terça-feira, junho 21, 2011

“Evangelho” de Tomé

Em uma das minhas leituras, “Onde Encontrar Sabedoria”, de Harold Bloom, num dos capítulos, ele fala de certo “evangelho de Tomé” (ou Tomás). Achei interessante, pois ele fala de máximas de Jesus, não se atendo à vida e à Paixão de Cristo. Qual a sua opinião sobre esse “evangelho”? – R.

O “evangelho” de Tomé é um texto gnóstico bastante antigo, do fim do primeiro século. A teóloga liberal Elaine Pagels, em seu livro Além de Toda Crença: O evangelho desconhecido de Tomé, diz que houve uma disputa entre os cristãos gnósticos (“evangelho” de Tomé) e os cristãos tradicionais (evangelho de João). No evangelho de Tomé, não existem histórias, geografia e personagens concretos; é tudo atemporal, místico. É um amontoado de frases ambíguas de Jesus aos discípulos. A última declaração de Jesus, por exemplo, é a de que toda mulher que se tornar como homem entrará no reino do Céu!

Outro livro que trata desse assunto é Os Evangelhos Perdidos, de Darrell Bock (Thomas Nelson Brasil), um respeitado teólogo conservador. O jornalista e ex-ateu Lee Strobel em seu livro Em Defesa de Cristo, traz uma entrevista sobre o tema, já que o Jesus Seminar insere o “evangelho” de Tomé como um dos evangelhos canônicos.

Em suma, o texto foi escrito em copta, o último estágio da língua egípcia. São 114 ditos atribuídos a Jesus e alguns deles parecem fazer um eco verdadeiro a algumas sentenças de Jesus contidas nos quatro evangelhos.

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