Tenho ouvido que o sábado é considerado um “monumento no tempo”. Por quê? – A.
As pessoas costumam construir monumentos para recordar grandes feitos e acontecimentos. Um monumento é um marco comemorativo no espaço. Você sabia que existe um memorial no tempo, também? Não é o simples marco de uma construção qualquer, é o memorial da origem da vida, o monumento comemorativo da Criação.
É verdade que ele anda meio esquecido ultimamente. E é justamente por isso que existe uma pergunta que ainda continua tirando o sono de muita gente: “De onde viemos e para onde vamos?”
Muita tinta e papel se tem gasto na tentativa de respondê-la, mas a verdade é que a resposta depende da filosofia de vida da pessoa e da fonte de informação que ela adota. Nesse assunto, dois grupos se destacam: os evolucionistas e os criacionistas.
O primeiro grupo defende a origem da vida espontaneamente a partir de matéria inanimada, e tem como nome de maior destaque o inglês Charles Darwin (1809-1882), grande defensor da teoria da evolução e autor do livro A Origem das Espécies.
Os criacionistas, por outro lado, advogam a idéia de que Deus é o Criador da matéria e da vida. Baseados na Bíblia, eles crêem que “em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado, e o santificou” (Êxodo 20:11). Do pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol de sábado (o ocaso do sol é o referencial bíblico para a passagem dos dias – ver Levítico 23:32), o sétimo dia permanece em meio ao tempo, entre duas semanas, e entre duas épocas também: o passado e tudo o que foi feito e o futuro e aquilo que ainda pode ser realizado. É “o passo atrás antes do salto adiante”; um dia especial que acrescenta qualidade à vida humana.
Portanto, o sábado é o grande memorial da Criação de Deus. Ao separarmos o sétimo dia da semana para fins religiosos (culto a Deus, auxílio aos necessitados, contato com a natureza), estamos reconhecendo ao Senhor como o Todo-Poderoso Criador do Universo. E o sábado é mais do que um simples repouso físico, é antes de tudo uma pausa para um contato mais íntimo com Deus, de tal maneira que as outras atividades ficam para depois.
Por isso, os adventistas do sétimo dia, em homenagem ao Senhor e obedientes à Sua Palavra, cessam suas atividades habituais para dedicar essas 24 horas especiais à adoração e comunhão com o Criador do Universo.
Experimente você também desfrutar das bênçãos desse memorial. Reúna-se com sua família ao pôr-do-sol de cada sexta-feira e, juntos, busquem ao Deus Criador dos céus e da terra. O sábado existe para isso. É, além de um monumento da Criação, um belo presente divino.
(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)