “habitam na terra” com seu vinho. Ora, o vinho de Babilônia, entre outras
coisas, aponta para a santidade do dia do Sol e a “imortalidade da alma”, a
mentira primordial.[26]<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O culto ao Sol e a crença na
imortalidade da alma são encontrados em todos os impérios, desde o Egito. “O
culto do Sol era difundido e sua deificação foi uma fonte de idolatria em cada
parte do mundo antigo”.[27] Richard Rives afirma que egípcios, assírios,
babilônios, medos e persas, gregos e romanos foram todos adoradores do Sol.[28]
A proibição feita por Moisés atesta da atração desse culto naquele no tempo (Dt
4:19). No Egito, o extenso e dispendioso ritual de embalsamamento mostra a
vitalidade da crença na imortalidade nesse primeiro império, a qual reporta ao
Éden.[29] Essas duas heresias funcionaram ao longo da história como uma arma
eficaz da meretriz para seduzir reis e povos e para perseguir os fiéis de Deus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Conclusões<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Assim, as visões narradas em
Apocalipse 17 e 18 podem ser vistas como revelações adicionais e explicativas
sobre a sexta praga e tratam com a queda da Babilônia. Há uma sequência de
juízo de investigação (17) seguido de execução da sentença (18). A meretriz e a
besta escarlate parecem revelar entidades diferentes constituintes do grupo dos
inimigos de Deus no clímax do grande conflito, contra os quais Deus executa
juízos. Após a investigação retratada no capítulo 17, o Apocalipse mostra a
execução da sentença divina primeiramente sobre a meretriz (18:20), depois
sobre a besta (escarlate) e o falso profeta (19:20) e, por fim, sobre o dragão
(20:10).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A relação da besta escarlate com o
dragão vermelho (12:3) sugere que o diabo é o poder por trás de todos os
impérios que, ao longo da história, se opuseram a Deus e a Seu povo. O paralelo
entre o clímax escatológico descrito nos capítulos 13 e 16–17 favorece a comparação
entre a primeira besta e a meretriz, bem como entre a besta de dois chifres e a
besta escarlate ou oitavo rei. A oitava cabeça pode ser vista como um poder
político-militar escatológico que, sucedendo as sete primeiras, seria o poder
americano. <o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A meretriz é culpada do sangue de
santos e profetas (18:24) de toda a história, e o juízo de investigação retoma
seus pecados desde o primeiro império, o Egito. O vinho com que ela embriagou
os povos da Terra revela as duas heresias (imortalidade incondicional e culto
do Sol/domingo) as quais atravessam todos os impérios.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Essa visão do poder imperial e
religioso que, ao longo da história, se opôs a Deus, sendo que um império herda
e mantém valores e conceitos dos anteriores, mostrando-os conectados um ao
outro, torna bastante apropriadas as palavras de Daniel a Nabucodonosor, acerca
da pedra que caiu nos pés da estátua, sendo então “esmiuçado o ferro, o barro,
o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha”, e “o vento os
levou, e deles não se viram mais vestígios”. Mas “a pedra que feriu a estátua
se tornou em grande montanha [reino], que encheu toda a terra” (Dn 2:35, 45).<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O reino de Cristo, ao ser
estabelecido, não herdará nada dos anteriores, mas destruirá para sempre todas
as obras humanas que os diferentes impérios compartilharam ao longo da
história.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(Vanderlei
Dorneles, doutor em Ciências, é editor na Casa Publicadora Brasileira e
professor no Salt-Iaene, na Bahia) <o:p></o:p></span></span></i></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Referências:<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span lang="EN-US"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">1. Alan F. Johnson, in ed.
Frank E. Gaebelein, <i>The Expositor’s Bible
Commentary</i> (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1981), p. 554.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span lang="EN-US"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">2. Ver
Ranko Stefanovic, <i>Revelation of Jesus
Christ</i> (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2002), p. 515, 516;
Francis D. Nichol, ed. <i>Seventh-day
Adventist Bible Commentary</i> (Washington, DC: Review and Herald, ed. rev.
1980), p. 854-856.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">3. Ekkehardt Mueller, “A Besta de
Apocalipse 17: Uma Sugestão”, in <i>Parousia:
Revista do Seminário Latino-Americano de Teologia</i>, Unasp, Engenheiro
Coelho, SP, 1º semestre de 2005, p. 39.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span lang="EN-US"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">4. Jon
Paulien, <i>Armageddon at the Door</i> (Hagerstown:
Review and Herald, 2008), p 136, 212; e Nichol, p. 851.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">5. Ver Paulien, 215, 216.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">6. Paulien, p. 212.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">7. Paulien, p. 214, 215.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">8.
Richard Davidson diz que “todo o livro [do Apocalipse] é estruturado pela
tipologia do santuário” (Richard M. Davidson, “Sanctuary Tipology”, in ed. <span lang="EN-US">Frank B. Holbrook, <i>Symposium on Revelation:
Introductory and Exegetical Studies,</i> Book 1 (Silver Spring, MD: Biblical
Research Institute, 1992), p. 112). Ver também Kenneth Strand, “The Eight Basic
Visions”, in ed. Frank B. Holbrook, <i>Symposium on Revelation: Introductory
and Exegetical Studies</i>,
Book 1 (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute, 1992), p. 35-49.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">9. Paulien, p. 208.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">10.
Jon Paulien argumenta que “o Apocalipse não pode ser entendido sem contínua
referência ao AT”, pois ele é um “perfeito mosaico das passagens do AT”. As
recorrentes referências ao AT no Apocalipse indicam que ele é a principal chave
para abrir o significado dos símbolos do livro. “O AT provê os meios para
“decodificar a mensagem do Apocalipse” (Jon Paulien, “Interpreting Revelation’s
Symbolism”, in ed. <span lang="EN-US">Frank B. Holbrook, <i>Symposium
on Revelation: Introductory and Exegetical Studies,</i> Book 1 [Silver Spring,
MD: Biblical Research Institute, 1992], p. 80).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">11.
A meretriz de Apocalipse 17 reproduz a figura de Jezabel: ambas praticam
prostituição (2Rs 9:22; Ap 17:2, 4, 5); derramam sangue de santos e profetas
(2Rs 9:7; Ap 17:6; 18:20, 24); e têm a carne comida (1Rs 21:23; 2Rs 9:36; Ap
17:16).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">12.
Paulien entende que “o santuário do AT e seus rituais exercem uma função
estrutural na organização do livro do Apocalipse” (Jon Paulien, <i>The Deep
Things of God</i> [Hagerstown, MD: Review and Herald, 2004], p. 124).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">13. Ver Gerhard F. Hasel, “Juízo Divino”, in Raoul Dederen, <i>Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia</i>
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), p. 908-911, 935.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">14. Ellen G. White, <i>O Grande Conflito</i> (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988),
p. 588-589; ver Paulien, 2008, p. 160-165, 173.<o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"></span><br />
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">15. A figura do “dragão”, como
representação das forças opositoras a Deus, é bem conhecida na Bíblia.
Curiosamente, ele é relacionado ao faraó do Egito e a Nabucodonosor da
Babilônia, dois impérios representados nas cabeças da besta escarlate (Ap 17).
No êxodo, Deus esmagou a cabeça de <i>tannyin</i>
(Sl 74:13; 91:13), que é traduzido por “monstro marinho” (ARA), “dragão” e
“serpente”. Segundo os profetas, Deus esmagou <i>tannyin</i> no êxodo (Is 51:9) e no retorno do cativeiro de Babilônia
(Jr 51:34; Is 52:11) e, no dia do Senhor, Ele esmagará <i>tannyin</i> (Is 27:1) definitivamente. No proto-evangelho, o Filho da
mulher esmagaria a cabeça da “serpente” (Gn 3:15). No Apocalipse: a salvação é
consumada quando o “dragão” (gr. <i>drákon</i>)
que foi expulso do Céu (12:7-9) e perseguiu a mulher (12:17) for derrotado por
Cristo no “lago de fogo” (20:10). A LXX usa o substantivo grego <i>drákon</i> para traduzir o hebraico <i>tannyin</i>.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">16.
Johnson, p. 559<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">17.
Johnson, p. 560.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">18. Ver 1 Pedro 1:6, que também usa <i>olígon</i> no sentido de tempo não
cronometrado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">19.
Sobre o desenvolvimento da interpretação adventista acerca da besta de dois
chifres de Apocalipse 13:11, ver Vanderlei Dorneles, <i>O Último Império</i> (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012), p.
33-52.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span lang="EN-US"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">20. Stefanovic, p. 515.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">21. Robert L. Thomas, <i>Revelation</i> <i>8–22: An
Exegetical Commentary</i> (</span><span class="st1"><span lang="EN-US">Chicago, IL: Moody Press, 1995), </span></span><span lang="EN-US">p. 292.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">22. Paulien, p. 211.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">23. Ver David
Ovason, <i>The Secret Symbols of Dollar Bill</i>
(New York, NY: Harper Collins, 2004).</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span lang="EN-US"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">24. Ver
Dorneles, <i>O Último Império</i>, p.
89-115; ver também Manly P. Hall, <i>The
Secret Destiny of America</i> (New York: Penguin, 2008).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span lang="EN-US"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">25. Johnson,
p. 554.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">26. Ellen G. White,
<i>Mensagens</i> <i>Escolhidas </i>(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988), vol. 2,
p. 68, 118.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">27.
William T. Olcott, </span><i><span lang="EN-US">Sun Lore of All Ages</span></i><span lang="EN-US"> (</span><span lang="EN-US">New York: Putnam’s Sons, 1914), p. 142.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span lang="EN-US"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">28. Richard
Rives, <i>Too Long in the Sun</i> (<span class="st1">Charlotte, NC: Partakers, 1999</span>).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">29. Ver Samuele Bacchiocchi, <i>Crenças
Populares</i> (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012), p. 50-60.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-40722275643557818972013-04-03T10:03:00.000-03:002013-04-03T10:04:29.592-03:00A Bíblia entre os mitos: que diferença!<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcqY7UOjJJ2tmgWxK4E86C0mEZ3xEHU-atT0C-AtPNJ7swuuu_OF8-LoZ1E9Ysr2NwYLq2U2_TKiRFL3UAIccmLXrRn1kAyWimGuKOaykt4NhmaT_9HHvr_f-8K5HiOCIPRkWS/s1600/bible+myths.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcqY7UOjJJ2tmgWxK4E86C0mEZ3xEHU-atT0C-AtPNJ7swuuu_OF8-LoZ1E9Ysr2NwYLq2U2_TKiRFL3UAIccmLXrRn1kAyWimGuKOaykt4NhmaT_9HHvr_f-8K5HiOCIPRkWS/s200/bible+myths.jpg" width="132" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Existe diferença entre a Bíblia e os mitos do Antigo Oriente Próximo?</span></b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;">Vivemos em uma época de reducionismo. Isso se torna especialmente evidente pelo uso comum da palavra “apenas”. Os reducionistas dizem: “A mente humana é apenas um sistema complexo de matéria”, ou “A moralidade é apenas um subproduto da evolução para a sobrevivência do grupo.”[1] Quando se trata de estudos bíblicos, normalmente o reducionismo assume a seguinte forma: “As narrativas do Gênesis são apenas mais um mito do </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;">Antigo </span><span class="Apple-style-span" style="line-height: 24px;">Oriente Próximo.” Os pós-evangélicos usam hoje, regularmente, esses argumentos. Em nível popular, escritores como Rachel Held Evans comentam sobre os “notadamente semelhantes” relatos da criação e do dilúvio do Antigo Oriente Próximo em relação aos encontrados em Gênesis. Compreender Gênesis como não histórico, um mito não científico, que contém os mesmos “recursos literários humanos” e “pressupostos cosmológicos” que os do Antigo Oriente Próximo, teria sido, segundo ela mesma, “libertador”.[2]</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Peter Enns é o estudioso pós-evangélico mais frequentemente associado com essa visão. Em seu livro <i>Inspiration and Incarnation</i> (Inspiração e Encarnação), Enns procurou mostrar que Deus se ajustou às culturas do Antigo Oriente Próximo, usando formas literárias não históricas e não científicas em Gênesis (e em outros escritos) para comunicar sua mensagem.[3] Muitos seguiram sua liderança, especialmente aqueles que procuram resolução da [suposta] discórdia percebida entre fé e ciência.</span></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="line-height: 24px;"><br /></span>
<span style="line-height: 24px;">No contexto da academia secular, tais pontos de vista são inquestionáveis. O paradigma dominante se originou na Escola “História das Religiões”. Essa perspectiva do século 19 considerava que a religião monoteísta era originária das classes mais baixas da sociedade primitiva, da criação do xamanismo tribal como um meio de afirmar o poder sobre os mais fisicamente ou socialmente poderosos.[4] Essas crenças xamanísticas teriam evoluído para o politeísmo, em seguida para o henoteísmo e, eventualmente, para o monoteísmo. A Escola baseou sua visão na semelhança religiosa de culturas antigas e procurou encaixar todos os dados em um paradigma linear, evolutivo. Dentro desse paradigma, as narrativas do Gênesis tornaram-se “apenas” mais um mito ao lado dos mitos de outras culturas antigas. No início do século 20, os estudiosos começaram a criticar o quanto exatamente certas crenças se encaixam dentro desse paradigma. Eventualmente, a visão acadêmica predominante se desviou do modelo linear, embora a interpretação da narrativa do Gênesis “apenas” como mais um mito da criação continue a prevalecer.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A razão disso? Há semelhanças óbvias entre Gênesis e outras histórias antigas e modernas das origens. Os estudiosos que mantêm esse ponto de vista têm apresentado as semelhanças como as características mais essenciais do Gênesis e as diferenças como aspectos secundários e não essenciais das narrativas. Mas e se isso for um equívoco? E se as diferenças forem os aspectos essenciais no Gênesis e na visão de mundo do Antigo Testamento? E se Gênesis e outras histórias do Antigo Oriente forem semelhantes da mesma maneira que minha minivan KIA e uma Ferrari são semelhantes? “Ei, ambas têm rodas e um volante, portanto, a Ferrari é ‘apenas’ um outro tipo de carro. Quer trocar?” Parece-me que em Gênesis, como na venda de automóveis, as diferenças são muito mais significativas do que as semelhanças.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">John Oswalt, professor de Hebraico e Estudos do Antigo Testamento no Seminário Teológico de Asbury, fez essa defesa recentemente em seu livro <i>The Bible Among the Miths</i> (A Bíblia Entre os Mitos). Ele se baseia em trabalhos mais antigos de G. E. Wright, da Universidade de Harvard, para apresentar sua tese, alegando que o trabalho de Wright ainda permanece como uma crítica eficiente da visão predominante.[5] Uma vez que os dados do Oriente Antigo não se alteraram significativamente em quase 70 anos, Oswalt afirma que a principal razão por trás da persistência da visão reducionista não são os dados em si, mas “convicções teológicas e filosóficas anteriores”, sustentadas por aqueles que militam nesse campo.[6] O livro é dividido em duas seções: a primeira discute a Bíblia e o gênero dos mitos antigos; a última discute a escrita da Bíblia e da história antiga. Embora ambos os temas sejam altamente relevantes para a apologética cristã, este último tem sido mais plenamente abordado em outros lugares e, assim, este artigo, em grande parte, se concentrará na primeira seção e suas implicações para a tarefa apologética.[7]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A primeira seção faz uma boa introdução para os vários significados contemporâneos de mito: o sentido etimológico, que salienta a “falsidade da coisa que está sendo descrita”;[8] o sociológico, que destaca se o grupo vê ou não algo como verdade, mas ignora ou não se a coisa é realmente verdade; o literário, que significa simplesmente uma certa maneira de escrever; o fenomenológico, que destaca as características comuns dos escritos que têm sido chamado de mitos. Oswalt passa a maior parte de sua escrita neste último significado, pois este é o sentido frequentemente utilizado em estudos bíblicos. Ele mostra que os defensores dessa visão procuram definir mito como aquilo que busca relacionar o natural com o humano, o ideal com o real, o pontual com o contínuo. Após a análise desses pontos de vista, ele conclui, mostrando que um dos aspectos essenciais de definições descritivas ou fenomenológicas do mito é o que ele chama de “continuidade” ou “correspondência”; “que todas as coisas são contínuas umas com as outras”.[9]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Esse pressuposto central de continuidade explica a quase universal atribuição antiga de características humanas ao mundo natural. Ele explica o quadro cíclico através do qual a maior parte do mundo antigo via a realidade, para não mencionar a crença de que a reconstituição dos mitos traz satisfação presente para aqueles que o reconstituem. Após essa análise, Oswalt faz esta afirmação provocativa sobre a relação da Bíblia com esse mundo dos mitos:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“Assim, o mito é uma forma de expressão, seja literária ou oral, em que as continuidades entre os reinos humano, natural e divino são expressas e concretizadas. Ao reforçar essas continuidades, o mito busca assegurar o funcionamento ordenado da natureza e da sociedade humana. O fato é que a Bíblia tem um entendimento completamente diferente da existência e das relações desses reinos. Como resultado, ela funciona de forma inteiramente diferente. Suas narrativas não convertem a realidade divina contínua fora do mundo invisível real em uma reflexão visível dessa realidade. Pelo contrário, são um ensaio dos atos não repetíveis de Deus em um tempo e espaço identificável, em concerto com os seres humanos [...] Sua finalidade é provocar escolhas e comportamentos humanos por meio da memória. Nada poderia estar mais longe do propósito de um mito. O que quer que seja a Bíblia, verdadeira ou falsa, ela não é mito.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Oswalt não acredita que a visão reducionista da Bíblia possa ser mantida, e argumenta apaixonadamente contra a ideia de ver a Bíblia como apenas mais um mito, primeiramente por descrever a perspectiva de continuidade que subjaz a outras literaturas do Antigo Oriente Próximo. Oswalt define a continuidade subjacente aos mitos como “a ideia de que todas as coisas que existem são partes umas das outras [...] sem distinções fundamentais entre os três reinos: a humanidade, a natureza e o divino”.[10] Tudo coexiste nessa visão de mundo. Os ídolos são símbolos dos deuses, mas, em um sentido muito real, são os deuses. Tempestades são a ação dos deuses. A reconstituição sexual humana da suposta atividade sexual dos deuses inspira a produção agrícola na realidade. Cada reino é contínuo e conectado. Nessa visão de mundo, “o criador de mitos racionaliza da realidade dada para o divino”.[11]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Oswalt dá uma variedade de características comuns de uma visão de mundo fundada na continuidade. Primeiro, essa visão enfatiza a realidade presente em detrimento do passado e do futuro. As histórias das origens não são contadas para enfatizar o que aconteceu, em si, mas para explicar a situação atual com sua complexidade de relações. Segundo, ela confunde a imagem e o real. Assim, o deus por trás do ídolo se confunde com a manifestação do deus na imagem do(s) ídolo(s). A fonte unificadora divina por trás dos deuses não pode ser facilmente distinguida da manifestação dos deuses. Terceiro, ela enfatiza símbolos naturais. A partir de uma perspectiva de continuidade, isso faz sentido, já que o que acontece na natureza representa e afeta tanto a esfera humana como a divina. Quarto, ela valoriza a magia. Oswalt define magia como a capacidade de “realizar algo no reino divino, [...] fazendo uma coisa semelhante no reino humano”.[12] Nessa perspectiva, a prostituição no culto dos povos do Antigo Oriente é uma afirmação teológica sobre a natureza da realidade. A ação sexual humana produzia prole e, em uma visão de mundo de continuidade, tal ação teria sido pensada para inspirar a ação sexual da divindade a fim de produzir a colheita. Finalmente, uma visão de mundo de continuidade inerentemente nega os limites. Uma vez que tudo se conecta e está inter-relacionado, não se pode esperar encontrar limites distintos entre as coisas. Portanto, não é surpresa encontrar prostituição, bestialidade, incesto e outros tipos de comportamento sexual, já que essa perspectiva inerentemente rejeita os limites.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Com base nessas características subjacentes a uma visão de mundo de continuidade, Oswalt apresenta as seguintes características do mito, tanto como deduções lógicas dessa cosmovisão quanto como características comuns de mito do Antigo Oriente: o politeísmo, a idolatria, a eternidade da matéria caótica, uma negação da personalidade individual, uma baixa visão do divino e do humano, a visão de conflitos como uma fonte de vida, a não existência de um padrão único para a ética e um conceito cíclico da existência. Cada uma dessas características provém claramente dos pressupostos subjacentes citados acima. Oswalt deixa claro que essa perspectiva não era apenas típica do Antigo Oriente, mas quase universal, incluindo os gregos e os romanos, os hindus e várias outras religiões asiáticas. Ele afirma que se “o homem pode descobrir a realidade última através da extrapolação de sua própria experiência [...] [então ele vai chegar], por todo o mundo, a um entendimento muito semelhante da realidade”.[13] Neste ponto, deve ficar claro que essas perspectivas não são universais, e as exceções são óbvias: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, cada qual a sustentar um entendimento radicalmente diferente da realidade. Mas de onde vem esse entendimento, senão de sua fonte de literatura comum, ou seja, a Bíblia hebraica?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nesse ponto, eu tenho que admitir um preconceito pessoal em favor da perspectiva de Oswalt. Sempre que começava a fazer estudos bíblicos, eu o fazia em uma conceituada universidade protestante. Os professores falavam de Gênesis como sendo mítico e compartilhando incontáveis características com os mitos do Antigo Oriente. Dessa forma, assumi a verdade de suas declarações. Devo admitir, porém, que foi chocante quando realmente comecei a ler a literatura do Antigo Oriente. As diferenças eram profundas e muitas das semelhanças sugeridas pareciam <i>ad hoc</i>. Considerando que eu podia entender algumas dessas semelhanças como polêmicas veladas contra outras literaturas do Antigo Oriente, ver as narrativas do Gênesis como uma progressão originária desses escritos parecia (e continua a parecer) impossível. Por quê? Oswalt faz um trabalho maravilhoso ao delinear a perspectiva do Antigo Testamento sobre as origens, para mostrar o quão distinta é essa visão de mundo em comparação com a visão de mundo de outros escritos do Antigo Oriente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Considerando que os mitos do Antigo Oriente projetam uma visão de mundo de continuidade, Oswalt argumenta que a Bíblia apresenta uma visão de mundo de transcendência e de revelação. Ele enumera as características comuns do “pensamento bíblico” como o monoteísmo, a iconoclastia, a prioridade espiritual sobre o material, uma criação através de processo, uma visão elevada de Deus e da humanidade, uma visão redefinida da ética sexual (dessacralização), a proibição de magia, uma demanda por obediência ética e a importância da interação de Deus com a humanidade na história. Claramente, essas distinções são incompatíveis com a visão de mundo de continuidade descrita acima. Cada uma delas decorre do pressuposto básico de que há um Deus transcendente, fora e além da criação, o que alguns teólogos chamam de distinção Criador-criatura. Esse Deus não pode ser manipulado por magia, nem pode ser representado por qualquer coisa dentro de Sua criação, quer seja um ídolo quer seja a própria natureza. Se Ele Se revelar, Seus comandos serão inalteráveis e definirão os limites para a existência dentro da criação, etc. Uma vez que a Bíblia hebraica fortalece essa visão de mundo, não é surpreendente ver que ideias típicas do Antigo Oriente, como o culto da fertilidade, a idolatria e a divindade de coisas finitas sejam totalmente rejeitadas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quais são as implicações dessas distinções de Oswalt para a apologética cristã? Primeiro, chamar as narrativas do Gênesis de mito requer redefinir o termo “mito” de uma forma que o torna de nenhum valor. Em segundo lugar, isso significa que as diferenças entre a Bíblia e os mitos do Antigo Oriente são mais relevantes do que as semelhanças. Oswalt mostra que há muitas semelhanças, mas há descontinuidade na forma como essas formas, ideias semelhantes são usadas entre a Bíblia hebraica e literatura do Antigo Oriente. Ele diz: “[A Bíblia] não é única porque não faz parte do seu mundo, nem é única porque seus escritores eram incapazes de relacionar aquilo que eles dizem com seu mundo. [...] Ao contrário, ela é única justamente porque, sendo uma parte de seu mundo e utilizando conceitos e formas de seu mundo, pode projetar uma visão da realidade diametralmente oposta à visão desse mundo.”[14]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(<a href="http://www.apologetics315.com/2013/01/book-review-bible-among-myths-by-john.html" target="_blank">Apologetics 315</a>; G. Kyle Essary é apaixonado pelo estudo das Escrituras, especialmente do Antigo Testamento. Ele e sua família vivem no sudeste da Ásia, onde se esforçam para servir Àquele para quem o Antigo Testamento aponta. Traduzido e publicado no blog <a href="http://lerpracrer.wordpress.com/2013/03/17/a-biblia-entre-os-mitos-que-diferenca/" target="_blank">Ler Para Crer</a>)<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Referências:<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">1. Há uma série de livros que desconstroem esse tipo de reducionismo, alguns remontando ao início do século 20, como os clássicos <i>The Everlasting Man</i>, de G. K. Chesterton, e <i>The Abolition of Man</i>, de C. S. Lewis. Contribuições mais recentes têm praticamente eliminado qualquer plausibilidade do autêntico reducionismo materialista. Ver, por exemplo, <i>Mind and Cosmos</i>, de Thomas Nagel, ou <i>Darwin’s Pious Idea</i>, obra magistral de Conor Cunningham. Um de meus favoritos é <i>Life is a Miracle</i>, de Wendell Berry.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">2. Postagem no blog de Rachel Held, “Can God speak through myth?” (Pode Deus falar através de mito?), encontrada em: <a href="http://rachelheldevans.com/blog/bible-myth" target="_blank">http://rachelheldevans.com/blog/bible-myth</a><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">3. Peter Enns era abertamente evangélico no momento da publicação de seu livro, mas desde então tem adotado uma postura mais agnóstica em relação a muitas doutrinas evangélicas, rejeitando outras. Seu ponto de vista atual parece ser mais bem definido como pós-evangélico, embora tal classificação seja bastante abrangente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">4. O pensamento seguiu em grande parte a perspectiva conjecturada de Nietzsche em <i>On the Genealogy of Morality</i> (Sobre a Genealogia da Moral). Para a Escola, e para Nietzsche, as origens da religião e da moralidade dos escravos estão intimamente ligadas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">5. O livro de Wright, <i>The Bible Against Its Environment</i> (A Bíblia Contra seu Ambiente), critica a ideia evolutiva, defendendo a unicidade do texto bíblico e sua visão de mundo contra outras literaturas e perspectivas do Antigo Oriente Próximo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">6. João Oswalt, <i>The Bible Among the Myths</i> (A Bíblia Entre os Mitos), Kindle ed. Harper Collins, 2010, loc. 101. As histórias de criação do Antigo Oriente Próximo da “biblioteca” ugarítica foram encontradas principalmente entre 1928 e 1958; o Enuma Elish foi encontrado em 1849, assim como também o Atrahasis; a Epopeia de Gilgamesh, em 1853, com muitas das histórias egípcias sendo conhecidas ainda mais cedo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">7. Uma contribuição recente que vale a pena ler é <i>Do Historical Matters Matter to Faith?</i> (Questões Históricas Importam Para a Fé?), editado por James Hoffmeier e Dennis Magary.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">8. Oswalt, loc. 406.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">9. Ibid., loc. 579.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">10. Ibid., loc. 660.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">11. Ibid., 700.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">12. Ibid., 782.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">13. Ibid., loc. 893. Alguns têm argumentado recentemente que o ateísmo contemporâneo também se encaixa nesse paradigma contínuo, em que a matéria é eterna e caótica (sem finalidade última originária, como uma bolha no vácuo quântico), e os poderes da realidade são reduzidos às forças brutas da natureza. Ver este artigo recente de Ben Suriano, “On what could rightly pass for a fetish (Sobre o que poderia passar certamente por um fetiche), encontrado <a href="http://theotherjournal.com/2008/08/19/on-what-could-quite-rightly-pass-for-a-fetish-some-thoughts-on-whether-%E2%80%9Cevery-christian-should-%E2%80%98quite-rightly-pass-for-an-atheist%E2%80%99%E2%80%9D/" target="_blank">aqui</a>. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 24px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">14. Ibid., loc. 1.700.</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>Leia também:</b> <a href="http://www.criacionismo.com.br/2010/06/jesus-um-plagio.html" target="_blank">"Jesus Cristo: um plágio?"</a></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-82041481397051998262013-03-17T18:01:00.000-03:002013-03-17T18:01:55.286-03:00Profecia não cumprida?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBU2Pav4QN6xcKMcDWA19LSBCWMbPSFY8WaJOZf7OdwFH5d-oMw5X3SzZ9LAf4OSvyodNbetaxGnnTbo4xx66p4PKJYPoL-nUZDzolKqelOOp_W0wTgwlzIhvFOMk9FZQYwExv/s1600/damasco.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBU2Pav4QN6xcKMcDWA19LSBCWMbPSFY8WaJOZf7OdwFH5d-oMw5X3SzZ9LAf4OSvyodNbetaxGnnTbo4xx66p4PKJYPoL-nUZDzolKqelOOp_W0wTgwlzIhvFOMk9FZQYwExv/s200/damasco.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“A
cidade de Damasco vai ser suprimida do numero das cidades, será reduzida a ruínas
abandonada para sempre” (Isaías 17:1). Essa profecia foi feita há mais de dois
mil anos, mas isso jamais aconteceu. Como entender esse texto? – B.</b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Resposta: <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
profecia de Isaías 17:1 tem que ser entendida em seu contexto histórico. Ela
faz parte de uma série de oráculos dados desde Isaías 13:1 e direcionados
primeiramente contra Israel. A alusão às nações vizinhas (Babilônia, Síria,
Moabe, Etiópia e Tiro) é circunstancial. Israel se filiou a essas nações e o
profeta diz que elas não reterão seu poder para sempre. Na época (estamos
falando do 8º século a.C.), essas nações rivalizavam no poder,
digamos, “global” (note, global para a época e contexto do Oriente Médio, não
no sentido de “globalizado” que temos hoje). Eram como os EUA e URSS, na época
da Guerra Fria. Contra elas estavam o grupo do Egito, Assíria e os
Hititas (que, aliás, tiveram um <a href="http://noticias.terra.com.br/ciencia/arqueologos-descobrem-construcoes-do-seculo-17-ac-no-sinai,9eb6e907b2b6d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html">sítio
encontrado recentemente no Egito</a>). Pois bem, Israel juntou-se com a Síria
para atacar seus próprios irmãos da Judeia (estes, por sua vez, se ajuntariam
com a Assíria, mas isso é outra história). Então Isaías diz que aquelas nações
em redor não durariam para sempre e Damasco (o texto específico de 17:1) “deixaria
de ser cidade”. Veja, essa é uma expressão idiomática. “Deixar de ser cidade”, “deixar
de ser povo” não significa, no hebraico, uma “extinção literal”, mas perda de <i>status</i> político. Pode-se consultar
hebraístas que eles confirmarão isso. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Poderíamos
parar por aqui, apenas afirmando que, de fato, a antiga Damasco, que era uma
espécie de Washington DC para a política da época, hoje não é nada. Mas e o
resto do verso, que diz “será reduzida a ruínas”? Ali Isaías estava
profetizando o iminente ataque dos Assírios (que de fato aconteceu em 722 a.C.)
e não que a cidade nunca mais seria reconstruída. Veja que o texto não diz
isso! Ademais, algumas expressões de retórica aniquilacionista são
hiperbolicamente usadas também em outros documentos do Antigo Oriente Médio.
Por exemplo, a Estela de Merneptah, que está no Museu do Cairo, fala do Ataque
do Faraó a várias nações (entre elas Israel) e termina dizendo “tal cidade foi
devastava, sua semente não mais existe”, e todas as cidades ainda estavam de pé
quando a Estela foi levantada. Ela apenas falava assim para expressar a
vitória. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas
atenção! Não se trata de uma mentira. Não é que os egípcios (e a Bíblia) tenham
mentido ao dizer que a cidade foi arrasada quando, na verdade, ela ainda
continuava de pé. Qualquer cidadão que lesse os textos e visse a cidade
derrotada ainda existindo não pensaria que o texto era mentiroso. Ele
compreendia a hipérbole. Como hoje dizemos: “O time A acabou com o time B no
campeonato Paulista.” Ora, o verbo “acabar”, no dicionário, quer dizer “dar fim”,
“terminar”. Mas, na linguagem figurada, isso não significa que o outro time tenha
deixado de existir. Entender isso literalmente é não compreender o contexto em
que a linguagem foi dada. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i>(Dr. Rodrigo Silva)</i> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-34286629242479802092013-02-13T13:24:00.000-02:002013-02-13T13:24:18.308-02:00O papado e a profecia de Apocalipse 17<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbZw_FaTwo3_Cg2OkNVpO4SayAcqz6Mxrd1nQhHEoi8zGZv33JLUaCYM_b16nESH2k8scOH673F7ViyM9BXC2A4tvGNPckjlh5LqpngN5RdLB2QkEwe0SYMrmn67Q8e65_PTmS/s1600/meretriz3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbZw_FaTwo3_Cg2OkNVpO4SayAcqz6Mxrd1nQhHEoi8zGZv33JLUaCYM_b16nESH2k8scOH673F7ViyM9BXC2A4tvGNPckjlh5LqpngN5RdLB2QkEwe0SYMrmn67Q8e65_PTmS/s200/meretriz3.jpg" width="200" /></a></div>
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Como entender a
profecia de Apocalipse 17:9-11?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Vem sendo apresentada em nossas igrejas uma abordagem
profética de Apocalipse 17:9-11 distinta da linha tradicional historicista de
interpretação que, por anos, sustentamos. O texto contém a explicação dada pelo
anjo a João, das sete cabeças da besta escarlate: “Aqui está o sentido, que tem
sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada.
São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não
chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é,
também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” A
abordagem tenta identificar os sete reis aí referidos, e é de fato uma interpretação
da interpretação feita pelo anjo, esta, sem dúvida, com o aval divino, o que
não se pode garantir quanto àquela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A mulher é identificada, no verso 18, como a cidade que
domina sobre a Terra. Por implicação, temos que admitir que Roma está sendo
referida. Esse fato é confirmado na interpretação do anjo, quando ele afirma
que as sete cabeças da besta “são sete montes, nos quais a mulher está
assentada”. Que Roma é a cidade das sete colinas não é novidade para ninguém.
Mas, e quanto aos sete reis, também representados pelas sete cabeças?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Segundo essa abordagem, os sete reis são os sete papas que
governam a Igreja Católica a partir de 11 de fevereiro de 1929, quando o
Cardeal Gasparri e Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão, estabelecendo
o Estado do Vaticano e assegurando à Santa Sé independência absoluta e
soberania de caráter civil e político. A abordagem se fundamenta em três
premissas básicas: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">1. A cura da ferida mortal requer a volta ao papa da
soberania religiosa e secular, tal como ele detinha antes de receber a ferida.
Assim a ferida começou a ser curada em 1929.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">2. O contexto de tempo de Apocalipse 17 é este final de
milênio, pois desde 1929 passaram cinco papas. A Igreja hoje é conduzida por
João Paulo II, o “sexto rei” da profecia. [Este artigo foi escrito em 1999;
portanto, segundo essa compreensão da profecia, Bento XVI seria o sétimo rei.]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">3. O sucessor de João Paulo II deverá “reinar” por “pouco
tempo”, não porque morrerá logo, mas porque convidará o “oitavo rei” a que ocupe
o trono do Vaticano. O “oitavo rei” é o diabo, personificando Jesus.
Obviamente, o papa não continuará conduzindo a Igreja se aquele que ele pensa
tratar-se de Jesus, o fundador dela, está presente pessoalmente e visivelmente
no mundo. Esse oitavo papa naturalmente contará com a admiração e sujeição do
mundo todo, e o levará finalmente a combater a igreja remanescente na intenção
de destruí-la na batalha do Armagedon.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">O assunto é explorado pelo Dr. Robert N. Smith Jr.,
adventista leigo do Texas, em seu livro <i>The
Sixth King – “666” and The New World Order</i>, obra publicada em 1993. Outros
autores norte-americanos, todavia, se anteciparam ao Dr. Smith Jr., entre eles
o Dr. Robert Hauser, da Califórnia, autor de <i>Give Glory to Him – The Sanctuary in the Book of Revelation</i>,
publicado dez anos antes. Os referidos autores participam de ministérios
independentes na América, alguns dos quais operam à revelia da organização
adventista, e livros dessa natureza, em geral, não contam com o apoio oficial
da Igreja, havendo razões para isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Algumas inquietudes <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Podemos, por exemplo, imaginar a reação imediata a essa
interpretação: muito interesse, excitação, e até mesmo alvoroço. Afinal, não
podemos esperar outra coisa, considerando que: (1) o atual papa [João Paulo II],
com quase 80 anos, está com a saúde muito debilitada e poderá morrer a qualquer
momento; (2) segundo a interpretação, o próximo papa vai durar pouco [o que
ocorreu de fato], e será o último antes de o diabo contrafazer a volta de
Jesus; e (3) quando tal contrafação acontecer, a porta da graça seguramente já
terá sido fechada. Fascinante!!!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Mas há questões que precisam ser encaradas: É de excitação
que necessitamos, ou de um reavivamento que nos leve a uma completa consagração
a Deus? Considerando que os proponentes dessas “novas luzes” acabam
reinterpretando períodos proféticos (tais como os 1.260, 1.290 e 1.335 dias de
Daniel 12), com uma aplicação futurista (portanto, contrariando o critério
historicista adotado pela Igreja), aplicação que os leva automaticamente a
tentativas de cálculo do tempo para a volta de Jesus, seria correto que os
líderes da Igreja aplaudissem essas interpretações e escancarassem as portas
para acolhê-las? Não é verdade também que esses proponentes geralmente criticam
a organização e nossos pastores, afirmando que são negligentes por ocultar ao
povo as “verdades”? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">E no que respeita à interpretação propriamente dita, conta
ela com um claro “assim diz o Senhor”? Se sim, onde se encontra? Se não, é um
risco a Igreja acatar como verdade a interpretação meramente humana de uma
profecia ainda por cumprir. E depois, se os fatos tomam outra direção, como
fica a Igreja? Que desculpa dará ao mundo e aos próprios membros, pelos
equívocos da mensagem anunciada? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">E as interpretações alternativas? Não deveriam igualmente ser
consideradas? São os proponentes da “nova interpretação” os donos da verdade? É
toda ela coerente com o sentido geral das profecias bíblicas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A trajetória papal
desde 1798 <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Um breve levantamento de fatos que marcaram a trajetória do
papado, desde que a ferida mortal de Apocalipse 13:3 foi aplicada, ajuda-nos a
notar a evolução da cura. Entendemos que a ferida se deu em 20 de fevereiro de
1798, quando Bertier, a mando de Napoleão Bonaparte, aprisionou Pio VI e o
desterrou. Pio VI morreu no exílio no ano seguinte. A Igreja Católica ficou sem
um chefe supremo até 14 de março de 1800, quando o conclave de Veneza apontou
um novo papa, Pio VII, que governou até 20 de agosto de 1823.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Embora o primado de Pio VII tenha sido marcado por altos e
baixos, é possível entrever na posse do novo papa o começo da recuperação do
poder antes desfrutado pelo mandatário da Igreja, recuperação profeticamente
conhecida como <i>a cura da ferida mortal</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Em 15 de agosto de 1801, Pio VII assinou a concordata com
Napoleão, garantindo o restabelecimento da Igreja na França, embora submissa ao
Estado. Em 2 de dezembro de 1804, o papa esteve presente em Paris para a
proclamação de Napoleão como imperador da França. Foi aprisionado em Roma, em
1809, e retido em Savona e Fontainebleau. Retornou, porém, para Roma em 1814,
exatamente quando Napoleão era obrigado a renunciar à coroa. No ano seguinte,
no congresso de Viena, foram recuperados os Estados pontificais, antes anexados
à França por Napoleão. O papa, assim, voltava a exercer igualmente o poder
temporal de que estava investido desde 756, quando Pepino o Breve, rei dos
Francos, doou à Igreja o conhecido patrimônio de São Pedro, mais tarde também
reconhecido por Carlos Magno. Esse patrimônio reunia dois Exarcados: o de
Ravena e o de Pentápole. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">De 28 de agosto de 1823 a 10 de fevereiro de 1829, Leão XII
assumiu o governo da Igreja, e estabeleceu concordatas com vários países, entre
eles a Alemanha, a Suíça e a Holanda, todos protestantes. Os dois papas seguintes,
Pio VIII e Gregório XVI, combateram determinadas pressões anticlericais, como a
maçonaria e o liberalismo. Pio IX acabou perdendo os estados pontificais em
1870 com a derrota das tropas papais para os piemonteses que lutavam pela
unificação da Itália. A partir desse ano, o poder temporal do papa esteve
restringido ao palácio do Vaticano. Pio IX, e os quatro papas seguintes, Leão
XIII, Pio X, Benedito XV e Pio XI, passaram então a ser considerados
virtualmente prisioneiros do Vaticano, até que em 11 de fevereiro de 1929,
através do Tratado de Latrão, ficava estabelecido o Estado do Vaticano, e
concedia-se à Igreja, através da concordata italiana, plenos direitos de
cooperação e participação na vida militar, social e na educação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Devemos notar que mesmo os papas que foram considerados
prisioneiros do Vaticano exerceram decidida influência não só na Igreja mas
também no mundo. Leão XIII empenhou-se na restauração do prestígio da Igreja
por uma tomada de posição em favor da classe operária e da abolição da
escravatura. Buscou também a plena reconciliação com a França. Benedito XV, com
seu denodado esforço de intermediar com as nações em conflito na I Grande
Guerra, promoveu a troca de prisioneiros e incentivou, com a encíclica <i>Pacem Dei</i>, de 23 de maio de 1920, a
reconciliação entre beligerantes. Isso pode significar que a ferida mortal não
passou a ser curada apenas a partir de 1929. Nesse ano foi dado um
importantíssimo passo no processo de cura, que, entretanto, foi iniciada antes.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Após o Tratado de Latrão, a Igreja se envolveu mais e mais em
assuntos sociais. Em 1931 e 1937, Pio XI emitiu as encíclicas <i>Non abbiamo bisogno</i> e <i>Mit brennender Sorge</i>, em que condenou os
abusos do fascismo e do nazismo, embora tivesse abençoado as tropas italianas
que partiam para a guerra em apoio à Alemanha. Também em 1937 foi lançada a
encíclica <i>Divini Redemptoris</i>, em que
o comunismo foi condenado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Pio XII revelou-se um profundo conhecedor dos problemas
internacionais, pronunciando vários discursos sobre questões de natureza
social. João XXIII se destacou pela convocação do Concílio Vaticano II, em que
a união da cristandade foi um ponto de referência. A partir especialmente de
João XXIII, a Igreja adquiriu uma feição renovada e moderna, em que o antigo
radicalismo cedeu lugar a um sentimento de tolerância e abertura a grupos não
católicos, inclusive os de fora da cristandade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Paulo VI deu continuidade ao plano de expansão da atuação
católica no mundo, e a abertura proposta pelo referido Concílio, enquanto que o
papa seguinte, João Paulo I, não teve tempo de atuar, pois permaneceu no poder
de 21 de junho a 6 de agosto de 1978, apenas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Finalmente, o papa atual [em 1999], João Paulo II, desde 16
de outubro de 1978, tem-se tornado o Estadista dos Estadistas. Polonês de nascimento,
seu primado, sem sombra de dúvida, contribuiu substancialmente para o fim do
império soviético. Cada vez mais reconhecido em todo o mundo pelas famosas “peregrinações”,
suas viagens a diversos países, incluindo a nação mais protestante do mundo, os
Estados Unidos, ele, com seu carisma, tem-se imposto como um elemento de
impacto, movendo a opinião pública, e incentivando profundas reformas de
caráter político, social e religioso, que [priorizaram] o homem, seus valores e
direitos. Não é por mero acaso que, mesmo governantes não cristãos, como Saddam
Hussein, do Iraque, busca[ra]m o apoio e a intermediação papal em assuntos
internacionais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">[Era] visto como o líder mundial por excelência, que encarna[va]
os anseios e direitos dos oprimidos, e [tinha] possíveis respostas para as
inquietações de uma sociedade cada vez menos segura de seu destino. E tudo sem
o mínimo afastamento das prerrogativas que a Igreja tradicionalmente advoga e
sustenta, e que exigem uma unidade de pensamento e ensino teológico, e também o
reconhecimento. A Igreja apenas se adapta a uma nova realidade, mas continua
sendo o que sempre foi: a única, da qual membros de outras agremiações são
apenas irmãos separados, que devem ser reconduzidos à liderança do único
pastor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Daí o empenho pela união da cristandade, tão claramente
definida na encíclica <i>Ut unun sint</i>,
para cuja efetivação a guarda do domingo seria um fator primordial e
imprescindível, como se observa nas entrelinhas de sua <i>Carta Apostólica Dies Domini</i>. E da união cristã, partir então para
a união fraterna do mundo, para o que João Paulo II [propôs], no grande jubileu
que [marcou] a abertura do terceiro milênio, uma coalizão de forças. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">“Nova interpretação”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A interpretação que aponta o papa [João Paulo II] como o
sexto rei de Apocalipse 17:9 e 10 exige, para ser correta, que o processo de
cura da ferida mortal comece em 1929. É crido que isso aconteceu,
considerando-se que o Tratado de Latrão proveu a formação do Estado do
Vaticano, e consequentemente a volta do poder temporal ao papa, e que isso é um
passo decisivo inicial para conduzir o papado ao domínio do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Mas essa ideia esbarra no fato de que a cura restaura uma
supremacia que não implica necessariamente a posse do poder temporal, já que a
mesma, anteriormente exercida por 1.260 anos, de 538 a 1798, nem sempre contou
com esse tipo de poder. De fato, o papado obteve o poder temporal, como já se
viu, só em 756. Em outras palavras, por quase 220 anos, exatamente de 538 a
756, o papado exerceu a supremacia sem contar com o poder temporal. Por que,
então, seria necessário agora, para se iniciar o processo de recuperação da
supremacia perdida, que o poder temporal fosse reassumido? Assim, é
questionável que o processo tenha se iniciado em 1929. Seria mais natural
admitir que isso tenha acontecido com a ascensão de Pio VII, em 1800.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Ademais, Pio VII retomou os estados pontificais em 1815. Por
que então não adotar esse ano em lugar de 1929? Seria porque em 1870 o papado
tornou a perder o poder temporal? Nesse caso, de quantas feridas mortais nos
fala a profecia? Uma, duas, quantas? E teria ocorrido o começo de um segundo
processo em 1929? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Além disso, parece que Ellen G. White via em andamento, já em
seus dias, o processo da cura. Ela escreveu em 1888: “A influência de Roma [...]
está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu
poder: [Apocalipse 13:3 é citado]. A inflição da chaga mortal indica a queda do
papado em 1798. Depois disto, diz o profeta: [a segunda parte de Apocalipse
13:3 é citada]. Paulo declara expressamente que o homem do pecado perdurará até
ao segundo advento (2Ts 2:8). Até mesmo ao final do tempo prosseguirá com a sua
obra de engano. E diz o escritor do Apocalipse, referindo-se também ao papado:
‘Adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão
escritos no livro da vida’ (Ap 13:8). Tanto no Velho como no Novo Mundo o
papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que
repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma. [...]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">“Nos acontecimentos que ora estão a ocorrer, percebe-se
rápido progresso no sentido do cumprimento da profecia. Com os ensinadores
protestantes há a mesma pretensão de autoridade divina para a guarda do
domingo, e a mesma falta de provas bíblicas, que há com os chefes papais. [...]
A asserção de que os juízos divinos caem sobre os homens por motivos de
violarem o repouso dominical será repetida. Já se ouvem vozes nesse sentido. E
o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando
terreno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">“A sagacidade e astúcia da Igreja de Roma são surpreendentes.
Ela sabe ler o futuro. Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes
lhe estão prestando homenagem com o aceitar do falso sábado, e se preparam para
impô-lo pelos mesmos meios que ela própria empregou em tempos passados” (<i>O Grande Conflito</i>, p. 578, 579). Os
meios que ela empregou no passado são a força do poder civil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Os tempos são solenes <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">O decreto dominical culminará na cura da ferida. Algumas das
organizações protestantes que já propuseram ou estão hoje propondo uma
legislação dominical de caráter civil nos Estados Unidos, são: National Reform
Association (Associação Nacional de Reforma), International Reform Bureau
(Associação Internacional de Reforma), e Lord’s Day Alliance of Christ in
America (Aliança Cristã do Dia do Senhor na América).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Certas entidades de direita, como Christian Coalition
(Coalizão Cristã) e Focus on the Family (Focalizando a Família), cada vez mais
se empenham junto ao governo pelo apoio a projetos de natureza sócio-religiosa.
Para alguns, o ideal seria uma vinculação Igreja/Estado, para que as demandas
fossem efetivamente atendidas e cumpridas. Se isso acontecer, não há dúvida, o
cumprimento, por força de lei, de deveres religiosos, incluindo a observância
do domingo, se tornará logo uma realidade. Os dias atuais, no que respeita às
previsões proféticas, são de solene importância. Estejamos atentos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Como, então, encarar essa nova linha de interpretação dos
sete reis? Não com incredulidade. Mas também não com entusiasmo tal que a
consideremos uma verdade infalível. O próprio Dr. Smith Jr. recomenda cautela: “A
inspiração tem estado silente quanto à identificação das sete cabeças.
Absolutamente não existe indicação alguma de que essas cabeças representam
nações ou indivíduos dentro de um sistema organizado de forças antideus. É
imperativo, portanto, que procedamos com cautela em qualquer tempo em que
venhamos predizer uma profecia não cumprida. Ninguém pode fazer uma declaração
dogmática sobre o que está para vir” (<i>The
Sixth King</i>, p. 120).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Não nos esqueçamos de que essa nova interpretação é, para
todos os efeitos, uma simples hipótese e nada mais que isso; só o tempo a
comprovará como verdade ou equívoco. Se lhe fecharmos o coração e ela
finalmente for comprovada, poderemos nos prejudicar. Mas se a anunciarmos aos
quatro ventos como verdade e então se comprovar que ela foi um grande equívoco,
será uma pedra de tropeço. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A Igreja e o mundo não precisam nem de alarmismo nem de
sensacionalismo. Afinal, temos tantas verdades que contam com um claro “assim
diz o Senhor”, e que devem ser estudadas e proclamadas, que qualquer empenho
com simples hipóteses é simplesmente irrelevante. E vivamos de tal forma que,
se Cristo vier amanhã, ou ainda hoje, louvado seja o Seu nome. Estejamos
prontos para saudá-Lo e para nos reunir com Ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">O tempo para o qual a visão
se aplica <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Há claros indícios de que a profecia de Apocalipse 17 se
cumpre nos dias finais:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">1. É um dos sete anjos que portam as sete pragas que se
comunica com João (v. 1). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">2. A visão alude a um evento escatológico, o “julgamento” da
meretriz (v. 1). Devemos notar que a palavra grega para julgamento aqui é <i>kríma</i>, que significa “sentença, veredito”,
em contraste com <i>krísis</i>, “juízo”, em
Apocalipse 18:10, que se aplica mais à execução do julgamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Naturalmente, a sentença vem antes da execução. A primeira é
dado algum tempo antes da volta de Jesus, através do juízo investigativo
iniciado em 1844. Entendemos que nesse ano começou o julgamento do povo de Deus
e não dos poderes iníquos, mas não devemos esquecer que a absolvição dos santos
resulta em simultânea condenação de seus opressores. Apocalipse 18:24 diz que
em Babilônia “se achou sangue de profetas, de santos, e de todos os que foram
mortos sobre a terra”. A expressão “se achou” evoca a ideia de um juízo
investigativo, a exemplo de Daniel 12:1 e Apocalipse 20:12 (ver <i>O Grande Conflito</i>, p. 480-482).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A execução da sentença contra a mulher, no contexto desse
capítulo, é dada imediatamente antes da volta de Jesus (v. 16). Talvez
devêssemos considerá-la uma execução preliminar, já que é no fim do milênio que
o mundo ímpio será definitivamente destruído (Ap 20:9).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">3. O pleno domínio das nações da Terra, por parte da besta,
no capítulo 13 (o que corresponde, no capítulo 17, à mulher assentada “sobre
muitas águas”, ou cavalgando a besta escarlate, veja o tópico seguinte) ocorre
com a cura da ferida mortal (v. 3, 7, 8), tornada possível com o auxílio da segunda
besta (v. 12-17). Esta representa a maior nação protestante do mundo, os
Estados Unidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A ferida mortal foi aplicada no papado em 1798, ao Bertier,
sob Napoleão Bonaparte, aprisionar Pio VI, como vimos. Considerando que o
romanismo ainda não tem o domínio total das nações, temos que convir que a cura
completa aguarda pelo futuro próximo. Apocalipse 17:8 afirma que a besta “era”
(indica o papado como elemento perseguidor antes de 1798), “não é” (indica o
papado impossibilitado de exercer um domínio opressor durante o tempo em que a
ferida mortal não está totalmente curada), “mas aparecerá” (indica o governo
papal plenamente restaurado, de posse agora do domínio mundial e exercendo
novamente o poder de perseguição).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">4. É-nos dito também que a besta “está para emergir do abismo”
(v. 8). Há dois modos de interpretarmos essa afirmação: o primeiro é
considerá-la na perspectiva da cura da ferida mortal, o que estabeleceria o
ponto focal de tempo do cumprimento profético como aquele que antecede
imediatamente a restauração papal. O segundo será referido adiante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">5. A mulher é identificada como “a mãe das meretrizes” (v.
5). Se a mulher representa o poder religioso romano, suas “filhas”, também
mulheres, devem representar outros sistemas religiosos que, no contexto desta
profecia, se lhe submetem e a apoiam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Na verdade, várias dessas “filhas” nem sempre foram filhas,
pois houve uma época em que o protestantismo era fiel ao seu legado. É a partir
do verão de 1844, quando a segunda mensagem angélica (“caiu, caiu Babilônia”)
começou a ser pregada (ver <i>O Grande
Conflito</i>, p. 602), que as igrejas evangélicas nominais passam a se desviar
da verdade, apostatam e acabam finalmente se submetendo ao domínio maternal de
Babilônia. Sabemos que uma combinação de espiritismo, protestantismo apostatado
e catolicismo (com a provável adesão de outras forças religiosas da Terra, como
o judaísmo, o islã e religiões do extremo oriente) em apoio ao papado
concorrerá para a culminação da cura da ferida mortal. Isso resultará na
supremacia romana com força total, isto é, de forma muito mais ampla que aquela
que ocorreu antes que a ferida mortal fosse aplicada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">6. Finalmente, a besta de Apocalipse 17, representando as
nações da Terra sobre as quais o poder romano religioso efetivará seu poder
político, não se assemelha apenas à primeira besta do capítulo 13, mas também
ao dragão do capítulo 12. Enquanto a besta semelhante ao cordeiro, a segunda do
capítulo 13, seduz o mundo todo a que façam “uma imagem à [primeira] besta” (v.
14), identificada como imagem da besta no verso 15 e em Apocalipse 14:9, 15:2,
16:2, 19:20 e 20:4, é evidente que as nações do mundo só serão semelhantes ao
dragão quando a porta da graça se fechar, pois só aí a humanidade estará
dividida em dois grupos: os salvos, que refletirão plenamente a imagem de
Jesus, e os perdidos, que refletirão plenamente a imagem de satanás. Isso será
assim, mesmo porque a imagem da besta é na realidade a imagem do dragão. Formar
a imagem de um é, na verdade, formar a imagem do outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Portanto, a visão do capítulo 17 aponta especificamente para
o tempo do fim como ocasião do seu cumprimento, com ênfase no momento em que o
poder representado pela primeira besta de Apocalipse 13, plenamente
restabelecido de sua ferida mortal, domina sobre os reinos da Terra, agora
desfigurados na imagem do dragão e comportando seu caráter.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Não deveríamos, entretanto, radicalizar o aspecto de tempo da
profecia, julgando que nada do que é dito em Apocalipse 17 se aplique à época
do escritor. Talvez a melhor atitude seria considerar o tempo com duas
aplicações, uma ligada à transmissão da profecia, e outra ao seu cumprimento.
Parece impróprio, por exemplo, que a declaração do verso 18 não deva ser
entendida na perspectiva da época do profeta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Identificação da besta
e da mulher <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A descrição dessa besta é praticamente idêntica à do dragão
do capítulo 12 e da besta semelhante ao leopardo do capítulo 13, com apenas uma
aparente diferença: os chifres da besta do capítulo 13 estão ornados com
coroas, o que não é dito da besta do capítulo 17. Todavia, o anjo, neste
capítulo, interpreta esses chifres como sendo “dez reis” que exercerão
autoridade com a besta por um tempo bastante curto (v. 12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Embora a não menção de coroas no capítulo 17 possa comportar
algum significado profético específico (alguns acham que isso seria um indício
de que o regime político que caracterizará o maior número de nações no final da
História será a democracia), seria normal considerar o detalhe das “coroas”, em
13, como estando em paralelo com o detalhe dos “reis”, em 17. Quanto ao dragão
do capítulo 12, as coroas aparecem sobre as cabeças e não sobre os chifres,
como em 13. Mas devemos notar que o anjo do capítulo 17 igualmente interpreta
as cabeças como “reis” (v. 9), o que estabeleceria o mesmo paralelo. Além do
mais, “vermelho”, a cor do dragão em 12:3, estaria em paralelo com “escarlate”,
a cor da besta em 17:4.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A identificação do dragão é dada pelo próprio Apocalipse. Ele
é “a antiga serpente, que se chama diabo e satanás” (12:9). Tradicionalmente,
temos interpretado a primeira besta do capítulo 13 como uma figuração profética
do sistema romano de governo eclesiástico, especificamente o papado. A besta do
capítulo 17, a nosso ver, aponta basicamente para o próprio Satanás em
distintas manifestações que vão desde a forma mais usual, através de
indivíduos, regimes religiosos e políticos, e nações, que se consagram ao seu
serviço, até o clímax da manifestação pessoal e direta. Na verdade, a
manifestação de Satanás quando velada em seu verdadeiro caráter, aparece na
forma de bestas, e quando declaradamente demoníaca, na forma de dragão. Por
exemplo, no fim do milênio, apenas o dragão estará de volta. Nenhuma besta
marcará presença porque a volta de Jesus, ocorrida mil anos antes, terá
desmascarado toda a pretensão e forma velada de engano utilizadas por Satanás
em seus seis mil anos de domínio na Terra. É por isso que é declarado que “a
besta e o falso profeta” (o mesmo poder representado pela segunda besta do
capítulo 13) são lançados no lago de fogo por ocasião da segunda vinda, e não
no fim do milênio (Ap 19:21).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Inicialmente, a besta do capítulo 17 representa as diferentes
nações que compõem o imenso mar da humanidade, e que, num futuro não muito
distante, estarão sendo conduzidas pelo poder religioso representado pela
mulher cavalgando a besta. Essa conclusão naturalmente emerge quando alguns
pontos desse capítulo são considerados:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">1. É dito que a mulher se assenta “sobre muitas águas” (v.
1).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">2. Somos informados de que essas águas representam “povos,
multidões, nações e línguas” (v. 15).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">3. Ao João ser transportado em visão “a um deserto” para ver
o que o anjo disse que veria, isto é, uma mulher assentada “sobre muitas águas”,
ele vê, sim, uma mulher, mas assentada sobre uma “besta escarlate” (v. 3).
Logo, a besta desse verso está em paralelo com “muitas águas”, dos versos 1 e
15. Vista por esse ângulo, a besta significa o que águas significam, a
humanidade dividida em “povos, multidões, nações e línguas”, unidos sob um
poder maligno. E nesse tempo, como já vimos, as nações serão o reflexo de
satanás.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">4. Na visão, a mulher aparece conduzindo a besta, pois a está
cavalgando (o que corresponde à mulher assentada sobre muitas águas). Na
interpretação o anjo diz que a mulher é “a grande cidade que domina sobre os
reis [reinos] da terra” (v. 18). Observe que o verbo “dominar” aparece no
presente do indicativo, “domina”. Se perguntarmos qual era a cidade que reinava
sobre as nações da Terra quando o Apocalipse foi escrito, uma só resposta é
possível: Roma. E se Roma é representada pela primeira besta do capítulo 13,
temos que convir que essa besta equivale, em sua dimensão religiosa, à mulher
do capítulo 17, e, em sua dimensão política, à besta desse capítulo. Em outras
palavras, interpretando a mulher, o Apocalipse nos sugere igualmente esse
aspecto da identidade da besta, os reinos da Terra onde a mulher efetiva o seu
domínio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Mas a besta aponta, particularmente no que respeita às suas
cabeças, também a poderes na História que se colocaram nas mãos do diabo para o
cumprimento de seus propósitos. Ao falar que a besta é o oitavo rei, quando de
fato a profecia menciona sete reis e não oito, ficamos com a impressão de que a
besta é a própria corporificação deles, e que ao final o maligno estará de
volta para dominar com força total.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Assim, tanto a mulher como a besta representam a dominação
romana, correspondendo a primeira, como diz o Comentário Bíblico Adventista, ao
poder religioso, e a segunda ao poder político ou civil (CBA, v. 7, p. 851),
tornado efetivo, naturalmente, em seu domínio das nações. A figura do oitavo
rei também é sugestiva da restauração desse domínio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Finalmente, essa besta representa Satanás em sua manifestação
direta e pessoal no mundo, para executar sua derradeira obra de engano. O anjo
afirma que ela emergirá do abismo e caminhará para a perdição (v. 8). A segunda
maneira de interpretar essa afirmação é considerar a besta como o próprio
dragão que, durante o milênio, estará retido no “abismo” e de lá será solto ao
final para novamente exercer o domínio das nações, enganá-las, e então caminhar
com elas para a destruição (Ap 20:1-3, 7-10).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A identidade dos sete reis<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Tradicionalmente, sustentamos duas maneiras de interpretar os
sete reis de Apocalipse 17:9 e 10. A primeira considera esses reis como
representativos de sete diferentes formas de governo empregadas pelos romanos
no transcurso de sua história: realeza, consulado, decenvirato, ditadura,
triunvirato, império e papado. A segunda considera as sete cabeças como
representações de poderes terrestres que historicamente exerceram domínio no
mundo e oprimiram o povo de Deus: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia,
Grécia, Roma Imperial e Roma Papal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">As duas formas de interpretação coincidem no significado do
verso 10. O tempo aí referido deve ser considerado do ponto de vista da
comunicação profética e não do seu cumprimento. Seria, então, o tempo do
próprio profeta, quando cinco formas do governo romano ou cinco reinos que
oprimiram o povo de Deus eram coisa do passado, um existia, Roma Imperial, e a
seguinte, Roma Papal, ainda viria. O oitavo rei seria o papado plenamente
curado de sua ferida mortal, o que conforma com a declaração de que ele “procede
dos sete” (v. 11).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">A afirmação de que o sétimo rei, “quando chegar, tem de durar
pouco” (v. 10) aparentemente contraria as duas formas de interpretação acima,
pois 1.260 anos, o tempo da supremacia papal de 538 a 1798, seria considerado
um tempo longo, principalmente se comparado com a duração do domínio dos seis
poderes precedentes. Mas devemos lembrar que muitas das declarações do
Apocalipse transcendem a mera literalidade dos termos empregados, e comportam
um significado essencialmente teológico ou espiritual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Assim, o Apocalipse se harmoniza com o restante do Novo
Testamento ao afirmar que o tempo que transcorre entre a cruz e a volta de
Jesus, é, na realidade, pequeno, não importa a extensão dele, pois a salvação
agora já está consumada e a extinção do pecado inevitavelmente ocorrerá. O
escritor sagrado, por exemplo, registrou em Hebreus 10:37 que “ainda dentro de
pouco tempo aquele que vem virá e não tardará”. Esse “pouco tempo”, entretanto,
já alcança quase dois mil anos. Da mesma forma, o Apocalipse fala das coisas “que
em breve hão de acontecer” (algumas das quais não se cumpriram ainda), “que o
tempo está próximo”, e que, a partir da cruz, o dragão está irado, “sabendo que
pouco tempo lhe resta” (Ap 1:1; 22:10; 12:12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Conclusão <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Como afirmado anteriormente, a teoria do sexto rei não é mais
que isso: uma teoria. Como tal, ela ainda será testada no laboratório da
História. Nem devemos fechar o coração a ela, nem aceitá-la como revelação de
Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">É verdade que a interpretação tradicional que sustentamos, a
exemplo da teoria do sexto rei, não conta com um claro “assim diz o Senhor”
através do Espírito de Profecia (pelo menos até agora o presente escritor não
conseguiu localizar qualquer referência a respeito, nos escritos de Ellen
White). Mas a grande diferença é que o que oficialmente ensinamos está em
consonância com o historicismo como linha de interpretação por nós adotada, o
que significa que é uma verdade com respeito ao passado e ao presente; e o
ponto que toca o futuro, o oitavo rei, respalda-se na afirmação do Espírito de
Profecia de que o poder papal será restaurado. Mas a teoria do sexto rei cheira
a futurismo, e incorre nos riscos que ele representa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Em matéria de interpretação profética não podemos esquecer
que o intérprete não é alguém que, no estrito senso, pré-vê o futuro, mas um
aprendiz. A compreensão e a interpretação da profecia se desenvolvem e se
aperfeiçoam com a passagem do tempo. Talvez Lutero tenha tido isso em mente
quando declarou: “As profecias só podem ser entendidas perfeitamente depois de
se cumprirem.” Certamente o grande reformador não percebeu que nesses termos
ele acabou definindo uma das premissas básicas do historicismo como recurso de
interpretação: o conceito da verdade se amplia conforme os séculos escoam e
eventos, há muito profetizados, alcançam um legítimo cumprimento. De fato, a
prudência nos ordena respeitar os limites do historicismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Devemos, então, atentar para dois pontos importantes: (1)
cuidado, muito cuidado em como interpretamos profecias ainda por se cumprir.
Enquanto não contamos com um seguro “assim diz o Senhor” confirmando como
correta a interpretação, não podemos incondicionalmente aceitá-la como verdade,
e muito menos comunicá-la como tal a terceiros; interpretação profética é um
terreno muito fértil para a especulação; (2) a profecia não nos deixa em dúvida
sobre de onde viemos, quem somos e para onde vamos como Igreja. O cumprimento
de Daniel 8:14 marca a nossa origem como o remanescente; a profecia de Mateus
24:14 e Apocalipse 14:6-12 configura nossa missão no mundo hoje; e nosso
destino se chama novos Céus e nova Terra nos quais habita a justiça (2Pd 3:13).
Somos, portanto, o povo da profecia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Acordemos de nossa letargia, sacudamos o torpor que nos
envolve e disponhamo-nos para o que vem por aí. Em sua trajetória por este
mundo a Igreja deparou momentos críticos. Mas ninguém se engane: o pior ainda
virá. Por outro lado, Deus já operou coisas grandiosas em favor de Seu povo,
mas o melhor e as coisas mais grandiosas igualmente ainda estão por acontecer.
Quanto mais negras as trevas, mais fulgurante será a luz de Deus; quanto mais
severa a prova mais poderoso o Seu braço para prover libertação; quanto mais
ameaçador o inimigo mais retumbante a nossa vitória. Pelo poder da graça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(Dr. José Carlos Ramos, ex-professor
de Teologia no Unasp, campus Engenheiro Coelho; texto originalmente publicado
na <a href="http://www.revistaadventista.com.br/" target="_blank">Revista Adventista</a> de julho de 1999)</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-3820504091846452712012-10-09T18:47:00.000-03:002012-10-09T18:47:38.002-03:00As 28 doutrinas fundamentais no livro de Daniel<b style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É possível demonstrar somente no livro de Daniel as 28 doutrinas bíblicas fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia?</span></b><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">1. AS ESCRITURAS SAGRADAS. Daniel
exaltava a Palavra de Deus todas as vezes que Deus lhe revelava Sua vontade. É
possível identificar a exaltação da Palavra de Deus em cada capítulo de Daniel
(Dn 1:8, 9).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">2. A TRINDADE. Em Daniel, é
possível visualizar a atuação da Trindade: Deus no trono do Universo, tendo sob
Seu controle todos os reinos e impérios, estabelecendo e removendo reis (Dn
2:21). Deus o Pai é o provedor e fonte da redenção; Jesus, o Filho do homem, está
no trono da graça intercedendo por nós diante do Ancião de Dias. Deus o Filho é
o realizador da nossa salvação na cruz do calvário (Dn 7:13; 9:26). Jesus
efetuou nossa redenção; o Espírito Santo está no trono do coração humano. E deu
a Daniel o Seu poder (Dn 4:7, 8). O Espírito Santo aplica a salvação à nossa
vida (Dn 4:37).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">3. DEUS PAI. Daniel exalta a pessoa
de Deus o Pai (Dn 2:23; 5:23; 9:4; 7:9). Por meio do testemunho de Daniel e de seus
companheiros, tanto Nabucodonosor quanto Dario também exaltaram a Deus (Dn
3:28-30; 4:34-37; 6:25-28). O nome de Deus é bendito para todo o sempre (Dn
2:20). O povo de Deus se chama pelo Seu nome (Dn 9:19).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">4. DEUS FILHO. Daniel exalta Jesus
na pessoa de Miguel (Dn 10:13, 22; 12:1). Na literatura Bíblica, Miguel é
introduzido em Daniel 10:13, 21 e 12:1 e reaparece em Judas 9 e Apocalipse
12:7. Em Daniel 7, Jesus é o Filho do homem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">5. DEUS ESPÍRITO SANTO. Daniel
tinha o “Espírito do Deus Santo”. A versão de Teodócio diz: “Que tem em si o
Santo Espírito de Deus.” Quem reconhece esse fato não é Daniel, mas
Nabucodonosor (Dn 4:8, 9). Nada é difícil para quem tem o Espírito Santo. Em
Daniel 9, Daniel ora por si e pelo povo. Reconhece o pecado do seu povo e é
inclusivo ao pedir perdão. Quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo? (Jo
16:8).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">6. A CRIAÇÃO. Como Criador, Deus
muda os tempos e as horas, revela o profundo e o escondido, conhece o que está
nas trevas, e com Ele mora a luz. Deus está nos céus (Dn 2:20-22, 28).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">7. A NATUREZA DO HOMEM. Daniel não
fala sobre os detalhes da natureza do homem, mas enaltece o fato de que Deus é Todo-Poderoso
e o homem é especial para Deus, porém, limitado e dependente dEle. Para Daniel,
é Deus quem dá conhecimento, inteligência, cultura e sabedoria. O homem não é
um fim em si mesmo (Dn 1:17). É de Deus toda a sabedoria e força (Dn 2:20). É
Deus quem dá o reino, o poder, a força e a majestade a Nabucodonosor (Dn 2:37).
Para Nabucodonosor, enquanto ele era rei de reis, o Deus de Daniel era Deus dos
deuses e Senhor dos reis. Deus envia Seus anjos para nos erguer quando caímos (Dn
8:17, 18; 10:8-10). Em Daniel, fica claro que Deus ama o homem (Dn 10:11, 19). Sem
auxílio de mãos, Deus estabelecerá o Reino de Seus filhos. Deus não está
dizendo que não precisa dos homens, mas que o mais importante é confiar em Seu
poder (Dn 1:45).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">8. O GRANDE CONFLITO. No decorrer
da história e a da profecia, há um grande conflito entre o bem e o mal. É
Possível identificar o grande conflito em cada capítulo do livro de Daniel: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Existe uma dieta pagã e uma dieta divina
(Daniel 1).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Existem reinos e impérios deste
mundo e o reino eterno de Deus (Daniel 2).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Existem os deuses e o Rei de reis e
o Senhor dos Reis (Daniel 2:37, 47).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A verdadeira adoração e a falsa
adoração. A música divina e a música humana (Daniel 3).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A grandeza do homem e a grandeza de
Deus (Daniel 4).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A resposta dos astrólogos e a
resposta de Deus (Daniel 1 e 5).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Leão da tribo de Judá e o leão que
deseja nos tragar (Daniel 6).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O chifre pequeno e o Altíssimo (Daniel
7).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um santuário pisado pelos homens e
purificado por Deus (Daniel 8).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O pecado do homem e o perdão de
Deus. O homem se degenera e Deus restaura (Daniel 9).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma guerra entre o príncipe do
reino da Pérsia e o príncipe Miguel. Uma luta entre o anjo Gabriel e Lúcifer (Daniel
10).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma batalha final (Daniel 11).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os purificados, embranquecidos e
provados e os ímpios procedendo impiamente diante de suas respectivas heranças
(Daniel 12:10, 13).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">9. VIDA, MORTE E RESSURREIÇÃO DE
CRISTO. Quase no fim dos 490 anos tirados dos 2.300 anos proféticos, mais
precisamente no ano 31 de nossa era, Jesus morre na cruz do calvário para nos
salvar e fazer cessar todos os sacrifícios cerimoniais. Daniel nos diz que
Jesus é Filho do homem, à destra de Deus, intercedendo por cada um de Seus
filhos (Dn 7:13). Fica subentendido no texto Bíblico que Jesus ressuscitou,
pois, em outra cena, posterior à morte dEle, Ele é visto no Céu, numa cena de
julgamento. Em Daniel 12, Miguel é o instrumento divino para proteger os Filhos
de Deus e ressuscitá-los (Dn 12:2). Jesus só pode ressuscitar porque Ele
ressuscitou primeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">10. A EXPERIÊNCIA DA SALVAÇÃO. O livro
de Daniel fala de salvos e perdidos: os sábios deste mundo e os sábios segundo
Deus (Dn 1:20). O rei Belsazar se perdeu, mas Nabucodonosor se salvou (Dn 5:30;
4:37). Na mesma cova dos leões, Daniel foi preservado e seus acusadores
destruídos (Dn 6:22, 24). O chifre pequeno é queimado pelo fogo e os santos do
altíssimo recebem o reino (Dn 7:11, 18). A conversão de Nabucodonosor é um
exemplo do que a salvação faz na vida das pessoas. Nasce o reconhecimento de
que todas as obras de Deus são verdade e os Seus caminhos são justos (Dn
4:33-37). Muitos viverão eternamente e muitos serão condenados à vergonha e ao
desprezo eterno (Dn 12:2). Os salvos são sábios e resplandecem como o fulgor do
firmamento (Dn 12:3). Os salvos ensinam a justiça; essa é a missão deles (Dn
12:3). Deus concede graça a Seus filhos, por Seu amor e desejo de salvar (Dn
9:24; 490 anos de graça).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">11. A IGREJA. Daniel nos mostra que
Deus tem um povo. Esse povo o representa aqui na Terra. Daniel, Sadraque,
Mesaque e Abede-nego fazem parte do povo de Deus. O livro de Daniel nos fala
repetidamente sobre o estabelecimento do Reino de Deus. Esse reino é formado
por sua Igreja. A Igreja de Deus no livro de Daniel é chamada de “povo santo do
Altíssimo” (Dn 7:18, 27). A Igreja de Deus se aproxima, a cada dia, do Reino a
partir do momento que prega as verdades restauradas após 1844 (Dn 8:14).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">12. O REMANESCENTE E SUA MISSÃO. Daniel
nos ensina que existiria um povo remanescente que jamais abriria mão da verdade
e lutaria por ela. O próprio Daniel é o melhor exemplo. Ele cria
inabalavelmente que Deus é o Senhor de todas as respostas. Ele revela o
profundo e o escondido. Pessoas como Daniel são cada vez mais raras. Existe
apenas “um resto”. Sadraque, Mesaque e Abede-nego também criam que Deus liberta
Seus filhos e anda com eles em meio ao fogo (Dn 3:17). O remanescente tem uma
missão: ensinar a justiça (Dn 12:3).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">13. UNIDADE NO CORPO DE CRISTO. Não
podemos ter dúvidas da unidade desses jovens hebreus, representando com brilho
a unidade no corpo de Cristo. A unidade é o mais poderoso testemunho que a
Igreja pode oferecer. A unidade ajuda o mundo a discernir os genuínos cristãos.
Eles não eram iguais, mas eram unidos no propósito de glorificar a Deus e
exaltar Seu nome (Dn 1:12; 2:16-18; 3:16-18). Há força e poder na unidade. A
fonte da unidade é Jesus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">14. O BATISMO. Daniel não nos fala <i>diretamente</i> sobre o batismo. Mas nos
fala dos resultados de uma vida entregue a Jesus. Partindo da visão das 2.300
tardes e manhãs e chegando ao seu cumprimento profético, já em nossos dias, podemos
ver que o batismo por imersão é restaurado como verdade evangélica (Dn 8:14). A
unção de Jesus está profundamente relacionada com o batismo dEle. Daniel diz
que o Ungido seria “cortado”. Jesus foi ungido por ocasião do Seu batismo (Lc
3:21, 22; 4:18, 19; At 10:37, 38).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">15. A CEIA DO SENHOR. Daniel não
menciona a Ceia do Senhor como a praticamos, mas é como se mencionasse. Daniel
não fala do lava-pés, mas demonstra a importância de um coração humilde e
submisso, que abandona o orgulho (Dn 5:22; 4:32, 37). Todos os feitos
maravilhosos são atribuídos a Deus de forma humilde e graciosa (Dn 2:27, 28). Daniel
não fala de Jesus como o pão da vida, mas fala de Jesus o erguendo quando
fraco, sem energia, sem forças (Dn 10:5-11). Daniel não fala de Jesus como o vinho,
mas fala do sangue de Jesus derramado na cruz do calvário por cada um de nós (Dn
7:27). Ele fala do lugar em que estaremos para sempre com Aquele que disse: “Desta
hora em diante, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba
de novo convosco no reino de Meu Pai” (Mt 26:29; veja Dn 2:44; 6:26; 7:27;
12:1-3,10, 13).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">16. DONS E MINISTÉRIOS ESPIRITUAIS.
Os dons espirituais são habilitações especiais dadas por Deus a Seus filhos,
preparando-os para serem úteis à Igreja no cumprimento da divina missão que ela
recebeu. Daniel possuía muitos dons: o dom do conhecimento (Dn 1:17); o dom da
sabedoria (Dn 1;17); o dom profético (todos os sonhos e visões que Daniel teve demonstram
isso); o dom do discernimento de espíritos (Dn 2:27); o dom da liderança (Dn
1:21; 2:48; 4:9; 5:29; 6:28); o dom da misericórdia (Dn 9:3-23); o dom
missionário (Dn 1:1-4); o dom da oração (Dn 2:16-19; 6:10; 9); o dom do serviço
(Daniel estava em Babilônia a serviço de Deus; Dn 6:20). Os dons espirituais se
manifestam no serviço de amor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">17. O DOM PROFÉTICO. Daniel era um
profeta de Deus com evidências substanciais: sua mensagem se harmonizava com a
Palavra de Deus (compare Daniel e Apocalipse); as predições se cumpriram com
precisão matemática (Dn 4 e 5; 7:25; 8:14); Daniel reconhecia que Jesus viria
em carne (Dn 9:27); a vida dele produzia frutos excelentes – aliados e inimigos
reconheciam isso (Dn 2:46-49; 4:8, 9; 5:10-12; 6:3-5; 6:26; 9:23; 10:11; 12:13).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">18. A LEI DE DEUS. Daniel nos
orienta profeticamente e diz que um poder surgiria de Roma e mudaria os tempos
e a lei (Dn 7:25); Daniel reconhece que o cativeiro Babilônico se deu devido à
desobediência à lei de Deus (Dn 9:4, 5, 7, 10, 11, 13); Daniel ensina que Jesus
morreria na cruz do calvário, provando que a lei de Deus é perfeita e restaura
a alma (Dn 9:27). “Foi para expiar a transgressão da lei pelo homem que Cristo
depôs a Sua vida. Se a lei pudesse ser mudada, Jesus não precisaria ter
morrido. Por Sua vida, honrou a lei de Deus, por Sua morte, a estabeleceu.
Cristo não Se sacrificou para criar uma norma inferior, mas para que a justiça
fosse mantida e a lei permanecesse imutável” (<i>Parábolas de Jesus</i>, p. 314). Daniel exalta a obediência e amplia o
valor da lei de Deus, deixando claro que, no reino eterno, viveremos uma vida
de obediência (Dn 7:27); Daniel relacionou a desobediência com rebeldia e com o
ato de não caminhar segundo a lei de Deus (Dn 9:9, 10).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">19. O SÁBADO. A palavra “sábado”
não é mencionada no livro de Daniel. Entretanto, como o sábado é o quarto
mandamento da Lei de Deus, e no contexto profético seria rejeitado e mudado
pelos desobedientes, visualizamos esse santo dia em Daniel 7:25. Só Deus pode
mudar os tempos e as horas (Dn 2:21). De certa forma, mudar o dia de adoração
do sábado para o domingo é mudar um “tempo fixo” (tradução literal possível do
original) e adiantar em 24 horas o dia separado para a adoração exclusiva.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">20. MORDOMIA. Daniel era um mordomo/administrador
fiel. Daniel era fiel no uso do tempo – ele separava tempo inegociável para
Deus, mesmo diante das perseguições. Ele orava, rogava a Deus, jejuava e se
arrependia de seus pecados e dos pecados de Seu povo. Estudava a Bíblia (Dn
3:10, 11; 9:2, 3, 5, 18, 19). O corpo de Daniel era templo do Espírito Santo – ele
tinha uma dieta Bíblica (Dn 1:8, 12, 13, 15, 16, 17, 20, 21). Daniel dedicava
seus talentos (capacidades naturais) e dons (capacitação divina) – todas as
potencialidades deles estavam voltadas para o progresso da obra de Deus: o dom
do conhecimento (Dn 1:17); o dom da sabedoria (Dn 1;17); o dom profético (todos
os sonhos e as visões); o dom do discernimento de espíritos (Dn 2:27); o dom da
liderança (Dn 1:21; 2:48; 4:9; 5:29; 6:28); o dom da misericórdia (Dn 9:3-23); o
dom missionário (Dn 1:1-4); o dom da oração (Dn 2:16-19; 6:10; 9); o dom do
serviço (Dn 6:20). Daniel estava em Babilônia a serviço de Deus. Era um homem
disponível, um “vaso” para o Senhor usar. Daniel reconhecia que todos os
tesouros (recursos) pertencem a Deus – para Daniel a sabedoria e a força
pertenciam a Deus (Dn 2:20). Deus dá sabedoria e força quando pedimos (Dn 2:23).
Deus esmiúça todos os metais preciosos deste mundo com o estabelecimento de Seu
reino eterno (Dn 2:45). Deus move os homens a conceder a Seus filhos grandes
dádivas (Daniel 2:48; 5:29). As bênçãos e as respostas de Deus não estão à
venda, mas são oriundas de Sua graça (Daniel 5:16, 17). Deus contraria os
planos dos poderosos, quando estes não reconhecem que todo o ouro é dEle (analise
a história da estátua de ouro, que representava Nabucodonsor [Dn 3:1]; em lugar
de Nabucodonosor honrar a Deus com o ouro que possuía, conclamou os povos a
adorarem o ouro, na forma de estátua (Dn 3:1-6). Deus espera que nos desfaçamos
dos nossos pecados pela justiça, usando de misericórdia para com os pobres (Dn
4:27; a ideia não é se salvar pela prática de boas obras, mas nos desfazer das
riquezas que nos conduzem à perdição, pois onde estiver o nosso tesouro, ali
estará o nosso coração). Nossa honestidade e integridade moral podem nos levar
a posições de destaque para a honra e glória de Deus e testemunho às nações e
poderes deste mundo (Dn 6:1-5). A santa obsessão do povo de Deus é viver no
reino eterno, nossa mais valiosa herança (Dn 7:18, 27; 12:13).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">21. CONDUTA CRISTÃ. Como era a conduta
cristã de Daniel? Sua conduta era intocável e honrava a Deus poderosamente. Na
conduta cristã, vivemos por princípios. Ele era um templo vivo do Espírito
Santo (Dn 1:8, 17, 20). Daniel pede legumes, verduras e água e rejeita bebidas
alcoólicas (Dn 1:8, 12; 5:23). Daniel caminhava e contemplava a natureza (Dn
10:4). Ele estudava boa literatura e era culto (Dn 1:4, 17). O caráter dele era
sua real beleza. Não era possível achar ocasião ou culpa contra ele (Dn 6:1-5).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">22. MATRIMÔNIO E FAMÍLIA. Daniel fala
sobre casamento e família? Muito pouco, mas o suficiente para nos abençoar! Daniel
fazia parte das principais famílias de Judá. Entendemos que ele obteve uma base
espiritual satisfatória desde a infância até a juventude. Vida espiritual
saudável não é um acidente. Cremos que Daniel teve uma família “cristã”. Daniel
nos fala de casamentos políticos (Dn 2:43; 11:17). Imagine reinos políticos
querendo se manter, e, para tornar as coisas mais fáceis, a filha do rei da
Grécia, por exemplo, se casa com o filho do rei de Babilônia, por motivos
políticos, para manter os reinos em família e sólidos. Deus disse que essas
coisas não funcionam. Será o mesmo que tentar unir ferro com barro. Há aqui uma
lição espiritual a ser extraída: o texto está falando de junções políticas. Deus
espera que Seus filhos jamais se casem por motivos errados. Você deve conhecer
casais que são como ferro e barro, por não terem as bênçãos de Deus na vida.
Casaram-se por motivos errados. Ou se casaram por motivos corretos, mas querem se
manter por meio de instrumentos errados. Seja qual for a sua história, cuidado!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">23. O MINISTÉRIO DE CRISTO NO
SANTUÁRIO CELESTIAL. Daniel é o homem usado por Deus para fortalecer nossa fé
com respeito ao ministério de Cristo no santuário celestial. Daniel nos ensina
a respeito da unção e purificação do santuário celestial (Dn 8:13, 14; 9:24-27);
Daniel nos concede uma visão do cenário em que está ocorrendo o juízo
investigativo e suas consequências (Dn 7:9-28); Daniel também nos fala da
vindicação do caráter de Deus e de Seu povo, culminando com a salvação (Dn 7 e
8); Daniel nos leva ao passado, quando o santuário começaria a ser profanado.
Visto que nele visualizamos o plano da salvação, um plano rival surgiu
obscurecendo o ministério de Jesus em nosso favor (Dn 7:23-26; 8:9-12). Daniel
também nos leva ao futuro, e nos dá a certeza profética de que o mal será
destruído e de que Jesus vai reinar (Dn 7:27; 8:25).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">24. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO. Daniel
não diz com todas as letras “Jesus vai voltar”, mas diz a mesma coisa de forma
diferente. Ele usa “sinônimos teológicos”. O Deus do Céu levantará um reino que
jamais será destruído e será estabelecido para sempre (Dn 2:44); o reino e o
domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos
santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o
servirão e Lhe obedecerão (Dn 7:28); o Príncipe dos príncipes, sem esforço de
mãos humanas, destruirá e quebrará todos os outros reinos (Dn 8:25); muitos
viverão eternamente; refulgirão como as estrelas sempre e eternamente (Dn 12:2,
3).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">25. MORTE E RESSURREIÇÃO. Daniel
nos fala da morte e da ressurreição. Ele não dá uma aula teológica sobre a
morte e a ressurreição, mas fala essencialmente de resultados práticos: os
sábios, encantadores, mágicos, adivinhos já estão sentenciados à morte. Eles
continuam a não ter respostas (Dn 2:8, 9). Os homens que jogaram os servos de
Deus na fornalha de fogo ardente morreram (Dn 3:22). Belsazar, o homem que sabia, mas não quis,
morreu (Dn 5:30). Os inimigos de Daniel foram jogados na cova dos leões, e
foram estraçalhados em seus delitos e pecados (Dn 6:2). Muitos santos de Deus
já descansam no pó da terra (Dn 9:26, 27). Muitos viverão eternamente, e muitos
morrerão eternamente (Dn 12:2). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">26. O MILÊNIO E O FIM DO PECADO. Daniel
não usa a palavra “milênio”, mas fala sobre o que acontecerá durante o milênio.
“E foi dado o juízo aos santos do Altíssimo, e chegou o tempo em que os santos
possuíram o reino” (Dn 7:22). Os santos tomarão parte na obra de julgamento
durante os mil anos (<i>O Grande Conflito</i>,
p. 657, 658; 1Co 6:2, 3; Ap 20:4). O fim do pecado é notório nos escritos de
Daniel: o reino de Deus jamais será destruído; após o juízo, os inimigos do
povo de Deus serão destruídos, serão desfeitos até o fim (Dn 7:26); o mal será
quebrado (Dn 8:25; 11:45); somos convidados a, juntamente com Daniel, irmos até
o fim. Alguns descansarão no pó da terra, mas todos receberão a sua herança (Dn
12).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">27. A NOVA TERRA. Daniel morreria,
ressuscitaria e receberia a herança (Dn 12:13). Essas são as últimas palavras
do livro e a última realidade histórico-profética. Qual é a herança de Daniel?
O fruto do seu trabalho, o resultado de ser instrumento nas mãos de Deus: milhares
e milhares de salvos, pelo poder da Palavra de Deus. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">28. CRESCIMENTO EM CRISTO. Pela Sua
morte na cruz, Jesus triunfou sobre as forças do mal. Ele subjugou os espíritos
de demônios durante o Seu ministério terrestre e quebrou seu poder, tornando
certo o destino final deles. A vitória de Jesus nos dá a vitória sobre as
forças do mal que continuam procurando nos controlar, enquanto nós caminhamos
com Ele em paz, alegria e temos a garantia do Seu amor. Agora o Espírito Santo
mora conosco e nos dá poder. Continuamente comprometidos com Jesus como nosso
Salvador e Senhor, somos livres do fardo dos nossos feitos passados. Não mais
vivemos na escuridão, com medo dos poderes do mal, da ignorância e da falta de
sentido de nosso antigo estilo de vida. Nessa nova liberdade em Jesus, somos
chamados a crescer na semelhança de Seu caráter, comungando com Ele diariamente
em oração, alimentando-nos de Sua Palavra, meditando nisso e em Sua
providência, cantando Seus louvores, reunindo-nos juntos em adoração, e
participando na missão da Igreja. À medida que nos entregamos ao serviço de
amor àqueles que estão ao nosso redor e ao testemunho da salvação em Jesus, Sua
constante presença vai conosco na missão da Igreja. Sua constante presença
conosco por meio do Espírito transforma cada momento e toda tarefa numa
experiência espiritual. Daniel e seus companheiros eram dez vezes mais doutos
do que todos os magos e encantadores de Babilônia (Dn 1:20). As forças do mal
não têm poder para revelar a verdade (Dn 2:10-12). Deus revela Sua vontade a Seus
servos (Dn 2:19-28). Deus nos dá a vitória sobre as forças do mal (Dn 3:15, 24-30;
6:16, 18, 20, 26, 27; 8:25; 9:21; 10:21; 11:45; 12:1-3; 12:13). O mundo
reconhece o caráter e a santidade dos filhos de Deus (Dn 4:8, 9; 5:11, 12). Os
filhos de Deus O servirão e Lhe obedecerão eternamente (Dn 7:27).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Guilherme McPherson foi vítima de
uma explosão aos 17 anos de idade, enquanto trabalhava em uma pedreira. Os
médicos conseguiram salvar-lhe a vida, mas ele ficou sem braços e completamente
cego. Sua grande frustração era não mais poder ler a Bíblia por si mesmo, tendo
sempre que depender da boa vontade de outros. Certa ocasião, Guilherme ouviu o
pastor de sua igreja relatar a experiência de uma idosa senhora entrevada que,
não podendo mais segurar a Bíblia, a beijou, despedindo-se dela. A ideia de
encostar os lábios na Bíblia levou Guilherme a crer que ele mesmo poderia
voltar a ler as Escrituras se tão somente usasse a ponta da sua língua para
aprender o método Braile de leitura para cegos. Durante muito tempo, Guilherme
tocava com a ponta da língua e com os lábios os caracteres em alto relevo de
sua Bíblia em Braile, para aprender a ler. Em muitas ocasiões, as páginas
ficaram manchadas de sangue, pelas feridas provocadas por esse método incomum
de leitura. Mas aos 46 anos de idade ele já havia lido quatro vezes a Bíblia
completa para cegos, composta de 59 volumes grossos. A vida de Guilherme
McPherson revela um amor incondicional às Escrituras Sagradas, que deveria ser
imitado por todos aqueles que estão se preparando para a volta de Cristo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O mundo em que vivemos se caracteriza
pela globalização das informações, em que o fascínio pelo elemento visual está
suplantando o conhecimento teórico da realidade. Mas, como cristãos adventistas,
não podemos permitir que os recursos da mídia nos distanciem do conhecimento da
Palavra de Deus. Precisamos voltar a ser reconhecidos como o “Povo da Bíblia”. Temos
que enfrentar os dias finais da história humana, alicerçados sobre a Palavra de
Deus (Is 40:8) e com o olhar fixo em Jesus, “o Autor e Consumador da fé” (Hb
12:2).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Marcos Almeida Souza, diretor do Instituto de Desenvolvimento do
Estudante Colportor [Idec], no Iaene e na Faama)</span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-81359998579954935542012-09-21T14:16:00.001-03:002012-09-21T14:16:20.644-03:00Quão bom é Deus?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj98VI9RwMRDkYNzmGf6wB-TLV6pCSGEjy3vrqfGdKUWWU7kgJXYd0pW2NqchUAAUfj8Ncjt6e3O_E4R_5T0AQDa9p-h2fAvc6phIYgh84isJnpUiAQ1HA78xTudKIrcYNpwDbR/s1600/deus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj98VI9RwMRDkYNzmGf6wB-TLV6pCSGEjy3vrqfGdKUWWU7kgJXYd0pW2NqchUAAUfj8Ncjt6e3O_E4R_5T0AQDa9p-h2fAvc6phIYgh84isJnpUiAQ1HA78xTudKIrcYNpwDbR/s200/deus.jpg" width="181" /></a></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Seria o Deus do Antigo Testamento carrasco e
sedento por sangue?</b><i><o:p></o:p></i></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Ouviste o que foi
dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai
os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos
do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir
chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:43, 44).</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Quando o Senhor,
teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado
muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os
cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas
e mais poderesosas do que tu; e o Senhor, teu Deus, as tiver dado diante de ti,
para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás
piedade delas” (Dt 7:1-3).</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Amor e destruição.
Duas palavras que sumarizam os textos acima. O mais intrigante é que essas duas
passagens descrevem o mesmo Deus. Alguns cristãos, no passado e atualmente,
numa tentativa quase desesperada para solucionar essa gritante contradição,
sugeriram que o Deus do Antigo Testamento é diferente dAquele que encontramos
nas páginas do Novo Testamento. Enquanto o primeiro é caracterizado como
violento, sanguinário e mau, o segundo é apresentado como amoroso, perdoador e
bondoso. </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas não são apenas
determinados cristãos que veem o Deus de Israel como um Deus mau. Em anos mais
recentes, alguns ateus têm se valido de certas partes das Escrituras hebraicas
para reprovar o caráter de Deus, como é apresentado ali. Veja, por exemplo, o
que o acadêmico de Oxford, Richard Dawkins, escreveu a respeito de <i>Yahweh</i>: </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“O Deus do Velho
Testamento é provavelmente o mais desagradável dos seres em toda a ficção. O
ciúme e o orgulho do mesmo o leva a um mimado e imperdoável controle dos mais
fracos com evidente sede de sangue e desejo de limpeza racial. Um machista,
homofóbico, infanticida, genocida, filicida, pestilento, megalomaníaco,
sadomasoquista, caprichoso e malevolente fanfarrão.”[1]</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Deus é tudo isso?
Para Dawkins, sim! Ele seria capaz de adicionar uma passagem bíblica em cada
uma dessas descrições. A pergunta que surge não é outra senão: Como entender essas
passagens do Antigo Testamento que dão margem para interpretações como a do
cientista de Oxford<span lang="EN-US">? </span>Abaixo,
veremos dois exemplos de passagens relacionadas com a escravidão no território
de Israel e a destruição dos cananeus.[2]</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Leitura equivocada<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um erro grave
cometido por Dawkins – e também por muitos cristãos atuais – é ler o Antigo
Testamento como se ele tivesse sido escrito no século 21 e para nós,
ocidentais. Ao lermos o texto bíblico, precisamos nos lembrar de que ele foi
escrito no Oriente Médio, no 2º e 1º milênios antes de Cristo. Acredite, isso
resolve muitos problemas! Em lugar de comparar leis e práticas de Levítico,
Números e Deuteronômio com leis atuais, compare com os códigos de leis dos
povos daquela região e época.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ilustraremos isso
com o caso da escravidão. Essa foi a primeira lei que Deus deu aos israelitas,
quando eles saíram do Egito (cf. Êx 21:1-11). Na lei mosaica, sequestrar alguém
para ser vendido como escravo era um crime punido com pena capital (Êx 21:16).
Um escravo hebreu deveria trabalhar apenas seis anos para pagar sua dívida,
sendo liberto no sétimo ano sem pagar nada (Êx 21:2). Além disso, ele deveria
receber de seu proprietário alguns animais e alimentos para começar a vida
novamente (Dt 15:13, 14).[3] Durante seu período de serviço, o(a) escravo(a)
teria um dia de folga semanal, o sábado (Êx 20:10). </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Notou alguma
diferença entre a escravidão bíblica e aquela mantida em nosso país, há alguns
séculos? A diferença também é significativa quando comparamos essas passagens
bíblicas com o famoso Código de Hamurabi, rei de Babilônia, no 18º século a.C.
Se algum escravo fugisse, ele deveria ser morto; enquanto que, em Israel, esse
escravo deveria ser protegido (Dt 23:15, 16). Proteger um escravo fugitivo, em
Babilônia, era uma grande ofensa, também punida com morte, como evidenciado nas
leis 15-20 do referido código.[4] </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alguém pode
questionar o motivo pelo qual Deus não aboliu a escravidão entre os israelitas.
Lembre-se de que eles estavam inseridos numa cultura impregnada dessa prática.
Mesmo que Deus a abolisse, isso não mudaria a forma como eles pensavam. A
título de ilustração, imagine o árduo processo cultural para tornar a Arábia
Saudita em uma democracia! Mesmo que essa mudança fosse feita, ainda levaria um
bom tempo até que a mentalidade da nação fosse mudada. No entanto, a legislação
israelita oferecia um tratamento muito mais humano para os escravos, colocando
escravo e senhor em pé de igualdade (cf. Jó 31:13-15). </span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Sedento
por sangue?</span></b><b><span lang="EN-US" style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi somente no século passado que a palavra “genocídio”
foi criada pelo polonês Raphael Lemkin. Não existia uma palavra capaz de
descrever o que Pol Pot fez no Camboja; Mao Tse-tung, na China; e Adolf Hitler,
na Europa. Milhões de vidas foram exterminadas nesses e em outros genocídios.[5]
Quando lemos textos como aquele de Deuteronômio, citado no início deste artigo,
deveríamos colocar Deus nesse <i>hall</i> da
fama sanguinário? Não. Há uma gigantesca diferença entre o que vemos no Antigo
Testamento e aquilo que aconteceu no século 20. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que motivos levaram Deus a punir as nações de Canaã?
Abaixo veremos pelo menos quatro:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="line-height: 150%;">Sacrifícios humanos.</span></i><span style="line-height: 150%;"> A adoração entre os povos de Canaã
não era tão inocente como alguns podem pensar. O culto ao deus Moloque, por
exemplo, envolvia sacrifícios de crianças. Vestígios arqueológicos desse tipo
de prática foram encontrados em Hazor, bem no centro de Canaã.[6] Alguns textos
bíblicos sugerem que Salomão e Manassés podem ter participado desse tipo de
prática (cf. 1Rs 11:7; 2Cr 33:5, 6). Em Levítico 20:1-3, Deus deixou clara Sua
reação diante desse tipo de prática: pena de morte. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="line-height: 150%;">Homossexualidade</span></i><span style="line-height: 150%;">.
Aparentemente, a prática do homossexualismo não era condenada entre os povos do
antigo Oriente Médio. Não dispomos de informações diretas da prática entre os
cananeus, mas, no entanto, passagens como Levítico 18:3, 24-30, com sua
condenação generalizada das práticas sexuais dos cananeus e dos egípcios, podem
implicar que os habitantes de Canaã toleravam a prática do homossexualismo. Uma
ideia mais clara pode ser obtida da história de Sodoma, em Gênesis 19.[7]<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="line-height: 150%;">Incesto</span></i><span style="line-height: 150%;">. Nos contos religiosos dos cananeus, Ba’al,
uma divindade bem conhecida nas páginas do Antigo Testamento, mantinha relações
sexuais com sua mãe, Asherah, sua irmã, Anat, e sua filha, Pidray, que também
era sua esposa![8] Como uma doença degenerativa que se alastra aos poucos pelo
corpo, o mesmo se dava com a prática do incesto naquela época. No Egito, por
volta do 14º século a.C., se alguém tivesse um sonho incestuoso com sua mãe ou
irmã, era sinal de bom presságio.[9] <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="line-height: 150%;">Bestialismo ou Zoofilia</span></i><span style="line-height: 150%;">.</span><span style="line-height: 150%;">
Note a lei 199 de um código Hitita, povo que residia ao norte de Canaã, na
atual região da Turquia: “Se um homem tem intercurso sexual com um porco ou
cachorro, ele deverá ser morto. Se tiver intercurso com um cavalo ou mula, não
há punição.”[10] Mas ainda existia espaço para mais bestialismo em Canaã. No
texto “O ciclo de Ba’al”, essa divindade mantinha relações sexuais com uma
vaca, e ela deu à luz um filho fruto dessa relação.[11] <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por
que Deus mandou que os israelitas destruíssem os cananeus? Porque Ele <i>odeia</i>
o pecado! Tal palavra soa estranha aos nossos ouvidos. Nossa visão quase
romântica de Deus deixou espaço apenas para o amor e se esqueceu quase
completamente de Sua justiça e santidade. Um leitor atual pode achar Elias
severo demais matando 450 profetas de Ba’al (cf. 1Rs 18:40), ou Deus agindo com
muita violência enviando pragas contra o Egito (cf. Êx 7-12). A verdade é que um
Deus santo não pode suportar a maldade por muito tempo. De acordo com o profeta
Habacuque, Ele não é capaz de olhar para o mal (cf. Hc 1:13). Quem sabe nós consideremos essas e outras passagens
agressivas demais porque ainda não descobrimos quão cruel e horrível é o mal.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas
é necessário um equilibrio aqui. Apresentar somente a justiça e a santidade de
Deus pode nos levar para uma compreensão quase tirana de Sua pessoa. É
necessário vermos também os esforços dEle em favor dos cananeus. Deus enviou
José para o Egito com o objetivo de salvar toda aquela região da fome que durou
sete anos (cf. Gn 45:4-8). Além disso, os israelitas permaneceram no Egito por
400 anos com o objetivo de dar oportunidade para os cananeus se arrependerem de
suas iniquidades (heb. <i>‘awon</i>) (cf. Gn
15:16). Após saírem do país dos faráos e passarem 40 anos no deserto, até mesmo
uma prostituta, Raabe, sabia o que Deus havia feito e o que Ele faria em Jericó
e em todo o território de Canaã (cf. Js 2:9-13). Os cananeus sabiam que o juízo
de Deus estava às portas. Note que Raabe foi poupada dessa destruição. Ela
estava disposta a ser regenerada dessa cultura, assim como Deus estava disposto
a salvar aqueles que demonstrassem profunda tristeza e mudança diante dos seus
maus atos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É
possível ver aqui um traço do caráter de Deus revelado mais explicitamente no
Novo Testamento. Em 2 Pedro 3:9, o apóstolo nos lembra de que o Senhor “não
retarda a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é
longânimo para convosco não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem
ao arrependimento”. Assim como ocorreu com os cananitas, as oportunidades de
arrependimento e salvação para um mundo cada vez mais contrário aos preceitos
divinos estão chegando ao fim. Deus é amor, mas também precisa ser justo com
Seus filhos. Amor e destruição? Não. Amor e justiça. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quão
bom é Deus? Ele mesmo respondeu, dizendo: “Senhor, Senhor Deus compassivo,
clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a
misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o
pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos
filhos e nos filhos dos filhos, até a terceira e quarta geração” (Êx 34:6, 7).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Luiz Gustavo Assis é
pastor adventista em Porto Alegre, RS)<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Referências:<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">1. Richard Dawkins, <i>Deus, um Delírio</i> (São Paulo: Cia. das
Letras, 2007), p. 31. Sam Harris também fez severas críticas ao Antigo
Testamento em sua obra <i>Carta a uma Nação
Cristã</i> (São Paulo: Cia. Das Letras, 2007). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">2. <span lang="EN-US">Diversos
materiais têm sido publicados sobre esses dois tópicos, entre eles: Paul Copan,
<i>Is God a Moral Monster? Making Sense the
Old Testament God</i> (Baker, 2011); Clay Jones, <i>Killing the Canaanites: A Response to the New Atheism’ “Divine
Genocide” Claims</i>, disponível em </span><a href="http://www.equip.org/articles/killing-the-canaanites" target="_blank"><span lang="EN-US">http://www.equip.org/articles/killing-the-canaanites</span></a><span lang="EN-US">
(acessado em 9/3/11); Stanley Gundry (ed.), <i>Deus
Mandou Matar? Quatro pontos de vista sobre o genocídio cananeu</i> (São Paulo:
Vida Nova, 2006); Roy Gane, “Israelite Genocide and Islamic Jihad”, <i>Spectrum</i> 34:3 (2006), p. 61-65.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">3. <span lang="EN-US">Gary
Rendsburg, <i>The Fate of Slaves in Ancient
Israel</i>. </span>Disponível
em: <a href="http://www.forward.com/articles/2888/" target="_blank">http://www.forward.com/articles/2888/</a> (acessado em 9/3/11).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">4. <span lang="EN-US">Eugene E.
Carpenter, Deuteronomy, em <i>Zondervan
Illustrated Bible Backgrounds Commentary</i>, ed. John Walton (Grand Rapids, MI: Zondervan, 2009), p.
1:496. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">5.
</span>O matemático judeu
David Berlinski cita duas páginas de estatísticas de massacres cometidos no
ultimo século, em sua obra <i>The Devil Delusion:Atheism
and Its Scientific Pretensions </i>(New York: Basic Books, 2009), p. 22-24.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">6. <span lang="EN-US">E. E.
Carpenter, Human Sacrifice, em <i>The
International Bible Encyclopedia</i>, ed. Geoffrey W. Bromley (Grand Rapids:
Eerdmans, 1988), p. 4:259. Para mais informações sobre os cultos a Moloque, ver
George Heider, Moloch, em <i>The Anchor
Bible Dictionary</i>, ed. David Noel Freedman (Doubleday, 1992), p. 4:895-898.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">7.
Gordon J. Wenham, The Old Testament Attitude to Homosexuality, </span><i>Expository Times</i> 102 (1991),<span lang="EN-US">
p. 361.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">8.
William F. Albright, <em>Yahweh and the Gods of Canaan: A Historical Analysis
of Two Contrasting Faiths</em> (Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 1968), p. 126. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">9.
Lise Manniche, <em>Sexual Life in Ancient Egypt</em> (London: Routledge, 1987),
p. 100. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">10.
Harry A. Hoffner Jr., “Incest, Sodomy and Bestiality in the Ancient Near East”,
in <em>Orient and Occident: Essays Presented to Cyrus H. Gordon on the Occasion
of His Sixty-fifth Birthday</em>, ed. Harry A. Hoffner, Jr. (Neukirchen Vluyn,
Germany: Neukirchener Verlag, 1973), p. 82. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span lang="EN-US">11.
</span>Hoffner, Jr., p. 82.
</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Leia
também:</span></b><span style="line-height: 150%;">
</span></span><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="http://www.criacionismo.com.br/2008/05/um-deus-sanguinrio.html" target="_blank">“UmDeus sanguinário?”</a></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-54074948611352690352012-09-11T21:31:00.001-03:002012-09-11T21:31:51.578-03:00Os 144 mil do Apocalipse<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj87XznT_HKnJal1O25ZW0WprDrGX09m1rT9rDBADo9ZOrhJV5Z5mHpP93xBaWPaD5ZDCzv7DztHGnUSTc_NsVN4jP2UdeKkJt-5cV6TDhmnBntcFbG62IgkIFis8OCT_BqjdmW/s1600/volta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj87XznT_HKnJal1O25ZW0WprDrGX09m1rT9rDBADo9ZOrhJV5Z5mHpP93xBaWPaD5ZDCzv7DztHGnUSTc_NsVN4jP2UdeKkJt-5cV6TDhmnBntcFbG62IgkIFis8OCT_BqjdmW/s200/volta.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quem são os 144 mil mencionados no livro do Apocalipse?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um dos temas que mais intrigam os
adventistas e os cristãos em geral são os 144 mil do Apocalipse. Muitos não
compreendem nem mesmo os aspectos mais básicos em relação a eles – se o número
é literal ou simbólico, se eles fazem parte da chamada “grande multidão” e,
principalmente, quem são eles. Em grande parte, isso se deve a um conselho de
Ellen White, de se evitar discussões inúteis sobre esse assunto, assim como
outros não essenciais para a salvação.[1] No entanto, ela mesma citou esse
grupo dezenas de vezes em seus escritos, relacionando-o a acontecimentos
cruciais para o povo de Deus no tempo do fim, como o selamento e a grande
tribulação. Tamanha foi a importância desse grupo em seu ministério profético,
que os 144 mil foram representados logo em sua primeira visão, sobre o povo do
advento.[2] </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Apesar de haver escrito tanto sobre
os 144 mil, Ellen White nunca os definiu claramente. A própria Igreja Adventista
até hoje não tem uma posição oficial abrangente sobre o assunto. Embora o
Instituto Bíblico de Pesquisas, órgão oficial da Associação Geral, interprete o
número como simbólico[3], a igreja não determina oficialmente essa compreensão
como uma crença.[4] E, apesar de o <i>Seventh-day
Adventist Commentary </i>declarar que, até à época de sua reedição (1980), os
adventistas favoreciam a interpretação de que os 144 mil são um grupo especial
do povo de Deus nos últimos dias – um grupo à parte da grande multidão[5] –,
essa também não era nem é até hoje uma posição oficial da igreja. O assunto
ainda está em estudo, e o que se enfatiza não é quem são os 144 mil, mas como
ser parte deles, como alcançar a salvação.[6]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por outro lado, se Ellen White
condenou discussões inúteis, também encorajou os adventistas a não desistir de
buscar conhecer cada vez mais a Bíblia e as profecias.[7] Em uma de suas mais
fortes declarações, ela afirmou: “A história da igreja nos ensina que o povo de
Deus não deve ficar estereotipado em suas teorias da fé, mas preparar-se para
nova luz, para abrir a verdade revelada em Sua Palavra.”[7] </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Portanto, os ensinos e profecias da
Bíblia podem e devem ser compreendidos cada vez mais à medida que o tempo passa
e os estudos progridem. Aspectos como a justificação pela fé, que Ellen White
não compreendia inicialmente, foram entendidos por ela décadas depois. Da mesma
forma, partes da Bíblia que ela não entendia, pela falta de estudos mais
profundos à época, hoje podem ser mais bem compreendidas (assim como Daniel não
entendia suas próprias profecias, mas hoje podemos compreendê-las, ver Daniel
12:4).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Avanços<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nas últimas décadas, diversos
estudos envolvendo os 144 mil têm sido divulgados por meios oficiais da igreja,
como o Instituto Bíblico de Pesquisas da Associação Geral (BRI, sigla em
inglês), lançando mais luz sobre o assunto. Uma importante coleção de materiais
sobre Daniel e Apocalipse lançada no início dos anos 1990 é a série Daniel
& Revelation Comitee Series, conhecida como “Darcom”. Num dos volumes da coleção,
um capítulo escrito por Beatrice Neall, “Sealed Saints and the Tribulation”
(“Os Santos Selados e a Tribulação”) trata diretamente dos 144 mil.[8] Nesse
estudo, um ponto especial pode ser destacado: a relação entre os 144 mil e a
“grande multidão” de Apocalipse 7. Em vez de enfatizar as diferenças entre
ambos os grupos, a autora apresenta diversas “marcas de identificação” entre
eles – evidências de que podem constituir um só grupo. Assim como ela, outros
acadêmicos adventistas, como Ekkehardt Mueller, um dos diretores associados do
BRI, também favorecem essa posição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os 144 mil são apresentados em duas
seções, em Apocalipse: 7:1-8 e 14:1-5. No capítulo 7, o relato sobre os 144 mil
é seguido pela descrição de uma multidão inumerável. A primeira grande evidência
de que os 144 mil e a grande multidão podem ser o mesmo grupo é a própria
estrutura do livro do Apocalipse. O capítulo 7 é um hiato, um parêntese entre o
sexto e o sétimo selos. Ele responde a uma pergunta básica feita pelos ímpios
no sexto selo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Diante da expectativa da vinda de
Jesus, os ímpios clamam aos montes e aos rochedos: “Caí sobre nós e
escondei-nos da face dAquele que Se assenta no trono e da ira do Cordeiro,
porque chegou o grande dia da ira dEles; e quem é que pode suster-se?” (Ap 6: 16,
17). Parafraseando, “quem poderá ficar de pé quando Cristo voltar?” Em 7:9, a
resposta é direta: “Depois destas coisas, vi e eis grande multidão que ninguém
podia enumerar [...] em pé diante do trono e diante do Cordeiro” (v. 9). Mais à
frente, no livro, os 144 mil são vistos em pé junto ao Cordeiro, no monte Sião
(Ap 14:1). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os 144 mil e a grande multidão são
descritos em momentos diferentes, como os únicos que podem ficar de pé diante
de Cristo, em Sua vinda à Terra. Isso deixa claro que ambos são o retrato do
povo de Deus que estará vivo por ocasião da volta de Jesus. A questão é: Eles
são dois grupos ou um só? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um grupo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Assim como Beatrice Neall, Ekkehart
Mueller, em seu artigo “The 144,000 and the Great Multitude”[9] (“Os 144 mil e
a Grande Multidão”), apresenta argumentos convincentes em favor de que ambos os
grupos são um só: (1) João ouve o número dos selados (144 mil), mas, na
sequência, contempla uma grande multidão (7:4, 9), assim como em 5:5, 6 ele
tinha ouvido sobre um Leão, mas viu um Cordeiro; (2) no capítulo 7, os 144 mil
são os justos do tempo do fim descritos ainda na Terra; a grande multidão é um
retrato desse povo já no Céu; (3) os 144 mil são a descrição do povo de Deus no
tempo do fim, que vai passar pela grande tribulação (representada pela
liberação dos ventos); a grande multidão são os que já passaram pela tribulação
(7:3, 14); (4) os 144 mil são os selados antes da liberação dos ventos (7:3); a
grande multidão logicamente precisou ser selada antes de passar pela grande
tribulação (7:14).[10]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O selamento e a grande tribulação
são as principais marcas de identificação, conforme Neall chama, entre os 144
mil e a grande multidão. Ambas as marcas dão fundamentos para se enxergar
semelhanças, não diferenças, entre os grupos. Os dois grupos foram selados e
passaram pela tribulação. Não é à toa que, no livro <i>O Grande Conflito</i>, Ellen White se refira aos 144 mil, citando
versículos referentes diretamente à grande multidão (Ap 7:14-16).[11] </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Assim, resta uma dúvida: O que
poderia diferenciar os 144 mil da grande multidão? Haverá dois grupos de justos
vivos quando Cristo voltar? Alguns argumentam que os 144 mil são as “primícias”
(Ap 14:4), um grupo especial em relação à grande multidão. No entanto,
“primícias” pode se referir aos 144 mil como os primeiros frutos da “colheita
universal de redimidos de todas as eras”. Diante disso, Mueller conclui que “é
melhor entender que os 144 mil e a grande multidão são o mesmo grupo, visto por
diferentes perspectivas”. Para ele, os 144 mil representam um “termo
simbólico”, enquanto a grande multidão “descreve a realidade”. [12]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O simbolismo dos 144 mil pode
encontrar sua realidade na grande multidão em diversos outros aspectos, entre
eles: (1) origem étnica – João ouviu de um grupo composto por 12 tribos de 12
mil filhos de Israel, mas viu uma multidão de tribos (7:9); (2) número – João
ouviu um número exato, mas viu uma multidão inumerável (7:4, 9); (3) pureza –
os 144 mil são descritos como puros, sem mancha, assim como a grande multidão,
vestida de vestiduras brancas (14:4. 5; 7:14); (4) proximidade ao Cordeiro – os
144 mil “seguem o Cordeiro para onde quer que vá”, assim como a grande multidão
serve de “dia e de noite” diante do trono e do Cordeiro (14:4; 7:15, 17); (5)
serviço – os 144 mil são “servos de Deus”, e a grande multidão também “serve a
Deus” (7:3, 15).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Hans K. LaRondelle, eminente
teólogo adventista, apontou os 144 mil como o povo remanescente de Deus no
tempo do fim, fiéis de todas as nações que “guardam os mandamentos de Deus e
têm a fé em Jesus” (Ap 14:12). Segundo LaRondelle, eles enfrentarão a crise
final promovida no mundo pelo anticristo. Ou seja, ele enxerga nos 144 mil um
simbolismo do remanescente que passará pela grande tribulação.[14]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Diante das evidências apresentadas,
torna-se ainda mais claro que o número 144 mil é simbólico. O próprio contexto
das passagens indica isso: tanto no capítulo 7:1-8, como em 14:1-5, a linguagem
diretamente ligada aos 144 mil tem forte simbolismo – ventos, quatro anjos,
quatro cantos, selamento na testa, homens virgens, doze tribos de Israel (a
maioria extinta, além de a lista não corresponder à original dos doze
patriarcas), etc. É mais coerente entender os 144 mil das 12 tribos de Israel como
que simbolizando a unidade, perfeição, completude e vastidão da igreja de Deus.[15]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Portanto, é possível concluir que
os 144 mil simbolizam a grande multidão – a multidão inumerável que atravessará
a crise final da Terra. Há razões para se acreditar que Jesus não virá para
buscar um pequeno grupo de remidos, nem dois grupos de justos vivos na Terra,
mas um remanescente fiel composto por uma multidão inumerável de todas as
nações. Virá buscar um povo que terá passado por muitas dificuldades, mas que
contou com a proteção de um Deus que lhes enxugará pessoalmente “toda lágrima”
(Ap 7:17). Mais importante ainda é nos prepararmos para pertencer a esse grupo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Diogo
Cavalcanti, editor na Casa Publicadora Brasileira)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Referências:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">1.
White, Ellen G. <i>Eventos Finais</i>, p.
268.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">2. White, Ellen G. <i>Primeiros Escritos</i>, p. 15-23.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">3. Pfandl, Gerhard. “Information on the Seventh-day Adventist Reform
Movement”. </span>Biblical Research Institute. Num ponto desse artigo, a crença
reformista de que 144 mil é um número literal é posta em contraste com a crença
adventista do sétimo dia de que o número é simbólico. Disponível em:
http://www.adventistbiblicalresearch.org/Independent%20Ministries/SDA%20Reform%20movement.htm</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">4. Nichol, F. D. (Ed.). <i>Seventh-day
Adventist Bible Commentary</i>, v. 7. Hagerstown, MD: Review and Herald, 1980.
p. 783.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">5. Ibid., p. 785.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">6. Ibid., p. 783. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">7. White, Ellen G. <i>Caminho a Cristo</i>, p. 112. <i>Conselhos Sobre a Escola Sabatina</i>, p.
23. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">8. White, Ellen G. <i>Cristo
Triunfante</i>, p. 317.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">9. Frank Holbrook (ed.). Beatrice Neall. “Sealed Saints and the
Tribulation”. Symposium on Revelation – Book I. Daniel & Revelation
Committee Series. Hagerstown: Review and Herald, 2000. p. 245-278.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span lang="EN-US">10. Mueller, Ekkehardt. “The 144,000 and the Great Multitude”. </span>Biblical
Research Institute. Disponível em: http://www.adventistbiblicalresearch.org/documents/144%2C000greatmultitude.htm</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">[1]<!--[endif]-->1.
Ibid.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">[1]<!--[endif]-->2.
White, <i>O Grande Conflito</i>, 648, 649.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">[1]<!--[endif]--><span lang="EN-US">3. Mueller. Ibid.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">[1]<!--[endif]--><span lang="EN-US">4. LaRondelle, Hans K. “Prophetic
Basis of Adventism”. </span><i>Adventist
Review</i>, 1° de junho-20 de julho, 1989. Disponível em:
http://www.adventistbiblicalresearch.org/documents/Prophetic%20Basis%20Adventism.htm</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">[1]<!--[endif]-->5.
Neall, Ibid. 262, 269.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-8184714219087674652012-02-07T19:28:00.000-02:002012-02-07T19:28:32.376-02:00A calúnia celestial de Satanás<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHwYmAD-kiPLQ8IfdnAuMmx4-1wTyK53_Vn9-238D5YGs01i1erlfQKuBl6ZtBO9Pv2ULXRz21ISN41wKP2K2DXPPGSDn_9T9QXVEf9xYfy8pvt4d83XYgi1rtQL0CHK65oj8E/s1600/fall.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHwYmAD-kiPLQ8IfdnAuMmx4-1wTyK53_Vn9-238D5YGs01i1erlfQKuBl6ZtBO9Pv2ULXRz21ISN41wKP2K2DXPPGSDn_9T9QXVEf9xYfy8pvt4d83XYgi1rtQL0CHK65oj8E/s200/fall.jpg" /></a></div><blockquote><b>Como provar que Ezequiel 28 se refere também a Satanás e ao começo do conflito no Céu?</b></blockquote><br />
Como um teólogo aspirante, escrevi meu primeiro trabalho de pesquisa a respeito dos textos de Isaías 14 e Ezequiel 28 – passagens que os adventistas tradicionalmente interpretam como sendo referentes a Satanás e à origem do mal no Céu. Seguindo a pista de comentários da alta crítica, cheguei à desconcertante conclusão de que essas passagens se referem nem a um nem a outro. Consequentemente, senti que os adventistas não deveriam mais citar essas supostas evidências bíblicas para sustentar sua compreensão acerca de como o Grande Conflito começou.<br />
<br />
Entretanto, estudos mais aprofundados revelaram que, até o surgimento da crítica histórica à época do Iluminismo, os cristãos em geral interpretavam Isaías 14 e Ezequiel 28 da mesma maneira que os adventistas interpretam hoje. E, recentemente, encontrei evidências exegéticas convincentes de que Isaías e Ezequiel estavam, de fato, se referindo a Satanás nessas passagens.<br />
<br />
Enquanto era estudante em nosso seminário, Jose Bertoluci escreveu uma dissertação que compromete seriamente a visão crítica de que os dois profetas descrevem apenas inimigos terrenos históricos de Israel. Intitulado “O Filho da Alva e o Querubim Cobridor no contexto do conflito entre o bem e o mal”[1], o artigo de Bertoluci mostra que cada passagem se transfere do domínio local e histórico dos reis terrestres para o âmbito sobrenatural no qual Lúcifer interpretou seu sedicioso papel. Descobri mais evidências que suportam esse deslocamento conceitual em Ezequiel 28 – do “príncipe” terreno (<i>nagid</i>, o rei de Tiro, versos 1-10) para o “rei” cósmico (<i>melek</i>, o soberano sobrenatural de Tiro, o próprio Satanás, versos 11-19). Descobri também que esse julgamento sobre o querubim caído ocorre no clímax do livro inteiro.[2] Desse modo, a evidência bíblica suporta fortemente a exegese tradicional: o mal teve sua origem em Lúcifer, o querubim cobridor.<br />
<br />
Até alguns meses atrás, entretanto, um conceito adventista muito familiar a respeito do advento do Grande Conflito parecia não ter mais do que um suporte bíblico meramente inferencial. Refiro-me às alegações de que, antes de sua queda, Satanás se pôs entre os anjos a difamar o caráter e o governo de Deus. Nos livros <i>Patriarcas e Profetas </i>e <i>O Grande Conflito</i>, em torno de 16 páginas tratam desse assunto, com base em informações a respeito de Satanás tais como o fato de ele ter sido chamado “homicida desde o princípio, [...] um mentiroso” (João 8:44, RSV) e “o acusador de nossos irmãos” (Apocalipse 12:10, RSV). Mas existe alguma base bíblica mais explícita para a acusação de “calúnia celestial”?<br />
<br />
Acredito que sim. Por um feliz acaso, eu estava examinando uma afirmação recente de que a maior parte da descrição de Satanás em Ezequiel 28 seria apenas simbólica porque, como foi argumentado, ele é descrito como sendo engajado em uma “abundância de [...] comércio” (verso 16, NKJV) e, obviamente, Lúcifer não é literalmente um mercador celestial. Na etimologia da palavra hebraica para “comércio”, fiz uma surpreendente e empolgante descoberta. O verbo <i>rakal</i>, do qual esse substantivo deriva, literalmente significa “andar por aí, de um para outro (para comércio ou conversa fútil)”.[3] O substantivo derivado <i>rakil </i>– encontrado seis vezes no Antigo Testamento, uma delas em Ezequiel 22:9 – significa “caluniador” ou “mexeriqueiro”. O outro substantivo derivado, <i>rkullah </i>– que é o termo usado para “comércio” em Ezequiel 28:16 – aparece somente nesse livro, e todas as suas quatro ocorrências têm que ver com Tiro (26:12; 28:5; 16, 18).<br />
<br />
A maior parte das versões modernas traduzem <i>rkullah </i>como “tráfico”, “comércio” ou “mercadoria” – o que faz sentido, se aplicado somente à Tiro histórica, uma cidade mercante, como contexto único da palavra. Entretanto, em referência às representações do querubim cobridor em 28:16 e 18, a noção de <i>comércio </i>não parece se aplicar tão bem. O notável crítico exegeta Walther Eichrod comenta: “A descrição da transgressão é um pouco inesperada, já que o comércio aqui é subitamente representado como sendo a origem da iniquidade.”[4]<br />
<br />
Uma resposta que acomoda ambas as interpretações, “comércio” e “calúnia”, pode ser encontrada, creio eu, em um recurso literário conhecido como “paranomasia” – um jogo com o significado da palavra. Já que o substantivo <i>rkullah </i>é derivado do verbo que significa “andar por aí, de um para outro, para fins de comércio ou de conversa fútil/difamação” – parece provável que Ezequiel tenha escolhido esse raro termo hebraico (ao invés do termo mais comum para comércio, <i>sahar</i>) justamente por causa de seu possível duplo significado. A Tiro histórica claramente “andou por aí, de um para outro” para fins de comércio com outras nações. De maneira semelhante, o derradeiro governante de Tiro, Satanás (versos 11-19), no celeste “monte de Deus”, também andou por aí, de um para outro – mas não para negociar, e sim para espalhar calúnia e difamação entre os anjos. Ambos os governantes, o terrestre e o espiritual, praticaram “tráfico”: o primeiro, de mercadorias; o segundo, de calúnias contra Deus.[5]<br />
<br />
O contexto imediato de Ezequiel 28:16 retrata a queda do Querubim Cobridor da perfeição (verso 15) para o orgulho (verso 17). Nesse cenário, os versos 16 e 18 traçam seus subsequentes passos para a perdição. O verso 16 pode ser mais bem traduzido da seguinte maneira: “Na multiplicação da tua difamação [<i>rkullah</i>], se encheu o teu [de Satanás] interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus...” Com hábeis pinceladas, Ezequiel pinta o retrato de Lúcifer difamando a Deus, um primeiro passo em direção à definitiva rebelião aberta e violenta descrita tão bem por João como “guerra no Céu” (Apocalipse 12:7, NIV). Ezequiel 28:18 revela que, após sua expulsão do Céu, o querubim caído continua a sua “iniquidade de difamação [<i>rkullah</i>]” contra Deus. O versículo também registra a sentença divina contra Satanás: destruição pelo fogo por causa da “multidão de suas iniquidades”.<br />
<br />
A sediciosa difamação celestial de Satanás contra Deus nos primeiros momentos do Grande Conflito não é uma adição adventista extrabíblica à história; é, na verdade, uma admirável verdade bíblica!<br />
<br />
<i>(Richard M. Davidson é professor de Antigo Testamento na Universidade Andrews, nos EUA)</i><br />
<br />
<b>Referências:</b><br />
<br />
1. Jose M. Bertoluci, “The Son of the Morning and the Guardian Cherub in the Context of the Controversy Between Good and Evil”, dissertação de Th.D., Andrews University Seventh-Day Adventist Theological Seminary, 1985 (disponível a partir de University Microfilms, University of Michigan, P.O. Box 1346, Ann Arbor, MI 48106-1346).<br />
<br />
2. Richard M. Davidson, “Revelation/Inspiration in the Old Testament”, <i>Issues in Revelation and Inspiration</i>, Adventist Theological Society Occasional Papers, v. 1, Frank Holbrook e Leo Van Dolson, eds. (Berrien Springs, Mich.: Adventist Theological Society Publications, 1992), p. 118, 119. <br />
<br />
3. Francis Brown, S. R. Driver e Charles A. Briggs, eds., <i>The New Brown, Driver and Briggs Hebrew and English Lexicon of the Old Testament </i>(Grand Rapids, Mich.; Baker Book House, 1981), p. 940.<br />
<br />
4. Walter Eichrodt, <i>Ezekiel: A Commentary, Old Testament Library </i>(Philadelphia: Westminster Press, 1970), p. 394.<br />
<br />
5. Apocalipse 18 parece capturar esse nuance dúbio utilizado por Ezequiel. Em uma passagem claramente alusória a Ezequiel 28, o anjo fala sobre a “mercadoria” de várias coisas materiais nos versos 12 e 13, mas a listagem termina transferindo-se para o âmbito espiritual: “mercadorias de [...] almas humanas” (KJV).Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-6043610171027999122012-02-03T18:34:00.002-02:002012-02-06T08:50:01.748-02:00Sobre deuses, astros e ídolos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU1Oy5s8n6Gu8ypvXAahMyKyqfotPLKK7lt2ERNEBNw3G-dihG18ZAwcz26fpEZ8k75kot6mNB-BDEtsar78b_qCWxF6fiiMgxGg0zevjNKw-lwl5HYRNT-jkIqdaw-qFYRnq3/s1600/cinema.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="196" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU1Oy5s8n6Gu8ypvXAahMyKyqfotPLKK7lt2ERNEBNw3G-dihG18ZAwcz26fpEZ8k75kot6mNB-BDEtsar78b_qCWxF6fiiMgxGg0zevjNKw-lwl5HYRNT-jkIqdaw-qFYRnq3/s200/cinema.jpg" /></a></div><blockquote><i>Por que não é aconselhável a um cristão (ou a qualquer outra pessoa) ir ao cinema?</i></blockquote><br />
Este artigo procura explicar a influência que o “local cinema” pode ter na vida do indivíduo, relacionado a questões de espiritualidade, mente, comportamento e a aspectos fisiológicos. Este estudo não tem como intenção mostrar que filmes são indicados ou não para serem assistidos, ou se os filmes devem somente ser assistidos em casa (existem parâmetros bem definidos para isso na Bíblia e alguns textos de referência estão no fim deste artigo). <br />
<br />
<b>Aspectos psicológicos e sociológicos</b><br />
<br />
<b>1. Ritual religioso.</b> Seja do ponto de vista evolucionista ou criacionista, sabe-se que o ser humano sempre teve a necessidade de adorar alguma coisa, algo, em algum lugar e vemos isso presente em todos os tempos, locais e culturas. Em termos de Semiótica e da Psicologia da Comunicação, é sabido que o ato de ir ao cinema se trata de um “ritual religioso”, por meio de uma representação dirigista, e que o cinema (o local) é comparado a um templo. Ou seja, pessoas desconhecidas, de diversos lugares convergem em um único ponto, em um lugar especial, específico (coisas especiais se fazem em lugares importantes) para “venerar” algo/alguém.<br />
<br />
“Não é estranho que Hollywood fosse comparada com Meca e que os cinemas fossem comparados com os templos. Em todos esses contextos, os espectadores se abrem para a revelação que lhes é dada, acolhem em atitude de êxtase a força sagrada, veneram com devoção a seus deuses e deusas, recebem com fé mensagens que conferem um sentido a suas vidas e acolhem com reverência os modelos de vida que lhes impõem. É desta forte conexão com a emoção e com o inconsciente que as imagens incidem nas crenças e nos comportamentos, são reguladoras da conduta, veículos privilegiados para a implantação de modelos de vida” (Joan Ferrés, <i>Televisão Subliminar – Socializando através de comunicações despercebidas</i>, Artmed, 1998; Ferrés é professor na Universidade de Barcelona, pesquisador e pedagogo especialista na área de mídia).<br />
<br />
<b>Implicações –</b> O indivíduo que vai ao cinema, intrinsecamente, estará preenchendo sua necessidade de adorar alguma coisa em algum lugar e, como consequência, por que ele sentiria, então, a necessidade de adorar a Deus na igreja? Ele poderá perder esse desejo ou diminuí-lo paulatinamente, substituindo-o por algo muito mais excitante aos seus sentidos.<br />
<br />
<b>2. Deuses, astros e ídolos. </b>Outro aspecto “espiritual” do ato de ir ao cinema é a referência aos “astros”, “deuses” e “ídolos” do cinema. Muitas vezes, o indivíduo não vai ao cinema por causa do filme, mas, sim, por causa do ator/atriz que ele tanto admira. Prova disso são frases do tipo “você já viu o novo filme do fulano/fulana?”, servindo como referência ao ídolo do cinema e não ao filme, ou seja, o ator é a referência para que se vá assistir ao filme. Novamente, essa é uma analogia com aspectos religiosos, no ato de ir ao cinema.<br />
<br />
<b>Implicações –</b> Novamente, a “concorrência” que tais ídolos, deuses e astros do cinema estariam fazendo ao preencher a busca de um referencial, algo inerente ao ser humano. O verdadeiro Deus ficaria, assim, suprimido e perderia espaço na adoração, na mente e no tempo do indivíduo que vai ao cinema.<br />
<br />
<b>3. Suspensão da realidade ou credibilidade.</b> Ao adentrar um ambiente fantasioso, que gera toda uma expectativa, o indivíduo deixa fora sua realidade e se permite sonhar, esquecer seu cotidiano, esquecer o que rege sua vida, seus princípios, do que é louvável ou não, do padrão do certo ou errado. Ele fica envolvido. Quer esquecer a realidade e viver o filme. Joan Ferrés, em seu livro, diz: “O espectador esquece os cabos que sustentam o Superman e as transparências que animam seu voo, porque necessita sonhar com a superação das limitações que lhe atam a uma realidade medíocre e cinzenta.”<br />
<br />
<b>Implicações –</b> Quando se vai a um ambiente em que a realidade fica “de fora”, a mente fica “aberta” a novas mensagens apresentadas de modo intenso, porque a noção do certo e errado acaba minimizada.<br />
<br />
<b>4. Interação social.</b> O indivíduo vai ao cinema e está, também, interagindo com os demais “adoradores”; estão partilhando do mesmo ideal, pois não existe cinema sem pessoas. Seria totalmente desconfortável estar numa sala de cinema e ter meia dúzia de “gatos pingados”. Desde coisas simples, como onde sentar, quem sentará ao meu lado, o contágio do clima fílmico, toda a questão de “comunidade” está ali presente, pois todos estão ali com o mesmo objetivo. Não é nenhuma coincidência a semelhança com o contágio social, o senso de comunidade em uma igreja, de pessoas que estão ali para adorar a Deus.<br />
<br />
Veja esta citação da matéria “Por que os cinemas não morreram”, publicada na revista <i>Sociologia</i>, edição nº 2 (Editora Escala): “Uma das poucas vantagens do cinema em relação às demais mídias é o forte apelo da indústria cultural divulgando as estreias dos filmes, pois a indústria cultural trabalha constantemente com o novo. Ainda assim, as salas de cinema ainda são capazes de atrair as pessoas para desvendar o mistério de assistir um filme em grande écran, acompanhadas de desconhecidos que compartilham sentimentos e expectativas por um breve período de exibição de uma película. Enfim, parece que as pessoas ainda precisam do clima místico do cinema e da partilha de sentimentos coletiva para se sentirem como parte do mundo, por mais que este hoje pareça tribalista.”<br />
<br />
<b>Implicação –</b> Quem vai ao cinema está também preenchendo ali seu senso de coletividade, ao “congregar” e partilhar do mesmo objetivo com outros indivíduos.<br />
<br />
<b>O ambiente: aspectos neurofisiológicos</b><br />
<br />
Partindo do princípio de que a sala de cinema é projetada especialmente para dar um grande impacto emotivo, uma hiperestimulação sensorial, ser realmente algo especial e marcante para o espectador, podemos tirar algumas conclusões:<br />
<br />
<b>1. O som.</b> No ambiente da sala do cinema o som proporciona ao espectador algo mais do que o envolvimento emocional de uma trilha sonora. Geralmente, é um som alto, <i>surround </i>e com intensidade acima de 90 decibéis, quando este é então percebido também como vibrações. Essas vibrações penetram no corpo influenciando diretamente nossos órgãos. As ondas sonoras graves têm maior comprimento e podem penetrar em distâncias maiores. No labirinto (órgão do ouvido), existe um líquido que, quando se movimenta, empurra as células ciliadas para um lado ou outro. Quando viramos a cabeça para um lado, o líquido se movimenta e empurra os cílios das células receptoras para o outro lado, aumentando ou diminuindo o número de estímulos elétricos enviados pelo nervo ao sistema nervoso central. O sistema nervoso central é que decifra a quantidade de estímulos elétricos, compara com a posição do resto do corpo e dá a percepção de equilíbrio.<br />
<br />
Se um som com 90 decibéis ou mais fizer com que o líquido do labirinto incline os cílios das células receptoras, o sistema nervoso vai decifrar isso como movimento e ajustará os músculos dos membros para equilibrar, podendo assim alterar o equilíbrio do corpo em meio à contemplação de um filme com tal volume de som, por exemplo. <br />
<br />
As imagens projetadas nos olhos também influenciam o equilíbrio, pois o Cerebelo é que integra as informações oriundas dos olhos e aquelas oriundas do labirinto. Muitas vezes, em um ambiente de cinema, as informações vindas do labirinto e dos olhos são conflitantes e isso também provoca desequilíbrio.<br />
<br />
Como os nervos que levam informações do labirinto para o cérebro são muito próximos do nervo vago, que leva e traz informações do sistema gastrointestinal, uma estimulação forte do nervo que sai do labirinto pode estimular o nervo vago e produzir ânsia de vômito e até vômitos.<br />
<br />
Enquanto houver estímulos sobre as células receptoras e o cérebro receber essas informações, esses fenômenos continuarão ocorrendo.<br />
<br />
<b>Implicação –</b> A intensidade do som de uma sala de cinema é além de 90 decibéis e, aliada a um efeito <i>surround</i>, a noção de equilibro é em muito diminuída (o indivíduo fica “zonzo”, “tonto”), no transcorrer do filme. Isso compromete em muito seu estado de lucidez e seu senso crítico/discernimento, nesse tipo de ambiente.<br />
<br />
<b>2. Hiperestímulo sensorial.</b> O indivíduo que assiste a um filme em uma sala de cinema está enormemente mais exposto a hiperestímulos sensoriais do que o que assiste a um filme em sua casa, pelos fatores anteriormente abordados e pelo que ainda será abordado mais adiante.<br />
<br />
Quando escutamos e/ou vemos algo, essa informação sonora e auditiva, esses estímulos sensoriais são transformados em impulsos nervosos, sendo enviados ao córtex cerebral para serem interpretados e se tornarem ou não conscientes (segundo estudos, não mais que 20% do que vemos ou ouvimos vai para o consciente; o restante vai para o inconsciente humano e ali não se tem controle de como atuará em todo o corpo e mente). Antes de chegarem ao córtex cerebral os estímulos chegam a uma “estação retransmissora” chamada tálamo. No tálamo, existem sinapses com várias partes do sistema nervoso:<br />
<br />
a) Sistema límbico, responsável pelas emoções.<br />
b) Hipotálamo, que controla o sistema nervoso autonômico, responsável pelo controle dos batimentos cardíacos, sudorese, pupilas, respiração, secreção de adrenalina pela glândula suprarrenal, etc., e a glândula hipófise, responsável pelo controle dos hormônios e das várias outras glândulas do corpo.<br />
c) Tronco cerebral, onde é controlado o ciclo sono/vigília e o movimento e equilíbrio do corpo.<br />
<br />
Assim, os sons e imagens podem provocar variadas reações no organismo. Quando os estímulos chegam ao tálamo, ele decide para onde vai enviar sinais nervosos e quais estruturas nervosas e hormonais vai acionar. <br />
<br />
Por exemplo, filmes que contenham cenas de suspense, terror, guerra, mortes geram uma reação de estresse e o sistema nervoso autonômico é estimulado e prepara o organismo para lutar ou fugir (reação de fuga ou luta). O corpo então é preparado para esforço físico forte e rápido: aumentam os níveis de glicose no sangue, o sangue é deslocado de regiões como cérebro, estômago e intestino para aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos; ainda aumentam a frequência respiratória e cardíaca, a velocidade de coagulação sanguínea, ocorre sudorese, a pupila fica dilatada, diminui o fluxo sanguíneo em outros órgãos como rins e sistema gastrointestinal, aumenta a liberação de adrenalina, noradrenalina e cortisol na glândula suprarrenal.<br />
<br />
Essa situação deve ocorrer por pouco tempo, pois se perdurar por mais do que 15 ou 20 minutos, os efeitos do cortisol fazem com que o sistema imunológico fique deprimido. Além disso, os efeitos da adrenalina e da noradrenalina provocarão aumento da pressão arterial e a função renal será prejudicada. Perceba que o indivíduo poderá ter todas essas reações estando estático, sentado em uma cadeira de uma sala de cinema.<br />
<br />
Mas um filme que gera essas sensações tem duração de somente 15 ou 20 minutos? Vale lembrar que em qualquer tipo de filme existe suspense em relação a “qual será a próxima cena”, embalado por trilhas sonoras e tomadas de câmera envolventes. Deve-se ter o discernimento do que, como e onde assistir – fatores decisivos que interferem na influência das películas em nossa mente.<br />
<br />
Além disso, quando o sistema límbico (responsável pelas emoções) é ativado, várias reações emocionais são acionadas, além de estimular a aquisição de dados na memória.<br />
Uma vez que o hipotálamo seja estimulado, tanto o sistema límbico (emoções) e o sistema nervoso autonômico (batimentos cardíacos, respiração, secreção de adrenalina, etc.) quanto o sistema hormonal ficarão alterados. Quanto mais intensa for a entrada e quantidade de estímulos sensoriais, mais estruturas nervosas serão estimuladas.<br />
<br />
O centro do prazer é formado por estruturas do sistema límbico (das emoções) e é estimulado por neurotransmissores e/ou hormônios como: dopamina, serotonina, endorfinas, noradrenalina e adrenalina. Quando esse centro do prazer é estimulado o individuo tende a repetir a experiência para produzir prazer novamente.<br />
<br />
A superestimulação sensorial também produz aumento do nível desses receptores nas sinapses. Se esses neurotransmissores estimularem de maneira mais demorada (qual a duração de um filme?), o centro do prazer leva ao estado de dependência – desejo de repetir a experiência – e à tolerância – necessidade de uma dose maior para produzir o mesmo sentimento de prazer. A isso se chama vício. Embora tal mecanismo também ocorra em estímulos neurossensoriais recebidos de um filme em uma televisão, os efeitos em uma sala de cinema são consideravelmente mais intensos, devido aos fatores abordados e a serem ainda expostos.<br />
<br />
Outra consequência de filmes assistidos em salas de cinema é a “anestesia e atrofia” do que popularmente chamamos de “consciência”. Um dos centros nervosos que recebem impulsos do hipotálamo e do ouvido é um núcleo denominado Lócus Cerúleos. Esse núcleo envia neurotransmissores para algumas partes do cérebro, entre elas está o córtex pré-frontal. Quando ocorre muita estimulação do Lócus Cerúleos (como assistir a um filme no cinema), ele faz com que estímulos nervosos liberem noradrenalina dos terminais dos nervos que chegam ao córtex pré-frontal. A atuação de níveis altos de noradrenalina no córtex pré-frontal atua como uma forma de anestesia das funções dessa região. <br />
<br />
Por isso, as funções de tomar decisões corretas ficam prejudicadas, pois o córtex pré-frontal não consegue buscar informações armazenadas na memória e em outras regiões (como se a “base de dados” do que é certo e errado estivesse sendo bloqueada). Assim, a razão, o domínio próprio, a consciência ficam afetados. Como a razão fica “anestesiada”, as emoções dominam as ações. Como os hormônios foram liberados em maior quantidade pela estimulação do hipotálamo, o desejo sexual e qualquer outra função ficam fora do controle da razão, por exemplo.<br />
<br />
<b>Implicação –</b> Podemos enumerar as implicações:<br />
<br />
1. Assim como não temos mais domínio sobre a ação de um copo d água dentro do corpo depois que a ingerimos, não temos mais domínio próprio em uma informação visual e auditiva que percebemos, pois ela se transforma em impulsos nervosos e torna-se algo fisiológico; não mais há o domínio próprio sobre o efeito que terá no corpo do indivíduo.<br />
<br />
2. Funções metabólicas e sistema imunológico ficam prejudicados mediante a exposição a uma hiperestimulação do corpo em uma sessão de cinema (alteração de batimentos cardíacos, pressão arterial, sudorese, pupilas, respiração, secreção de neurotransmissores e hormônios, etc.).<br />
<br />
3. A exposição a esses estímulos neurosensoriais intensos leva a um estado de: (1) dependência – desejo de repetir a experiência, e (2) tolerância – necessidade de uma dose maior para produzir o mesmo sentimento de prazer. Tais fatores são popularmente chamados de vício. Surge então o perigo de que o ato de frequentar o cinema não será mais um prazer suficiente para gratificar o mecanismo de recompensa do cérebro, pois este pedirá estímulos mais intensos.<br />
<br />
4. Outra consequência é a que o espectador assíduo do cinema acaba por achar monótono tudo o que é abstrato ou estático (como a leitura de livros e revistas, que requerem mais concentração e um cérebro mais treinado na abstração que é requerida na leitura). O indivíduo acaba necessitando de sobrecarga sensorial para se sentir vivo e gratificado.<br />
<br />
5. O córtex pré-frontal e suas funções (consciência, razão, discernimento, domínio próprio) ficam atrofiados e anestesiados pela atuação de níveis altos de noradrenalina liberados pela estimulação do Lócus Cerúleos. As funções de tomar as decisões corretas ficam prejudicadas e o indivíduo passa a tomar suas decisões baseados em aspectos emotivos e não racionais.<br />
<br />
<b>3. Dimensões da tela de cinema</b><br />
<br />
Um dos grandes diferenciais entre assistir a um filme em uma televisão e em uma sala de cinema, com certeza, é a dimensão da tela. Somente por essa comparação, deduz-se que a quantidade de informação e influência visual é muito mais intensa. Quantas televisões “cabem” em uma tela de cinema? <br />
<br />
Ainda nessa comparação, a tela de cinema envolve a visão fóvica (central) e a visão periférica. Uma televisão comum certamente não engloba as visões fóvica e periférica ao mesmo tempo, por mais que as telas estejam maiores e quase sempre haja interferência e distrações no ambiente (alguém se levanta, vai ao banheiro, cozinha, existem comentários entre os espectadores, etc.).<br />
<br />
Indo para o campo fisiológico, explicaremos como ocorre a estimulação da retina e como isso chega ao córtex visual (SNC – Sistema Nervoso Central).<br />
<br />
Campo receptivo é a chamada área da retina em que um estímulo luminoso (imagem) altera os fotorreceptores (cones e/ou bastonetes), provocando atividade dos neurônios da via visual (nervo óptico). Na fóvea (visão fóvica, central), que fica no centro da retina onde a acuidade visual é maior, os campos receptivos são menores comparados àqueles da retina periférica (ou visão periférica). Tais campos receptivos dos neurônios que recebem informações dos fotorreceptores são circulares. Esse campo receptivo circular é dividido num círculo central e num círculo periférico. A área central desse círculo central (visão fóvica, central) é estimulada de forma antagônica à do círculo periférico (visão periférica), ou seja, se antagonizam mutuamente.<br />
<br />
Quando estímulos visuais (imagens) atingem apenas a periferia de um campo receptivo, a estimulação dos neurônios é mínima. Porém, quando a imagem estimula a periferia e o centro de um campo receptivo, simultaneamente, então a estimulação das células nervosas é máxima e, como consequência, muitíssimo mais informações visuais adentrarão o cérebro.<br />
<br />
Possivelmente, a exposição de um filme numa tela grande facilite a estimulação de uma área maior na retina, principalmente nas regiões laterais onde os campos receptivos dos neurônios são maiores. Lembramos que em uma sala de cinema o indivíduo permanece estático, sem muitos movimentos de corpo e cabeça, por no mínimo 90 minutos.<br />
<br />
Apenas para completar, existem vias nervosas separadas para levar até o córtex visual os diversos estímulos: uma para cor, outra para forma e profundidade da imagem e outra para movimento. As informações visuais contidas numa imagem são primeiramente detectadas e analisadas por diferentes circuitos neurais, depois permitindo a síntese da informação para a percepção global no córtex visual.<br />
<br />
<b>Implicação –</b> Não existe “escape visual” ao estar em uma sessão de cinema. Por no mínimo 90 minutos, o indivíduo estará exposto a uma estimulação máxima nas células receptoras da visão devido à dimensão da tela, por englobar visão fóvica e periférica, o que gera uma influência muito maior da mensagem filosófica do filme e seus efeitos fisiológicos na mente e corpo.<br />
<br />
<b>4. Resposta pupilográfica</b><br />
<br />
Outro fator relacionado ao ato de assistir a um filme em uma sala de cinema é a dilatação da pupila, ou midríase (nomenclatura fisiológica) ou ainda resposta pupilográfica. A pupila é a porta de entrada dos estímulos luminosos (imagens), portanto, quanto mais dilatada estiver, com maior abertura, mais estímulos neurossensoriais adentrarão com maior intensidade no organismo do indivíduo.<br />
<br />
É bem conhecido que em um ambiente escuro a pupila se dilata mais para que entre mais luz (estímulos luminosos, imagens) e, assim, se tenha melhor acuidade visual. Obviamente, em uma sala de cinema não existe luz ambiente (o ambiente é projetado para ser escuro) e a tela não emite luz como uma TV, uma vez que as imagens do filme são projetadas sobre a tela e ela refletirá pouca luz. Com isso, o ambiente tende a ficar mais escuro do que num ambiente em que o filme é assistido em uma TV e a abertura da pupila é maior – ou seja, mais estímulos neurossensoriais chegarão ao cérebro.<br />
<br />
A pupila aumenta de tamanho; “abre-se” frente a estímulos agradáveis (alguém vai a uma sala de cinema para assistir a um filme que para si é “desagradável”?), e diminui de tamanho, “resiste”, se fecha frente a estímulos desagradáveis. Toda experiência nova faz com que adrenalina e noradrenalina sejam liberadas estimulando o centro do prazer. Como os jovens estão mais interessados em experiências novas, pois em sua memória ainda não estão registrados os resultados dessas experiências e suas consequências, eles desfrutam de prazer por praticar atividades que liberem esses neurotransmissores. Assim, situações novas ou desafiadoras fazem com que o sistema nervoso autonômico simpático libere noradrenalina e adrenalina, e uma das ações dessas substâncias é a midríase (dilatação das pupilas). Como mencionado anteriormente, essa dilatação proporciona maior entrada de luz nos olhos e uma visão mais acurada, e maior entrada de estímulos neurossensoriais.<br />
<br />
Em situações de repouso, quem comanda nossas atividades autonômicas é o sistema nervoso autonômico parassimpático. Entre suas funções estão: diminuição dos batimentos cardíacos, aumento dos movimentos gastrointestinais, miose (contração das pupilas), dilatação dos vasos sanguíneos dos órgãos internos, etc.<br />
<br />
Implicação – Podemos comparar, quem sabe, a pupila como um funil. Quanto maior for sua abertura, mais substâncias entrarão pelo orifício. A pupila é um “funil visual”: quanto maior a abertura, mais informação, mais influência, mais consequências comportamentais e fisiológicas. O olho não passa somente de um sensor e cerca de ¼ do cérebro é dedicado à visão.<br />
<br />
<b>5. Hipnose.</b> Todas as questões anteriormente abordadas, somadas à “equação” ambiente escuro + corpo estático + olhar fixamente por mais de 90 minutos para um único ponto de luz, sugerem um estado de princípio de hipnose. Na hipnose, há a ausência de piscadas dos olhos e, quanto menos piscamos, mais intensamente estamos no estágio de pré-hipnose. A hipnose ocorre quando nossa mente está sob controle de um comando externo e perdemos o controle voluntário. Isso pode ocorrer voluntariamente ou involuntariamente.<br />
<br />
Quando o indivíduo se dispõe a fazer todo o ritual de ir ao cinema, ficar exposto a toda sorte de estímulos psicológicos, sociológicos e fisiológicos, a “entrar no filme” e participar dele com todas as influências já abordadas, contemplando fixamente a produção que fabrica emoções, esse indivíduo está permitindo que as mensagens daquele filme dominem sua mente e suas emoções por um determinado espaço de tempo; ele se expõe a uma hipnose voluntária.<br />
<br />
O simples fato de tais mensagens e filosofias dos filmes começarem a fazer parte da cultura e comportamento do indivíduo e predominarem em sua mente por meio da contemplação passiva desses já pode ser considerado uma hipnose voluntária.<br />
<br />
Ademais, o período de tempo em que esses “valores hollywoodianos” permanecerão na mente e no comportamento do indivíduo dependerá do quanto sua consciência interferirá nesse processo (já abordamos anteriormente como o córtex pré-frontal é “anestesiado” sob tais influências).<br />
<br />
A avaliação do “certo e errado” das mensagens conscientes do filme ficará então muito prejudicada com a consciência “bloqueada”, “anestesiada” e não conseguindo avaliá-las na comparação com os padrões éticos e morais memorizados. <br />
<br />
Além desses aspectos, as mensagens abaixo do limiar da consciência (subliminares) não estão disponíveis para avaliação e escolha do que seja certo ou errado.<br />
<br />
Assim, quanto mais cada indivíduo ficar exposto a todas as influências comentadas neste artigo e a menos padrões éticos, mais os conceitos enviados pelos filmes dominarão sobre os padrões estabelecidos.<br />
<br />
<b>Implicação –</b> Se comentasse com um amigo que você iria se dirigir a uma reunião com indivíduos com quem jamais se encontrou antes, em um salão, auditório fechado, escuro, com som alto que compromete seu equilíbrio corporal, contemplando fixamente um único ponto de luz que envolve toda sua visão, sem escape visual, por cerca de duas horas, com suas emoções em seu limiar, acolhendo mensagens, filosofias e roteiros cuidadosamente elaborados para gerar um estado de êxtase em você, o que esse amigo lhe diria a respeito disso?<br />
<br />
Para reflexão: “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Salmo 101:2). “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz” (Mateus 6:22). “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4:23). “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:8). <br />
<br />
<i>(Cristiano James Kleinert, designer/programador visual)</i><br />
<br />
<b>Contribuições técnicas:</b><br />
<br />
Prof. Dr. Hélio Pothin (professor de Fisiologia Humana na Universidade Federal de Santa Maria)<br />
<br />
Prof. Dr. Eduardo Guillermo Castro (professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria)<br />
<br />
<b><a href="http://www.youtube.com/watch?v=pAxtQ_rmlig"target="_blank">Assista a este vídeo</a></b> em que o pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista na América do Sul, fala sobre cinema.<br />
<br />
<b>Quero adicionar apenas mais dois simples argumentos [MB]:</b><br />
<br />
1. Aparência do mal: para muitos irmãos adventista e evangélicos, cinema é local inapropriado para o cristão. Alguns nem sabem bem por quê. O fato é que ficam escandalizados de ver um adventista/cristão lá. Qual seria a postura do apóstolo Paulo, por exemplo, nesse caso? Ainda que ele não visse mal em ir ao cinema (coisa que duvido), ele não iria para não servir de pedra de tropeço. Ele evitou carnes sacrificadas aos ídolos justamente por causa da consciência mais fraca de alguns irmãos. Se nos preocupamos com a salvação dos outros, evitaremos tudo aquilo que pode atrapalhar a edificação da fé deles. Nossos prazeres e preferências não podem ser mais importantes que isso.<br />
<br />
2. A igreja não recomenda a frequência ao cinema e creio sinceramente que Deus guia Seu povo, especialmente quando este, reunido e representado por sua liderança, toma decisões ou faz recomendações aos membros.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-53626249795786962452012-01-20T18:11:00.001-02:002012-02-10T19:25:36.320-02:00O poder da música<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUwKQJZzXZ5sacZnD6BepJUcY90EzrmA79736OPmKve6D4cY_OKScU-gQowGjK9VAj4DJQ-lGrQ3kWbcaXJVMJAy8W4Z8yR2AiazAPFN_FngFWAAHqMySlzI1uUUgkUpibXtT7/s1600/listening-music.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUwKQJZzXZ5sacZnD6BepJUcY90EzrmA79736OPmKve6D4cY_OKScU-gQowGjK9VAj4DJQ-lGrQ3kWbcaXJVMJAy8W4Z8yR2AiazAPFN_FngFWAAHqMySlzI1uUUgkUpibXtT7/s200/listening-music.jpg" /></a></div><b>A música tem realmente o poder que alguns lhe atribuem? O rock e estilos assemelhados podem ser usados como música sacra? A bateria é um instrumento musical apropriado para o louvor a Deus? O que dizer do exagero nos melismas? Quais os conselhos divinos para o louvor mais apropriado?</b> <br />
<br />
Quando era adolescente, no fim dos anos 1980 e começo dos anos 1990, eu apreciava o chamado rock progressivo, estilo de rock que surgiu no fim da década de 1960, na Inglaterra. Mas minha preferência musical era, de fato, o rock brasileiro dos anos 1980. Minhas bandas prediletas eram Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, entre outras. Vivia de rádio ligado (os CDs ainda não estavam popularizados) à espera de canções que diziam coisas como estas: <br />
<br />
“Nós não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir. Sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e isso é tudo” (Engenheiros do Hawaii). <br />
<br />
“Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre sempre acaba” (Legião Urbana).<br />
<br />
“Quando tá escuro e ninguém te ouve, quando chega a noite e você pode chorar, há uma luz no túnel dos desesperados, há um cais de porto pra quem precisa chegar. Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar” (Paralamas do Sucesso).<br />
<br />
“O tempo não passa quando falo sozinho. Ninguém sabe onde estou nem pra onde eu vou; mas se tudo der errado, eu quero estar do seu lado dançando à beira do precipício” (Capital Inicial).<br />
<br />
Qual era o efeito de tudo isso? A sensação de depressão, inconformismo e desesperança. Pelo menos era o que eu sentia. Uma das músicas, “Faroeste Caboclo”, conta a história de uma vida trágica, tem nove minutos de duração e eu sabia de memória (creio que ainda consigo me lembrar de quase toda, se quiser). <br />
<br />
A música mexe com os sentimentos e ajuda a fixar ideias, conceitos. Talvez por isso Andrew Fletcher, estadista escocês do século 18, tenha escrito: “Deixe-me escrever as canções de uma nação e não vou me preocupar com quem escreve as suas leis.” <br />
<br />
<b>Por que mudei de “estação”?</b><br />
<br />
Eu já estava cursando jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina e era recém-batizado na Igreja Adventista do Sétimo Dia, quando, certo dia, no ano de 1992, voltei cansado das aulas e resolvi ligar o rádio para relaxar. O apartamento-república estava vazio e aumentei o volume. Era uma dessas rádios FMs populares. Como nunca antes, comecei a ouvir atentamente o que o locutor dizia e a prestar atenção nas letras das músicas. De repente, me dei conta do quanto aquilo tudo era vazio e fútil. Desliguei o rádio e fui ler. Pouco tempo depois, me deparei com este texto inspirado:<br />
<br />
“Voam anjos em torno de uma habitação além. Jovens estão ali reunidos; ouvem-se sons de música vocal e instrumental. Cristãos acham-se reunidos nessa casa; mas que é que ouvem? Uma canção, uma frívola cantiga, própria para o salão de baile. Veja, os puros anjos recolhem para si a luz, e os que se acham naquela habitação são envolvidos pelas trevas. Os anjos afastam-se da cena. Têm a tristeza no semblante” (Ellen G. White, <i>Mensagens aos Jovens</i>, p. 295).<br />
<br />
O texto realmente me impressionou. Parecia a descrição exata das músicas que eu ainda gostava de ouvir (próprias para o salão de baile; para as discotecas, como a gente chamava naquele tempo). Daquele dia em diante, nunca mais ouvi essas canções. Não queria fazê-lo sem a companhia dos anjos. E Deus mudou meu gosto e minhas preferências musicais.<br />
<br />
<b>Música no Céu e no Éden</b><br />
<br />
É interessante notar que antes mesmo de o ser humano ser criado a música já fazia parte da vida no Céu. Pelo menos é o que afirma Moisés no livro de Jó: “Quando as estrelas da alva [anjos], juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (38:7). <br />
<br />
Depois, quando o primeiro par humano foi criado neste planeta, a música também estava lá: “Os anjos associaram-se a Adão e Eva em santos acordes de harmoniosa música, e como seus cânticos ressoassem cheios de alegria pelo Éden, Satanás ouviu o som de suas melodias de adoração ao Pai e ao Filho. E quando Satanás o ouviu, sua inveja, ódio e malignidade aumentaram, e ele expressou a seus seguidores a sua ansiedade por incitá-los (Adão e Eva) a desobedecer, atraindo assim sobre eles a ira de Deus e mudando os seus cânticos de louvor em ódio e maldições ao seu Criador” (Ellen G. White, <i>História da Redenção</i>, p. 24, 29-30).<br />
<br />
Por que Satanás ficou com toda essa raiva ao ouvir os puros cânticos? Simples: ele era o regente do coral angélico, antes de se rebelar contra Deus e ser expulso do Céu. Assim, com todo o conhecimento de que dispõe e motivado por ira insana, o inimigo de Deus procura usar a música para desonrar o Criador, pervertendo-lhe o propósito original de louvar o Senhor.<br />
<br />
<b>Música secular e profana</b><br />
<br />
Isso quer dizer que somente a música sacra que louva a Deus pode ser ouvida? Não, necessariamente, mas é preciso fazer distinção entre a boa música secular e a música profana. <br />
<br />
Certa ocasião, numa viagem de navio, Ellen White registrou: “Os músicos [no navio] [...] entretinham os impacientes passageiros com música bem apresentada e bem selecionada. Ela não feria os sentidos [...], era suave e realmente gratificante aos sentidos porque era harmoniosa” (<i>Música – Sua Influência na Vida do Cristão</i>, p. 56). Note que a música que ela elogia era <i>suave </i>e <i>harmoniosa</i>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLVWiLOCJw4-uKdjjDC4HmkPowgkJk0_aAuOGGLtruOr2t9BLYvbRQ2NObA8AXAgefgy9JiCIodiXyXaf_GA4x6XJe4O_FtBhzLLS01bAe_PlonZickZ6tTAYf9-pTEXZrismL/s1600/madona.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="198" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLVWiLOCJw4-uKdjjDC4HmkPowgkJk0_aAuOGGLtruOr2t9BLYvbRQ2NObA8AXAgefgy9JiCIodiXyXaf_GA4x6XJe4O_FtBhzLLS01bAe_PlonZickZ6tTAYf9-pTEXZrismL/s200/madona.jpg" /></a></div>E quanto à música profana? É aquela que desonra a Deus, ofende Suas criaturas e rebaixa os princípios que devem reger a vida humana. Segundo Eurydice Osterman, no livro <i>O Que Deus Diz Sobre a Música </i>(Unaspress), “a música associada ao mundo entorpece a mente apelando à natureza carnal e, portanto, evoca reações físicas que minimizam a contemplação intelectual que é necessária para discernir e entender preceitos espirituais” (p. 13). Desse tipo de música é melhor manter distância. <br />
<br />
<b>Por que gostamos de música?</b><br />
<br />
Pesquisa com ressonância magnética indicou que a percepção musical não é resultado do trabalho de uma área específica do cérebro, como ocorre com muitas atividades, mas da colaboração simultânea de grande quantidade de sistemas neurológicos. Esses dados foram publicados por Daniel Levitin, no livro This <i>Is Your Brain on Music</i>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmcD5Q0jV2SyapqdBxJ-3gBUsIcJVoYuvbzWmh4XQljzz9ITr0KOBiuu-z4YN7-MdeihYbzuMzvIG0m4jN8R2JeWFFWGsuVs5N3KnjW_9FCbYlQ7dbJeKUIEEKjVq0BVuMaR44/s1600/8638.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmcD5Q0jV2SyapqdBxJ-3gBUsIcJVoYuvbzWmh4XQljzz9ITr0KOBiuu-z4YN7-MdeihYbzuMzvIG0m4jN8R2JeWFFWGsuVs5N3KnjW_9FCbYlQ7dbJeKUIEEKjVq0BVuMaR44/s200/8638.jpg" /></a></div>Muito do que se imagina ser o som do mundo exterior ocorre, na verdade, dentro do cérebro. As moléculas de ar que fazem vibrar os tímpanos não têm em si as variações entre sons graves e agudos. Elas oscilam numa determinada frequência que o cérebro mede; a partir disso, ele constrói uma representação interna com variações de tonalidade sonora. É similar ao que acontece com as ondas de luz, que são desprovidas de cor. <br />
<br />
Além das regiões especializadas do cérebro, o cerebelo se “sincroniza” com o ritmo, tornando possível acompanhar a melodia. Interessante é que o cerebelo parece ter prazer no processo de sincronização.<br />
<br />
Conclusão: o cérebro foi projetado para entender a música e gostar dela. É puro <i>design </i>inteligente. Assim como os anjos, fomos criados para fazer música e gostar dela.<br />
<br />
<b>A influência da música</b><br />
<br />
No maravilhoso processo da audição, algumas partes do cérebro têm participação especial. Veja a explicação do doutor em fisiologia e professor da Universidade Federal de Santa Maria, Hélio Pothin: “O tálamo é uma estrutura de retransmissão de impulsos nervosos no sistema nervoso central. Sua função é escolher qual parte do córtex cerebral receberá os padrões de estímulos nervosos que chegam a ele. Assim, dependendo dos padrões de estímulos que chegam do ouvido, sejam da melodia, harmonia ou ritmo da música, o tálamo os envia para vários centros do sistema nervoso central, antes de enviá-los ao córtex pré-frontal (responsável pelo raciocínio, razão, discernimento entre o que é certo e errado, ou seja, a consciência). Estímulos nervosos provocados pela melodia da música são enviados pelo tálamo para o sistema límbico, responsável pela deflagração das emoções e sentimentos. Os estímulos nervosos provocados pela harmonia da música são enviados ao córtex pré-frontal. Os estímulos do ritmo da música, antes de serem enviados para o córtex pré-frontal, são enviados para diversas partes do corpo e podem afetar a liberação de hormônios, provocar movimentos e outras sensações, inclusive as mesmas das drogas psicoativas.” <br />
<br />
Evidentemente que os efeitos da música sobre a mente e o corpo vão depender também da formação da pessoa e de seu condicionamento cultural. Além disso, levando-se em conta nossa natureza holística, conforme explica a Dra. Marisa Fonterrada, a experiência musical é, antes de tudo, uma “experiência global” (Fonterrada escreveu o livro <i>De Tramas e Fios – Um ensaio sobre música e educação </i>[Unesp]).<br />
<br />
Alguns exemplos da influência direta da música no comportamento humano:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEURQzEL2oQVmCREa0BCeAMtW8l9J3gAlPRu6JP6liQcA9evN4r3RKw1OsbMRRcrQDjFsMHvklgICU47RmWqc4O7YvMMEFhWguNbK5WLmtns9rgtbtqwSe0XVqhuemnrfO4fwb/s1600/driving.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEURQzEL2oQVmCREa0BCeAMtW8l9J3gAlPRu6JP6liQcA9evN4r3RKw1OsbMRRcrQDjFsMHvklgICU47RmWqc4O7YvMMEFhWguNbK5WLmtns9rgtbtqwSe0XVqhuemnrfO4fwb/s200/driving.jpg" /></a></div><i>Música + volante –</i> Na pesquisa realizada pela empresa fabricante de peças de automóveis Halfords, 60% dos participantes responderam que a música os afeta enquanto dirigem. A análise continuou para saber quais faixas afetavam esse comportamento e o resultado foi o seguinte: Beastie Boys (Sabotage) e The Prodigy (Firestarter) são um perigo! Dão vontade de acelerar além da conta.<br />
<br />
Foi feita também uma lista de músicas tranquilas, encabeçada por “As Quatro Estações”, de Vivaldi, entre outras. <br />
<br />
<i>Música e álcool –</i> Músicas agitadas e com batidas fortes fazem com que as pessoas consumam mais álcool em bares e boates. Além disso, ambientes ruidosos colaboram para que as pessoas percam o bom senso e bebam mais do que o “normal”.<br />
<br />
<b>Rock’n’Roll</b> <br />
<br />
Em seu livro <i>História Social do Rock and Roll</i>, Paul Friendlander afirma que o rock teria surgido no meio-oeste americano, sendo uma mistura de country e rythm and blues, tendo se baseado também no gospel. Já o samba, segundo alguns estudiosos, como o antropólogo Antonio Risério (autor do livro <i>Lendo Música</i>), tem origem na música dos cultos de matriz africana e na música de diversão dos escravos, sendo que os tambores proporcionam a rítmica peculiar que pode ser ouvida nos rituais afro-brasileiros. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqm0tnWO8Zo2BfHqR-4jcW9Fkhro25h9FzWHGbmexBtJ7kr9J59z-w-0ZPm9j92nbM8F_G432a4OwQ_lkkVfvqPOOOKkdtP47igkk9SltarfvWbGN_KLIX_SwC7notq3nlfw_b/s1600/ElvisPresley.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqm0tnWO8Zo2BfHqR-4jcW9Fkhro25h9FzWHGbmexBtJ7kr9J59z-w-0ZPm9j92nbM8F_G432a4OwQ_lkkVfvqPOOOKkdtP47igkk9SltarfvWbGN_KLIX_SwC7notq3nlfw_b/s200/ElvisPresley.jpg" /></a></div><i>Elvis Presley</i> (1935-1977) é conhecido como o “rei do rock”. Ele era leitor de Helena Blavatski, co-fundadora da Sociedade Teosófica, uma das fundadoras do movimento Nova Era e contemporânea das irmãs Fox. Quando Elvis cantava hinos, chorava por saber que havia se vendido ao sucesso. Com ele, o rock deixa de ser apenas música para se tornar uma “febre”. Fenômeno semelhante ocorre com os Beatles (1960). A banda inglesa revolucionou não apenas a música, mas o estilo de vida das pessoas. Os músicos passaram a ser considerados “ídolos” e seu público é chamado “fã” (de fanático). A moda e o comportamento igualmente sofreram a influência desses “ídolos”. Os Beatles também promoveram, de certa forma, uma revolução espiritual: estiveram no Oriente e trouxeram de lá toda a influência do budismo, hinduísmo e Hare Krishna e a disseminaram no Ocidente. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqJGLDmEwpNWB_8hM84Cdc65OLq71cZGPTJlYgi-xLdaYmx40UXS0_yMf2tG3pOwWjQth9keGGlZg506zSAPCYxGwjO_l62X8MeqE-YFultu2-bmm1pKH6teC_CyfwOWcQeZ-X/s1600/sgt-pepper.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="194" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqJGLDmEwpNWB_8hM84Cdc65OLq71cZGPTJlYgi-xLdaYmx40UXS0_yMf2tG3pOwWjQth9keGGlZg506zSAPCYxGwjO_l62X8MeqE-YFultu2-bmm1pKH6teC_CyfwOWcQeZ-X/s200/sgt-pepper.jpg" /></a></div>Para alguns, o melhor e mais influente álbum da história do rock é Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, de 1967. Na capa, os Beatles homenagearam 70 celebridades históricas, como Sigmund Freud, Bob Dylan, James Dean, Marlon Brando, Oscar Wilde, o Gordo e o Magro e líderes espirituais.<br />
<br />
Na música tema, eles afirmam: “Hoje faz 20 anos que o Sargento Pimenta ensinou a banda a tocar.” E quem morreu 20 anos antes disso, em 1947? Aleister Crowley (1875-1947), o pai do satanismo moderno. Ele dizia falar diretamente com Satanás e ter recebido dele a missão de preparar o mundo para a chegada do anticristo por meio de cinco revoluções: social, sexual, das drogas, espiritual e satanista. O <i>slogan </i>dele era: “Do what thou wilt” (“Faze o que tu queres”). Crowley foi influenciado por Alice Bailey (1880-1949) e Helena Blavatsky.<br />
<br />
Um amigo dos meus tempos de adolescente, grande fã dos Beatles, acabou, graças a eles, tendo contato com as ideias de Crowley. Sabia tudo sobre ele.<br />
<br />
As revoluções libertárias dos anos 1960 foram em grande parte promovidas por seguidores de Crowley. Ele dizia que “qualquer um pode se tornar um gênio da música se se entregar ao satanismo”. “Sexo, drogas e rock’n’roll” é o conhecido <i>slogan </i>dessa “geração libertária”, e a frase “o diabo é o pai do rock”, de Raul Seixas, também garantiu seu lugar na história. Detalhe: Seixas ajudou a divulgar a obra de Crowley no Brasil. Na música “Sociedade Alternativa”, ele convidava: “Faz o que tu queres, pois é tudo da lei! Da lei! Viva! Viva! Viva a sociedade alternativa.”<br />
<br />
Evidentemente que existem vários tipos de rock, desde o <i>heavy </i>ao <i>soft</i>. Mas uma coisa é certa: “Muitos dos valores representados pela cultura do rock estão em flagrante contradição com os valores da adoração e da aceitação reverente de Deus como o eterno Criador de todos os seres vivos” (Lilianne Doukhan, <i>In Tune With God</i>, p. 246).<br />
<br />
Levando em conta essa origem, digamos, “nebulosa” do rock e a “flagrante contradição” de boa parte dessa cultura musical com a adoração, há quem questione a adequação desse estilo musical ao louvor cristão. Passagens bíblicas são apresentadas para expor essa inadequação: “Que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”, pergunta Paulo em 2 Coríntios 6:14. E Jesus afirma: “Quem não é por Mim é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mateus 12:30). Dá o que pensar...<br />
<br />
De minha parte, considerando-se minha formação e preferências musicais anteriores à minha conversão, quando ouço certas músicas ditas sacras, lembro-me do rock que eu “curtia”. E isso me soa como mistura do sagrado com o profano. Água e óleo.<br />
<br />
Como diria o personagem Bart Simpson: “Rock cristão? Ridículo! Todos sabem que as melhores bandas são afiliadas de Satanás.” <br />
<br />
(É claro que jovens que cresceram ouvindo “rock cristão” não fazem associações com uma experiência secular que não tiveram. Por isso eles não veem problemas com o “rock cristão/gospel”, o que não significa que essa mistura seja apropriada.)<br />
<br />
<b>Mistura imprópria</b><br />
<br />
Em meu livro <i>Nos Bastidores da Mídia </i>(p. 72-76), publiquei uma entrevista com o pastor e conselheiro familiar Marcos Faiock Bomfim. Ele disse: “Satanás é um ser real, muito inteligente, e que nunca perde tempo. Ele sabe que música é algo que mexe profundamente com os sentimentos do ser humano; sabe que tipos diferentes de acordes, dispostos em sequências e ritmos diferentes podem produzir sentimentos que influenciam a mente para aceitar o pecado ou para afastar se de Deus; sabe que esses sentimentos, se repetidos, fixam padrões de conduta ou resposta. Assim, é importante saber que o que entra no cérebro humano pelos sentidos influencia de algum modo, para o bem ou para o mal. O conceito teológico do Grande Conflito nos revela que neste mundo simplesmente não existe coisa alguma absolutamente neutra. [...] A música sacra tende a privilegiar o desenvolvimento espiritual e a facilitar o contato com o Céu. A confusão acontece quando existe a mistura dos dois elementos – música popular com letra sagrada. Acontece então uma falta de integridade, uma inconsistência entre a letra e a música. A música ‘fala’ uma coisa e a letra, outra. O cérebro percebe essa incoerência, que pode ser transferida também para a vida espiritual. O próprio Espírito Santo não pode trabalhar, e, então, como diz Ellen White, as mesmas verdades que deveriam converter, podem acabar endurecendo (cf. <i>Testemunhos Seletos</i>, v. 2, p. 291).” <br />
<br />
<b>Testemunho de Ivor Myers</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHfpynE803bWJuaVXVQc_uaTvlMrzAPRda21kZPGFVek5lUeEnyrpLYcvyzExzHSLwYfb3djxIQ8xzwyO6pZypwireNkSvHLt-to88380YiDDgFtHFShvHjth8yBIcoJGcFO2j/s1600/capa.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHfpynE803bWJuaVXVQc_uaTvlMrzAPRda21kZPGFVek5lUeEnyrpLYcvyzExzHSLwYfb3djxIQ8xzwyO6pZypwireNkSvHLt-to88380YiDDgFtHFShvHjth8yBIcoJGcFO2j/s200/capa.jpg" /></a></div>A Casa Publicadora Brasileira lançou no Brasil o livro <i>Novo Ritmo – A História de um Ex-artista de Hip-Hop</i>, no qual Ivor Myers conta sua impressionante história de conversão ao adventismo. Myers nasceu na Jamaica e, ainda criança, se mudou com a família para os EUA. Mais tarde, criou uma banda de hip-hop chamada The Boogie Monsters. Chegaram ao estrelato e assinaram um contrato superlucrativo de oito anos com a gravadora EMI Records. No capítulo 10, Myers conta a compreensão que seu irmão Sean (em processo de conversão) alcançou:<br />
<br />
“– Rapazes, ando estudando um pouco, e acho que precisamos tirar a bateria da nossa música.<br />
<br />
“Silêncio. Olhamos para Sean como se ele fosse de Netuno.<br />
<br />
“– Acho que a percussão, a maneira como a usamos, pode não estar certa. Já li que <i>o modo como se toca a bateria pode exercer um efeito negativo sobre as pessoas</i>. Não sei direito como, mas acredito nisso. [Grifo meu.]<br />
<br />
“Silêncio. Olhamos fixamente para ele, tentando assimilar essa ideia bizarra. Finalmente, um de nós se manifestou:<br />
<br />
“– Nada de bateria? Nada de bateria? Você está maluco? A percussão é o sangue vital da nossa música. <i>Sem bateria, não mexemos com a multidão</i>!” [Grifo meu.]<br />
<br />
<b>Testemunho de Karl Tsatalbasidis</b><br />
<br />
Karl Tsatalbasidis, ex-baterista de banda de jazz, estudou com os maiores músicos do Canadá e hoje é cristão adventista. Eis aqui algumas conclusões do autor, publicadas no livro <i>Drums, Rock and Worship – Modern music in today’s church</i>: <br />
<br />
1. Alguns confundem tambores e instrumentos de percussão com bateria e esse erro leva à conclusão falsa de que, como a Bíblia menciona alguns instrumentos de percussão e tambores, então a bateria seria aceitável na adoração. <br />
<br />
2. A Bíblia relata que tambores foram usados apenas em ocasiões festivas e não em cultos ou adoração. Eles foram sistematicamente excluídos do Templo e não fazem parte da música celestial descrita no Apocalipse. Além disso, é errado pensar que os instrumentos de percussão citados na adoração bíblica poderiam ser tocados da mesma maneira que a bateria é tocada hoje. [Também não significa que possamos usar a percussão como era usada no Antigo Israel. Além disso, é bom lembrar que o piano igualmente não faz parte da música celestial descrita no Apocalipse.]<br />
<br />
3. Existe grande diferença no modo como os tambores (bumbo, tarol, tímpano) são tocados numa orquestra e na bateria numa banda de rock. <br />
<br />
4. A bateria foi inventada para o único propósito de fortalecer o jazz, blues e todas as variedades de rock’n’roll. Por isso, não pode ser separada da origem do rock e do jazz. <br />
<br />
5. O rock e o jazz estão associados a sexo, drogas, ocultismo e rebelião, por isso são formas de música inadequadas para a adoração. [Não podemos ignorar o fato de que muitos hinos tidos como “tradicionais” também têm origem, digamos, duvidosa. Alguns provêm de músicos maçons ou têm que ver com a guerra, o nacionalismo/patriotismo “rebelde”, o pentecostalismo, a valsa e o gospel, e mesmo com canções populares.]<br />
<br />
<b>Bateria: terreno pantanoso</b><br />
<br />
Em seu livro <i>Cristãos em Busca do Êxtase</i>, o jornalista Vanderlei Dorneles sustenta que “a exclusão do tambor no templo pode indicar que Deus não quis o instrumento na música de adoração por causa de sua influência” (p. 193; grifo meu). <br />
<br />
Mais enfático é Samuele Bacchiocchi, em seu livro <i>O Cristão e a Música Rock</i>, ao afirmar que “nenhum instrumento de percussão foi permitido no Templo. O canto e a música instrumental no Templo deveriam diferir daqueles usados na vida social do povo” (p. 209). [Cf. 2 Crônicas 29:25.]<br />
<br />
Dorneles cita Helen Grauman, segundo a qual a flauta também foi excluída da lista de instrumentos do templo. Então o silêncio sobre um tópico quer dizer a confirmação de uma hipótese? Talvez não.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhrmLHAXL7KcUFdsXN3i_TDkWpn9LQcW9FZ6IUqMnFXPlP5OacERcRdI6rG3NELaIopQRHehS3OlzNZhERPX_yLghAwnv4wjkHW9TlztRcUW5NohAQ11aOks9x4sZoHvF-t-z-/s1600/tune.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhrmLHAXL7KcUFdsXN3i_TDkWpn9LQcW9FZ6IUqMnFXPlP5OacERcRdI6rG3NELaIopQRHehS3OlzNZhERPX_yLghAwnv4wjkHW9TlztRcUW5NohAQ11aOks9x4sZoHvF-t-z-/s200/tune.jpg" /></a></div>No livro <i>In Tune With God</i> (Review and Herald), páginas 113 e 114, a Dra. Doukhan diz que se alguém argumentar que os tambores têm que ser excluídos da igreja com base em práticas bíblicas do Templo hebraico, então as mulheres deveriam ser excluídas do serviço musical da igreja (ou de qualquer outra atividade na igreja). Se as flautas não foram aceitas na disposição litúrgica do Templo, não haveria lugar para o órgão hoje, pois este é nada mais que um “grupo de flautas” (os tubos de um órgão têm a função de flautas). <br />
<br />
O piano, o órgão e o violão ¬– todos passaram por debate semelhante. Mas isso não significa que o uso desses instrumentos não deva ser alvo de estudos e motivo de oração. Além disso, é sempre bom lembrar que, na adoração, não é meu gosto que deve prevalecer, do contrário, estarei reproduzindo a atitude de Caim. <br />
<br />
No artigo “Música sacra, controle religioso e fetiche cultural”, Joêzer Mendonça, doutorando em musicologia na Unesp, sugere que “é preciso verificar se determinada comunidade religiosa, com diferentes grupos etários e culturais, reunida num templo se sente à vontade com mudanças litúrgicas mais radicais e ‘emergentes’. Uma comunidade poderá se sentir pronta para certas mudanças e outras nem tanto. Porém, se esse debate não cessa, que ao menos fique livre de tradicionalismos obscurantistas e inovações irrefletidas”.<br />
<br />
Creio que três versos paulinos se encaixem bem neste contexto: “Todas as coisas são permitidas, mas nem todas são proveitosas. Todas as coisas são permitidas, mas nem todas são edificantes. Ninguém busque seu próprio bem, e sim o dos outros. [...] Não vos torneis motivo de tropeço nem para judeus, nem para gregos, nem à igreja de Deus, assim como em tudo eu também procuro agradar a todos. Pois não busco meu próprio bem, mas o de muitos, para que sejam salvos” (1 Coríntios 10:23, 24, 33).<br />
<br />
“Deve haver um cuidado especial para não utilizar músicas que apenas agradem os sentidos, tenham ligação com o carismatismo, ou tenham predominância de ritmo”, recomenda o Voto 2005-116 (5/5/2005), da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Esse é um ótimo conselho da Igreja.<br />
<br />
<b>Hiperestimulação</b><br />
<br />
Minha esposa gosta muito do filme clássico “A Noviça Rebelde”, de 1965. Nele há longas tomadas com diálogos e caminhadas ao som de musiquinhas tranquilas. Hoje nenhum diretor se dá ao luxo de filmar assim. Os filmes têm tomadas curtas, cheias de ação e mudanças de planos. Se não for assim, a plateia dorme. Por quê? Porque as pessoas foram aos poucos acostumadas com a hiperestimulação dos sentidos.<br />
<br />
O mesmo ocorre com o paladar. Se lhes fossem oferecidos uma maçã ou um sorvete, geralmente as pessoas optariam por qual deles? O paladar de alguns está tão pervertido que os alimentos simples, não condimentados ou açucarados, já não lhes dão prazer gustativo. Culpa da hiperestimulação.<br />
<br />
No sexo ocorre fenômeno semelhante. A exposição da nudez quase não mais choca ou constrange esta geração sensualizada. O sexo criado por Deus <a href="http://www.criacionismo.com.br/2011/10/consequencias-do-sexo-fora-de-contexto.html"target="_blank">foi deturpado</a> e deu origem à pornografia, pedofilia, zoofilia e outras barbaridades. Hiperestimulação.<br />
<br />
Você acha que a música ficaria fora dessa tendência?<br />
<br />
A hiperestimulação, no que diz respeito à música, consiste em supervalorizar o ritmo e o volume em detrimento da melodia e da harmonia. Note como Ellen White define o bom cântico: “O bom cântico é como a música dos pássaros – <i>suave </i>e <i>melodioso</i>” (<i>Música</i>, p. 26; grifo meu). E Paulo escreveu: “Cantarei com o espírito, mas também cantarei com a <i>mente</i>” (1 Coríntios 14:15; grifo meu). O que a hiperestimulação faz é justamente dificultar o pensamento racional. E viciar.<br />
<br />
De acordo com Norman Weinberger, o ritmo repetitivo sincopado e marcado aumenta os níveis de neurotransmissores (noradrenalina, serotonina e dopamina) e de adrenalina no sistema nervoso central, gerando prazer. A música com esse tipo de ritmo ativa alguns dos mesmos sistemas de recompensa estimulados por comida, sexo e drogas (“Mente e cérebro – segredos dos sentidos”, <i>Scientific American Brasil</i>, Edição Especial nº 12, p. 53).<br />
<br />
Em seu livro <i>In Tune With God </i>, Lilianne Doukhan afirma que, “no estilo musical em que um dos elementos [da música] torna-se dominante em detrimento dos outros através de uma presença monolítica, sustentada e acentuada, o princípio do equilíbrio é destruído e o efeito holístico da música que deve caracterizar nossa música de adoração, em particular, fica perdido” (p. 27, 28).<br />
<br />
Assim como ocorre com a gustação e o sexo, o prazer, em si, é neutro. Mas o sexo fora de contexto e pervertido pode causar uma <a href="http://www.criacionismo.com.br/2011/10/consequencias-do-sexo-fora-de-contexto.html"target="_blank">resposta dopamínica viciante</a> naquilo que é errado. Quando praticado no contexto certo, cria vínculos (oxitocina/vasopressina) com o parceiro e “vicia” de modo correto. É possível sentir prazer com qualquer tipo de música, mas a sensação em si a torna adequada? Meu gosto será guia seguro?<br />
<br />
Segundo Ellen White, “Satanás sabe que órgãos excitar [hiperestimular] para animar, monopolizar e atrair a mente de modo que Cristo não seja desejado. Os anelos espirituais da alma [...] ficam por esperar” (<i>O Lar Adventista</i>, página 407). E mais: “Se trabalharmos para criar excitação do sentimento, teremos tudo quanto queremos, e mais do que possivelmente podemos saber como manejar. [...] Importa não considerar nossa obra criar excitação. Unicamente o Espírito de Deus pode criar um entusiasmo são” (<i>Mensagens Escolhidas</i>, v. 2, p. 16, 17).<br />
<br />
Por isso o <i>Manual da Igreja </i>(edição 2010) aconselha: devemos “exercer grande cuidado na escolha da música no lar, nos encontros sociais, nas escolas e igrejas. Toda melodia que partilhe da natureza do jazz, rock ou formas híbridas relacionadas e toda linguagem que expresse sentimentos tolos ou triviais, serão evitadas” (p. 151). Isso significa que a Igreja Adventista do Sétimo Dia desaprova qualquer tipo de música que faça lembrar os estilos musicais mencionados acima. <br />
<br />
<b>Floreios e contorcionismos vocais</b><br />
<br />
“Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural. Unem-se a nós nos cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso. Eles combinam o coro, entoado de coração, com o espírito e o entendimento” (Ellen G. White, <i>Evangelismo</i>, p. 510). <br />
<br />
Por que será que os anjos não se agradam das “notas prolongadas” e dos “floreios comuns nas óperas”, quando usados na igreja? A expressão a seguir, sua definição e aplicação é um forte auxílio para que compreendamos os motivos para a orientação recebida do Céu, segundo Aurélio Ludvig, professor de Educação Musical no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam): <br />
<br />
<i>Ad libitum</i>. Essa expressão aparece na partitura de algumas óperas e outras formas musicais. Refere-se principalmente às partes dos solistas, nas quais eles têm liberdade de interpretação, a parte da contagem rítmica. As notas musicais (sons definidos, com nome e altura) podem ser identificadas nesse tipo de recurso vocal, a coloratura. Em geral, isso faz com que o solista seja exaltado pela plateia porque ele pode mostrar ali todo o seu virtuosismo. Traduzindo: <i>show</i>.<br />
<br />
O louvor dos anjos passa longe disso: “Os serafins ao redor do trono acham-se tão cheios de solene reverência ao contemplar a glória de Deus, que nem por um instante se olham a si mesmos com admiração. Seu louvor é para o Senhor dos Exércitos. Ao contemplarem o futuro, quando toda a Terra será cheia de Sua glória, o triunfante cântico ecoa de um a outro em melodioso acento: ‘Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos’ (Is 6:3). Acham-se plenamente satisfeitos de glorificar a Deus; permanecendo em Sua presença, sob Seu sorriso de aprovação, nada mais desejam” (Ellen White, <i>Obreiros Evangélicos</i>, p. 21).<br />
<br />
Para Ludvig, o <i>Ad libitum</i> se assemelha ao famoso <i>melisma</i>. “Nesse recurso, não há a possibilidade de identificação das notas musicais. Muitas vezes, as pessoas não conseguem alcançar notas mais agudas, por isso fazem uma pequena curvatura nelas, até as definirem. Mas se não alcançam, por que não experimentam cantar aquelas músicas que sabem que não precisarão de um ‘jeitinho’? Se cada palavra deve ser pronunciada claramente, em tom harmonioso, para que serve o melisma?”<br />
<br />
É claro que a música judaica, por exemplo, é cheia de melismas. O canto gregoriano é também um canto melismático. No contexto da adoração cristã, o que se recomenda é que não se exagere nesse recurso e que ele não seja transformado em exibição vocal ou maneirismo chato e abusivo.<br />
<br />
<b>Relativismo musical</b><br />
<br />
“Vivemos o período conhecido como pós-modernidade, caracterizado por um relativismo avesso à verdade absoluta. O choque entre a visão adventista e o espírito desta época afeta a questão da adoração”, escreveu o teólogo Douglas Reis, em seu livro <i>O Y da Questão </i>(capítulo 14). Depois ele cita o artigo de Daniel Plenc, “O culto como adoração: uma perspectiva de Ellen White” (<i>Dialogue</i>, 20[2], 15-16): “Se encararmos a adoração como um reconhecimento do caráter amoroso de Deus e uma homenagem sincera a Seus atributos, seremos levados a reconhecer que a adoração tem de agradar-Lhe. É dever do adorador apresentar algo agradável ao ser adorado.” <br />
<br />
Exemplo de relativismo: “O que faz uma música sagrada é a sua mensagem [letra]. A música não é nada mais do que um arranjo de notas e ritmo. […] Não existe música cristã, mas, sim, letras cristãs. Se fosse tocada uma música sem palavras, você não saberia se é cristã ou não” (Rick Waren, <i>Uma Igreja com Propósito</i>, p. 272-273).<br />
<br />
Douglas arremata: “Quando Ellen White comenta os efeitos danosos que a ‘música popular’ de seus dias causava sobre os jovens, desviando-lhes ‘a mente da verdade’ [T, v. 1, p. 496, 497], temos de entender sua orientação dentro de uma ‘época em que o jazz começava a se generalizar’. Daí se pode constatar que Ellen White era uma crítica social, não alguém que recomendasse o uso indiscriminado de influências culturais com objetivos evangelísticos.” <br />
<br />
<b>Conselhos inspirados</b><br />
<br />
“Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração” (Ellen White, <i>Música</i>, p. 11).<br />
<br />
“Frequentemente, pelas palavras de um canto sagrado, são liberadas as fontes do arrependimento e da fé” (Ibidem, p. 12).<br />
<br />
“Não é o cantar forte que é necessário, mas a entonação clara, a pronúncia correta e a expressão vocal distinta. [...] que o louvor a Deus seja entoado em tons claros e suaves, sem estridências que ofendam o ouvido” (Ibidem, p. 24).<br />
<br />
“Às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e fazê-los atuar de forma adequada, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com as regras, e ficam impacientes sob a liderança de alguém” (Ibidem, p. 25).<br />
<br />
“Deus não Se agrada de barulho e desarmonia” (Ibidem, p. 32).<br />
<br />
“A música, quando bem utilizada, é uma grande bênção, mas, quando mal-usada, uma terrível maldição” (Ibidem, p. 48).<br />
<br />
<b>Dividir para conquistar</b><br />
<br />
O assunto da música na igreja tem sido um dos mais polêmicos nos últimos anos. Discussões acaloradas envolvem o uso desse ou daquele instrumento; estilos musicais; comercialização da música; etc. Sem dúvida, dialogar sobre esse tema nos ajuda a ampliar os horizontes e pode ser realmente benéfico, se o desejo é aprender humildemente para louvar cada vez melhor Aquele que nos criou e redimiu. <br />
<br />
Mas há um perigo destacado por Eurydice Osterman, em seu livro <i>O Que Deus diz Sobre a Música</i>: “Quando nossa discussão sobre esses temas nos desviam de focalizar nossa atenção em Deus, esteja certo de que o inimigo plantou sua semente de discórdia com sucesso de modo que ele pode dividir e conquistar, e, afinal, conduzir seus cativos à perdição” (p. 24).<br />
<br />
Não podemos permitir que esse ou qualquer outro assunto promova divisão entre o povo de Deus, cumprindo ao contrário a oração de Jesus registrada no capítulo 17 do evangelho de João. A unidade da igreja deve estar acima das preferências de seus membros, e os cristãos maduros saberão deixar o eu de lado para cumprir o desejo do Senhor para Seus filhos: que sejam um.<br />
<br />
<b>Adoração</b><br />
<br />
No capítulo 3 do livro de Daniel está a descrição de uma cena dramática. Uma multidão foi convocada pelo rei Nabucodonosor para se prostrar diante de uma estátua de ouro que ele mandou construir. Música foi usada na celebração: “Quando todos os povos ouviram o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério e de <i>toda sorte de música</i>, se prostraram os povos, as nações e homens de todas as línguas e adoraram a imagem de ouro” (Daniel 3:7; grifo meu). Apenas três jovens hebreus leais a Deus não se deixaram envolver pelas músicas e pelo clima do culto pagão.<br />
<br />
A história deixa claro que Satanás aceita e promove “toda sorte de música” e a usa com objetivos espúrios, a fim de escravizar as pessoas e afastá-las do Criador e do verdadeiro culto “racional” (Romanos 12:1). Entretanto, Deus aceita somente a adoração e o louvor conscientes de Seus filhos fiéis. <br />
<br />
Devemos sempre louvar com reverência e alegria o Deus que nos criou e redimiu. Louvar do melhor modo que pudermos, sem nos esquecer de que o louvor pode e deve ser aprimorado sempre: “Quenanias, chefe dos levitas, estava encarregado dos cânticos e os dirigia, porque era capacitado” (1 Crônicas 15:22). Busque a capacitação – especialmente aquela que vem do Alto.<br />
<br />
<i>Michelson Borges, jornalista e mestre em teologia</i><br />
<br />
<b>Faça o <i>download </i>gratuito do PowerPoint. <a href="http://www.michelson.bibliacs.com/o_poder_da_musica.ppt"target="_blank">Clique aqui</a>.</b>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19795174.post-46816334795548657492011-12-12T22:37:00.000-02:002011-12-12T22:37:44.856-02:00Semelhança genética e ancestralidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnepDfBNInxhXYVB7DQhpkETVEYKU1UnV6AArGzvImOd9wk27fWm4mD_bm5GMCXkYOKrPTpa-5YyJi2tTMqAW_4D9d_qFXGQ21zRz0NxmP5tn6xsiJeSQ_V2WemgaTRh0ssqZj/s1600/genes.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="200" width="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnepDfBNInxhXYVB7DQhpkETVEYKU1UnV6AArGzvImOd9wk27fWm4mD_bm5GMCXkYOKrPTpa-5YyJi2tTMqAW_4D9d_qFXGQ21zRz0NxmP5tn6xsiJeSQ_V2WemgaTRh0ssqZj/s200/genes.jpg" /></a></div><b>Como você explica, sob uma perspectiva criacionista, a existência de exatamente 20-25 mil genes (codificadores de proteínas) em todos os seres vivos do planeta? O fato é que, embora os organismos vivos tenham genomas de tamanhos diferentes, todos eles apresentam sempre a mesma quantidade de genes codificadores de proteínas. Tanto eu quando um verme cilíndrico temos 20 mil genes, embora sejamos organismos completamente diferentes e evidentemente com complexidades diferentes. É claro que ainda não sabemos exatamente como o genoma é lido e interpretado e gera a diversidade e complexidade que podemos observar nos seres vivos, porém, o fato da existência da mesma quantidade de genes codificadores de proteínas, além de outros detalhes genéticos, é um forte argumento que apoia a teoria da evolução darwiniana, nos levando à conclusão de que todos os organismos vivos do planeta tiveram um ancestral comum. Não é isso? – J.</b><br />
<br />
Prezado J., já existem trabalhos científicos questionando a tão famosa <a href="http://www.criacionismo.com.br/2011/08/arvore-da-vida-de-darwin-cai-por-terra.html"target="_blank">árvore genealógica</a> de todos os seres vivos (mais recentemente, <a href="http://www.criacionismo.com.br/2011/03/craig-venter-nega-hipotese-de.html"target="_blank">Craig Venter</a>, da Celera Genomics, entrou nessa polêmica). Quanto ao número de genes, é interessante ressaltar que a maioria deles está ligada ao metabolismo celular. As enzimas responsáveis pela síntese de polímeros tais como proteínas, açúcares e ácidos nucléicos são as mesmas. Enfim, nós compartilhamos 99% dos nossos genes com o chimpanzé e 50% com as bananas, por causa disso. São justamente esses genes ligados ao metabolismo celular. Atualmente, sabemos que a principal diferença entre os genomas dos metazoários está nos chamados genes reguladores do desenvolvimento. Esses genes já estão presentes desde o <a href="http://www.criacionismo.com.br/2009/09/fosseis-do-cambriano-um-dilema-para-o.html"target="_blank">Cambriano</a>, quando “surgiram” todos os invertebrados ao mesmo tempo. Do ponto de vista criacionista, vejo que, ao nível genético, temos um plano muito mais sólido do qual o Criador Se utilizou para formar boa parte da biodiversidade. Essa é uma área bastante explorada pelos proponentes do <i>Design </i>Inteligente. Há muita complexidade especificada e irredutível nos genomas que aponta para a existência de planejamento. Seria bom que você desse uma lida nesse tipo de material.Unknownnoreply@blogger.com