Que sentido haveria em criar para condenar? Que sentido haveria em deixar-Se morrer para salvar o que vai ser condenado por Ele próprio? Que sentido há em Se fazer carne se Ele podia vir e dizer “sou Deus, e para provar vou apagar o Sol dois dias”, e toda a humanidade vê-Lo ao mesmo tempo, já que Ele é onipresente? Para que Deus estabeleceu uma lei? Nada disso tem o menor sentido. – G.
A Bíblia diz, em Romanos, que “o salário do pecado é a morte”. Se pensarmos bem, é a própria lei da causa e efeito. Por exemplo: destruir o “templo do Espírito Santo”, que é o nosso corpo, é pecado. E leva à morte. Você é livre para, por exemplo, fumar. Mas as probabilidades indicam que você terá câncer de pulmão, edema pulmonar, ou algo parecido. É a lei da causa e efeito. Viver em desobediência aos mandamentos de Deus, cedo ou tarde acarreta a morte. Comparo a lei de Deus ao manual de um automóvel. Se seu carro é movido a álcool (e não tem motor flex), você tem toda a liberdade de colocar gasolina nele. Mas terá que arcar com as conseqüências disso. Deus deixou instruções que nos podem livrar de sérios problemas e nos garantir uma vida de paz e felicidade (tanto quanto isso é possível neste mundo de pecado). A lei, na verdade, é um “muro de proteção” para o ser humano. Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito à nossa relação com Deus. Os outros seis regem as relações humanas.
Agora note: o salário do pecado é a morte. I João diz que “pecado é transgressão da lei”. Logo, transgredir a lei, cedo ou tarde, leva à morte.
Em última instância, não é Deus quem mata. A Lei de Deus é a base de Seu governo cósmico, e deve reger os seres morais por Ele criados; assim como as leis da Física (as que conhecemos e as que ignoramos) regem o mundo físico. Tomemos a lei da gravidade como exemplo. Você a conhece. Sabe o que ocorre se desobedecê-la, e mesmo assim se atira de um prédio de 20 andares. De quem será a culpa por essa desobediência à lei? Entendo que Deus jamais destruiria ou permitiria que alguém fosse destruído sem ter pleno conhecimento de que está indo contra as leis da vida. Assim, a morte na verdade ocorre pela não-aceitação das regras da vida. E como foi Deus quem criou essas regras (para o nosso bem), acaba sendo responsabilizado injustamente pela “colheita” de algo que as pessoas semeiam.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
sexta-feira, maio 12, 2006
Origem das raças e dinossauros
Tenho algumas dúvidas que gostaria fossem esclarecidas: (1) Se só havia um casal quando o mundo foi criado, para haver procriação quer dizer que irmãos tiveram que casar entre si? (2) Qual a origem das raças humanas? (3) Os dinossauros realmente existiram? O que os levou à extinção? – A.
1. Em primeiro lugar é preciso levar em conta a longevidade e a perfeição genética das pessoas que viveram antes do Dilúvio. Adão, por exemplo, viveu mais de 900 anos. Outro detalhe importante é que Gênesis menciona que Adão e Eva tiveram “filhos e filhas”, além de Caim, Abel e Sete (cf. Gn 5:4). E depois que teve Sete, Adão teve outros filhos e filhas ao longo de 800 anos – imagine quantos filhos se pode ter nesse período! Agora uma coisa podemos supor: é bem provável que os primeiros filhos e filhas tiveram que se casar para perpetuar a espécie. Mas é interessante notar que a proibição de casamento entre irmãos (o que era normal entre os nobres de culturas antigas, como a dos egípcios), feita por Deus, só ocorreu depois do pecado. Por quê? Porque depois do pecado a raça humana e a vida em geral, neste planeta, começou a se degenerar em todos os sentidos, inclusive geneticamente falando. Devemos lembrar que, segundo a Bíblia, Adão, Eva e seus descendentes imediatos eram geneticamente perfeitos, pois foram criados “à imagem e semelhança de Deus”. Logo, o casamento entre irmãos geneticamente perfeitos não levaria a problemas genéticos como os que podem ocorrer nos casamentos entre irmãos atualmente. Prevendo a crescente degeneração genética, Deus então proibiu o casamento consanguíneo, pois filhos de um mesmo casal provavelmente teriam os mesmos defeitos genéticos e poderiam prejudicar os filhos, ao esses defeitos se somarem.
2. Com relação à existência das diversas etnias (ou raças), esse é um assunto interessante e exigiria quase um livro para poder explicar em detalhes. Mas vamos tentar. Como disse antes, o código genético de nossos primeiros pais era perfeito e capaz de grandes adaptações para sobreviver; não fosse isso, talvez nem estivéssemos mais aqui hoje, devido às grandes alterações climáticas e ecológicas ocorridas no mundo após o Dilúvio (se houver dúvidas sobre o Dilúvio, recomendo a leitura dos livros A História da Vida, Por Que Creio e Origens, da Casa Publicadora Brasileira, além das publicações da Sociedade Criacionista Brasileira [www.scb.org.br]). O criacionismo aceita as modificações dentro das espécies (microevolução). Um bom exemplo são os cães: há vários tipos de cães, mas todos são da mesma espécie. Com o ser humano ocorreu algo parecido: adaptações ao meio ambiente. Hoje existem as "raças" branca, negra e amarela, por exemplo, todas originadas dos primeiros seres humanos, que já continham em seu código genético a informação necessária para essas modificações/variação. Aliás, qual era a cor de Adão e Eva? Não eram nem brancos, nem negros, conforme se pode concluir das evidências bíblicas. A palavra “adão” vem da mesma raiz hebraica da palavra edom, que significa “vermelho”, o que faz muito sentido, uma vez que Deus fez Adão da terra. Além disso, a palavra “homem” deriva do latim humus, que também tem relação com o solo. Portanto, de acordo com as Escrituras, os nossos primeiros pais tinham coloração avermelhada. Os grupos étnicos atuais são apenas modificações/variações dos humanos originais. (Leia também "A origem das línguas e das etnias")
3. A existência dos dinossauros realmente intriga muitas pessoas. Primeiro porque é difícil imaginar que Deus tenha criado um animal como o Tiranossauro rex. De fato, é inconcebível a ideia de Deus ter criado certos animais violentos, como alguns dos dinossauros. Mas também sabemos que Deus não criou animais como o tubarão e o Rottweiller, por exemplo, que podem ser extremamente ferozes. Também não criou algumas das raças de gatos que têm problemas respiratórios, nem tampouco o cachorro Basset (linguicinha), que tem sérios problemas de coluna. O que houve com os cães e gatos, então? O homem, por meio de isolamento genético, originou outras modalidades de cães e gatos. No entanto, apesar de bonitinhos, não foram aperfeiçoados, mas “danificados”. O mesmo pode ter ocorrido com os dinossauros. A maioria deles era herbívora. Algum tipo de variação genética (natural ou causada) deve ter ocorrido para dar origem a algumas espécies mais violentas. Como eram uma ameaça aos seres humanos, cremos que o Dilúvio (e os eventos que se sucederam a ele) os levou à extinção. E uma das evidências disso são os inúmeros fósseis de dinossauros espalhados pelo mundo (a fossilização em massa só pode ser explicada de maneira catastrófica). (Leia mais sobre dinossauros aqui.)
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
1. Em primeiro lugar é preciso levar em conta a longevidade e a perfeição genética das pessoas que viveram antes do Dilúvio. Adão, por exemplo, viveu mais de 900 anos. Outro detalhe importante é que Gênesis menciona que Adão e Eva tiveram “filhos e filhas”, além de Caim, Abel e Sete (cf. Gn 5:4). E depois que teve Sete, Adão teve outros filhos e filhas ao longo de 800 anos – imagine quantos filhos se pode ter nesse período! Agora uma coisa podemos supor: é bem provável que os primeiros filhos e filhas tiveram que se casar para perpetuar a espécie. Mas é interessante notar que a proibição de casamento entre irmãos (o que era normal entre os nobres de culturas antigas, como a dos egípcios), feita por Deus, só ocorreu depois do pecado. Por quê? Porque depois do pecado a raça humana e a vida em geral, neste planeta, começou a se degenerar em todos os sentidos, inclusive geneticamente falando. Devemos lembrar que, segundo a Bíblia, Adão, Eva e seus descendentes imediatos eram geneticamente perfeitos, pois foram criados “à imagem e semelhança de Deus”. Logo, o casamento entre irmãos geneticamente perfeitos não levaria a problemas genéticos como os que podem ocorrer nos casamentos entre irmãos atualmente. Prevendo a crescente degeneração genética, Deus então proibiu o casamento consanguíneo, pois filhos de um mesmo casal provavelmente teriam os mesmos defeitos genéticos e poderiam prejudicar os filhos, ao esses defeitos se somarem.
2. Com relação à existência das diversas etnias (ou raças), esse é um assunto interessante e exigiria quase um livro para poder explicar em detalhes. Mas vamos tentar. Como disse antes, o código genético de nossos primeiros pais era perfeito e capaz de grandes adaptações para sobreviver; não fosse isso, talvez nem estivéssemos mais aqui hoje, devido às grandes alterações climáticas e ecológicas ocorridas no mundo após o Dilúvio (se houver dúvidas sobre o Dilúvio, recomendo a leitura dos livros A História da Vida, Por Que Creio e Origens, da Casa Publicadora Brasileira, além das publicações da Sociedade Criacionista Brasileira [www.scb.org.br]). O criacionismo aceita as modificações dentro das espécies (microevolução). Um bom exemplo são os cães: há vários tipos de cães, mas todos são da mesma espécie. Com o ser humano ocorreu algo parecido: adaptações ao meio ambiente. Hoje existem as "raças" branca, negra e amarela, por exemplo, todas originadas dos primeiros seres humanos, que já continham em seu código genético a informação necessária para essas modificações/variação. Aliás, qual era a cor de Adão e Eva? Não eram nem brancos, nem negros, conforme se pode concluir das evidências bíblicas. A palavra “adão” vem da mesma raiz hebraica da palavra edom, que significa “vermelho”, o que faz muito sentido, uma vez que Deus fez Adão da terra. Além disso, a palavra “homem” deriva do latim humus, que também tem relação com o solo. Portanto, de acordo com as Escrituras, os nossos primeiros pais tinham coloração avermelhada. Os grupos étnicos atuais são apenas modificações/variações dos humanos originais. (Leia também "A origem das línguas e das etnias")
3. A existência dos dinossauros realmente intriga muitas pessoas. Primeiro porque é difícil imaginar que Deus tenha criado um animal como o Tiranossauro rex. De fato, é inconcebível a ideia de Deus ter criado certos animais violentos, como alguns dos dinossauros. Mas também sabemos que Deus não criou animais como o tubarão e o Rottweiller, por exemplo, que podem ser extremamente ferozes. Também não criou algumas das raças de gatos que têm problemas respiratórios, nem tampouco o cachorro Basset (linguicinha), que tem sérios problemas de coluna. O que houve com os cães e gatos, então? O homem, por meio de isolamento genético, originou outras modalidades de cães e gatos. No entanto, apesar de bonitinhos, não foram aperfeiçoados, mas “danificados”. O mesmo pode ter ocorrido com os dinossauros. A maioria deles era herbívora. Algum tipo de variação genética (natural ou causada) deve ter ocorrido para dar origem a algumas espécies mais violentas. Como eram uma ameaça aos seres humanos, cremos que o Dilúvio (e os eventos que se sucederam a ele) os levou à extinção. E uma das evidências disso são os inúmeros fósseis de dinossauros espalhados pelo mundo (a fossilização em massa só pode ser explicada de maneira catastrófica). (Leia mais sobre dinossauros aqui.)
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Salvação só em Jesus?
Se Jesus é o único Salvador, quer dizer que as pessoas que morrem sem conhecê-Lo estão perdidas? Como Deus julgará a esses? – P.
Sobre a questão da salvação, a Bíblia diz que “a quem muito foi dado, muito será cobrado” e que “quem sem lei pecou, sem lei será julgado”. Portanto, creio que cada um será julgado pelo nível de conhecimento que possui a respeito da verdade. Deus não é irrazoável, e Sua justiça excede em muito a dos mortais.
Creio, sim, que Jesus é o único Salvador, porque é o único que proveu efetivamente um meio de salvação para a humanidade (Ele é Deus que Se fez homem para morrer pelo ser humano). Mas há um texto muito interessante no livro de Zacarias que sugere que haverá pessoas salvas que não saberão exatamente por que estão ali, já que perguntarão a respeito das cicatrizes de Jesus: “Que feridas são essas nas Suas mãos?” (Zac. 13:6). Pense também nas crianças que morreram sem conhecer a Jesus, ou nos índios isolados na Amazônia... Jesus morreu por toda a humanidade. Aqueles que viverem à luz do que sabem ser o correto (aí entra em cena a moral implantada por Deus no coração de todos), terão acesso à vida eterna. Agora, conhecer a Cristo e rejeitá-Lo ou mesmo rejeitar a possibilidade de conhecê-Lo, nos coloca em terreno perigoso.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Sobre a questão da salvação, a Bíblia diz que “a quem muito foi dado, muito será cobrado” e que “quem sem lei pecou, sem lei será julgado”. Portanto, creio que cada um será julgado pelo nível de conhecimento que possui a respeito da verdade. Deus não é irrazoável, e Sua justiça excede em muito a dos mortais.
Creio, sim, que Jesus é o único Salvador, porque é o único que proveu efetivamente um meio de salvação para a humanidade (Ele é Deus que Se fez homem para morrer pelo ser humano). Mas há um texto muito interessante no livro de Zacarias que sugere que haverá pessoas salvas que não saberão exatamente por que estão ali, já que perguntarão a respeito das cicatrizes de Jesus: “Que feridas são essas nas Suas mãos?” (Zac. 13:6). Pense também nas crianças que morreram sem conhecer a Jesus, ou nos índios isolados na Amazônia... Jesus morreu por toda a humanidade. Aqueles que viverem à luz do que sabem ser o correto (aí entra em cena a moral implantada por Deus no coração de todos), terão acesso à vida eterna. Agora, conhecer a Cristo e rejeitá-Lo ou mesmo rejeitar a possibilidade de conhecê-Lo, nos coloca em terreno perigoso.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Os dias da Criação
Deus somente criou o Sol e a Lua no quarto dia da Criação? Se sim, como podia haver o cômputo dos dias antes, então? – V.
Prezada V., o relato de Gênesis 1 afirma que em cada um dos três primeiros dias da semana da Criação “houve tarde e manhã” (versos 5, 8 e 13), e que o Sol, a Lua e as estrelas só apareceram no quarto dia (versos 14-19). Mas não existe um consenso geral entre os comentaristas bíblicos a respeito de quando esses astros foram realmente criados. Alguns chegam a crer que todos os astros, além da Terra, vieram à existência apenas no quarto dia da Criação. Outros assumem que nesse dia foi criado apenas o sistema solar. Ainda um terceiro grupo sugere que o sistema solar já havia sido criado no primeiro dia, como fonte de “luz” para o mundo (versos 3-5), ou até mesmo junto com o próprio Universo, num “princípio” remoto (verso 1). Para esse grupo, no quarto dia da Criação Deus teria apenas alterado as condições atmosféricas para que a luz dos astros pudesse iluminar adequadamente a Terra.
Gleason L. Archer argumenta em sua Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas (pág. 66): “Gênesis 1:14-19 revela que na quarta fase criadora Deus abriu o manto de nuvens o suficiente para que a luz direta do Sol caísse sobre a terra e para que tivesse lugar a observação correta dos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. Não se deve entender que o versículo 16 mostra a criação dos corpos celestes pela primeira vez no quarto dia criador; antes, ele nos informa que o Sol, a Lua e as estrelas, criados no primeiro dia como fonte de luz, tinham sido colocados em seus lugares designados por Deus com a idéia de no final das contas funcionarem como indicadores de tempo (‘sinais, estações, dias, anos’) para os observadores terrestres.”
Seja como for, Gênesis 1 nos informa que no primeiro dia da Criação Deus não apenas formou a “luz” (verso 1), mas também “fez separação entre a luz e as trevas” (verso 4). Embora os três primeiros dias da Criação já fossem dias naturais de 24 horas, compostos de “tarde e manhã” (versos 5, 8 e 13), no quarto dia Deus trouxe à existência uma nítida “separação entre o dia e a noite” e uma nova realidade que permitisse aos seres humanos distinguir as diferentes “estações” e contar os “anos” (verso 14). Deus mesmo não necessitava desses recursos para computar o tempo, mas Ele os criou para benefício dos seres humanos, dos animais e das plantas. Cremos, portanto, que as atividades criadoras do quarto dia não conspiram contra o fato de Deus haver previamente realizado Suas atividades em dias literais de 24 horas.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Prezada V., o relato de Gênesis 1 afirma que em cada um dos três primeiros dias da semana da Criação “houve tarde e manhã” (versos 5, 8 e 13), e que o Sol, a Lua e as estrelas só apareceram no quarto dia (versos 14-19). Mas não existe um consenso geral entre os comentaristas bíblicos a respeito de quando esses astros foram realmente criados. Alguns chegam a crer que todos os astros, além da Terra, vieram à existência apenas no quarto dia da Criação. Outros assumem que nesse dia foi criado apenas o sistema solar. Ainda um terceiro grupo sugere que o sistema solar já havia sido criado no primeiro dia, como fonte de “luz” para o mundo (versos 3-5), ou até mesmo junto com o próprio Universo, num “princípio” remoto (verso 1). Para esse grupo, no quarto dia da Criação Deus teria apenas alterado as condições atmosféricas para que a luz dos astros pudesse iluminar adequadamente a Terra.
Gleason L. Archer argumenta em sua Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas (pág. 66): “Gênesis 1:14-19 revela que na quarta fase criadora Deus abriu o manto de nuvens o suficiente para que a luz direta do Sol caísse sobre a terra e para que tivesse lugar a observação correta dos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. Não se deve entender que o versículo 16 mostra a criação dos corpos celestes pela primeira vez no quarto dia criador; antes, ele nos informa que o Sol, a Lua e as estrelas, criados no primeiro dia como fonte de luz, tinham sido colocados em seus lugares designados por Deus com a idéia de no final das contas funcionarem como indicadores de tempo (‘sinais, estações, dias, anos’) para os observadores terrestres.”
Seja como for, Gênesis 1 nos informa que no primeiro dia da Criação Deus não apenas formou a “luz” (verso 1), mas também “fez separação entre a luz e as trevas” (verso 4). Embora os três primeiros dias da Criação já fossem dias naturais de 24 horas, compostos de “tarde e manhã” (versos 5, 8 e 13), no quarto dia Deus trouxe à existência uma nítida “separação entre o dia e a noite” e uma nova realidade que permitisse aos seres humanos distinguir as diferentes “estações” e contar os “anos” (verso 14). Deus mesmo não necessitava desses recursos para computar o tempo, mas Ele os criou para benefício dos seres humanos, dos animais e das plantas. Cremos, portanto, que as atividades criadoras do quarto dia não conspiram contra o fato de Deus haver previamente realizado Suas atividades em dias literais de 24 horas.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Um Criador que interage com as criaturas
Embora eu creia em um Deus, discordo que a Bíblia seja a Palavra de Deus e que ela deva ser seguida como se contivesse toda a verdade. Nem ao menos estou certo de que Deus tenha um plano específico para Sua criação ou que Se comunique conosco. – D.
Pense por um momento: que sentido haveria em um Ser todo-poderoso criar seres inteligentes e deixá-los num canto obscuro do Universo, num dos braços em espiral de uma galáxia de tamanho médio, sem Se comunicar ou estabelecer interação com eles? Por que um Criador traria à existência seres pensantes para depois ignorá-los? E, se fomos realmente criados por um Ser inteligente, não devemos buscar conhecê-Lo e, no mínimo, ser-Lhe gratos por existirmos?
É aí que entram em cena a Bíblia e Jesus, as supremas revelações de Deus. Ambos revelam facetas importantes do Criador, o suficiente para termos um vislumbre dEle com nossa mente finita. A Bíblia, como tudo que tem a participação humana, também tem lá suas limitações. Uma delas é a natural limitação da linguagem humana. Como expressar nessa forma realidades praticamente insondáveis para o ser humano? Essa foi uma das dificuldades com que tiveram de lidar os profetas e demais escritores bíblicos. Imagine-se tendo que explicar física quântica para um garoto de 5 anos. Deus lidou com “problema” semelhante ao Se revelar ao ser humano. A Bíblia é, portanto, a Palavra de Deus em linguagem humana. Mas era necessário mais do que isso para que pudéssemos conhecer a Deus. Por isso, Ele Se tornou carne em Jesus, o Deus-Homem. Caminhou com o ser humano. Abraçou, curou e confortou seres humanos. E disse que “quem Me vê a Mim, vê ao Pai”, e “o Pai e Eu somos um”. Ou seja, se havia dúvidas quanto ao caráter do Criador e Suas motivações e intenções quanto ao ser humano, elas foram dissipadas por meio da vida de Jesus, o Emanuel, “Deus conosco”.
Considero lógico que o Criador, como bom Pai, quisesse Se comunicar com Seus seres criados inteligentes. E considero lógico que Ele Se utilizasse de um meio perene como um livro (aliás, milagrosamente preservado até hoje, a despeito de tantas perseguições) e Se fizesse um de nós para Se relacionar mais intimamente conosco e afirmar Seu interesse por nós (isso sem mencionar que essa atitude também cumpria um importante requisito do plano da redenção). O próprio Jesus disse que as Escrituras constituem a Palavra de Deus. E se Ele disse, eu acredito. E prefiro acreditar nEle, com todas as credenciais que Ele tem, do que na palavra de homens falhos, seguidores de meras filosofias humanas.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Pense por um momento: que sentido haveria em um Ser todo-poderoso criar seres inteligentes e deixá-los num canto obscuro do Universo, num dos braços em espiral de uma galáxia de tamanho médio, sem Se comunicar ou estabelecer interação com eles? Por que um Criador traria à existência seres pensantes para depois ignorá-los? E, se fomos realmente criados por um Ser inteligente, não devemos buscar conhecê-Lo e, no mínimo, ser-Lhe gratos por existirmos?
É aí que entram em cena a Bíblia e Jesus, as supremas revelações de Deus. Ambos revelam facetas importantes do Criador, o suficiente para termos um vislumbre dEle com nossa mente finita. A Bíblia, como tudo que tem a participação humana, também tem lá suas limitações. Uma delas é a natural limitação da linguagem humana. Como expressar nessa forma realidades praticamente insondáveis para o ser humano? Essa foi uma das dificuldades com que tiveram de lidar os profetas e demais escritores bíblicos. Imagine-se tendo que explicar física quântica para um garoto de 5 anos. Deus lidou com “problema” semelhante ao Se revelar ao ser humano. A Bíblia é, portanto, a Palavra de Deus em linguagem humana. Mas era necessário mais do que isso para que pudéssemos conhecer a Deus. Por isso, Ele Se tornou carne em Jesus, o Deus-Homem. Caminhou com o ser humano. Abraçou, curou e confortou seres humanos. E disse que “quem Me vê a Mim, vê ao Pai”, e “o Pai e Eu somos um”. Ou seja, se havia dúvidas quanto ao caráter do Criador e Suas motivações e intenções quanto ao ser humano, elas foram dissipadas por meio da vida de Jesus, o Emanuel, “Deus conosco”.
Considero lógico que o Criador, como bom Pai, quisesse Se comunicar com Seus seres criados inteligentes. E considero lógico que Ele Se utilizasse de um meio perene como um livro (aliás, milagrosamente preservado até hoje, a despeito de tantas perseguições) e Se fizesse um de nós para Se relacionar mais intimamente conosco e afirmar Seu interesse por nós (isso sem mencionar que essa atitude também cumpria um importante requisito do plano da redenção). O próprio Jesus disse que as Escrituras constituem a Palavra de Deus. E se Ele disse, eu acredito. E prefiro acreditar nEle, com todas as credenciais que Ele tem, do que na palavra de homens falhos, seguidores de meras filosofias humanas.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Moral e bons costumes
O que é “moral e bons costumes”, esse chavão tantas vezes utilizado. De onde isso teria vindo, de acordo com o evolucionismo e o criacionismo? – U.
Bem, talvez pudesse dizer que, num contexto puramente humanista, “moral” sejam os padrões de conduta que as sociedades ditas civilizadas desenvolvem para poder viver com um mínimo de civilidade. Mas como sou cristão, creio que moral é algo mais profundo, que diz respeito não apenas ao comportamento exterior, mas a pensamentos, emoções e motivações. Acredito que a fonte da moral é Deus e que, pelo contato com Ele (oração e leitura da Bíblia), essa moral nos é implantada no coração. “Bons costumes” derivam dessa moral divina. O Dez Mandamentos bíblicos seriam a expressão máxima desse código moral divino, cuja base é o amor.
É claro que não se chega a essas idéias meramente pela racionalidade. Mas quem disse que a razão humana é o único meio de se obter conhecimento? Quando tentamos abarcar todo o conhecimento com os recursos humanos, não estamos sendo um pouco arrogantes? Sou adepto do método científico e defendo suas premissas, no que diz respeito àquilo que a ciência pode alcançar. Mas sou contra a extrapolação desse método para o sobrenatural, área que não compete à ciência experimental. Acho que a complementaridade dessas duas facetas da realidade – o imanente e o transcendente – é que nos ajudam na busca da verdade. Conforme disse Einstein: “A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega.”
Em seu interessante livro A Presença Ignorada de Deus, o fundador da Logoterapia, Viktor Frankl, afirma que “a consciência como um fato psicológico imanente já nos remete, por si mesma, à transcendência; somente pode ser compreendida a partir da transcendência, somente como ela própria, de alguma forma, constituindo um fenômeno transcendente. Da mesma maneira que o umbigo pode ser compreendido a partir da pré-história, ou melhor, da história pré-natal do homem, como sendo um ‘resto’ no homem que o transcende e o leva à sua procedência do organismo materno, no qual estava contido, exatamente desta mesma forma a consciência só pode ser entendida em seu sentido pleno quando a concebermos à luz de uma origem transcendente. ... O homem irreligioso, portanto, é aquele que ignora esta transcendência da consciência. Com efeito, também o homem irreligioso ‘tem’ consciência, assim como responsabilidade; apenas ele não questiona além, não pergunta pelo que é responsável, nem de onde provém sua consciência” (págs. 41 e 42).
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
Bem, talvez pudesse dizer que, num contexto puramente humanista, “moral” sejam os padrões de conduta que as sociedades ditas civilizadas desenvolvem para poder viver com um mínimo de civilidade. Mas como sou cristão, creio que moral é algo mais profundo, que diz respeito não apenas ao comportamento exterior, mas a pensamentos, emoções e motivações. Acredito que a fonte da moral é Deus e que, pelo contato com Ele (oração e leitura da Bíblia), essa moral nos é implantada no coração. “Bons costumes” derivam dessa moral divina. O Dez Mandamentos bíblicos seriam a expressão máxima desse código moral divino, cuja base é o amor.
É claro que não se chega a essas idéias meramente pela racionalidade. Mas quem disse que a razão humana é o único meio de se obter conhecimento? Quando tentamos abarcar todo o conhecimento com os recursos humanos, não estamos sendo um pouco arrogantes? Sou adepto do método científico e defendo suas premissas, no que diz respeito àquilo que a ciência pode alcançar. Mas sou contra a extrapolação desse método para o sobrenatural, área que não compete à ciência experimental. Acho que a complementaridade dessas duas facetas da realidade – o imanente e o transcendente – é que nos ajudam na busca da verdade. Conforme disse Einstein: “A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega.”
Em seu interessante livro A Presença Ignorada de Deus, o fundador da Logoterapia, Viktor Frankl, afirma que “a consciência como um fato psicológico imanente já nos remete, por si mesma, à transcendência; somente pode ser compreendida a partir da transcendência, somente como ela própria, de alguma forma, constituindo um fenômeno transcendente. Da mesma maneira que o umbigo pode ser compreendido a partir da pré-história, ou melhor, da história pré-natal do homem, como sendo um ‘resto’ no homem que o transcende e o leva à sua procedência do organismo materno, no qual estava contido, exatamente desta mesma forma a consciência só pode ser entendida em seu sentido pleno quando a concebermos à luz de uma origem transcendente. ... O homem irreligioso, portanto, é aquele que ignora esta transcendência da consciência. Com efeito, também o homem irreligioso ‘tem’ consciência, assim como responsabilidade; apenas ele não questiona além, não pergunta pelo que é responsável, nem de onde provém sua consciência” (págs. 41 e 42).
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)
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