terça-feira, janeiro 27, 2009

Perguntas frequentes sobre criacionismo (1)

1. Os dinossauros existiram?[1]

Sim. Cerca de 285 tipos (gêneros) são conhecidos,[2] com tamanhos variando desde o de um corvo até 30 m ou mais de comprimento. Aproximadamente metade destes são representados por um único exemplar, enquanto 10 deles têm pelo menos 40 exemplares. A maior diversidade de dinossauros é encontrada na parte superior das rochas do Cretáceo (Maastricianas).

2. Foram encontradas pegadas de seres humanos junto a pegadas de dinossauros?

Não. Houve um anúncio de que tais pegadas foram encontradas juntas no leito do rio Paluxy, no Texas, mas essa afirmação foi abandonada por todos os criacionistas com treinamento científico. As pegadas de dinossauro são genuínas, mas as humanas não são.[3]

3. Os cientistas creem que as aves evoluíram dos dinossauros?

Essa é uma questão que envolve atualmente acaloradas discussões. Têm sido encontrados certos fósseis com alguns aspectos típicos de aves e outros aspectos mais típicos de dinossauros.[4] O Archaeopteryx é um exemplo famoso. Alguns fósseis de dinossauros achados recentemente na China têm traços semelhantes a filamentos que alguns cientistas afirmam serem evidências de penas, mas as estruturas não se parecem com penas de vôo comuns e o assunto ainda não está resolvido. Alguns cientistas têm apresentado evidências para argumentar que as aves não podem ter evoluído dos dinossauros.[5] Outros cientistas têm proposto que as aves evoluíram de um grupo diferente de répteis, não de dinossauros.[6]

De um ponto de vista criacionista, a presença de penas em um dinossauro não significaria que as aves dever estar relacionadas a dinossauros. Todas as aves têm penas, mas isso não quer dizer que todas as aves evoluíram de um único ancestral comum. Pode ter havido vários grupos de aves e outros organismos com penas criados separadamente.

4. O que os dinossauros comiam?

Aparentemente, a maioria dos dinossauros era herbívora. Alguns podem ter comido pequenos animais, se estivessem disponíveis. Alguns comiam peixes, enquanto outros, provavelmente, comiam animais maiores, tais como outros dinossauros.[7]

5. Os dinossauros tinham sangue quente?

Os cientistas não concordam quanto à resposta para essa pergunta. Os dinossauros provavelmente não tinham sangue quente como as aves e os mamíferos. Eles podem ter vivido em climas quentes e úmidos. Consequentemente, não teriam dificuldade em se manter aquecidos. Os dinossauros maiores teriam conservado o calor mais eficientemente que os menores. O metabolismo deles pode ter sido mais rápido do que o dos répteis atuais.[8]

6. Deus criou os dinossauros ou eles são resultado do mal?

Deus criou toda a vida, incluindo os ancestrais dos dinossauros. Entretanto, não sabemos quanto os animais podem ter mudado após a Criação. Não podemos identificar nenhum fóssil como sendo uma forma individual criada originalmente. Os únicos fósseis que temos são de animais que viveram mais de mil anos após a criação. Não sabemos como eram as formas originalmente criadas.

7. Havia algum dinossauro na arca?

Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. Não há evidências de que estiveram na arca e não há evidência de que existiram após o dilúvio. Tanto quanto podemos dizer, parece que eles foram destruídos durante o dilúvio. Houve relatos ocasionais de que supostos dinossauros viviam na Escócia, Zaire ou no oceano. Nenhum desses relatos foi confirmado. Alguns criacionistas têm interpretado as referências bíblicas ao leviatã ou o beemote como referências aos dinossauros (...).

8. Que problemas não resolvidos sobre os dinossauros são de maior preocupação?

Como podemos explicar o que parece ser ninhos de ovos de dinossauro e filhotes em sedimentos que acreditamos terem sido provavelmente depositados pelo dilúvio?[9] Por que não encontramos fósseis de dinossauros misturados com fósseis de mamíferos que vivem hoje? Como o homem podia sobreviver com esses poderosos animais vivendo ao redor?

Notas para perguntas sobre dinossauros:

1. Muitos livros já foram escritos sobre dinossauros. Alguns exemplos são listados a seguir: (a) Carpenter K, Hirsh KF, Horner JR. 1994. Dinosaur eggs and babies. Cambridge: Cambridge University Press; (b) Fastovsky DE, Weishampel DB. 1996. The evolution and extinction of the dinosaurs. Cambridge: Cambridge University Press (c) Lockley M, Hunt AP. 1995. Dinosaur tracks. NY: Columbia University Press; (d) Weishampel DB, Dodson P, Osmolska H, editors. 1990. The dinosauria. Berkeley: University of California Press; (e) Padian K, Currie PJ, editors. 1997. Encyclopedia of dinosaurs. NY: Academic Press.

2. Dodson P. 1990. "Counting dinosaurs: how many kinds were there?" Proceedings of the National Academy of Sciences (USA) 87:7608-7612. Dodson contou 285 gêneros. Desde aquele tempo, vários outros gêneros foram nomeados.

3. Neufeld B. 1975. "Dinosaur tracks and giant men". Origins 2:64-76.

4. Informações sobre o Archaeopteryx são encontradas em muitos livros tais como: (a) Carroll RL. 1988. Vertebrate paleontology and evolution. London: WH Freeman. Os fósseis chineses são discutidos em vários trabalhos, e.g.: (b) Qiang J, Currie PJ, Norell MA, Shuan J. 1998. "Two feathered dinosaurs from northeastern China". Nature 393:753-761; (c) Stokstad E. 2000. "Feathers, or flight of fancy?" Science 288:2124-2125.

5. (a) Burke AC, Feduccia A. 1997. "Developmental patterns and the identification of homologies in the avian hand". Science 278:666-668; (b) Ruben JA, et al. 1997. "Lung structure and ventilation in theropod dinosaurs and early birds". Science 278:1267-1270.

6. (a) Martin LD. 1991. Mesozoic birds and the origin of birds. In: Schultze H-P, Trueb L, editors. Origins of the higher groups of tetrapods. Ithaca and London: Comstock Publishing Associates, Cornell University Press, p 485-540; (b) Tarsitano S. 1991. Ibid, p 541-576; (c) Jones TD. 2000. Nonavian feathers in a Late Triassic archosaur. Science 288:2202-2205; (d) Stokstad (ver Nota 4c).

7. Ver, e.g.: (a) Kennedy ME. 1994. "Paleobiology of dinosaurs". Geoscience Reports No. 17. Loma Linda, CA: Geoscience Research Institute, Loma Linda, CA.; (b) Lamert D, and the Diagram Group. 1990. The dinosaur data book. NY: Avon Books.

8. Ver: (a) Ruben JA, Hillenius WJ, Geist NR, et al. 1996. "The metabolic status of some late Cretaceous dinosaurs". Science 273:1204-1207; (b) Fisher PE, Russell DA, Stoskopf MK, Barrick RE, Hammer M, Kuzmitz AA. 2000. "Cardiovascular evidence for an intermediate or higher metabolic rates in ornithischian dinosaur". Science 288:503-505.

9. Vários desses depósitos são transportados não sendo ninhos verdadeiros. Ver: Kennedy EM, Spencer L. 1995. "An unusual occurrence of dinosaur eggshell fragments in a storm surge deposit, Lamargue Group, Patagonia, Argentina". Geological Society of America Abstracts with Programs 26(6):A-318.

Obs.: Este trabalho elaborado pelo Dr. James Gibson, diretor do Geoscience Research Institute, representa o início de uma tentativa de responder a questões que são frequentemente feitas por interessados em criação. Aqui são dadas algumas referências. Não há a intenção de que sejam abrangentes, mas servem para conferir as opiniões dadas aqui. Também podem servir de ponto de partida para aqueles que desejam estudar o tópico com mais detalhes.

DECLARAÇÃO: AS IDEIAS APRESENTADAS AQUI NÃO REPRESENTAM O PONTO DE VISTA OFICIAL DE NENHUM GRUPO OU INDIVÍDUO. PODEM NEM MESMO REPRESENTAR MEUS PONTOS DE VISTA QUANDO VOCÊ AS ESTIVER LENDO. ELAS SÃO APENAS UMA TENTATIVA DE APRESENTAR ALGUMAS IDEIAS QUE PODEM SER ÚTEIS AO CONSIDERAR OS PROBLEMAS DA COMPREENSÃO DA HISTÓRIA DA TERRA.

Tradução: Urias Echterhoff Takatohi e Marcia Oliveira de Paula (NEO)

[Leia também as partes 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13]

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