1. O que são as espécies do livro de Gênesis?
A Bíblia não diz nada sobre as “espécies” do livro de Gênesis. Nela a expressão “segundo a sua espécie” é usada para descrever a variedade de plantas e animais que Deus criou (Gênesis 1), ou aquelas que foram salvas na arca (Gênesis 6:20), ou aquelas que são limpas ou impuras para se comer (Levítico 11). Muitos criacionistas têm mantido a tradição de que Deus mandou que os animais se reproduzissem apenas “segundo a sua espécie”, mas um estudo do texto mostra que a reprodução não é o assunto em discussão. A Bíblia não estabelece nenhuma regra sobre os animais se reproduzirem segundo a sua espécie. O termo “espécies do livro de Gênesis” foi criado por criacionistas para se referir à ideia de que Deus criou originalmente muitos grupos separados de indivíduos que podiam cruzar entre si, dos quais resultou a diversidade de plantas e animais que vivem hoje.[1] Portanto, o termo “linhagem” pode ser usado no lugar de “espécie”, com a compreensão de que pode haver considerável flexibilidade genética dentro das linhagens.
2. Como explicamos a existência de predadores e criaturas venenosas?
A Bíblia não diz como se originaram, mas afirma que a natureza mudou devido ao pecado de Adão (Gênesis 3:14, 18; Romanos 8:20). Aparentemente Adão foi criado para ser um dos “filhos de Deus” (Lucas 3:38; Jó 1:6). Devido ao seu pecado, Adão perdeu o controle do mundo para Satanás (João 12:31; Jó 1:6, 7; Jó 2:1, 2). Portanto, a predação e outros males são responsabilidade de Satanás. Quando o mundo for restaurado, a harmonia na natureza também será restaurada (Isaías 11:6-9 e 65:25; Apocalipse 21:4 e 22:3).
3. Há algum limite para a mudança nas espécies?
A Bíblia não aborda esse ponto, mas a ciência mostra que as variações são limitadas. Não existe um sistema para quantificar diferenças morfológicas entre espécies, de forma que os limites não podem ser quantificados. Entretanto, milhares de experimentos têm sido feitos por criadores e geneticistas e muita informação já foi acumulada. As espécies têm grande capacidade para variação (exemplo: a variação entre raças de cães é equivalente às variações observadas entre gêneros diferentes de canídeos selvagens[2]) e podem produzir novas variedades e espécies; mas não parece provável que esse tipo de variação possa se acumular para a produção de novos órgãos ou novos planos corporais. Por outro lado, a existência de predadores e parasitas sugere que algumas espécies passaram por uma considerável mudança. Ainda não foi completamente demonstrado o mecanismo dessas mudanças.[3]
4. As espécies podem mudar com rapidez suficiente para explicar a atual biodiversidade em um tempo relativamente curto?
Não sabemos quanta mudança é necessária para explicar a biodiversidade atual, porque não sabemos o ponto de partida. Os cientistas têm descoberto que as espécies podem mudar bem rápido,[4] especialmente durante períodos de estresse ambiental. A maioria das mudanças observadas é pequena, do tipo que permite distinguir entre espécies ou gêneros. Essas mudanças foram causadas por processos naturais. Se as mudanças foram dirigidas por agentes inteligentes, os resultados são difíceis de predizer.
5. Como explicamos as semelhanças moleculares e genéticas de seres humanos com os chimpanzés?
Não sabemos exatamente como as moléculas de DNA regulam a construção de corpos, mas acreditamos que há uma relação entre as sequências de DNA e a forma e funções do corpo. Se é assim, deve-se esperar que corpos similares tenham sequências de DNA similares. Portanto, pode-se esperar que seres humanos e chimpanzés tenham uma similaridade de DNA maior do que seres humanos e pinheiros, por exemplo. Entretanto, as similaridades entre humanos e chimpanzés são notáveis, e é compreensível que evolucionistas as expliquem como o resultado de ancestralidade comum.[5] De fato, as semelhanças no DNA são tão grandes que se pergunta por que as duas espécies são tão diferentes. O que os faz diferentes? Não sabemos. A menos que apreendamos como as diferenças entre as espécies são produzidas, provavelmente não entenderemos o significado das similaridades entre humanos e chimpanzés.
6. Que problemas não resolvidos sobre mudanças nas espécies são de maior preocupação?
Como se pareciam os animais originalmente criados? Por que os humanos são tão semelhantes a outros animais, especialmente aos macacos?
[Leia também a parte 2]
Notas para as questões sobre Mudanças em Espécies:
1. Marsh F.L. 1947. Evolution, creation and science. 2nd edition. Washington DC: Review and Herald Publishing Assn. Nas páginas 174-175, é feita referência ao termo “baramin”, um termo cunhado anteriormente por Marsh (ver nota de rodapé de Marsh na p. 174). Para uma aplicação deste conceito, ver: Wood T, Cavanaugh D.P. 2001. “A baraminological anlaysis of the subtribe Flavertinae (Asteraceae: Helenieae) and the origin of biological complexity”. Origins 52:7-27.
2. Wayne R.K. 1986. “Cranial morphology of domestic and wild canids: the influence of development on morphological change”. Evolution 40:243-261.
3. Ver: (a) Brand L.R, Gibson L.J. 1993. “An interventionist theory of natural selection and biological change within limits”. Origins 20:60-82; (b) Lester L.P, Bohlin R.G. 1984. “The natural limits to biological change”. Grand Rapids, MI: Zondervan.
4. E.g., ver: Hendry AP, Kinnison M.T. 1999. “The pace of modern life: measuring rates of contemporary microevolution”. Evolution 53:1637-1653.
5. Pseudogenes provêem um exemplo importante. Para um ponto de vista evolucionista, ver: Max E. 1987. “Plagiarized errors and molecular genetics.” Creation/Evolution 6(9):34-45. Para reações contrastantes, ver: (a) Gilbert G. 1992. “In search of Genesis and the pseudogene”. Spectrum 22(4):10-21; (b) Gibson L.J. 1994. “Pseudogenes and origins”. Origins 21:91-108.
terça-feira, janeiro 27, 2009
Perguntas frequentes sobre criacionismo (2)
1. Os homens das cavernas realmente existiram?
Sim. Houve seres humanos que viveram em cavernas e pode haver alguns que ainda moram. Isso não significa que eles sejam semelhantes às figuras vistas em caricaturas de histórias em quadrinhos que você possa ter visto. Acredita-se que o homem de Cro-Magnon pode ter sido um homem das cavernas porque se crê que ele seja responsável por algumas pinturas notáveis em cavernas na França e áreas próximas. O homem de Cro-Magnon é essencialmente o mesmo que os europeus modernos e pode representar os europeus pré-históricos.[1]
2. Existem realmente fósseis que se parecem com homens-macaco?
Já foram encontrados fósseis que parecem ter uma mistura de características humanas e de macacos. Há vários tipos desses tais como o homem de Java, o homem de Pequim e vários tipos da África conhecidos como os "erectinos". Esses parecem ter sido humanos, mas de uma forma diferente. Para interpretações criacionistas e evolucionastes desses fósseis, veja as referências.[2]
3. Os homens de Neanderthal eram humanos verdadeiros?
A maioria dos criacionistas cre assim, mas a questão é controversa.[3] O homem de Neanderthal provavelmente viveu em cavernas, mas não eram homens-macaco. O crânio tinha um formato diferente da maioria dos homens modernos, mas o espaço do cérebro era maior. Eles aparentemente tinham cultura e eram provavelmente muito inteligentes. Os homens de Neanderthal tinham alguns traços singulares, mas nada que pudesse ligá-los aos macacos, de algum modo particular. Algumas das diferenças em seu crânio podem ter sido parcialmente produzidas como resposta a um clima severo e a alimentos duros à mastigação. Aparentemente, tinham uma constituição física mais robusta do que a das pessoas que vivem hoje.[4] O recente sequenciamento do DNA mitocondrial do osso de um Neanderthal indica que o DNA do Neanderthal é bastante diferente do DNA de humanos atuais.[5] Entretanto, isso não significa que eles não eram humanos verdadeiros, e muitos antropólogos os aceitam como humanos com adaptações para um clima frio e condições de vida duras.[6]
4. O que são fósseis humanos "arcaicos"?
Há um grupo de material esquelético que não se encaixa facilmente em nenhuma outra categoria, e são referidos tipicamente como "Homo sapiens arcaico". Eles têm geralmente cristas orbitais salientes, como humanos "erectinos" e "arcaicos". Eles têm espaço cerebral maior do que os erectinos, e não apresentam a saliência bem marcada (torus ocipital) na parte de trás do crânio que os homens de Neanderthal têm.[7]
5. Que se pode dizer dos Australopithecus?
Os Australopithecus foram provavelmente um tipo extinto de macaco.[8] Eles tinham algumas similaridades com os seres humanos, mas tinham um cérebro de tamanho aproximado do de um chimpanzé e alguns aspectos que sugerem que viviam em árvores. Aparentemente podiam andar eretos, mas há alguma evidência de que eles teriam certa dificuldade para andar assim.[9]
6. Há alguma sequência evolutiva que vai dos macacos ao homem?
Há vários tipos de fósseis que possuem uma mistura de características humanas e de macaco. Têm sido feitas tentativas de organizar esses fósseis em uma sequência que vai de menor número de características humanas para maior número de características humanas. Australopitecíneos têm menos características humanas, seguidos pelos "erectinos", o grupo "arcaicos", e então Neanderthal e Cro-Magnon. A sequência parece convincente para muitas pessoas e é interpretada como uma linhagem evolutiva.[10] Os criacionistas não aceitam essa interpretação, apontando que os detalhes não se encaixam bem, e a série não é verdadeiramente uma sequência de ancestrais-descendentes.[11]
6. Qual é a explicação criacionista para esses fósseis que têm uma mistura de características humanas e de macacos?
A resposta a essa pergunta está perdida na antiguidade. Os fósseis referidos são primariamente os "erectinos" e os "australopitecíneos".
Aqui está uma resposta possível: os erectinos parecem ter sido humanos. Talvez tenham sofrido os efeitos de um intenso endocruzamento genético e um estilo de vida pobre. Os australopitecíneos podem ter sido um tipo extinto de macaco. Parecem não ser relacionados com nenhuma espécie viva atual.
7. O que se pode dizer dos gigantes humanos que viveram antes do dilúvio? Algum já foi encontrado?
Não. Nenhum fóssil humano gigante que tenha vivido antes do dilúvio foi encontrado.
8. Como as raças humanas se originaram? Alguma delas foi marcada por uma maldição?
Todos os seres humanos estão vivendo sob a maldição do pecado, e é duvidoso que isso se aplique mais a alguma "raça" do que a outra.
As "raças" podem se desenvolver quando pequenos grupos são isolados. Além de distâncias, a linguagem é provavelmente o maior fator de isolamento. Quando as linguagens foram confundidas em Babel, provavelmente pequenos grupos se dispersaram para vários lugares, produzindo grupos isolados que se desenvolveram em "raças" diferentes.
Alguns aspectos raciais podem ser o resultado do fato de que certas características fisiológicas são vantajosas em determinados ambientes. A cor da pele é um exemplo. A luz solar é necessária para produzir vitamina D. Luz solar em excesso aumenta o risco de câncer de pele. A melanina protege do câncer da pele causado por excesso de luz solar os que vivem em climas tropicais. Isso explica por que pessoas que vivem nos trópicos têm tipicamente pele mais escura. Pessoas que vivem em latitudes mais altas não necessitam de muita proteção contra o sol e têm pele mais clara. A pele escura pode ser desvantajosa em latitudes altas se a quantidade de luz solar é apenas suficiente para a produção de vitamina D.
9. Que problemas não resolvidos sobre fósseis humanos são de maior preocupação?
Por que não são encontrados fósseis de homens gigantes? Por que não são encontrados fósseis humanos que pareçam ter sido enterrados pelo dilúvio? Qual é a explicação para os fósseis que têm características de homem e de macaco?
[Leia também a parte 1]
Notas para as perguntas sobre fósseis humanos:
1. (a) Semino O, Passarino G, Oefner PJ, + 17 other authors. "The genetic legacy of Paleolithic Homo sapiens sapiens in extant Europeans: a Y chromosome perspective". Science 290:1155-1159; (b) Arsuaga JL. 1999. El collar del Neandertal: en busca de los peimeros pensadores. Madrid: Ediciones Temas de Hoy. Ver também: (c) Prideaux T. 1973. Cro-Magnon man. NY: Time-Life Books.
2. Para uma interpretação criacionista, ver: (a) Lubenow ML. 1992. Bones of contention. Grand Rapids, MI: Baker Books; para uma interpretação evolucionista, ver: (b) Rightmire GP. 1981. "Patterns in the evolution of Homo erectus". Paleobiology 7:241-246; (c) Ciochon RL, Fleagle JG. 1993. The human evolution source book. Englewood Cliffs, NY: Prentice-Hall; (d) Facchini F. 19990. El origen del hombre. Madrid: Aguilar.
3. Stringer C, Gambel C. 1993. In search of the Neanderthals. NY: Thames and Hudson.
4. Ruff CB, Trinkaus E, Holliday TW. 1997. "Body mass and encephalization in Pleistocene Homo". Nature 387:173-176.
5. (a) Krings M, Stone A, SchmitzRW, Krainitzki H, Stoneking M, Paabo S. 1997. "Neanderthal DNA sequences and the origin of modern humans". Cell 90:19-30; (b) Krings M, Geisert H, Schmitz RW, Krainitzki H, Paabo S. 1999. "DNA sequence of the mitochondrial hypervariable region II from the Neandertal type specimen". Proceedings of the National Academy of Sciences (USA) 96:5581-5585.
6. Arsuaga (ver Nota 1b). Ver também Prideaux (Nota 1c).
7. Uma discussão recente sobre os humanos arcaicos é dada em: Tattersall I. 1997. "Out of Africa again... and again?" Scientific American 276(4):60-67.
8. Hartwig-Scherer S, Martin RD. 1991. "Was 'Lucy' more human than her 'child'? Observations on early hominid postcranial skeletons". Journal of Human Evolution 21:439-449.
9. Spoor F, Wood B, Zonneveld F. 1994. "Implications of early hominid labyrinthine morphology for evolution of human bipedal locomotion". Nature 369:645-648.
10. Uma coleção de alguns trabalhos importantes nesse campo é encontrada em: Ciochon RL, Fleagle JG, editors. 1993. The human evolution source book. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
11. Kennedy E. 1996. "A busca dos ancestrais de Adão". Diálogo 8(1):12-15,34. Um resumo dos fósseis humanos feito por um criacionista é dado por: Lubenow ML. 1992. Bones of contention. Grand Rapids, MI: Baker Books.
Sim. Houve seres humanos que viveram em cavernas e pode haver alguns que ainda moram. Isso não significa que eles sejam semelhantes às figuras vistas em caricaturas de histórias em quadrinhos que você possa ter visto. Acredita-se que o homem de Cro-Magnon pode ter sido um homem das cavernas porque se crê que ele seja responsável por algumas pinturas notáveis em cavernas na França e áreas próximas. O homem de Cro-Magnon é essencialmente o mesmo que os europeus modernos e pode representar os europeus pré-históricos.[1]
2. Existem realmente fósseis que se parecem com homens-macaco?
Já foram encontrados fósseis que parecem ter uma mistura de características humanas e de macacos. Há vários tipos desses tais como o homem de Java, o homem de Pequim e vários tipos da África conhecidos como os "erectinos". Esses parecem ter sido humanos, mas de uma forma diferente. Para interpretações criacionistas e evolucionastes desses fósseis, veja as referências.[2]
3. Os homens de Neanderthal eram humanos verdadeiros?
A maioria dos criacionistas cre assim, mas a questão é controversa.[3] O homem de Neanderthal provavelmente viveu em cavernas, mas não eram homens-macaco. O crânio tinha um formato diferente da maioria dos homens modernos, mas o espaço do cérebro era maior. Eles aparentemente tinham cultura e eram provavelmente muito inteligentes. Os homens de Neanderthal tinham alguns traços singulares, mas nada que pudesse ligá-los aos macacos, de algum modo particular. Algumas das diferenças em seu crânio podem ter sido parcialmente produzidas como resposta a um clima severo e a alimentos duros à mastigação. Aparentemente, tinham uma constituição física mais robusta do que a das pessoas que vivem hoje.[4] O recente sequenciamento do DNA mitocondrial do osso de um Neanderthal indica que o DNA do Neanderthal é bastante diferente do DNA de humanos atuais.[5] Entretanto, isso não significa que eles não eram humanos verdadeiros, e muitos antropólogos os aceitam como humanos com adaptações para um clima frio e condições de vida duras.[6]
4. O que são fósseis humanos "arcaicos"?
Há um grupo de material esquelético que não se encaixa facilmente em nenhuma outra categoria, e são referidos tipicamente como "Homo sapiens arcaico". Eles têm geralmente cristas orbitais salientes, como humanos "erectinos" e "arcaicos". Eles têm espaço cerebral maior do que os erectinos, e não apresentam a saliência bem marcada (torus ocipital) na parte de trás do crânio que os homens de Neanderthal têm.[7]
5. Que se pode dizer dos Australopithecus?
Os Australopithecus foram provavelmente um tipo extinto de macaco.[8] Eles tinham algumas similaridades com os seres humanos, mas tinham um cérebro de tamanho aproximado do de um chimpanzé e alguns aspectos que sugerem que viviam em árvores. Aparentemente podiam andar eretos, mas há alguma evidência de que eles teriam certa dificuldade para andar assim.[9]
6. Há alguma sequência evolutiva que vai dos macacos ao homem?
Há vários tipos de fósseis que possuem uma mistura de características humanas e de macaco. Têm sido feitas tentativas de organizar esses fósseis em uma sequência que vai de menor número de características humanas para maior número de características humanas. Australopitecíneos têm menos características humanas, seguidos pelos "erectinos", o grupo "arcaicos", e então Neanderthal e Cro-Magnon. A sequência parece convincente para muitas pessoas e é interpretada como uma linhagem evolutiva.[10] Os criacionistas não aceitam essa interpretação, apontando que os detalhes não se encaixam bem, e a série não é verdadeiramente uma sequência de ancestrais-descendentes.[11]
6. Qual é a explicação criacionista para esses fósseis que têm uma mistura de características humanas e de macacos?
A resposta a essa pergunta está perdida na antiguidade. Os fósseis referidos são primariamente os "erectinos" e os "australopitecíneos".
Aqui está uma resposta possível: os erectinos parecem ter sido humanos. Talvez tenham sofrido os efeitos de um intenso endocruzamento genético e um estilo de vida pobre. Os australopitecíneos podem ter sido um tipo extinto de macaco. Parecem não ser relacionados com nenhuma espécie viva atual.
7. O que se pode dizer dos gigantes humanos que viveram antes do dilúvio? Algum já foi encontrado?
Não. Nenhum fóssil humano gigante que tenha vivido antes do dilúvio foi encontrado.
8. Como as raças humanas se originaram? Alguma delas foi marcada por uma maldição?
Todos os seres humanos estão vivendo sob a maldição do pecado, e é duvidoso que isso se aplique mais a alguma "raça" do que a outra.
As "raças" podem se desenvolver quando pequenos grupos são isolados. Além de distâncias, a linguagem é provavelmente o maior fator de isolamento. Quando as linguagens foram confundidas em Babel, provavelmente pequenos grupos se dispersaram para vários lugares, produzindo grupos isolados que se desenvolveram em "raças" diferentes.
Alguns aspectos raciais podem ser o resultado do fato de que certas características fisiológicas são vantajosas em determinados ambientes. A cor da pele é um exemplo. A luz solar é necessária para produzir vitamina D. Luz solar em excesso aumenta o risco de câncer de pele. A melanina protege do câncer da pele causado por excesso de luz solar os que vivem em climas tropicais. Isso explica por que pessoas que vivem nos trópicos têm tipicamente pele mais escura. Pessoas que vivem em latitudes mais altas não necessitam de muita proteção contra o sol e têm pele mais clara. A pele escura pode ser desvantajosa em latitudes altas se a quantidade de luz solar é apenas suficiente para a produção de vitamina D.
9. Que problemas não resolvidos sobre fósseis humanos são de maior preocupação?
Por que não são encontrados fósseis de homens gigantes? Por que não são encontrados fósseis humanos que pareçam ter sido enterrados pelo dilúvio? Qual é a explicação para os fósseis que têm características de homem e de macaco?
[Leia também a parte 1]
Notas para as perguntas sobre fósseis humanos:
1. (a) Semino O, Passarino G, Oefner PJ, + 17 other authors. "The genetic legacy of Paleolithic Homo sapiens sapiens in extant Europeans: a Y chromosome perspective". Science 290:1155-1159; (b) Arsuaga JL. 1999. El collar del Neandertal: en busca de los peimeros pensadores. Madrid: Ediciones Temas de Hoy. Ver também: (c) Prideaux T. 1973. Cro-Magnon man. NY: Time-Life Books.
2. Para uma interpretação criacionista, ver: (a) Lubenow ML. 1992. Bones of contention. Grand Rapids, MI: Baker Books; para uma interpretação evolucionista, ver: (b) Rightmire GP. 1981. "Patterns in the evolution of Homo erectus". Paleobiology 7:241-246; (c) Ciochon RL, Fleagle JG. 1993. The human evolution source book. Englewood Cliffs, NY: Prentice-Hall; (d) Facchini F. 19990. El origen del hombre. Madrid: Aguilar.
3. Stringer C, Gambel C. 1993. In search of the Neanderthals. NY: Thames and Hudson.
4. Ruff CB, Trinkaus E, Holliday TW. 1997. "Body mass and encephalization in Pleistocene Homo". Nature 387:173-176.
5. (a) Krings M, Stone A, SchmitzRW, Krainitzki H, Stoneking M, Paabo S. 1997. "Neanderthal DNA sequences and the origin of modern humans". Cell 90:19-30; (b) Krings M, Geisert H, Schmitz RW, Krainitzki H, Paabo S. 1999. "DNA sequence of the mitochondrial hypervariable region II from the Neandertal type specimen". Proceedings of the National Academy of Sciences (USA) 96:5581-5585.
6. Arsuaga (ver Nota 1b). Ver também Prideaux (Nota 1c).
7. Uma discussão recente sobre os humanos arcaicos é dada em: Tattersall I. 1997. "Out of Africa again... and again?" Scientific American 276(4):60-67.
8. Hartwig-Scherer S, Martin RD. 1991. "Was 'Lucy' more human than her 'child'? Observations on early hominid postcranial skeletons". Journal of Human Evolution 21:439-449.
9. Spoor F, Wood B, Zonneveld F. 1994. "Implications of early hominid labyrinthine morphology for evolution of human bipedal locomotion". Nature 369:645-648.
10. Uma coleção de alguns trabalhos importantes nesse campo é encontrada em: Ciochon RL, Fleagle JG, editors. 1993. The human evolution source book. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
11. Kennedy E. 1996. "A busca dos ancestrais de Adão". Diálogo 8(1):12-15,34. Um resumo dos fósseis humanos feito por um criacionista é dado por: Lubenow ML. 1992. Bones of contention. Grand Rapids, MI: Baker Books.
Perguntas frequentes sobre criacionismo (1)
1. Os dinossauros existiram?[1]
Sim. Cerca de 285 tipos (gêneros) são conhecidos,[2] com tamanhos variando desde o de um corvo até 30 m ou mais de comprimento. Aproximadamente metade destes são representados por um único exemplar, enquanto 10 deles têm pelo menos 40 exemplares. A maior diversidade de dinossauros é encontrada na parte superior das rochas do Cretáceo (Maastricianas).
2. Foram encontradas pegadas de seres humanos junto a pegadas de dinossauros?
Não. Houve um anúncio de que tais pegadas foram encontradas juntas no leito do rio Paluxy, no Texas, mas essa afirmação foi abandonada por todos os criacionistas com treinamento científico. As pegadas de dinossauro são genuínas, mas as humanas não são.[3]
3. Os cientistas creem que as aves evoluíram dos dinossauros?
Essa é uma questão que envolve atualmente acaloradas discussões. Têm sido encontrados certos fósseis com alguns aspectos típicos de aves e outros aspectos mais típicos de dinossauros.[4] O Archaeopteryx é um exemplo famoso. Alguns fósseis de dinossauros achados recentemente na China têm traços semelhantes a filamentos que alguns cientistas afirmam serem evidências de penas, mas as estruturas não se parecem com penas de vôo comuns e o assunto ainda não está resolvido. Alguns cientistas têm apresentado evidências para argumentar que as aves não podem ter evoluído dos dinossauros.[5] Outros cientistas têm proposto que as aves evoluíram de um grupo diferente de répteis, não de dinossauros.[6]
De um ponto de vista criacionista, a presença de penas em um dinossauro não significaria que as aves dever estar relacionadas a dinossauros. Todas as aves têm penas, mas isso não quer dizer que todas as aves evoluíram de um único ancestral comum. Pode ter havido vários grupos de aves e outros organismos com penas criados separadamente.
4. O que os dinossauros comiam?
Aparentemente, a maioria dos dinossauros era herbívora. Alguns podem ter comido pequenos animais, se estivessem disponíveis. Alguns comiam peixes, enquanto outros, provavelmente, comiam animais maiores, tais como outros dinossauros.[7]
5. Os dinossauros tinham sangue quente?
Os cientistas não concordam quanto à resposta para essa pergunta. Os dinossauros provavelmente não tinham sangue quente como as aves e os mamíferos. Eles podem ter vivido em climas quentes e úmidos. Consequentemente, não teriam dificuldade em se manter aquecidos. Os dinossauros maiores teriam conservado o calor mais eficientemente que os menores. O metabolismo deles pode ter sido mais rápido do que o dos répteis atuais.[8]
6. Deus criou os dinossauros ou eles são resultado do mal?
Deus criou toda a vida, incluindo os ancestrais dos dinossauros. Entretanto, não sabemos quanto os animais podem ter mudado após a Criação. Não podemos identificar nenhum fóssil como sendo uma forma individual criada originalmente. Os únicos fósseis que temos são de animais que viveram mais de mil anos após a criação. Não sabemos como eram as formas originalmente criadas.
7. Havia algum dinossauro na arca?
Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. Não há evidências de que estiveram na arca e não há evidência de que existiram após o dilúvio. Tanto quanto podemos dizer, parece que eles foram destruídos durante o dilúvio. Houve relatos ocasionais de que supostos dinossauros viviam na Escócia, Zaire ou no oceano. Nenhum desses relatos foi confirmado. Alguns criacionistas têm interpretado as referências bíblicas ao leviatã ou o beemote como referências aos dinossauros (...).
8. Que problemas não resolvidos sobre os dinossauros são de maior preocupação?
Como podemos explicar o que parece ser ninhos de ovos de dinossauro e filhotes em sedimentos que acreditamos terem sido provavelmente depositados pelo dilúvio?[9] Por que não encontramos fósseis de dinossauros misturados com fósseis de mamíferos que vivem hoje? Como o homem podia sobreviver com esses poderosos animais vivendo ao redor?
Notas para perguntas sobre dinossauros:
1. Muitos livros já foram escritos sobre dinossauros. Alguns exemplos são listados a seguir: (a) Carpenter K, Hirsh KF, Horner JR. 1994. Dinosaur eggs and babies. Cambridge: Cambridge University Press; (b) Fastovsky DE, Weishampel DB. 1996. The evolution and extinction of the dinosaurs. Cambridge: Cambridge University Press (c) Lockley M, Hunt AP. 1995. Dinosaur tracks. NY: Columbia University Press; (d) Weishampel DB, Dodson P, Osmolska H, editors. 1990. The dinosauria. Berkeley: University of California Press; (e) Padian K, Currie PJ, editors. 1997. Encyclopedia of dinosaurs. NY: Academic Press.
2. Dodson P. 1990. "Counting dinosaurs: how many kinds were there?" Proceedings of the National Academy of Sciences (USA) 87:7608-7612. Dodson contou 285 gêneros. Desde aquele tempo, vários outros gêneros foram nomeados.
3. Neufeld B. 1975. "Dinosaur tracks and giant men". Origins 2:64-76.
4. Informações sobre o Archaeopteryx são encontradas em muitos livros tais como: (a) Carroll RL. 1988. Vertebrate paleontology and evolution. London: WH Freeman. Os fósseis chineses são discutidos em vários trabalhos, e.g.: (b) Qiang J, Currie PJ, Norell MA, Shuan J. 1998. "Two feathered dinosaurs from northeastern China". Nature 393:753-761; (c) Stokstad E. 2000. "Feathers, or flight of fancy?" Science 288:2124-2125.
5. (a) Burke AC, Feduccia A. 1997. "Developmental patterns and the identification of homologies in the avian hand". Science 278:666-668; (b) Ruben JA, et al. 1997. "Lung structure and ventilation in theropod dinosaurs and early birds". Science 278:1267-1270.
6. (a) Martin LD. 1991. Mesozoic birds and the origin of birds. In: Schultze H-P, Trueb L, editors. Origins of the higher groups of tetrapods. Ithaca and London: Comstock Publishing Associates, Cornell University Press, p 485-540; (b) Tarsitano S. 1991. Ibid, p 541-576; (c) Jones TD. 2000. Nonavian feathers in a Late Triassic archosaur. Science 288:2202-2205; (d) Stokstad (ver Nota 4c).
7. Ver, e.g.: (a) Kennedy ME. 1994. "Paleobiology of dinosaurs". Geoscience Reports No. 17. Loma Linda, CA: Geoscience Research Institute, Loma Linda, CA.; (b) Lamert D, and the Diagram Group. 1990. The dinosaur data book. NY: Avon Books.
8. Ver: (a) Ruben JA, Hillenius WJ, Geist NR, et al. 1996. "The metabolic status of some late Cretaceous dinosaurs". Science 273:1204-1207; (b) Fisher PE, Russell DA, Stoskopf MK, Barrick RE, Hammer M, Kuzmitz AA. 2000. "Cardiovascular evidence for an intermediate or higher metabolic rates in ornithischian dinosaur". Science 288:503-505.
9. Vários desses depósitos são transportados não sendo ninhos verdadeiros. Ver: Kennedy EM, Spencer L. 1995. "An unusual occurrence of dinosaur eggshell fragments in a storm surge deposit, Lamargue Group, Patagonia, Argentina". Geological Society of America Abstracts with Programs 26(6):A-318.
Obs.: Este trabalho elaborado pelo Dr. James Gibson, diretor do Geoscience Research Institute, representa o início de uma tentativa de responder a questões que são frequentemente feitas por interessados em criação. Aqui são dadas algumas referências. Não há a intenção de que sejam abrangentes, mas servem para conferir as opiniões dadas aqui. Também podem servir de ponto de partida para aqueles que desejam estudar o tópico com mais detalhes.
DECLARAÇÃO: AS IDEIAS APRESENTADAS AQUI NÃO REPRESENTAM O PONTO DE VISTA OFICIAL DE NENHUM GRUPO OU INDIVÍDUO. PODEM NEM MESMO REPRESENTAR MEUS PONTOS DE VISTA QUANDO VOCÊ AS ESTIVER LENDO. ELAS SÃO APENAS UMA TENTATIVA DE APRESENTAR ALGUMAS IDEIAS QUE PODEM SER ÚTEIS AO CONSIDERAR OS PROBLEMAS DA COMPREENSÃO DA HISTÓRIA DA TERRA.
Tradução: Urias Echterhoff Takatohi e Marcia Oliveira de Paula (NEO)
[Leia também as partes 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13]
Sim. Cerca de 285 tipos (gêneros) são conhecidos,[2] com tamanhos variando desde o de um corvo até 30 m ou mais de comprimento. Aproximadamente metade destes são representados por um único exemplar, enquanto 10 deles têm pelo menos 40 exemplares. A maior diversidade de dinossauros é encontrada na parte superior das rochas do Cretáceo (Maastricianas).
2. Foram encontradas pegadas de seres humanos junto a pegadas de dinossauros?
Não. Houve um anúncio de que tais pegadas foram encontradas juntas no leito do rio Paluxy, no Texas, mas essa afirmação foi abandonada por todos os criacionistas com treinamento científico. As pegadas de dinossauro são genuínas, mas as humanas não são.[3]
3. Os cientistas creem que as aves evoluíram dos dinossauros?
Essa é uma questão que envolve atualmente acaloradas discussões. Têm sido encontrados certos fósseis com alguns aspectos típicos de aves e outros aspectos mais típicos de dinossauros.[4] O Archaeopteryx é um exemplo famoso. Alguns fósseis de dinossauros achados recentemente na China têm traços semelhantes a filamentos que alguns cientistas afirmam serem evidências de penas, mas as estruturas não se parecem com penas de vôo comuns e o assunto ainda não está resolvido. Alguns cientistas têm apresentado evidências para argumentar que as aves não podem ter evoluído dos dinossauros.[5] Outros cientistas têm proposto que as aves evoluíram de um grupo diferente de répteis, não de dinossauros.[6]
De um ponto de vista criacionista, a presença de penas em um dinossauro não significaria que as aves dever estar relacionadas a dinossauros. Todas as aves têm penas, mas isso não quer dizer que todas as aves evoluíram de um único ancestral comum. Pode ter havido vários grupos de aves e outros organismos com penas criados separadamente.
4. O que os dinossauros comiam?
Aparentemente, a maioria dos dinossauros era herbívora. Alguns podem ter comido pequenos animais, se estivessem disponíveis. Alguns comiam peixes, enquanto outros, provavelmente, comiam animais maiores, tais como outros dinossauros.[7]
5. Os dinossauros tinham sangue quente?
Os cientistas não concordam quanto à resposta para essa pergunta. Os dinossauros provavelmente não tinham sangue quente como as aves e os mamíferos. Eles podem ter vivido em climas quentes e úmidos. Consequentemente, não teriam dificuldade em se manter aquecidos. Os dinossauros maiores teriam conservado o calor mais eficientemente que os menores. O metabolismo deles pode ter sido mais rápido do que o dos répteis atuais.[8]
6. Deus criou os dinossauros ou eles são resultado do mal?
Deus criou toda a vida, incluindo os ancestrais dos dinossauros. Entretanto, não sabemos quanto os animais podem ter mudado após a Criação. Não podemos identificar nenhum fóssil como sendo uma forma individual criada originalmente. Os únicos fósseis que temos são de animais que viveram mais de mil anos após a criação. Não sabemos como eram as formas originalmente criadas.
7. Havia algum dinossauro na arca?
Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. Não há evidências de que estiveram na arca e não há evidência de que existiram após o dilúvio. Tanto quanto podemos dizer, parece que eles foram destruídos durante o dilúvio. Houve relatos ocasionais de que supostos dinossauros viviam na Escócia, Zaire ou no oceano. Nenhum desses relatos foi confirmado. Alguns criacionistas têm interpretado as referências bíblicas ao leviatã ou o beemote como referências aos dinossauros (...).
8. Que problemas não resolvidos sobre os dinossauros são de maior preocupação?
Como podemos explicar o que parece ser ninhos de ovos de dinossauro e filhotes em sedimentos que acreditamos terem sido provavelmente depositados pelo dilúvio?[9] Por que não encontramos fósseis de dinossauros misturados com fósseis de mamíferos que vivem hoje? Como o homem podia sobreviver com esses poderosos animais vivendo ao redor?
Notas para perguntas sobre dinossauros:
1. Muitos livros já foram escritos sobre dinossauros. Alguns exemplos são listados a seguir: (a) Carpenter K, Hirsh KF, Horner JR. 1994. Dinosaur eggs and babies. Cambridge: Cambridge University Press; (b) Fastovsky DE, Weishampel DB. 1996. The evolution and extinction of the dinosaurs. Cambridge: Cambridge University Press (c) Lockley M, Hunt AP. 1995. Dinosaur tracks. NY: Columbia University Press; (d) Weishampel DB, Dodson P, Osmolska H, editors. 1990. The dinosauria. Berkeley: University of California Press; (e) Padian K, Currie PJ, editors. 1997. Encyclopedia of dinosaurs. NY: Academic Press.
2. Dodson P. 1990. "Counting dinosaurs: how many kinds were there?" Proceedings of the National Academy of Sciences (USA) 87:7608-7612. Dodson contou 285 gêneros. Desde aquele tempo, vários outros gêneros foram nomeados.
3. Neufeld B. 1975. "Dinosaur tracks and giant men". Origins 2:64-76.
4. Informações sobre o Archaeopteryx são encontradas em muitos livros tais como: (a) Carroll RL. 1988. Vertebrate paleontology and evolution. London: WH Freeman. Os fósseis chineses são discutidos em vários trabalhos, e.g.: (b) Qiang J, Currie PJ, Norell MA, Shuan J. 1998. "Two feathered dinosaurs from northeastern China". Nature 393:753-761; (c) Stokstad E. 2000. "Feathers, or flight of fancy?" Science 288:2124-2125.
5. (a) Burke AC, Feduccia A. 1997. "Developmental patterns and the identification of homologies in the avian hand". Science 278:666-668; (b) Ruben JA, et al. 1997. "Lung structure and ventilation in theropod dinosaurs and early birds". Science 278:1267-1270.
6. (a) Martin LD. 1991. Mesozoic birds and the origin of birds. In: Schultze H-P, Trueb L, editors. Origins of the higher groups of tetrapods. Ithaca and London: Comstock Publishing Associates, Cornell University Press, p 485-540; (b) Tarsitano S. 1991. Ibid, p 541-576; (c) Jones TD. 2000. Nonavian feathers in a Late Triassic archosaur. Science 288:2202-2205; (d) Stokstad (ver Nota 4c).
7. Ver, e.g.: (a) Kennedy ME. 1994. "Paleobiology of dinosaurs". Geoscience Reports No. 17. Loma Linda, CA: Geoscience Research Institute, Loma Linda, CA.; (b) Lamert D, and the Diagram Group. 1990. The dinosaur data book. NY: Avon Books.
8. Ver: (a) Ruben JA, Hillenius WJ, Geist NR, et al. 1996. "The metabolic status of some late Cretaceous dinosaurs". Science 273:1204-1207; (b) Fisher PE, Russell DA, Stoskopf MK, Barrick RE, Hammer M, Kuzmitz AA. 2000. "Cardiovascular evidence for an intermediate or higher metabolic rates in ornithischian dinosaur". Science 288:503-505.
9. Vários desses depósitos são transportados não sendo ninhos verdadeiros. Ver: Kennedy EM, Spencer L. 1995. "An unusual occurrence of dinosaur eggshell fragments in a storm surge deposit, Lamargue Group, Patagonia, Argentina". Geological Society of America Abstracts with Programs 26(6):A-318.
Obs.: Este trabalho elaborado pelo Dr. James Gibson, diretor do Geoscience Research Institute, representa o início de uma tentativa de responder a questões que são frequentemente feitas por interessados em criação. Aqui são dadas algumas referências. Não há a intenção de que sejam abrangentes, mas servem para conferir as opiniões dadas aqui. Também podem servir de ponto de partida para aqueles que desejam estudar o tópico com mais detalhes.
DECLARAÇÃO: AS IDEIAS APRESENTADAS AQUI NÃO REPRESENTAM O PONTO DE VISTA OFICIAL DE NENHUM GRUPO OU INDIVÍDUO. PODEM NEM MESMO REPRESENTAR MEUS PONTOS DE VISTA QUANDO VOCÊ AS ESTIVER LENDO. ELAS SÃO APENAS UMA TENTATIVA DE APRESENTAR ALGUMAS IDEIAS QUE PODEM SER ÚTEIS AO CONSIDERAR OS PROBLEMAS DA COMPREENSÃO DA HISTÓRIA DA TERRA.
Tradução: Urias Echterhoff Takatohi e Marcia Oliveira de Paula (NEO)
[Leia também as partes 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13]
Batismo em nome de Jesus
Por que, em Mateus, Jesus falou para os discípulos batizarem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e em Atos o batismo é feito em nome de Jesus? – R.
Assim como oramos ao Pai, em nome de Jesus e pelo poder do Espírito Santo, o batismo bíblico é “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O Pai não é o Filho. Se fosse, Jesus não oraria ao Pai. O Pai é uma pessoa da Divindade, e o Filho é outra pessoa da Divindade (cf. Mt 5:16, 48; 10:32; Ap 3:5; At 7:54-56; Mt 11:25; 4:6-10; Ef 1:3, 17; 3:14; Jo 14:16; Mc 13:32; At 7:56; Lc 23:46; Jo 8:42; 16:5; 10:36; 17:8; 4:24; 19:34; Mt 16:17; Lc 24:39; Jo 5:17-35; 20:17; Ap 3:12; Lc 2:7-16; 2:22, 26-33, etc.). O Deus Filho não é o Deus Espírito Santo. Se fosse, Jesus não diria: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14:16). “Todavia, digo-vos a verdade, convém que Eu vá; pois se Eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se Eu for, vô-lo enviarei” (Jo 16:7). (Veja também: Jo 5:32; 15:26; Ap 1:4, 5; 3:1; 4:5; 5:6; Is 11:2; 42:1-7; 61:1, 2; At 10:38; 1Jo 5:7; 2Co 13:14; Mt 12:31, 32; Mc 3:29, 30; Lc 12:10; At 8:5-25; Jo 5:19; 7:39; At 2:33, 34). Portanto, são três as pessoas da Trindade.
Se Deus Pai fosse o Espírito Santo, por que razão Jesus diria: “...em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”? Eles são citados por serem pessoas diferentes.
Em 1873, foi descoberto um manuscrito muito antigo, em pergaminho, intitulado Os Ensinos dos Doze Apóstolos ou Didaquê. É um dos manuscritos mais antigos. Contém 240 páginas e pode ser datado entre os anos 70 a 150 d.C. É um livro que não reclama autoridade apostólica, segundo consta nele próprio, mas reúne, em linguagem muito singela e em forma de manual, os ensinos que os apóstolos ministravam. O autor, cujo nome é desconhecido, teria colhido essas informações pessoalmente ou por tradição oral.
No capítulo 22, diz assim: “Agora, concernente ao batismo, o bispo ou presbítero, como já temos instruído, deve batizar conforme o Senhor ordenou ao dizer: ‘Ide por todo o mundo e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’.” (Obs.: o interessante é que muitos opositores da verdade utilizam esse livro – o Didaquê – , quando lhes convém, para fundamentar suas idéias.
Veja agora o que os líderes da primitiva igreja cristã disseram sobre o assunto do batismo:
Justino Mártir. Esse pastor da igreja apostólica viveu até o ano 165 d.C., quando foi martirizado. Veja o que ele escreveu sobre o batismo: “Todos quantos são persuadidos e creem nas coisas que nós falamos e ensinamos, como verídicas, e prometem viver de acordo com isso, recebem instrução e oram a Deus. Depois, são conduzidos por nós até um lugar onde haja água. Então, no nome do Pai e Senhor de todo o Universo, e do nosso Salvador Jesus Cristo e do Espírito Santo, eles recebem a purificação com água.”
Inácio (pastor que viveu nos últimos anos do primeiro século) escreveu: “Não há três Pais e nem três Filhos, e nem três Paracletos. Portanto, o Senhor, enviando os apóstolos a fazer discípulos de todas as nações, ordenou-lhes que batizassem no nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, não em três nomes, nem em três encarnações, mas em nome dos três de igual honra.”
Tertuliano (viveu entre os anos 160 a 240 d.C.) escreveu: “Ordenando que batizassem em o Pai, e o Filho e o Espírito Santo, e não em um só.”
Clemente de Alexandria (pastor que viveu de 150 a 213 d.C.) afirmou: “O homem batizado em Deus, entrou em Deus, e recebeu poder sobre escorpiões, para pisar serpentes – os poderes malignos. E aos apóstolos ordenou: ‘Ide pregar, e aqueles que creem, batizai-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo’.”
Poderíamos citar ainda Cipriano de Cartago (240-258 d.C.), Orígenes (184-254 d.C.), Dídimo de Alexandria, Basílio Magno e Calvino (Genebra, Suíça), mas não se faz necessário.
Então, por que hoje alguns batizam só em nome de Jesus? Costuma-se citar as seguintes passagens:
Atos 2:38 – “...seja batizado em nome de Jesus Cristo.”
Atos 8:16 – “...haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.”
Atos 10:48 – “...batizados em nome de Jesus Cristo.”
Atos 19:5 – “...foram batizados em o nome do Senhor Jesus.”
Dessas quatro passagens realmente não se pode chegar à conclusão de que se deve batizar somente em nome de Jesus. Mesmo que o texto de Mateus 28:19 não existisse, tal interpretação traria muita confusão. Afinal, qual é a forma correta de se batizar? “Em nome de Jesus Cristo”? (At 2:38; 10:48), ou “em nome do Senhor Jesus”? (At 8:16; 19:5).
A expressão “Em nome de Jesus”, especificamente, não existe em nenhuma passagem. E será que não é importante citar “Cristo” ou o “Senhor”? (ver Ec 3:14). Alguns foram batizados de um jeito. Outros, de forma diferente.
O historiador Flávio Josefo menciona pelo menos 13 homens chamados “Jesus”, que viviam na época em que Cristo nasceu. Portanto, esse era realmente um nome muito comum. Se fosse verdade que “Jesus” constituísse o nome oficial de Deus, seria uma grande blasfêmia colocar esse nome nos filhos. Os judeus jamais fariam tal coisa.
A designação completa para o Deus Filho é: O Senhor Jesus Cristo. “Senhor” indica Sua divindade (Ele é Deus); “Jesus” é o nome de Sua humanidade (Ele é Homem); “Cristo” se refere a Sua posição de Messias, o Ungido de Deus.
Sem dúvida, as quatro passagens referidas acima não tratam da “fórmula” usada pelos apóstolos ao realizar os batismos, mas sim da autoridade com que realizavam os batismos. Naturalmente, essa autoridade é do Senhor Jesus Cristo.
Jesus foi crucificado como impostor, perturbador da paz e inimigo do povo. A divindade de Jesus não foi aceita pelo povo judeu, por isso os discípulos deixaram claro que o batismo por eles realizado era por ordem de Jesus, e sob Sua autoridade. Portanto, era fundamental para o estabelecimento do cristianismo no mundo que as pessoas aceitassem a Cristo como Filho de Deus.
Leia com bastante atenção Mateus 7:21-23. O nome de Jesus é muito importante, no entanto, mais importante que o nome é o próprio Jesus. E Jesus disse: “Batizai em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Se Jesus disse, quem somos nós para dizer diferente?
A oração, nós a fazemos “em nome de Jesus”, pois essa foi a ordem: “Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu a farei” (Jo 14:14). Só batizaríamos [nós adventistas] “em nome de Jesus”, se em Mateus 28:19 estivesse escrito assim: “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em Meu nome.” Como não está escrito dessa forma, preferimos ficar com o que ordena a Palavra de Deus.
(Vanderlei Ricken)
Assim como oramos ao Pai, em nome de Jesus e pelo poder do Espírito Santo, o batismo bíblico é “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O Pai não é o Filho. Se fosse, Jesus não oraria ao Pai. O Pai é uma pessoa da Divindade, e o Filho é outra pessoa da Divindade (cf. Mt 5:16, 48; 10:32; Ap 3:5; At 7:54-56; Mt 11:25; 4:6-10; Ef 1:3, 17; 3:14; Jo 14:16; Mc 13:32; At 7:56; Lc 23:46; Jo 8:42; 16:5; 10:36; 17:8; 4:24; 19:34; Mt 16:17; Lc 24:39; Jo 5:17-35; 20:17; Ap 3:12; Lc 2:7-16; 2:22, 26-33, etc.). O Deus Filho não é o Deus Espírito Santo. Se fosse, Jesus não diria: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14:16). “Todavia, digo-vos a verdade, convém que Eu vá; pois se Eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se Eu for, vô-lo enviarei” (Jo 16:7). (Veja também: Jo 5:32; 15:26; Ap 1:4, 5; 3:1; 4:5; 5:6; Is 11:2; 42:1-7; 61:1, 2; At 10:38; 1Jo 5:7; 2Co 13:14; Mt 12:31, 32; Mc 3:29, 30; Lc 12:10; At 8:5-25; Jo 5:19; 7:39; At 2:33, 34). Portanto, são três as pessoas da Trindade.
Se Deus Pai fosse o Espírito Santo, por que razão Jesus diria: “...em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”? Eles são citados por serem pessoas diferentes.
Em 1873, foi descoberto um manuscrito muito antigo, em pergaminho, intitulado Os Ensinos dos Doze Apóstolos ou Didaquê. É um dos manuscritos mais antigos. Contém 240 páginas e pode ser datado entre os anos 70 a 150 d.C. É um livro que não reclama autoridade apostólica, segundo consta nele próprio, mas reúne, em linguagem muito singela e em forma de manual, os ensinos que os apóstolos ministravam. O autor, cujo nome é desconhecido, teria colhido essas informações pessoalmente ou por tradição oral.
No capítulo 22, diz assim: “Agora, concernente ao batismo, o bispo ou presbítero, como já temos instruído, deve batizar conforme o Senhor ordenou ao dizer: ‘Ide por todo o mundo e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’.” (Obs.: o interessante é que muitos opositores da verdade utilizam esse livro – o Didaquê – , quando lhes convém, para fundamentar suas idéias.
Veja agora o que os líderes da primitiva igreja cristã disseram sobre o assunto do batismo:
Justino Mártir. Esse pastor da igreja apostólica viveu até o ano 165 d.C., quando foi martirizado. Veja o que ele escreveu sobre o batismo: “Todos quantos são persuadidos e creem nas coisas que nós falamos e ensinamos, como verídicas, e prometem viver de acordo com isso, recebem instrução e oram a Deus. Depois, são conduzidos por nós até um lugar onde haja água. Então, no nome do Pai e Senhor de todo o Universo, e do nosso Salvador Jesus Cristo e do Espírito Santo, eles recebem a purificação com água.”
Inácio (pastor que viveu nos últimos anos do primeiro século) escreveu: “Não há três Pais e nem três Filhos, e nem três Paracletos. Portanto, o Senhor, enviando os apóstolos a fazer discípulos de todas as nações, ordenou-lhes que batizassem no nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, não em três nomes, nem em três encarnações, mas em nome dos três de igual honra.”
Tertuliano (viveu entre os anos 160 a 240 d.C.) escreveu: “Ordenando que batizassem em o Pai, e o Filho e o Espírito Santo, e não em um só.”
Clemente de Alexandria (pastor que viveu de 150 a 213 d.C.) afirmou: “O homem batizado em Deus, entrou em Deus, e recebeu poder sobre escorpiões, para pisar serpentes – os poderes malignos. E aos apóstolos ordenou: ‘Ide pregar, e aqueles que creem, batizai-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo’.”
Poderíamos citar ainda Cipriano de Cartago (240-258 d.C.), Orígenes (184-254 d.C.), Dídimo de Alexandria, Basílio Magno e Calvino (Genebra, Suíça), mas não se faz necessário.
Então, por que hoje alguns batizam só em nome de Jesus? Costuma-se citar as seguintes passagens:
Atos 2:38 – “...seja batizado em nome de Jesus Cristo.”
Atos 8:16 – “...haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.”
Atos 10:48 – “...batizados em nome de Jesus Cristo.”
Atos 19:5 – “...foram batizados em o nome do Senhor Jesus.”
Dessas quatro passagens realmente não se pode chegar à conclusão de que se deve batizar somente em nome de Jesus. Mesmo que o texto de Mateus 28:19 não existisse, tal interpretação traria muita confusão. Afinal, qual é a forma correta de se batizar? “Em nome de Jesus Cristo”? (At 2:38; 10:48), ou “em nome do Senhor Jesus”? (At 8:16; 19:5).
A expressão “Em nome de Jesus”, especificamente, não existe em nenhuma passagem. E será que não é importante citar “Cristo” ou o “Senhor”? (ver Ec 3:14). Alguns foram batizados de um jeito. Outros, de forma diferente.
O historiador Flávio Josefo menciona pelo menos 13 homens chamados “Jesus”, que viviam na época em que Cristo nasceu. Portanto, esse era realmente um nome muito comum. Se fosse verdade que “Jesus” constituísse o nome oficial de Deus, seria uma grande blasfêmia colocar esse nome nos filhos. Os judeus jamais fariam tal coisa.
A designação completa para o Deus Filho é: O Senhor Jesus Cristo. “Senhor” indica Sua divindade (Ele é Deus); “Jesus” é o nome de Sua humanidade (Ele é Homem); “Cristo” se refere a Sua posição de Messias, o Ungido de Deus.
Sem dúvida, as quatro passagens referidas acima não tratam da “fórmula” usada pelos apóstolos ao realizar os batismos, mas sim da autoridade com que realizavam os batismos. Naturalmente, essa autoridade é do Senhor Jesus Cristo.
Jesus foi crucificado como impostor, perturbador da paz e inimigo do povo. A divindade de Jesus não foi aceita pelo povo judeu, por isso os discípulos deixaram claro que o batismo por eles realizado era por ordem de Jesus, e sob Sua autoridade. Portanto, era fundamental para o estabelecimento do cristianismo no mundo que as pessoas aceitassem a Cristo como Filho de Deus.
Leia com bastante atenção Mateus 7:21-23. O nome de Jesus é muito importante, no entanto, mais importante que o nome é o próprio Jesus. E Jesus disse: “Batizai em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Se Jesus disse, quem somos nós para dizer diferente?
A oração, nós a fazemos “em nome de Jesus”, pois essa foi a ordem: “Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu a farei” (Jo 14:14). Só batizaríamos [nós adventistas] “em nome de Jesus”, se em Mateus 28:19 estivesse escrito assim: “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em Meu nome.” Como não está escrito dessa forma, preferimos ficar com o que ordena a Palavra de Deus.
(Vanderlei Ricken)
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Tatuagens e a Bíblia
O que a Bíblia diz sobre tatuagem? – J.
Algumas informações extraídas da revista Galileu número 86:
“É impossível ir à praia, sair na rua e não encontrar um desenho estampado no corpo das pessoas. Para muitos, a tatuagem é um modismo, ou seja, logo passa e assim virá outra febre. Contudo, a tatuagem tem se tornado uma mania mundial e que traz dados interessantes. Nos Estados Unidos, existem mais de 40 milhões de pessoas adeptas do tal fetiche. Na Europa, o aumento da demanda deu origem a uma nova disciplina acadêmica, a Psicologia da Tatuagem, ensinada nas Universidades de Milão e Roma.
“Apesar do modismo, a tatuagem não sai do corpo, ou seja, é impossível removê-la, e ao contrário de um modismo, não pode ser trocada a cada estação. Um dos métodos mais avançados para se remover a tatuagem é o chamado Photoderm, uma máquina a laser que remove a tinta. Segundo, o cirurgião Cláudio Roncai: ‘É um tratamento demorado e caro e o aparelho não representa a solução definitiva, pois normalmente sobram vestígios de pigmentos na pele.’
“Lizete Araújo, vice-presidente da CATHO, uma firma de consultoria em recursos humanos especializada na recolocação de executivos, afirma: ‘Normalmente, as empresas adotam os valores da sociedade, que, de maneira geral, ainda rejeita esses adereços.’
“Desde a década de 1950, os cirurgiões tentam amenizar a angústia de quem um dia desobedeceu um princípio social e familiar, afirmando que ‘o corpo é meu’, e sofreu o preconceito e agora se encontra arrependido. A tatuagem pode ser um peso que a pessoa vai carregar para toda a vida e que pode prejudicá-la de três formas distintas: (1) socialmente, pois ela vai sofrer discriminação e preconceito; (2) emocionalmente, porque a tatuagem é uma marca permanente e, mesmo que a pessoa sinta arrependimento, não conseguirá removê-la totalmente; (3) espiritualmente, quando a pessoa descobrir a origem das tatuagens e verificar por si mesma que ela é instrumento relacionado com deuses e práticas ocultas e pagãs.”
Na ótica bíblica
“Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor” (Levítico 19:28).
Pelo contexto de Levítico 19:28 e Deuteronômio 14:1 e 2, podemos compreender que os golpes e marcas no corpo tinham relações com rituais pagãos que envolviam a memória de mortos; faziam parte da identificação e vinculação da pessoa com crenças em deuses e rituais pagãos e eram uma violência praticada contra o corpo. Assim, não é recomendável que um cristão marque o corpo com tatuagens, pois o corpo é templo do Espírito Santo (cf. 1Co 6:19, 20).
Tatuagem de dragão, preferência absoluta entre os jovens, testemunha o desejo de autoafirmação. Porém, o dragão na Bíblia simboliza Satanás (cf. AP 12:9; 20:2).
Os cristãos devem, portanto, ouvir as recomendações divinas que estão registradas na Bíblia e procurar em tudo obedecer a Jesus e seguir Seu exemplo, desligando-se de tudo no mundo que não é edificante. “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1Co 10:23).
“Rogo-vos, pois, irmãos, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1, 2).
“Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus” (1Co 10:32).
“Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado” (2Co 6:3).
Embora não seja o ideal, muitas pessoas hoje em dia estão se tatuando. Não devemos generalizar e dizer que toda pessoa tatuada está distante do Senhor Jesus. Se você possui uma tatuagem, não pense que não pode se aproximar de Deus por causa disso. Deus é um Pai misericordioso. Ele o/a ama independentemente do seu passado. Também não devemos concluir que pelo fato de a pessoa ter uma tatuagem ela não possa receber os favores de Deus de amor, perdão e direção. Como diz o ditado: “O amor tem bons olhos”, e Deus é amor!
Deus se importa com a nossa saúde física e aparência. Mas muito mais Ele atenta para o nosso coração. Veja o que Ele disse a Samuel por ocasião da escolha do rei Davi para substituir Saul: “Mas o Senhor disse: ‘Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas Eu vejo o coração.’” (1Sm 16:7 NTLH).
Se você se arrependeu de ter colocado uma tatuagem, não se desespere. Tenha a certeza de que Deus o/a ama de igual forma. O fato de você ter uma tatuagem não impedirá sua entrada no reino de Deus.
Jesus nos prometeu uma nova vida e um novo corpo, de carne e osso, só que eterno! Assim, alguém que perdeu o braço ou a perna, ou não teve visão nesta vida, terá um corpo perfeito na nova vida. Isso também resolverá o problema de quem tem tatuagem. Jesus quer mudar o interior de todos nós antes de Sua volta. Depois, tudo o que for exterior será facilmente mudado por Ele.
(Literalmente Verdade)
Algumas informações extraídas da revista Galileu número 86:
“É impossível ir à praia, sair na rua e não encontrar um desenho estampado no corpo das pessoas. Para muitos, a tatuagem é um modismo, ou seja, logo passa e assim virá outra febre. Contudo, a tatuagem tem se tornado uma mania mundial e que traz dados interessantes. Nos Estados Unidos, existem mais de 40 milhões de pessoas adeptas do tal fetiche. Na Europa, o aumento da demanda deu origem a uma nova disciplina acadêmica, a Psicologia da Tatuagem, ensinada nas Universidades de Milão e Roma.
“Apesar do modismo, a tatuagem não sai do corpo, ou seja, é impossível removê-la, e ao contrário de um modismo, não pode ser trocada a cada estação. Um dos métodos mais avançados para se remover a tatuagem é o chamado Photoderm, uma máquina a laser que remove a tinta. Segundo, o cirurgião Cláudio Roncai: ‘É um tratamento demorado e caro e o aparelho não representa a solução definitiva, pois normalmente sobram vestígios de pigmentos na pele.’
“Lizete Araújo, vice-presidente da CATHO, uma firma de consultoria em recursos humanos especializada na recolocação de executivos, afirma: ‘Normalmente, as empresas adotam os valores da sociedade, que, de maneira geral, ainda rejeita esses adereços.’
“Desde a década de 1950, os cirurgiões tentam amenizar a angústia de quem um dia desobedeceu um princípio social e familiar, afirmando que ‘o corpo é meu’, e sofreu o preconceito e agora se encontra arrependido. A tatuagem pode ser um peso que a pessoa vai carregar para toda a vida e que pode prejudicá-la de três formas distintas: (1) socialmente, pois ela vai sofrer discriminação e preconceito; (2) emocionalmente, porque a tatuagem é uma marca permanente e, mesmo que a pessoa sinta arrependimento, não conseguirá removê-la totalmente; (3) espiritualmente, quando a pessoa descobrir a origem das tatuagens e verificar por si mesma que ela é instrumento relacionado com deuses e práticas ocultas e pagãs.”
Na ótica bíblica
“Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor” (Levítico 19:28).
Pelo contexto de Levítico 19:28 e Deuteronômio 14:1 e 2, podemos compreender que os golpes e marcas no corpo tinham relações com rituais pagãos que envolviam a memória de mortos; faziam parte da identificação e vinculação da pessoa com crenças em deuses e rituais pagãos e eram uma violência praticada contra o corpo. Assim, não é recomendável que um cristão marque o corpo com tatuagens, pois o corpo é templo do Espírito Santo (cf. 1Co 6:19, 20).
Tatuagem de dragão, preferência absoluta entre os jovens, testemunha o desejo de autoafirmação. Porém, o dragão na Bíblia simboliza Satanás (cf. AP 12:9; 20:2).
Os cristãos devem, portanto, ouvir as recomendações divinas que estão registradas na Bíblia e procurar em tudo obedecer a Jesus e seguir Seu exemplo, desligando-se de tudo no mundo que não é edificante. “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1Co 10:23).
“Rogo-vos, pois, irmãos, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1, 2).
“Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus” (1Co 10:32).
“Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado” (2Co 6:3).
Embora não seja o ideal, muitas pessoas hoje em dia estão se tatuando. Não devemos generalizar e dizer que toda pessoa tatuada está distante do Senhor Jesus. Se você possui uma tatuagem, não pense que não pode se aproximar de Deus por causa disso. Deus é um Pai misericordioso. Ele o/a ama independentemente do seu passado. Também não devemos concluir que pelo fato de a pessoa ter uma tatuagem ela não possa receber os favores de Deus de amor, perdão e direção. Como diz o ditado: “O amor tem bons olhos”, e Deus é amor!
Deus se importa com a nossa saúde física e aparência. Mas muito mais Ele atenta para o nosso coração. Veja o que Ele disse a Samuel por ocasião da escolha do rei Davi para substituir Saul: “Mas o Senhor disse: ‘Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas Eu vejo o coração.’” (1Sm 16:7 NTLH).
Se você se arrependeu de ter colocado uma tatuagem, não se desespere. Tenha a certeza de que Deus o/a ama de igual forma. O fato de você ter uma tatuagem não impedirá sua entrada no reino de Deus.
Jesus nos prometeu uma nova vida e um novo corpo, de carne e osso, só que eterno! Assim, alguém que perdeu o braço ou a perna, ou não teve visão nesta vida, terá um corpo perfeito na nova vida. Isso também resolverá o problema de quem tem tatuagem. Jesus quer mudar o interior de todos nós antes de Sua volta. Depois, tudo o que for exterior será facilmente mudado por Ele.
(Literalmente Verdade)
quinta-feira, janeiro 15, 2009
O livro de Cantares
Por que Cantares foi incluído na Bíblia? Qual o valor desse livro? – M.
O livro de Cantares não é um cântico qualquer, mas é o “Cântico dos Cânticos” (shir hashîrîm, em hebraico), ou seja, “o melhor dos cânticos”, “o mais importante dos cânticos” de Salomão. O rabino Aquiba (morto em 135 d.C.) disse acerca desse cântico: “No mundo inteiro não há algo que se compare ao dia em que Cantares de Salomão foi dado a Israel. Todos os escritos são santos, mas Cantares de Salomão é santíssimo.”
Cantares é um dos menores livros da Bíblia. Tem oito capítulos e 117 versículos. Apesar de pequeno, é de difícil interpretação. Mesmo assim, é bastante popular entre judeus e cristãos. Esse livro está classificado no gênero literário Literatura Sapiencial, ou Literatura de Sabedoria – gênero que apresenta a filosofia ou a maneira de viver do povo hebreu e de outros povos do Oriente Próximo.
Os personagens principais de Cantares são o amado (talvez Salomão) e a amada, chamada de Sulamita – esta talvez seja Abisague, a Sunamita, moça de Suném, vilarejo da Galiléia, a mesma que cuidou do rei Davi quando ele estava idoso. Essa moça foi causa de briga entre Salomão e seu irmão Adonias, resultando na morte deste, conforme lemos em 1 Reis 1:1-4 e 2:13-25. A troca de “Sunamita” para “Sulamita” teria se dado para combinar com “Salomão”. Em hebraico “Salomão” e “Sulamita” têm a mesma raiz (shlm). No entanto, entre esses dois personagens principais quem mais se destaca é a amada. É ela quem toma a iniciativa e mais aparece no livro (dos 117 versos, 55 saem diretamente dos lábios dela). Como personagens secundários, aparecem ainda os guardas (5:7) e as “filhas de Jerusalém” (5:8), que fazem o coro.
O tema geral do livro é o amor. Mas que tipo de amor? Se bem que o amor platônico (sem sexo) esteja presente no livro, é o amor físico, erótico, que é ressaltado. Deve-se lembrar que a Bíblia não considera a sexualidade como algo pecaminoso. Ao contrário: a sexualidade é apresentada como um dom divino. Nossos primeiros pais foram criados seres sexuados, para procriação, companheirismo e apoio mútuo. E isso “era muito bom” (Gn 1:27, 31). “Cantares celebra a dignidade e a pureza do amor humano... é didático e moral em seus propósitos. Chega até nós neste mundo pecaminoso, em que a luxúria e a paixão mostram-se por toda parte, em que tentações ferozes nos assaltam e tentam prostrar-nos, quebrando o padrão de matrimônio dado por Deus. Cantares nos lembra de maneira particularmente bela como é puro e nobre o verdadeiro amor.”
Seis ensinamentos básicos sobre amor e sexualidade são apresentados em Cantares: (1) que o sexo é uma dádiva do Criador, (2) que o envolvimento sexual deve ocorrer com maturidade e responsabilidade, (3) que a virgindade deve ser preservada até o casamento, (4) que o amor deve ser expresso, (5) que, à semelhança de uma planta, o amor deve ser cultivado e regado, (6) que o amor verdadeiro inclui sexo, mas vai além dele, e (7) que o amor, como Deus, é eterno.
(Ozeas Caldas Moura, doutor em Teologia)
O livro de Cantares não é um cântico qualquer, mas é o “Cântico dos Cânticos” (shir hashîrîm, em hebraico), ou seja, “o melhor dos cânticos”, “o mais importante dos cânticos” de Salomão. O rabino Aquiba (morto em 135 d.C.) disse acerca desse cântico: “No mundo inteiro não há algo que se compare ao dia em que Cantares de Salomão foi dado a Israel. Todos os escritos são santos, mas Cantares de Salomão é santíssimo.”
Cantares é um dos menores livros da Bíblia. Tem oito capítulos e 117 versículos. Apesar de pequeno, é de difícil interpretação. Mesmo assim, é bastante popular entre judeus e cristãos. Esse livro está classificado no gênero literário Literatura Sapiencial, ou Literatura de Sabedoria – gênero que apresenta a filosofia ou a maneira de viver do povo hebreu e de outros povos do Oriente Próximo.
Os personagens principais de Cantares são o amado (talvez Salomão) e a amada, chamada de Sulamita – esta talvez seja Abisague, a Sunamita, moça de Suném, vilarejo da Galiléia, a mesma que cuidou do rei Davi quando ele estava idoso. Essa moça foi causa de briga entre Salomão e seu irmão Adonias, resultando na morte deste, conforme lemos em 1 Reis 1:1-4 e 2:13-25. A troca de “Sunamita” para “Sulamita” teria se dado para combinar com “Salomão”. Em hebraico “Salomão” e “Sulamita” têm a mesma raiz (shlm). No entanto, entre esses dois personagens principais quem mais se destaca é a amada. É ela quem toma a iniciativa e mais aparece no livro (dos 117 versos, 55 saem diretamente dos lábios dela). Como personagens secundários, aparecem ainda os guardas (5:7) e as “filhas de Jerusalém” (5:8), que fazem o coro.
O tema geral do livro é o amor. Mas que tipo de amor? Se bem que o amor platônico (sem sexo) esteja presente no livro, é o amor físico, erótico, que é ressaltado. Deve-se lembrar que a Bíblia não considera a sexualidade como algo pecaminoso. Ao contrário: a sexualidade é apresentada como um dom divino. Nossos primeiros pais foram criados seres sexuados, para procriação, companheirismo e apoio mútuo. E isso “era muito bom” (Gn 1:27, 31). “Cantares celebra a dignidade e a pureza do amor humano... é didático e moral em seus propósitos. Chega até nós neste mundo pecaminoso, em que a luxúria e a paixão mostram-se por toda parte, em que tentações ferozes nos assaltam e tentam prostrar-nos, quebrando o padrão de matrimônio dado por Deus. Cantares nos lembra de maneira particularmente bela como é puro e nobre o verdadeiro amor.”
Seis ensinamentos básicos sobre amor e sexualidade são apresentados em Cantares: (1) que o sexo é uma dádiva do Criador, (2) que o envolvimento sexual deve ocorrer com maturidade e responsabilidade, (3) que a virgindade deve ser preservada até o casamento, (4) que o amor deve ser expresso, (5) que, à semelhança de uma planta, o amor deve ser cultivado e regado, (6) que o amor verdadeiro inclui sexo, mas vai além dele, e (7) que o amor, como Deus, é eterno.
(Ozeas Caldas Moura, doutor em Teologia)
Judas comprou ou não comprou um campo?
Tenho esta dúvida há algum tempo: em Mateus 27:3-5 diz que Judas, ao sentir remorso pelo que tinha feito, “atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se”; mas em Atos 1:18 a passagem consiste em Pedro falando de Judas e sobre o qual afirma: “Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniquidade; e, precipitando-se, rompeu-se ao meio, e todas as suas entranhas se derramaram; e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.” Seria uma contradição? – G.
A Bíblia emprega, muitas vezes, esse tipo de linguagem, que é atribuir a alguém alguma coisa que foi feita por outro, mas que ocorreu por causa de uma ação direta do primeiro. Veja dois exemplos: (1) Deus diz a Davi que ele havia ferido Urias à espada, quando foram os amonitas que mataram a Urias (ver 2 Samuel 12:9 e 11:24); (2) Davi “matou dentre os siros os homens de setecentos carros e quarenta mil homens de cavalo” (2 Samuel 10:18). Na verdade, foi o exército de Davi quem fez isso (ele, no máximo, talvez tivesse matado um soldado ou outro, mas matar “quarenta mil” é impossível a um homem só, numa só batalha).
Esse foi também o caso de Judas. Como ele jogou fora as 30 moedas que recebera dos sacerdotes para que traísse Jesus, os sacerdotes as recolheram e compraram um campo para sepultura de indigentes. Mas como o dinheiro era de Judas, pode-se dizer que ele “comprou” o campo.
(Ozeas Caldas Moura, doutor em Teologia e editor na Casa Publicadora Brasileira)
A Bíblia emprega, muitas vezes, esse tipo de linguagem, que é atribuir a alguém alguma coisa que foi feita por outro, mas que ocorreu por causa de uma ação direta do primeiro. Veja dois exemplos: (1) Deus diz a Davi que ele havia ferido Urias à espada, quando foram os amonitas que mataram a Urias (ver 2 Samuel 12:9 e 11:24); (2) Davi “matou dentre os siros os homens de setecentos carros e quarenta mil homens de cavalo” (2 Samuel 10:18). Na verdade, foi o exército de Davi quem fez isso (ele, no máximo, talvez tivesse matado um soldado ou outro, mas matar “quarenta mil” é impossível a um homem só, numa só batalha).
Esse foi também o caso de Judas. Como ele jogou fora as 30 moedas que recebera dos sacerdotes para que traísse Jesus, os sacerdotes as recolheram e compraram um campo para sepultura de indigentes. Mas como o dinheiro era de Judas, pode-se dizer que ele “comprou” o campo.
(Ozeas Caldas Moura, doutor em Teologia e editor na Casa Publicadora Brasileira)
quarta-feira, janeiro 14, 2009
Outros Adões tentados?
Além do texto de Ellen White abaixo, há algum outro mais claro que mencione Satanás visitando outros mundos? Ele tentou outros Adões antes de cair aqui? – U.
“Restrito apenas à Terra, Satanás não terá o privilégio de percorrer outros planetas para tentar e molestar os que não caíram. Durante esse tempo, Satanás sofre extremamente. Desde a queda, suas más características têm estado em constante exercício. Mas deve ele então ser despojado de seu poder e deixado a refletir na parte que desempenhou desde sua queda, e aguardar com tremor e terror o terrível futuro, em que deverá sofrer por todo o mal que perpetrou, e ser castigado por todos os pecados que fez com que fossem cometidos” (História da Redenção, p. 415).
Que tal este? “Ouvi aclamações de vitória dos anjos e dos santos remidos, os quais ressoavam como dez milhares de instrumentos musicais, porque não mais deveriam ser molestados e tentados por Satanás, e porque os habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações” (História da Redenção, pág. 416).
Se os “habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações”, é porque antes não estavam, certo? Nesse caso, Satanás deve ter tentado outros Adões e Evas antes e depois de cair aqui na Terra.
“Restrito apenas à Terra, Satanás não terá o privilégio de percorrer outros planetas para tentar e molestar os que não caíram. Durante esse tempo, Satanás sofre extremamente. Desde a queda, suas más características têm estado em constante exercício. Mas deve ele então ser despojado de seu poder e deixado a refletir na parte que desempenhou desde sua queda, e aguardar com tremor e terror o terrível futuro, em que deverá sofrer por todo o mal que perpetrou, e ser castigado por todos os pecados que fez com que fossem cometidos” (História da Redenção, p. 415).
Que tal este? “Ouvi aclamações de vitória dos anjos e dos santos remidos, os quais ressoavam como dez milhares de instrumentos musicais, porque não mais deveriam ser molestados e tentados por Satanás, e porque os habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações” (História da Redenção, pág. 416).
Se os “habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações”, é porque antes não estavam, certo? Nesse caso, Satanás deve ter tentado outros Adões e Evas antes e depois de cair aqui na Terra.
terça-feira, janeiro 13, 2009
Pedro: o primeiro papa?
Por que, dentre todos os apóstolos, o único que teve o nome mudado foi Pedro? E por que o nome foi mudado justamente para “Pedra”? Por que todos os evangelistas, quando citam os apóstolos, sempre começam por Pedro ou Simão? Por que, num momento de tantas dúvidas dos discípulos sobre o cumprimento ou não da lei nos quesitos alimentares, é exatamente Pedro que tem a visão que fecha o assunto. Por que Deus parece querer sempre revelar a verdade por meio de Pedro? – B.
Prezada B., o nome de Pedro foi mudado para “pedregulho” (tradução de petrus) porque ele seria uma das bases da Igreja, que é fundamentada sobre a Pedra (petra, no grego). Pedro foi um líder importante da igreja cristã primitiva, mas a Bíblia menciona outros líderes como Tiago. Por ser mais impulsivo e enérgico, Pedro acaba se destacando.
Através de Mateus 16:16-20 tenta-se fazer crer que o apóstolo Pedro teria recebido de Cristo as “chaves dos Céu”, tornando-se, assim, o primeiro papa, ou cabeça visível da Igreja. Não é bem assim. Como este assunto é de fundamental importância, convido-o a procurar as referidas passagens em sua própria Bíblia:
1. De acordo com o próprio apóstolo Pedro, quem é a Pedra ou líder (cabeça) da Igreja? (ver Atos 4:8-12; 1 Pedro 2:4-8).
2. O que Paulo diz sobre o “fundamento da Igreja”? (1 Coríntios 3:11).
3. Discussão dos discípulos de Jesus (Mateus 18:1; Marcos 9:33-35; Lucas 22:24-26). Obs.: Essa discussão se deu após o suposto “primado” de Pedro. Se Cristo houvesse estabelecido Pedro como o “chefe”, os discípulos não teriam discutido sobre quem era o maior.
4. Paulo repreende a Pedro (Gálatas 2:11-16). Obs.: Segundo a concepção católica, o papa é infalível em matéria de fé e, portanto, seria um tanto estranho Paulo repreender ao “líder infalível”.
5. Quem cuidava da Igreja não era apenas Pedro (Atos 6:2; 14:22-25; 15:13,19; 12:17; 21:18; 1 Coríntios 15:7; Gálatas 2:9; Efésios 2:20; Apocalipse 21:14).
6. Em termos espirituais, é errado chamar alguém de pai (papa) (Mateus 23:9).
7. A Bíblia não autoriza que se ajoelhe diante de homens (Atos 10:25-26). Obs.: Também considera blasfêmia homens perdoarem pecados (ver Mateus 9:2-3; Marcos 2:7). Não se deve zombar de Deus fazendo o que Ele não permite (Gálatas 6:7; Apocalipse 19:10).
8. Pedro não possuía ouro nem prata, ao contrário do que se vê hoje no Vaticano (Atos 3:6).
9. Pedro era casado, contrariando o celibato (Mateus 8:14).
10. Jesus repreende a Pedro (Mateus 16:22-23). Obs.: Como Cristo poderia dizer “afasta te, satanás”, se Pedro fosse o papa?!?
11. Em Mateus 18:15-18, fica claro que o poder de “ligar e desligar” é da Igreja e não de alguém em especial. Aqui Jesus usa a expressão “ligardes” e “desligardes” no plural. A “chave”, como se nota em Lucas 11:52, é a própria Bíblia, pois ela pode nos garantir a entrada no Céu (leia João 5:39).
12. Então, quem é a verdadeira Pedra? (Efésios 2:19-22; Colossenses 1:18). Obs.: Como já indiquei acima, no grego, língua em que foi escrito o Novo Testamento, a palavra “pedra” tem duas grafias no texto: “...tu és petrus e sobre esta petra edificarei Minha Igreja.” Petrus significa pedra pequena, pedaço; e petra, Rocha. Cristo não poderia edificar a Igreja sobre algo tão inseguro quanto uma petrus. Por isso a Petra, a Rocha que é Cristo, é o único fundamento e “ninguém pode pôr outro” (1 Coríntios 3:11).
13. A “infalibilidade” do papa foi criada em 1870 pelo Concílio do Vaticano. Mas foi Leão I que deu ênfase ao primado de Pedro entre os apóstolos, ensinando que o que Pedro possuíra havia passado aos sucessores. Em 445, Leão I conseguiu que o Imperador do Ocidente, Valentiniano III, promulgasse um edito ordenando a todos que obedecessem ao Bispo de Roma – o papa – como portador que era do “primado” de Pedro. Entretanto, os autores católicos dos primeiros quatro séculos jamais defenderam, baseados em Mateus 16:18, que Pedro tenha recebido de Cristo qualquer primazia ou que ele tenha entregue esse poder aos bispos de Roma. Irineu e Eusébio estão de acordo nesse ponto: o primeiro bispo (ou papa) da Igreja de Roma foi Lino (ver História Eclesiástica de Eusébio, Livro III, c. 2).
Só para concluir, o notável gramático Eduardo Carlos Pereira nos chama a atenção para a forma do demonstrativo empregado – “esta” e não “essa”. “Esta” refere-se à pessoa que fala e “essa” à pessoa com quem se fala. Se a pedra fosse Pedro, o demonstrativo usado seria “essa” e não “esta”.
Que Deus a abençoe em sua procura pela verdade.
(Michelson Borges)
Prezada B., o nome de Pedro foi mudado para “pedregulho” (tradução de petrus) porque ele seria uma das bases da Igreja, que é fundamentada sobre a Pedra (petra, no grego). Pedro foi um líder importante da igreja cristã primitiva, mas a Bíblia menciona outros líderes como Tiago. Por ser mais impulsivo e enérgico, Pedro acaba se destacando.
Através de Mateus 16:16-20 tenta-se fazer crer que o apóstolo Pedro teria recebido de Cristo as “chaves dos Céu”, tornando-se, assim, o primeiro papa, ou cabeça visível da Igreja. Não é bem assim. Como este assunto é de fundamental importância, convido-o a procurar as referidas passagens em sua própria Bíblia:
1. De acordo com o próprio apóstolo Pedro, quem é a Pedra ou líder (cabeça) da Igreja? (ver Atos 4:8-12; 1 Pedro 2:4-8).
2. O que Paulo diz sobre o “fundamento da Igreja”? (1 Coríntios 3:11).
3. Discussão dos discípulos de Jesus (Mateus 18:1; Marcos 9:33-35; Lucas 22:24-26). Obs.: Essa discussão se deu após o suposto “primado” de Pedro. Se Cristo houvesse estabelecido Pedro como o “chefe”, os discípulos não teriam discutido sobre quem era o maior.
4. Paulo repreende a Pedro (Gálatas 2:11-16). Obs.: Segundo a concepção católica, o papa é infalível em matéria de fé e, portanto, seria um tanto estranho Paulo repreender ao “líder infalível”.
5. Quem cuidava da Igreja não era apenas Pedro (Atos 6:2; 14:22-25; 15:13,19; 12:17; 21:18; 1 Coríntios 15:7; Gálatas 2:9; Efésios 2:20; Apocalipse 21:14).
6. Em termos espirituais, é errado chamar alguém de pai (papa) (Mateus 23:9).
7. A Bíblia não autoriza que se ajoelhe diante de homens (Atos 10:25-26). Obs.: Também considera blasfêmia homens perdoarem pecados (ver Mateus 9:2-3; Marcos 2:7). Não se deve zombar de Deus fazendo o que Ele não permite (Gálatas 6:7; Apocalipse 19:10).
8. Pedro não possuía ouro nem prata, ao contrário do que se vê hoje no Vaticano (Atos 3:6).
9. Pedro era casado, contrariando o celibato (Mateus 8:14).
10. Jesus repreende a Pedro (Mateus 16:22-23). Obs.: Como Cristo poderia dizer “afasta te, satanás”, se Pedro fosse o papa?!?
11. Em Mateus 18:15-18, fica claro que o poder de “ligar e desligar” é da Igreja e não de alguém em especial. Aqui Jesus usa a expressão “ligardes” e “desligardes” no plural. A “chave”, como se nota em Lucas 11:52, é a própria Bíblia, pois ela pode nos garantir a entrada no Céu (leia João 5:39).
12. Então, quem é a verdadeira Pedra? (Efésios 2:19-22; Colossenses 1:18). Obs.: Como já indiquei acima, no grego, língua em que foi escrito o Novo Testamento, a palavra “pedra” tem duas grafias no texto: “...tu és petrus e sobre esta petra edificarei Minha Igreja.” Petrus significa pedra pequena, pedaço; e petra, Rocha. Cristo não poderia edificar a Igreja sobre algo tão inseguro quanto uma petrus. Por isso a Petra, a Rocha que é Cristo, é o único fundamento e “ninguém pode pôr outro” (1 Coríntios 3:11).
13. A “infalibilidade” do papa foi criada em 1870 pelo Concílio do Vaticano. Mas foi Leão I que deu ênfase ao primado de Pedro entre os apóstolos, ensinando que o que Pedro possuíra havia passado aos sucessores. Em 445, Leão I conseguiu que o Imperador do Ocidente, Valentiniano III, promulgasse um edito ordenando a todos que obedecessem ao Bispo de Roma – o papa – como portador que era do “primado” de Pedro. Entretanto, os autores católicos dos primeiros quatro séculos jamais defenderam, baseados em Mateus 16:18, que Pedro tenha recebido de Cristo qualquer primazia ou que ele tenha entregue esse poder aos bispos de Roma. Irineu e Eusébio estão de acordo nesse ponto: o primeiro bispo (ou papa) da Igreja de Roma foi Lino (ver História Eclesiástica de Eusébio, Livro III, c. 2).
Só para concluir, o notável gramático Eduardo Carlos Pereira nos chama a atenção para a forma do demonstrativo empregado – “esta” e não “essa”. “Esta” refere-se à pessoa que fala e “essa” à pessoa com quem se fala. Se a pedra fosse Pedro, o demonstrativo usado seria “essa” e não “esta”.
Que Deus a abençoe em sua procura pela verdade.
(Michelson Borges)
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