segunda-feira, outubro 13, 2008

A parábola do rico e Lázaro

Gênesis fala que Deus pegou o barro e formou o homem e ele “se tornou alma vivente”; portanto, o homem é uma alma vivente, não possui uma alma. Acredito nisso. Mas tem outra passagem que fala sobre a “alma”: Lucas 16:19-31. Como explicar essa passagem? – P.

Prezado P., no ótimo livro Vida Para Sempre, da Casa Publicadora Brasileira (www.cpb.com.br), há a explicação para essa parábola que confunde muita gente que não tem uma visão geral sobre o que a Bíblia ensina a respeito da morte. Aconselho-o a ler todo o livro. Eis a resposta:

“É provável que nenhuma outra história contada por Jesus tenha sido mais calorosamente usada como doutrina acerca do estado dos mortos, como a do rico e Lázaro, registrada em Lucas 16:19-31. Os que pregam que já existe um inferno de fogo, se apegam firmemente a essa história como apoio de seus ensinos. Tomam-na literalmente, excluindo-lhe qualquer interpretação como uma parábola.

“Primeiro, analisemos a história, dando-lhe uma interpretação literal. A história diz que o piedoso mendigo ‘morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão’. É o seio de Abraão literal a habitação de todos os salvos que morreram? Não teria que ser excessivamente grande para acomodar tanta gente? Abraão nasceu aproximadamente 2.000 anos depois da criação de Adão, de acordo com a cronologia da Bíblia. Muitas pessoas justas morreram antes de Abraão morrer. Existia seu seio literal, como habitação dos justos mortos, antes que ele mesmo existisse?

“O seio literal de Abraão, que contém os justos mortos, e o inferno de fogo, que contém os ímpios mortos, estão tão próximos um do outro que as pessoas no interior de um dos lugares ficam a uma distância que vêem, ouvem e falam com aqueles que se encontram no outro lugar? No inferno de fogo, os pecadores conversam amigavelmente com os santos, como o pecador rico da história fala com Abraão? É este patriarca ancião o governador e porta-voz dos justos mortos? Não podem eles ir ou vir sem a sua permissão? Os ímpios fazem orações a Abraão? É ele, e não Deus, a pessoa de quem eles esperam misericórdia?

“Os proponentes de uma interpretação literal dessa história assumem que, na morte, os ímpios vão imediatamente, em forma incorpórea, para o fogo do inferno, deixando seu corpo de carne se decompor aqui, numa sepultura. No entanto, a história não fala que a ‘alma’ do homem estava no fogo do inferno. Na verdade, as palavras ‘alma’ e ‘espírito’ não são usadas nessa narrativa. Porém, supondo que ele esteja existindo, em forma de espírito, no fogo do inferno, suplica ele por água literal? Os anjos têm que transportar literalmente os justos mortos de um lugar para outro? São os santos mortos confortados, enquanto ao alcance de suas vistas e ouvidos existe um lago de fogo, repleto de milhões de seres humanos literais desventurados que, em indescritível tormento, literalmente gritam e clamam eternamente por água literal e por misericórdia? Os ímpios no fogo do inferno intercedem por seus parentes que vivem agora na Terra? Essas são as implicações se a história for tomada literalmente.

“É muito evidente que o raciocínio baseado numa interpretação literal dessa história se torna ridículo e absurdo. Até mesmo os que insistem em tomá-la literalmente admitem que essa posição está cercada de dificuldades. E admitir que a Bíblia se contradiz é fatal para qualquer argumento que se fia nela para obter provas.

“Alfred Edersheim, um erudito hebreu cristão muito conhecido, de modo sábio salienta, ao comentar essa história, que: ‘Na interpretação dessa parábola será necessário ter em mente que seus detalhes parabólicos não devem ser explorados, nem devem ser derivadas deles doutrinas de qualquer tipo, tampouco o caráter do outro mundo, a questão da duração das punições futuras, ou o possível melhoramento moral dos que estão no Gehinnom [Geena]. Todas essas coisas são estranhas à parábola, cuja única intenção é servir como símbolo, ou exemplificação e ilustração do que se pretende ensinar’ (The Life and Times of Jesus the Messiah, v. 2, p. 277, 278).

“Alguns dirão: ‘A Bíblia não diz que esta é uma parábola!’ Tampouco Natã disse que estava relatando uma parábola quando contou a Davi a história do delito do homem rico de tomar a cordeirinha de seu vizinho pobre como refeição para um hóspede (2 Samuel 12:1-6). Lucas registra diversas outras histórias sobre as quais não nos é dito em outras palavras que são parábolas. O espírito imundo procurando sua casa, o administrador infiel, a grande ceia, e o filho pródigo são exemplos. Lucas 11:24-26; 16:1-12; 14:16-24; 15:11-32.

“Meu dicionário define parábola como segue: ‘Uma narrativa fictícia, geralmente breve e simples, que, sob o disfarce de fatos de ocorrência familiar ou comum, conduz a verdades morais ou espirituais.’ Numa parábola, a história em si, com seus vários detalhes, não é a coisa principal, e sim, unicamente o veículo que transporta a moral que o narrador deseja apresentar. E aqui está o perigo no uso das parábolas do Salvador. Algumas pessoas insistem em tomar as histórias em si mesmas, e até mesmo seus detalhes, literalmente como esse propósito.

“A colocação da história do rico e Lázaro revela que Jesus estava fazendo um discurso a um grupo de judeus, na linguagem mais simples, sobre servir ‘a Deus’ e ‘a Mamom’. Lucas 16:13-15 (Almeida Revista e Corrigida). Em Seu discurso, Ele estava combatendo um pecado notório de alguns fariseus – o amor ao dinheiro. ‘Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e O ridicularizavam.’ Verso 14. Evidentemente, detendo-Se por causa desse escárnio, Ele lhes disse: ‘Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações.’ Verso 15. Depois dessas observações, Ele relatou a parábola do rico e Lázaro.

“Pelo rico, que era tratado suntuosamente enquanto o seu vizinho padecia a mais terrível necessidade, Jesus descreveu figuradamente uma classe de fariseus que eram avarentos, serviam a Mamom e amavam o dinheiro. Em Mateus 23 e em outras passagens aprendemos que eles viviam da gordura da terra, exploravam seus pobres e necessitados compatriotas, amavam o elogio de homens mais do que os louvores de Deus, buscavam os primeiros assentos e as mais elevadas posições nos serviços das sinagogas, nos banquetes, e em outras funções públicas, e ao mesmo tempo tinham a maior pretensão de piedade. Enquanto isso, permaneciam insensivelmente indiferentes às necessidades e sofrimentos dos pobres à sua volta, figuradamente representados pelo piedoso mendigo.

“Na parábola, Abraão é representado como dizendo que um milagre de ressuscitar um homem morto para a vida seria uma evidência inútil para pessoas que não dão ouvidos aos claros ensinamentos das Sagradas Escrituras. ‘Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.’ Lucas 16:31. Uma lição oportuna para os homens de hoje! Por meio da Palavra Escrita, freqüentemente o Salvador refutava os ensinos errôneos de Seus oponentes e ‘ninguém Lhe podia responder palavras, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-Lhe perguntas’ (Mateus 22:46). Porém, persistiram em exigir dEle um milagre (João 6:30).

“Para que eles ficassem sem desculpas, o Senhor concedeu-lhes evidência que até mesmo Abraão lhes teria negado. Lázaro, de Betânia, morreu, e depois de permanecer quatro dias na tumba, Jesus o ressuscitou dos mortos. Na presença de uma multidão de testemunhas, Ele chamou Lázaro para a vida, não do Céu nem do inferno, mas da tumba (João 11:38-44). Muitas pessoas creram em Jesus naquele dia, e ‘outros, porém, foram ter com os fariseus e lhes contaram dos feitos que Jesus realizara’ (verso 46). ‘Então, os principais sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio; e disseram: Que estamos fazendo, uma vez que este homem opera muitos sinais?... Desde aquele dia resolveram matá-Lo’ (versos 47-53). Tal era sua dureza de coração!

“Quando Jesus visitou Lázaro e suas irmãs em Betânia antes de Sua entrada triunfal em Jerusalém, ‘soube numerosa multidão dos judeus que Jesus estava ali, e lá foram não só por causa dEle, mas também para ver a Lázaro, a quem Ele ressuscitara dentre os mortos. Mas os principais sacerdotes resolveram matar também a Lázaro; porque muitos dos judeus por causa dele voltavam crendo em Jesus’ (João 12:9-11).

“Com que exatidão a moral da história do rico e Lázaro se consumou na experiência dos incrédulos judeus!”

quarta-feira, outubro 08, 2008

Acupuntura

O que a Igreja Adventista pensa sobre acupuntura? – P.

Prezado P., o Dr. Silas de Araújo Gomes realizou ampla pesquisa sobre as ditas medicinas alternativas e publicou o resultado disso em forma resumida no livro Medicina Alternativa – A Armadilha Dourada (recomendo, é da CPB – www.cpb.com.br). Algum tempo atrás, conheci uma médica em Florianópolis, pós-graduada em acupuntura. Ela era budista e cursou medicina em Taubaté. Depois de convertida ao adventismo, ela voltou a pesquisar os livros de acupuntura e chegou às mesmas conclusões do Dr. Silas:

"Terapeutas chineses e ocidentais têm buscado com todo empenho enquadrar a acupuntura dentro das ciências clássicas da sáude. Tem-se enfatizado os surpreendentes resultados da acupuntura no tratamento da dor, mesmo durante cirurgias abdominais e torácicas, quando o paciente é operado sem o uso de qualquer anestésico exceto a aplicação de algumas poucas agulhas em partes distantes do seu corpo. Não é minha intenção discutir a aparente eficácia do método. Não sou céptico quanto ao efeito analgésico da acupuntura, isto tem sido relatado e experimentado por muitos. O que não posso aceitar é que tal efeito seja resultado da simples aplicação de agulhas em pontos imaginários de anatomia sutil de meridianos que não existem!

"Como explicação, também fala-se muito de um provável efeito placebo (auto-sugestionamento) e do estímulo da produção de endorfinas, o que talvez poderia ser verdade em casos menores. No entanto, realizar uma pneumectomia (retirada cirúrgica do pulmão) tendo como anestésico apenas a aplicação de uma agulha no antebraço do paciente, me parece demasiado espantoso para considerar como um simples efeito placebo. Antes, prefiro crer que tais fantásticos resultados são intencionalmente produzidos pelo poder sobrenatural daquele que desde o princípio busca desencaminhar a humanidade de Deus, mantendo-a envolta na indefinida neblina do engano.

"Tanto os terapeutas como os sofridos pacientes estão em busca de resultados e Satanás sabe como produzir esses resultados para iludi-los. Insisto em que não devemos nos encantar apenas com resultados sem levarmos em conta os fundamentos do método. É fácil observar que o misticismo envolve todos os fundamentos da acupuntura, a qual se relaciona com vários outros métodos diagnósticos ou terapêuticos de natureza igualmente mística. O conceito acupunturista da anatomia sutil da energia vital e dos meridianos não tem o menor fundamento fisiológico ou anatômico topográfico, recorrendo para sua explicação a um intrincado e obscuro emaranhado filosófico vitalista oriental. A acupuntura, portanto, é uma técnica terapêutica de natureza essencialmente mística e espiritual. Por tudo isto, chegamos à conclusão de que a prática da acupuntura não está de acordo com os princípios de medicina natural conforme apresentados na Bíblia e no Espírito de Profecia."

domingo, outubro 05, 2008

Animais de água doce no Dilúvio

Como os animais de água doce soberviveram durante o dilúvio de Gênesis? - D.

Se toda a Terra foi coberta pela água no Dilúvio, então naturalmente teria ocorrido uma mistura das águas doces com as salgadas. Muitas das espécies atuais de peixes são especializadas e não sobrevivem em água de salinidade radicalmente diferente daquela encontrada no seu habitat normal. Então como eles sobreviveram ao Dilúvio?

Note que a Bíblia nos diz que apenas os animais terrestres, que respiravam ar, e as aves, entraram na Arca (Gênesis 7:14 e 15, 21-23).

Não sabemos quão salgado era o mar antes do Dilúvio. O Dilúvio foi iniciado pelo rompimento das "fontes do grande abismo" (Gênesis 7:11). Quaisquer que fossem essas "fontes do grande abismo", o Dilúvio deve ter estado associado com enormes movimentos da crosta terrestre, causados também pelo peso da água, que teriam resultado em grande atividade vulcânica.

Os vulcões expelem enormes quantidades de vapor d'água, e a lava submarina dá origem à água quente e ao vapor d'água que dissolve minerais, acrescentando sal à água. Além disso, a erosão que acompanhou o escoamento da água para fora dos continentes após o Dilúvio teria acrescentado mais sal aos oceanos. Em outras palavras, esperaríamos que as águas do oceano pré-Diluviano fossem menos salgadas do que após o Dilúvio.

O problema dos peixes em relação com a salinidade, é que o peixe em água doce tende a absorver água, porque a salinidade dos fluidos em seu corpo ocasiona a absorção por osmose. O peixe em água salgada tende a perder água de seu corpo, porque a água ao seu redor é mais salgada do que os fluidos do seu corpo.

Muitos dos organismos marinhos de hoje, especialmente espécies que vivem em estuários e locais onde ocorrem marés, são capazes de sobreviver a grandes mudanças na salinidade. Por exemplo, a estrela-do-mar tolerará indefinidamente uma concentração cerca de 16,18% abaixo da concentração normal da água salgada. As cracas conseguem suportar exposição a menos de um décimo da concentração de sal usual da água do mar.

Existem espécies de peixes migratórios que viajam da água salgada para a doce e vice-versa. Por exemplo, o salmão, a perca listrada e o esturjão do Atlântico desovam em água doce e crescem até a maturidade em água salgada. As enguias se reproduzem na água salgada e crescem até a maturidade em lagos e correntes de água doce. Portanto, atualmente muitas das espécies de peixes são capazes de se adaptar tanto à água doce quanto à água salgada.

Também existem evidências de especialização pós-diluviana dentro da mesma espécie (bíblica) de peixe. Por exemplo, o esturjão do Atlântico migra entre a água doce e a salgada, mas o esturjão siberiano vive apenas em água doce.

Muitas famílias(1) de peixes contêm tanto espécies de água doce quanto de água salgada. Dentre elas incluem-se as famílias de peixe-sapo ou diabo-marinho, lúcio, âmia (Amia calva), esturjão, arenque/anchova, salmão/truta/lúcio, peixe-gato, rêmora, peixe-espinho, peixe-escorpião, e linguados. De fato, a maioria das famílias vivas hoje tem representantes tanto de água doce quanto de água salgada. Isto sugere que a capacidade de tolerar grandes mudanças na salinidade estava presente na maioria dos peixes na época do Dilúvio. A especialização, através de seleção natural, pode ter resultado na perda dessa capacidade em muitas espécies desde então.

Híbridos de truta selvagem (de água doce) e salmão cultivado (espécie migratória) foram descobertos na Escócia,(2) sugerindo que as diferenças entre tipos marinhos e de água doce podem ser muito menores. De fato, as diferenças na fisiologia parecem ser grandemente diferenças de grau, e não de tipo.

Os rins de peixes de espécies de água doce excretam o excesso de água (a urina tem baixa concentração de sal) e os rins de espécies marinhas excretam o excesso de sal (a urina tem alta concentração de sal). Os tubarões de água salgada têm altas concentrações de uréia no sangue para reter água no ambiente de água salgada, e os tubarões de água doce têm baixas concentrações de uréia para evitar a acumulação de água. Quando os peixes-serra mudam da água salgada para a água doce, eles aumentam a excreção de urina vinte vezes, e a sua concentração de uréia no sangue diminui para menos de um terço.

Os principais aquários públicos aproveitam a capacidade dos peixes de se adaptarem em águas com salinidade diferente daquelas que são os seus habitats normais, para exibir espécies de água doce e salgada juntas. O peixe pode se adaptar se a salinidade for mudada de maneira suficientemente lenta.

Portanto, atualmente muitas espécies de peixes têm capacidade de adaptação tanto à água doce quanto à salgada, dentro do seu próprio intervalo de vida.

Mamíferos aquáticos que respiram ar, tais como as baleias e os golfinhos, estariam mais bem capacitados para sobreviver ao Dilúvio do que muitos peixes, pois não são dependentes da água para conseguir oxigênio.

Muitas criaturas marinhas teriam sido mortas durante o Dilúvio por causa da turbidez da água, mudanças de temperatura, etc. O registro fóssil testifica a enorme destruição da vida marinha, pois as criaturas marinhas correspondem a 95% do registro fóssil.(3) Algumas, como os trilobitas e os ichthyossauros, provavelmente foram extintas nessa época. Isso é consistente com o relato bíblico do Dilúvio começando com a ruptura das "fontes do grande abismo" (isso é, começando no mar – "o grande abismo" significa os oceanos).

Também existe a possibilidade de que camadas estáveis de água doce e salgada tenham se desenvolvido e permanecido em algumas partes do oceano. A água doce pode ficar sobre a água salgada por longos períodos de tempo. A turbulência pode ter sido suficientemente fraca em altas latitudes para que tal estratificação pudesse durar e permitir a sobrevivência de espécies tanto de água doce quanto de água salgada nessas áreas.

Portanto, existem muitas explicações simples e plausíveis de como peixes de água doce e salgada poderiam ter sobrevivido ao Dilúvio. Não existe motivo para duvidar da realidade do Dilúvio como descrito na Bíblia.

Referências

1. "Família" é um dos níveis principais da classificação dos peixes. Existem grandes evidências de hibridização em peixes, dentro de famílias – a família truta/salmão, por exemplo – sugerindo que famílias podem representar a "espécie bíblica" nos peixes.

2. Charron, B., 1995. "Escape to sterility for designer fish." New Scientist 146(1979): 22.

3. Existe quantidade enorme de fósseis marinhos. Se realmente eles foram formados da maneira alegada pelos evolucionistas (no decorrer de centenas de milhões de anos), então os fósseis de transição mostrando mudanças graduais de um tipo para outro deveriam ser mais evidentes. Mas eles se destacam pela sua ausência. Além disso, fósseis de seres tais como águas-vivas, estrelas-do-mar e mexilhões são encontrados perto da base do registro fóssil juntamente com organismos multi-celulares, e ainda hoje eles estão vivos, fundamentalmente sem terem sido mudados.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...