quinta-feira, agosto 30, 2007

Os hebreus no Egito e o Êxodo

A Igreja Adventista assume a posição de 215 anos do cativeiro egípcio. Porém, essa posição, segundo alguns especialistas, colocaria José vivendo na corte egipcia durante o governo dos hicsos sobre o Egito. Contudo, o texto bíblico diz que José viveu e teve seu gorveno sob um faraó egípcio. Como conciliar os 215 anos com a dominação dos hicsos e também com a data do Êxodo? - A.

Como introdução ao tema vale a pena ler o capítulo "José no Egito", do livro Escavando a Verdade, do Dr. Rodrigo Silva. A questão da duração do cativeiro egípcio é um pouco complicada. De fato, os israelitas ficaram ali por volta de 450 anos (430 ou 400 anos), porém, eles não foram escravos durante esse tempo todo. Ao que parece, eles viveram por um bom tempo sem sofrer qualquer tipo de trabalho forçado. Isso só seria possível se eles vivessem entre os hicsos, que também eram semitas. Diversos elementos na narrativa mosaica levam a crer que José e sua família habitaram no Egito justamente no período de dominaçao desses "reis pastores", como eles eram chamados. No entanto, em Êxodo 1:8, lemos sobre o faraó que não conheceu José. Segundo alguns intérpretes, esse seria Ahmose I, o fundador da 18ª dinastia e aquele que expulsou os hicsos do Egito. Foi a partir desse momento que os israelitas foram escravizados, o que daria aproximadamente 200 anos até o Êxodo, que provavelmente ocorreu em meados de 1450 a.C.

O que a arqueologia pode dizer sobre a data do Êxodo é muito pouco, quase nada. O papiro de Ipwer, que menciona vários eventos naturais semelhantes aos das pragas (Ex 7-12), parece ser de 1400 a.C., aproximadamente. As cartas de Amarna, que registram o incessante pedido de reis cananeus que estavam sendo castigados pelos hapirus (hebreus?), é da mesma época.

De uma coisa podemos ter certeza, os israelitas estiveram no Egito. Semelhanças no vocabulário e nos nomes não surgiriam do nada.

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